Uma pesquisa realizada em Floriano-PI aponta que existem muitas pessoas descumprindo os cuidados quanto a pandemia do novo coronavirus.
O fato do descumprimento pode comprometer o funcionameno das empresas, pois se houver um acréscimo nos casos do COVID-19 ao ponto de os leitos do Hospital Tibério Nunes ficarem lotados a gestão municipal, após reuniões com lideranças da saúde e de outros órgãos, pode voltar a fechar as empresas.
A Vigilância Sanitária, coordenada pelo Jussinaldo Duarte, tem trabalhado muito para ajudar a controlar a situação da pandemia na cidade florianense.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou nesta sexta-feira (19) que o mundo está entrando em uma nova e “perigosa” fase da pandemia. Em uma entrevista coletiva, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia está se acelerando, principalmente no continente americano.
Apenas na quinta-feira, mais de 150 mil novos casos de Covid-19 foram reportados em todo o planeta.
“O mundo está em uma nova e perigosa fase. Muita gente está cansada de ficar em casa. Os países estão ansiosos para abrir suas sociedades e suas economias. Mas o vírus continua a se disseminar rapidamente, ainda é mortal e a maior parte das pessoas ainda é vulnerável”, lembrou o diretor da OMS.
Neste momento, a maior parte dos casos estão concentrados no continente americano, sendo os Estados Unidos e o Brasil os países com o maior número de contaminados e de mortes. Mas há também um avanço importante de contaminações no continente africano e no sudeste asiático.
Desde o início da pandemia, mais de 8,5 milhões de pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus. O vírus foi responsável pela morte de 453 mil pessoas em todo o mundo.
"Convocamos todos os países e pessoas a serem extremamente vigilantes. Continue mantendo distância, fique em casa se estiver doente, continue cobrindo o nariz e a boca quando tossir, use uma máscara quando necessário e continue lavando as mãos ", insistiu o diretor.
Países podem ter segundo pico antes de controle da doença O diretor-executivo para emergências, Michael Ryan, chamou atenção para a reabertura de países e a volta da população à rua em lugares em que a contaminação continua alta.
“A saída do confinamento deve ser feita com cuidado, passo a passo, e deve ser orientada pelos dados", disse Ryan. “Você pode ter um segundo pico no meio da sua primeira onda. O segundo pico depende da habilidade e da eficiência em controlar a doença”. Ryan lembrou o caso brasileiro, destacando as 1.200 mortes registradas nas últimas 24 horas, e o grande número de casos entre trabalhadores da área da saúde no país.
O especialista em emergências elogiou a Alemanha, China e Coreia do Sul pela forma como estão lidando com a pandemia. Os três países estão monitorando novos casos, adotando a aplicação de grande quantidade de testes para a população e isolamento das pessoas doentes.
Vacina ainda leva tempo Apesar do importante número de remédios e vacinas em teste atualmente, os especialistas da OMS afirmaram que ainda são necessários testes em larga escala e que os efeitos colaterais devem ser monitorados cuidadosamente.
"Embora não seja impossível encontrar uma vacina, será uma jornada muito difícil", disse Tedros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu em definitivo os testes com a hidroxicloroquina no ensaio clínico global Solidariedade.
A entidade anunciou a decisão nesta quarta-feira (17), após a revisão da base de dados coletados em pacientes voluntários ao redor do mundo que receberam o medicamento ao serem tratados em hospitais que fazem parte da rede de pesquisa da OMS.
Em entrevista coletiva, Ana María Henao, diretora do Plano de Ação para Pesquisa e Desenvolvimento da OMS, destacou que a revisão de dados das principais pesquisas promovidas e também publicadas sobre o uso do medicamente comprovou que o uso da hidroxicloroquina "não reduz a mortalidade dos pacientes com covid-19".
A OMS já tinha anunciado a suspensão de testes com a hidroxicloroquina no final de maio, dias depois da divulgação de uma pesquisa que indicava que o remédio, usado no tratamento da malária e doenças autoimunes, aumentava o risco cardíaco nos pacientes.
No dia 3 de junho, depois de revisar os dados, a organização retomou os testes solidários com o medicamento.
Uso suspenso nos EUA A hidroxicloroquina é um medicamento utilizado há décadas em doentes de malária. Durante os dias em que a OMS paralisou os testes, o procedimento continuou sendo utilizado no Brasil e nos Estados Unidos, os dois países com o maior número de casos de covid-19.
Na segunda-feira passada, a agência americana Food and Drug Administration (FDA) retirou a autorização do uso emergencial da hidroxicloroquina em pacientes graves com Covid-19, ao também concluir que o procedimento não estava sendo efetivo.
O fim dos testes coincide com a descoberta, também por parte da Universidade de Oxford, de que o uso da dexametasona pode reduzir consideravelmente a mortalidade de pacientes graves de covid-19, o que a OMS considerou um grande passo no combate à pandemia.
Anna Maria Henao destacou que a suspensão dos testes não significa que os estudos sobre o uso profilático da hidroxicloroquina, ou seja, como remédio para prevenir quadros graves da doença. Este uso não foi comprovado ainda em estudos científicos.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmaram ter encontrado a primeira droga que, comprovadamente, reduz a incidência de mortes pela covid-19. Segundo dados divulgados pela universidade nesta terça-feira (16), um terço dos pacientes em fase aguda da covid-19 apresentaram melhora significativa ao usar o medicamento dexametasona, um corticoide de baixo custo e amplamente disponível, segundo a Oxford.
O medicamento de ação anti-inflamatória foi testado no que é considerada a maior pesquisa do mundo sobre coronavírus para encontrar um medicamento para o combate do vírus. Os pesquisadores afirmaram que se a droga tivesse sido amplamente utilizada desde o início da pandemia no país mais de 5 mil vidas poderiam ter sido salvas.
Durante o teste, a equipe de pesquisa de Oxford ofereceu o medicamento a 2 mil pacientes internados e os comparou com outros 4 mil que não receberam a droga. Para pacientes em respiradores, o risco de morte caiu em 40%, já para aqueles que estavam utilizando oxigênio a taxa foi de 25% a 20%.
Aparentemente a droga, que já era utilizada para melhorar a inflamação de outras doenças, quando detecta falhas no sistema imunológico passa a atacar o vírus.
"Dexametasona é a primeira droga que comprovadamente melhora as chances de sobrevivência da covid-19. A recomendação é que, a partir de agora a dexametasona se torne padrão no tratamento desses pacientes. O medicamento é barato e pode salvar vidas ao redor do mundo imediatamente”, explicou Peter Horby, pesquisador e chefe do estudo em Oxford, por meio de nota.
De acordo com a universidade, o estudo completo será publicado em breve com todos os detalhes possíveis.