O projeto Aulas Voluntárias para o Enem é um suporte online para alunos que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O programa é formado por estudantes e egressos da Universidade Estadual do Piauí, além de discentes da Universidade Federal do Piauí e do Instituto Federal do Piauí.

A iniciativa tem como objetivo principal auxiliar os estudantes que não possuem recursos financeiros para custear um curso online ou que não recebem apoio suficiente da instituição que fazem parte. As aulas online do projeto acontecem de segunda à sábado, nas plataformas Zoom e Google Meet.

“O projeto surgiu agora na quarentena tendo em vista as dificuldades das aulas presenciais e de acompanhamento, pois sabemos que muitos alunos de escolas públicas e boa parte da população piauiense não tem acesso à internet de qualidade. Por isso, temos um grupo no Whastsapp, onde até mesmo os que não podem assistir as aulas online, estes podem tirar dúvidas e receber o material”, contou Natanael Soares, discente do 8º Bloco do curso de história, no Campus Poeta Torquato Neto.


Lígia Macêdo, egressa do curso de História da nossa Uespi, argumenta que “os alunos da rede pública foram os mais prejudicados com a suspensão das aulas presenciais, porque muitos não têm material, espaço e disponibilidade de horário adequados para estudar, pois já trabalham ou tem que ajudar em casa”. Diante desse cenário, o projeto propõe ajudar a melhorar a qualidade dos estudos desses alunos.

“Como algumas das nossas aulas são gravadas e também fazemos postagem dos conteúdos nas redes sociais – Whatsapp e Instagram, o aluno não tem a necessidade de uma ótima conexão com a internet para acompanhar os conteúdos. Assim, o aluno também pode ter acesso ao conteúdo de acordo com sua disponibilidade de horário”, complementa Lígia.

Crescimento

O Instagram do grupo – @aulasenemvoluntarias – é usado como ferramenta de divulgação e o Whatsapp para acompanhar o desenvolvimento dos alunos. Rebeca Freitas, participante da proposta e aluna da Uespi no Campus de Floriano, enfatiza que o grupo de tutores foi crescendo com a divulgação, assim também como o número de alunos.

“Hoje temos um time completo com todas as matérias, faltando apenas inglês e espanhol. Com a criação do Instagram e as divulgações, o projeto tomou uma proporção maior e hoje temos cerca de 75 alunos”, destacou Rebeca.

O grupo seleciona temas frequentemente abordados no Enem e toda semana apresentam esse conteúdo para os alunos. Rebeca Freitas conta ainda que não somente estudantes do Piauí contam com o auxílio do projeto, mas que alunos de várias partes do Brasil já entraram no grupo.

Contribuição

Samarithana Veras Fontenele, de 18 anos, é umas das alunas beneficiadas com o projeto. A jovem conta que terminou o ensino médio e não conseguiu aprovação no curso desejado, porém conheceu a proposta e está se preparando novamente para o exame.
“Me ajuda muito. Eu não sabia por onde começar os estudos, foi aí que eles apareceram, como uma luz. Gosto muito das aulas e dos professores, que são maravilhosos e admiro a força de vontade deles por nos ajudarem., porque hoje em dia é difícil encontrar alguém que nos ajude sem querer algo em troca”, finalizou a jovem.

 

Uespi

Consulta será feita através de questionário enviado virtualmente

aulaspresenciaisO Ministério da Educação (MEC) começa a enviar a partir desta quarta-feira (15) um questionário a alunos e professores sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais durante a pandemia de Covid-19. Disponibilizado de modo on-line, a ação está sendo realizada em parceria com a organização social CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos).

As experiências poderão ser contadas por alunos e professores de todas as instituições de ensino superior das redes pública e privada que estavam matriculados ou lecionaram no primeiro semestre deste ano, em cursos presenciais.

A intenção do questionário, segundo o MEC, é entender a percepção dos alunos e professores sobre a nova rotina de aulas e estudos, além de obter informações sobre as ferramentas e tecnologias utilizadas nas aulas transmitidas por vídeo.

O questionário contém formulário específico para cada grupo: um para as instituições de ensino, que visa checar a adesão às aulas remotas e dados sobre evasão escolar; outro para os professores e um somente para os alunos. No caso desses dois últimos públicos, o questionário tem perguntas a respeito da suspensão das aulas e da oferta de ferramentas adequadas para as aulas em meios digitais.

Ainda conforme o MEC, alunos e professores devem receber o questionário pelo e-mail cadastrado junto à instituição de ensino, a partir desta quarta (15). As perguntas devem ser respondidas até 31 de julho, excetuando-se as instituições de ensino superior credenciadas pelo MEC que já responderam ao questionário.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

O Instituto Federal do Piauí divulgou edital de seleção interna para projetos voltados à promoção tecnológica com foco na economia 4.0.

Os projetos irão estimular o desenvolvimento de habilidades relacionados à tecnologias digitais no contexto de Economia 4.0 nos estudantes de ensino médio técnico, médio regular e dos anos finais do ensino fundamental das redes públicas de ensino.

Serão selecionados até 08 (oito) projetos de iniciação tecnológica que deve ter anuência da Diretoria Geral do campus. O prazo para a execução dos projetos é de 24 (vinte e quatro) meses.

As inscrições das propostas dos campi serão realizadas em sistema eletrônico e todos os documentos solicitados deverão ser submetidos exclusivamente nesse sistema no período de 14 de julho à 14 de agosto.

Para cadastrar os projetos, o proponente deverá seguir as orientações disponíveis no edital via plataforma SUAP.

Sobre Projeto de Iniciação Tecnológica

Define-se como Projetos de Iniciação Tecnológica o conjunto de ações voltado ao estímulo ao pensar tecnológico e à superação de barreiras ao aprendizado tecnológico, que pode constituir-se em cursos, oficinas ou atividades dentro das instituições da Rede Federal, nas escolas municipais e estaduais ou nas comunidades onde os estudantes residam.

Confira o edital

 

Ifpi

analfabetismoA taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, divulgada hoje (15). Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples.

“É uma taxa que vem baixando ao longo do tempo”, diz a analista da pesquisa Adriana Beringuy. Em 2016, era 7,2%. “O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar indicador menor”, acrescenta.

Apesar de ter registrado queda, os dados mostram que 18% daqueles com 60 anos ou mais são analfabetos. Em 2018, eram 18,6% e, em 2016, 20,4%.

Reduzir a taxa de analfabetismo no Brasil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil, até a pós-graduação. Pela lei, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de 6,5% de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais. Em 2024, essa taxa deverá chegar a zero.

“A gente percebe que chegou em 2019 com a taxa nacional próxima à meta de 2015, é como se estivéssemos quatro anos atrasados nesse atendimento”, diz Adriana.

Desigualdades

Além das diferenças entre as idades, o levantamento mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização no Brasil. Em relação aos brancos, a taxa de analfabetismo é 3,6% entre aqueles com 15 anos ou mais. No que se refere à população preta e parda, segundo os critérios do IBGE, essa taxa é 8,9%. A diferença aumenta entre aqueles com 60 anos ou mais. Enquanto 9,5% dos brancos não sabem ler ou escrever, entre os pretos e pardos, esse percentual é cerca de três vezes maior: 27,1%.

As regiões Sul e Sudeste têm as menores taxa de analfabetismo, 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na Região Centro-Oeste a taxa é 4,9% e na Região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, 13,9%.

Entre os que têm 60 anos ou mais, as taxas são 9,5% na Região Sul; 9,7% no Sudeste; 16,6% no Centro-Oeste; 25,5% no Norte; e 37,2% no Nordeste.

A Região Nordeste foi a única a apresentar leve aumento da taxa de analfabetismo entre 2018 e 2019. Entre os mais jovens, a taxa praticamente se manteve, variando 0,03 ponto percentual. Entre os mais velhos, a variação foi de 0,33 ponto percentual.

Segundo o IBGE, a maior parte do total de analfabetos com 15 anos ou mais, 56,2% - o que corresponde a 6,2 milhões de pessoas - vive na Região Nordeste e 21,7%, o equivalente a 2,4 milhões de pessoas, no Sudeste.

Anos de estudo

A Pnad Contínua Educação mostra que, em média, o brasileiro estuda 9,4 anos. O dado é coletado entre as pessoas com 25 anos ou mais. Esse número aumentou em relação a 2018, quando, em média, o tempo de estudo no Brasil era de 9,3 anos. Em 2016, de 8,9.

Com relação à cor ou raça, segundo o IBGE, “a diferença foi considerável”, mostra o estudo. As pessoas brancas estudam, em média, 10,4 anos, enquanto as pessoas pretas e pardas estudam, em média, 8,6 anos, ou seja, uma diferença de quase dois anos entre esses grupos, que se mantém desde 2016.

As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste têm médias de anos de estudo acima da nacional, com 10,1; 9,7; e 9,8 anos respectivamente. As regiões Nordeste e Norte ficaram abaixo da média do país, com 8,1 anos e 8,9 anos, respectivamente.

A proporção daqueles com 25 anos ou mais que concluíram o ensino médio passou de 47,4% em 2018 para 48,8% em 2019. Entre os brancos, esse índice é maior, 57%. Entre os pretos e pardos, 41,8%. De 2016 para 2019, essa diferença, de acordo com o IBGE,  caiu um pouco, “porém se manteve em patamar elevado, indicando que as oportunidades educacionais eram distintas para esses grupos”.

O IBGE pondera que, apesar dos avanços, mais da metade, o equivalente a 51,2%, da população de 25 anos ou mais no Brasil não completaram a educação escolar básica.

Os dados da Pnad Contínua Educação do IBGE são referentes ao segundo  trimestre  de  2019.

 

Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil