asmaQue a fumaça dos carros e indústrias nas cidades grandes faz mal aos pulmões não é nenhuma novidade. Porém, os médicos estão cada vez mais preocupados com os efeitos indiretos da poluição na saúde.


Um estudo publicado nessa quinta-feira, 15, pela revista da Sociedade Torácica Americana alerta para o crescimento de doenças relacionadas principalmente ao aquecimento global. O artigo é assinado por especialistas não só dos EUA, mas também da Europa, da Ásia e da África.


Uma das ameaças é o aumento da quantidade de material particulado no ar, que pode fazer crescer o número de casos de asma. Esse tipo de poluição tende a crescer com a fumaça das queimadas e com as tempestades de areia causadas pelo avanço da desertificação.


O aquecimento também serve para espalhar problemas típicos de regiões quentes. Um bolor típico da América Central – que provoca alergia e asma – já foi visto até no Canadá. Na Europa, doenças infecciosas do Mediterrâneo, no sul do continente, já chegaram à Escandinávia, no norte.


Outro risco é a maior ocorrência de desastres naturais como furacões e enchentes. Esses eventos levam a epidemias de doenças infecciosas, com sérias consequências para a saúde pública.


“Nossa maior preocupação é com as crianças, os idosos e outras populações sensíveis. Eles serão os primeiros a experimentar os sérios problemas de saúde relacionados à mudança climática”, afirmou Kent Pinkerton, um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade da Califórnia, em Davis (EUA), onde ele trabalha.



G1

Os pesquisadores ainda não conseguiram definir o que vem primeiro: o estresse ou os quilos extras. Mas os estudos científicos já concluíram que obesidade e tensão exagerada caminham juntas.

 

Os especialistas da Escola de Medicina de Harvard explicam que os hormônios mais abundantes nos estressados afetam diretamente o controle do peso dos mesmos.

 

Segundo o material publicado em fevereiro deste ano, em um curto espaço de tempo, o estresse reduz o apetite porque imediatamente libera uma substância chamada corticotropina. Mas, após algumas semanas – se a situação estressante permanece – este mesmo nutriente suprime a ação das glândulas adrenais, existentes acima dos rins, impulsionando a produção do cortisol, o hormônio que aumenta a fome.

 

Outra evidência é que o cortisol parece influenciar também nas preferências alimentares. A vontade por doces e gorduras aumenta, pois estes alimentos “abastecem” a produção hormonal, por isso o paladar parece pedir “as comidas reconfortantes”, como chocolate e massa.

 

Açúcares (presentes nos grãos refinados), por sua vez, elevam os níveis de insulina no corpo que, neste contexto, aumentam as taxas gordurosas no sangue, a barriga e os quilos em excesso.

 

Para piorar o quadro, alerta a médica da Associação Brasileira de Nutrologia, Maria Del Rosário, o estresse também gasta mais vitaminas do complexo B e a vitamina C. Os minerais – como zinco e magnésio – também são mas consumidos em condições estressantes. Os dois grupos de nutrientes são fundamentais para o controle da obesidade.

 

Mas a boa notícia é que justamente os produtos alimentícios mais ricos em vitaminas e minerais “roubados” pelo estresse, são os que aumentam a sensação de saciedade, não são tão calóricos, ampliam o bem-estar e ajudam quem quer emagrecer. Além de fazer uma lista com “a dieta do estressado”, a médica ainda oferece outras dicas para aumentar os benefícios com esta alimentação.

 

Veja as dicas para consumi-los

- Faça refeições pequenas e regulares baseadas em carboidratos, proteínas com baixo teor de gordura e muitas frutas, legumes e verduras. Isso ajuda seu corpo a lidar com as pressões físicas e mentais com sucesso;

 

- Coma devagar, sente-se e curta a refeição, mastigue a comida lentamente e não a engula às pressas;

 

- Escolha alimentos ricos em carboidratos não refinados, como massas, pães ou arroz integrais, que são metabolizados lentamente pelo organismo. Eles fornecem energia suficiente e contínua;

 

- Evite maus hábitos alimentares, como consumo excessivo de açúcar, sal e cafeína. O açúcar refinado libera energia mais rapidamente no corpo, desencadeando uma liberação abrupta de insulina que pode deixá-lo anestesiado. Esse estímulo inicial de energia é passageiro, pois logo os níveis caem mais que antes, resultando em letargia;



IG

gravidacelularO aumento das desordens de comportamento infantil pode ser provocado em parte pela exposição do feto às radiações de telefones celulares durante a gravidez, segundo um estudo da Universidade de Yale publicado nesta quinta-feira, 15, pela revista "Nature Scientific Reports".


"Essa é a primeira prova experimental de que a exposição fetal à radiação da radiofrequência dos celulares afeta de fato o comportamento dos adultos", explicou o professor Hugh Taylor, do departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas dessa universidade e um dos autores do estudo realizado com ratos.


"A pesquisa demonstrou que problemas de comportamento nos ratos similares ao transtorno por déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) são causados pela exposição aos telefones celulares no ventre materno", explicou o cientista. Taylor indicou que embora seja necessário fazer testes com humanos para estabelecer os limites de exposição seguros durante a gravidez, os resultados demonstram que "limitar a exposição do feto parece ser uma necessidade".


O TDAH é um transtorno neurológico do comportamento caracterizado por uma distração que pode ser de moderada a grave, hiperatividade e condutas impulsivas, cuja presença é detectada nas crianças antes dos 7 anos e que afeta sua atividade social e acadêmica.

 

Taylor e os demais cientistas de sua equipe submeteram ratas grávidas à radiação de um celular no modo silencioso, mas ativado por uma ligação durante a duração do teste e compararam seus resultados com os de um grupo mantido sob as mesmas condições, mas com o telefone desativado.


A equipe mediu a atividade elétrica cerebral dos ratos adultos que foram expostos à radiação em estado fetal e fez uma série de testes psicológicos e de comportamento.


Os cientistas comprovaram que esses ratos tendiam a ser mais hiperativos e mostravam uma maior ansiedade e menor capacidade de memória, um efeito atribuído às mudanças sofridas durante a gravidez no desenvolvimento dos neurônios da crosta pré-frontal de seu cérebro, responsável pelos processos de tomada de decisões e do comportamento social.


Segundo o principal autor do estudo, Tamir Aldad, serão necessários novos experimentos com humanos ou primatas não humanos para determinar se os riscos potenciais são similares, já que a gestação nas ratas dura apenas 19 dias e os ratos nascem com cérebros menos desenvolvidos do que os dos bebês humanos.



EFE

Sentar e andar com a postura correta não é apenas esteticamente mais bonito, como também pode evitar dores e lesões na coluna. Para quem se preocupa com a boa forma, vale ainda lembrar que a postura pode gerar barriga. É o que explica o fisioterapeuta e presidente da Sociedade Brasileira de RPG, Oldack Barros. "A má postura cria uma pequena barriga abaixo do umbigo, pois provoca a perda do tônus muscular na região", disse ele.


Segundo Barros, o abdômen é um músculo que precisa de contração e fortalecimento. Quando uma pessoa está com uma postura ereta, obriga a contração da barriga, explicou o profissional. Ele alertou ainda as mulheres que andam muito empinadas, jogam o bumbum para trás e, consequentemente, o abdômen para frente, tendem a ter uma barriga inteiriça causada pela má postura. Já aquelas que projetam o quadril e pescoço para frente, mas encolhem o bumbum, podem desenvolver a barriga abaixo do umbigo.


Outro problema postural é a linha do olhar abaixou ou acima do adequado. "O certo é seguir uma linha que vai do ouvido até o nariz e manter o olhar horizontal. Temos uma visão panorâmica, conseguimos ver o que está abaixo, acima e aos lados mesmo mantendo o olhar para frente", explicou ele. Um dos sintomas sentidos por quem tem este problema é dor forte no pescoço.


No dia a dia, são diversos os momentos em que as pessoas ficam em uma postura inadequada. Um exemplo é ao sentar na cadeira para usar o computador. "Quem senta sobre o sacro do bumbum, na última vértebra da coluna, força uma cifose em um local de lordose e muda a curvatura da coluna. A posição favorece o aparecimento de hérnia de disco", disse o fisioterapeuta.


Já os indivíduos que sentam em posição "corcunda" podem sofrer o achatamento das articulações do ombro e ter dificuldade para estender os braços para cima e lados. O ideal é sentar a 90°, segundo Barros. E, para isso, o abdômen precisa estar contraído. "Os problemas não surgem imediatamente, às vezes só anos depois ele se propaga. Dez anos depois a pessoa vai sentir os efeitos", exemplificou.




Diagnóstico de tratamentos


A dor nas costas, depois da na cabeça, é a que mais atinge a população, de acordo com o ortopedista especialista em fisiatria Farhad Shayani. "É uma das maiores epidemias do mundo para mim", disse ele. A má postura, segundo o médico, pode ser causada por mircrotraumas na coluna e articulações que impedem a pessoa em ficar na posição correta por causarem dor. "A pessoa senta com má postura para se sentir confortável", explicou.


O método de Shayani é investigar a origem da dor. Fazer "um Raio-X" está longe do ideal, segundo ele, o exame mostra apenas fraturas. A tomografia computadorizada e ressonância são procedimentos fundamentais para o diagnóstico, citou o ortopedista. "As pessoas são mal orientadas, tomam analgésicos e o problema continua lá", alertou ele sobre o perigo de um diagnóstico mal feito.


Depois de descobrir o problema, Shayani aplica um dos tratamentos laboratoriais indicados. Ele afirmou que na maioria dos casos não é necessária cirurgia, inclusive nos pacientes com hérnia de disco. "Usamos agulhas especiais para atingir o ponto da dor e tratar", resumiu ele. Após ocorrer a cicatrização do trauma, Shayani recomenda a prevenção para manter a estrutura da coluna adequada que pode ser encontrada com tratamentos posturais.



Terra