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virusMuitas pessoas tomaram a vacina e alguns dias - ou semanas - depois caíram numa gripe com sintomas extremamente desconfortáveis.

Imediatamente duas questões vêm à cabeça de muita gente: ou foi a vacina que deu essa gripe -dependendo da relação entre o tempo da vacina e o início dos sintomas - ou a vacina não adiantou nada.

Qual a resposta correta? Nenhuma das duas.

Vamos entender
É sabido e divulgado que a vacina da gripe não dá gripe. É feita com uma proteína, isto é, um pequeno fragmento dos vírus e esse “pedacinho” é incapaz de produzir doença. Produz, felizmente, a resposta imunológica de defesa; mas não a gripe.

O que ocorre é que na época em que as pessoas tomam a vacina da gripe há outros tantos vírus no ar que – estes, sim- podem dar gripe. A vacina nos protege contra o H1N1, H3N2 e o Influenza B.

Esses são os vírus mais temidos pois podem dar febre alta, dor no corpo, congestão, tosse, dificuldade para respirar e até mesmo insuficiência respiratória e óbito. Esses são os vírus mais “perigosos” e por isso um “fragmento” de cada um está contido na vacina anual.

A vacina da gripe é altamente eficaz. Então, por qual razão muitos pegam gripe mesmo com a vacina em dia?

Porque há outros vírus que também podem dar resfriado ou sintomas de gripe que circulam mais intensamente nesta época do ano. Todos podem dar febre, dor no corpo, dor de cabeça, congestão e tosse.

Geralmente são quadros menos intensos, mas que, dependendo das defesas da pessoa acometida, podem dar sintomas com maior ou menor intensidade.

Quem são eles e qual a característica de cada um?

Vírus Sincicial Respiratório: esse vírus acomete tipicamente bebês e crianças pequenas, dando a conhecida bronquiolite que pode ser grave nesta faixa de idade. Em adultos, pode dar muita tosse e um pouco de “chiado” no peito ou broncoespasmo.


Rinovírus: esse vírus tem como maior característica a congestão. O nariz fica cheio e entupido. Piora à noite, tornando o sono superficial e entrecortado. O cansaço no dia seguinte é evidente.


Coronavírus: dá muita tosse, geralmente seca e dores pelo corpo. Pode dar também dor de cabeça e mal-estar.


Adenovírus: pode dar sintomas mais intensos como febre, dor de garganta, dor de cabeça, chiado no peito e pneumonia.
Não custa lembrar: esses vírus são transmitidos principalmente pelo ar e pelas mãos contaminadas. Por isso, arejem os ambientes e lavem as mãos com bastante frequência.

 

G1

Ana Escobar

Foto: NIAID/Visualhunt

 

 

obesidadeEstudo do Congresso Europeu de Obesidade afirma que 81% das pessoas obesas acham que a responsabilidade de emagrecer é só delas. O mesmo estudo mostra que quando há esse pensamento, a pessoa obesa não procura ajuda profissional e demora seis anos até que se procure ajuda.

"Quanto mais a pessoa demora para emagrecer, maior a chance de se ter outras doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes e hipertensão", alerta o endocrinologista Bruno Halpern.

Muitos médicos também não falam sobre isso com o paciente por conta do estigma. A discussão não acontece e a pessoa não faz o tratamento adequado para emagrecer
Outros dados do estudo mostram que apenas 51% das pessoas obesas discutem com seus médicos como podem ser ajudadas.

Fatores que levam à obesidade:

Consumir mais do que se gasta;
Sedentarismo;
Alimentos calóricos disponíveis e em grande quantidade;
Genética;
Mecanismos metabólicos: quando a gente emagrece, a fome aumenta e o gasto energético diminui;
Sono ruim;
Remédios.
Mas como emagrecer? O primeiro passo é procurar um profissional de saúde e não ter vergonha de falar das dificuldade para emagrecer. O médico precisa prescrever uma estratégia de emagrecimento de acordo com o caso. O tratamento pode ser mudança na alimentação, exercício físico e em alguns casos uso de medicamentos e cirurgia. As chamadas receitas milagrosas não dão certo e podem causar prejuízos para a saúde.


Outro estudo divulgado nos Estados Unidos alerta que jovens que foram ridicularizados por serem gordinhos tiveram um aumento de 33% do peso. É um alerta para quem insiste em fazer bullying com as crianças. O preconceito e o estigma social são grandes problema para o obeso por causa do julgamento. É fundamental o apoio da família e dos amigos no processo de emagrecimento.


A obesidade atinge 20% dos brasileiros. Ainda tem dúvidas sobre a doença? Sabe se o problema é genético? Se remédios podem levar à obesidade? Por que o corpo resiste a perder peso?

 

G1 bem Estar

energeticoAs bebidas energéticas contêm várias substâncias. As mais importantes são a cafeína e a taurina. Estudos relatam que o combo de taurina e cafeína causa aumento do trabalho cardíaco. Contudo, um novo estudo, publicado no Journal of American Heart Association, revelou que a cafeína não é a única responsável por aumentar esse risco cardíaco. 

“Essa é a grande novidade. Não é só a cafeína, mas também outros ingredientes presentes no energético”, alerta a cardiologista Jaqueline Scholtz.
Muita gente ignora o aviso no rótulo dos energéticos – que eles não devem ser tomados junto com bebidas alcoólicas. Essa combinação pode ser fatal para o coração. De acordo com a cardiologista, “o álcool relaxa o nível de consciência e faz com que a pessoa queira consumir a bebida cada vez mais”.


O estudo americano mostrou que há risco cardíaco quando se bebe mais de 900 ml de energético, ou seja, quase quatro latas. Ao misturar com a bebida alcoólica, muitas vezes “perdemos o controle” e acabamos bebendo mais.

O álcool promove uma excitação e, misturado com o energético, a animação se potencializa. A estimulação em excesso pode provocar um problema cardíaco. Em casos mais extremos, a arritmia pode ser fatal.

Pessoas com pressão alta e arritmia devem evitar o consumo de energético.
Existe consumo ideal? O ideal é consumir abaixo de quatro latinhas. Alguns estudos recomendam até, no máximo, duas latas. A quantidade varia de acordo com o intervalo que o energético é consumido, e a marca do produto. Quanto mais rápido o consumo, menor deve ser o número de latinhas.

Como reduzir danos?
Alternar o energético com um copo de água
Os pais precisam saber que o adolescente não tem essa atitude porque é rebelde, mas porque o cérebro dele é diferente
Não adianta falar para o filho: “isso faz mal”. O melhor é reforçar o lado positivo de NÃO beber
É preciso combater os locais que fazem open bar, pois essa é uma forma de minimizar os danos
O adolescente é como um carro que tem um acelerador grande, um freio pequeno e um tanque pequeno

 

G1

 

cesareaAntes do bebê chegar ao mundo, há uma enorme expectativa. A mãe passa meses planejando como será o parto, se pretende que seja natural, com ou sem anestesia, se terá uma doula, se será na água, entre várias outras opções … Em alguns casos, mesmo sem planejar, a mulher pode ter que ser levada ao centro cirúrgico para uma cesárea. A cena do nascimento já é conhecida. Deitada, a mãe é coberta por um pano verde ou azul – chamado de campo cirúrgico, no jargão médico. Durante o procedimento, o obstetra narra o que está acontecendo, mas a mãe não consegue assistir a todos os passos por causa da barreira física.

Pensando em humanizar esse momento, a ginecologista e obstetra Elis Nogueira desenvolveu uma nova opção: o parto com campo transparente. “Não me conformava com o fato de que a mãe era a última pessoa a ver o seu filho, ou a sua filha, num parto cesárea”, disse Elis, em entrevista a VEJA. Acompanhe os principais trechos:


Como surgiu a ideia do campo transparente? Sempre me preocupei em fazer do nascimento um momento muito especial para a mãe, pai e para o bebê. Eu não me conformava com o fato de que a mãe era a última pessoa a ver o seu filho, ou a sua filha, num parto cesárea, porque o campo de tecido não permitia que ela visse o exato momento em que o seu bebê chegava ao mundo. Até então, para ela, só era possível ouvir o chorinho do bebê e só depois que lhe mostravam. Em 2017, vi uma foto de um parto cesárea realizado nos Estados Unidos com o uso de um campo plástico transparente. Fiquei imaginando como aquilo poderia ter sido feito. Fui até o arsenal de materiais cirúrgicos e pedi uma capa plástica transparente e estéril que costumamos usar para cobrir microscópios e aparelhos de ultrassom durante cirurgias; e foi assim que comecei.

Qual a necessidade de ter essa separação entre a mulher e a cirurgia? O campo cirúrgico (que é o pano verde, azul ou transparente) é necessário para fazer uma barreira de proteção entre a área da cesárea e a parte superior do corpo da mulher, para evitar a contaminação por bactérias ou outros microrganismos através do contato direto das mãos ou braços da paciente com o local da incisão, e de fluídos como os produzidos por espirros, tosses, e pela fala, por exemplo.
Pode explicar qual é o material utilizado? O campo cirúrgico transparente é um material estéril e descartável, feito de polietileno transparente simples, e de baixo custo. Comecei usando uma simples capa plástica estéril transparente de 80×120 cm, que eu dobrava e fazia com que se tornasse uma ‘cortina transparente’, possibilitando a mãe visualizar o exato momento da chegada do seu bebê ao mundo. Mantendo, assim, as características de proteção, isolamento e esterilidade necessárias para se evitar contaminações.

Quais hospitais usam no Brasil? Desde 2017, uso do campo cirúrgico transparente em todas as cesáreas que realizo nos principais hospitais e maternidades de São Paulo.

No campo visual, é muito diferente do parto normal? Visualmente, a experiência da mamãe com o campo transparente na cesárea se aproxima à do parto normal, pois ela também vê o nascimento do seu filho. Não, não há mais sangue à vista, pois a paciente está deitada, o que a impede de ver a incisão cirúrgica.

O fato de ser uma cirurgia não pode impressionar os pais? Não assusta. A mulher fica deitada e não tem a visão da incisão cirúrgica ou de outras fases do procedimento que poderia impressioná-la. Além de estar na posição horizontal, após o nascimento, colocamos um outro campo, opaco. Ele é usado para fechar esta janela de visão da mãe e do pai, ou acompanhante.

Como é a recepção das famílias? A recepção foi e tem sido fantástica. A melhor possível. As mães me dizem que conseguiram se sentir parte daquele momento.

E dos médicos? Eles receberam bem? No início, a reação dos médicos foi de surpresa, até mesmo em minha própria equipe, por ser uma inovação nas cesáreas e uma prática até então desconhecida. Com o passar do tempo e com a adoção do campo cirúrgico transparente em todas as minhas cesáreas, a recepção passou as ser muito positiva.

 

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Foto: Katia Rocha/Divulgação