Foi divulgado, nesta terça-feira, 14, edital de seleção de supervisores para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). A seleção acontece para 45 vagas distribuídas em 11 campi. O valor da bolsa é de 765 reais.

As inscrições são realizadas através da internet no período de 15 a 24 de julho e os candidatos devem preencher as informações e enviar da documentação exigida no edital.

O processo de seleção dos candidatos será conduzido por uma Comissão Local do Campus onde o subprojeto do PIBID/IFPI será desenvolvido.

O Projeto Institucional de iniciação à docência terá duração de dezoito meses, distribuídos em três módulos de 13 8 horas cada, totalizando 414 horas

O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 03 de agosto.

 

Acesse o edital

 

IFPI

Professores do curso de Enfermagem dos campi de Parnaíba, Floriano e Picos promovem o I Encontro Pedagógico Integrado dos cursos de Enfermagem da UESPI , juntamente ao III Encontro Pedagógico do curso de Enfermagem (CCS-UESPI). Os eventos simultâneos iniciam hoje (14) por videoconferência plataforma Google Meet e seguem até o dia 23 de julho.

O III Encontro Pedagógico do Curso de Enfermagem – CCS UESPI, já estava programado e iria acontecer de forma presencial. Com a pandemia, surgiu a necessidade de dar continuidade a este encontro de forma remota a fim de integrar os professores e trazer para eles as temáticas atualizadas e pertinentes ao novo modelo de ensino, o qual irão vivenciar. Esta ideia foi compartilhada com as coordenadoras dos cursos de enfermagem dos campus de Picos, Parnaíba e Floriano, as quais acharam oportuna e pertinente esta integração.

A professora Samira Martins está envolvida na organização do evento. Ela afirma que o público-alvo envolve principalmente os professores que compõem o Curso de Enfermagem dos quatro campi da UESPI. “O objetivo do evento é principalmente trazer para o professor dos cursos de enfermagem da UESPI, o que há de novidades em inovações no ensino, além de buscar estratégias para fortalecer a pesquisa dentro do curso”, pontua a professora.

A programação dos eventos conta com quatro encontros. Para o primeiro momento, a convidada Professora Jannayna Tavares, a qual possui formação em mentoring, coaching, em educação e em gestão de pessoas e organizações, abordará Metodologias ativas em aulas remotas. Os demais momentos serão ministrados pelos professores do curso. Eles abordarão uso das plataformas digitais, pesquisa científica e Comitê de Ética e Pesquisa.

O Encontro será voltado para os professores dos cursos de enfermagem da UESPI. Os links de participação serão enviados por e-mail. No e-mail, constarão todas as informações referentes as reuniões.

 

Uespi

 

Processo seletivo recebeu 814.476 solicitações

sisuresultadoInscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2020 podem consultar, a partir de hoje (14), o resultado do processo seletivo. Caso estejam classificados, o prazo para matrícula da chamada regular será de 16 a 21 de julho. Para conferir o resultado, o candidato deve acessar o site oficial do Sisu, informando o número de inscrição e a senha.

Conforme o edital do Sisu, a classificação dos candidatos segue a seguinte ordem de critérios: maior nota na redação; maior nota na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias; maior nota na prova de matemática e suas tecnologias; maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias e maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias.

Quem não for selecionado nesta primeira chamada deverá manifestar o interesse em participar da lista de espera, por meio da página do Sisu na internet, entre hoje e 21 de julho. A lista de espera é uma forma de preencher as vagas que, por algum motivo, acabaram não sendo preenchidas pelos candidatos selecionados. A convocação para os selecionados na lista de espera começará a ser feita no dia 24 de julho pelas instituições

Nesta edição, o Sisu recebeu, no total, 814.476 solicitações. Foram disponibilizadas pelo programa 51.924 vagas ofertadas em 57 instituições públicas de educação superior do país. Pela primeira vez, o programa também reservou vagas em cursos na modalidade a distância.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Com o surgimento da pandemia da covid-19, da noite para o dia professores e alunos tiveram que se acostumar e se reinventar na forma de aprender e de ensinar: com aulas online e videoaulas, entre outras ferramentas, os educadores se viram diante de novos desafios, aos quais estavam pouco ou nada preparados.

Embora o ensino a distância (EAD) já seja realidade para os adultos que fazem cursos técnicos, graduação e pós-graduação de forma online, para crianças e jovens a modalidade ainda está em crescimento, mesmo que não seja uma novidade, explica o professor e autor de livros didáticos Ismael Rocha.

“Há muito tempo, diversas escolas praticam o ensino híbrido. A partir do momento em que utilizam diferente plataformas de ensino e aprendizagem, estão trabalhando com o ensino híbrido. Quando há uma excursão para visitar um museu, uma área de mata, essas visitas representam ensino híbrido, que é algo que acontece na sala de aula e fora dela”.

O que não estava estruturado, diz Rocha, era o uso constante do online.  “O que nós não tínhamos antes da pandemia era o uso das ferramentas virtuais para o trabalho do ensino híbrido, não tínhamos a construção do online, que era muito pouco utilizado. Algumas escolas já tinham uma plataforma onde os alunos podiam tirar exercícios, publicar alguma lista de coisas que tinham feito, mas da maneira sistemática como estamos começando a ver hoje e como teremos daqui para a frente é uma novidade - não o ensino hibrido, mas o ensino a partir do uso de plataformas digitais, o ensino online”, acrescenta.

Considerada tendência na área da educação para o futuro, a mistura entre o ensino presencial e o online, que prevê um mix entre a sala de aula convencional e conteúdos produzidos com apoio de ferramentas de tecnologia, vai invadir mais fortemente a vida do estudante no mundo pós-pandemia. Mas o formato exige muito mais mudança dos professores do que dos estudantes, acredita Rocha, que também é diretor do Institute of Technology and Education (Iteduc), organização pioneira em capacitar professores de educação básica para o ensino online.

“É uma mudança de paradigma, que vai levar professores e alunos a acreditarem que a plataforma digital é uma ferramenta extremamente útil para o processo de ensino-aprendizagem, principalmente porque a grande maioria dos jovens, desde as crianças, utiliza as ferramentas digitais para o lazer. A relação com o digital para as crianças e os jovens não é uma relação nova, já é presente.”

Nativos digitais

Na visão do especialista, o esforço está em transferir essa habilidade dos jovens para a área da educação. “O trabalho do professor vai ser fazer a transposição, acreditando que essas ferramentas podem trazer e facilitar o processo de ensino-aprendizagem, vamos ter dados mais significativos, vamos saber quantos alunos estão entrando na plataforma para fazer a tarefa, para cumprir as atividades. Vamos gerar a possibilidade de trazer para esses alunos informações muito mais criativas e envolventes, ou seja, muda muito e muda para melhor.”

A adoção do método exige uma reorganização do tempo de sala de aula, junto com novo plano pedagógico. O professor ganha um papel também de mentor, apto a impulsionar os alunos em direção a uma postura crítica, acompanhando as questões individuais e dando vazão ao que melhor funciona no aprendizado de cada estudante. E as diversas plataformas digitais vêm para somar essa relação ensino-aprendizado.

“Temos inúmeras plataformas que permitem esse tipo de interação. Desde as mais simples, que permitem que você faça uma aula e um exercício online, até as mais sofisticadas. Essas ferramentas ainda não são tão fáceis de serem trabalhadas, porque a grande maioria dos professores não é nativa digital, o que gera certa dificuldade para que o processo todo aconteça de maneira tranquila. Os professores estavam acostumados a ensinar, agora eles terão que aprender para ensinar. Certamente, os professores conseguirão dominar essas ferramentas para colocá-las em prática e permitir que o ensino híbrido se torne cada vez mais uma realidade.”

Ensino híbrido

Também conhecido pelo termo em inglês blended learning, o ensino híbrido se acentuou com o advento da internet e nada mais é do que combinar diversas plataformas, como filmes, rádio e televisão, por exemplo. “Quando eu peço que o aluno assista a um filme e, na aula seguinte, tenho um debate sobre o filme, estamos trabalhando com diferentes plataformas para o que o processo de ensino se dê de forma mais intensa, e tudo isso veio de maneira mais forte com o advento da internet”, afirma Rocha.

Segundo o professor, atualmente quem não tem acesso à internet e a computadores pode ficar prejudicado, mas há outras formas. “Os alunos que não têm acesso a essas plataformas ficam prejudicados sim, mas temos experiências em alguns lugares do mundo, com características socioeconômicas parecidas com as do Brasil, em que as aulas foram dadas pelo rádio por meio de emissoras estatais, ou seja, fizeram aulas permitindo que os alunos daquele país pudessem aprender. Se olharmos de uma maneira muito reducionista, entendendo que o ensino híbrido só pode ser feito por meio de internet com banda larga, não há dúvida de que realmente há um prejuízo para aquelas crianças e jovens que não têm acesso.”

O ensino híbrido pode ser feito por meio de formas bem conhecidas, lembra Ismael Rocha. “Nós temos estações de TV e rádio estatais, temos a possibilidade de fazer a geração de materiais escolares numa velocidade muito rápida. É muito mais uma decisão política, para que o ensino híbrido possa fazer parte do dia a dia das escolas, do que uma decisão de tecnologia. Um exemplo no Brasil é o famoso telecurso, quando uma série de pessoas conseguiu seu diploma dos antigos primeiro e segundo graus, acompanhando aulas todos os dias pela televisão. Elas não tinham oportunidades de ter aulas presenciais”, diz.

Na opinião do professor, a pandemia traz esse avanço para a educação. “Se tiver um programa de educação que seja formatado de maneira que todos possam ter acesso à informação, certamente nós teremos um ganho. A pandemia traz exatamente esse desenho: a possibilidade de mudarmos definitivamente a realidade da educação no Brasil. Para a educação não existem limites, existe sim a necessidade de ter boa vontade, porque aprender é algo que o ser humano faz desde quando nasce, desde os tempos das cavernas, por diferentes plataformas, nós estamos só sistematizando isso.”

Educa Week 2020

Nesta terça-feira (14) no Educa Week, às 9h, Ismael Rocha e mais três especialistas vão falar sobre o tema, em debate de utilidade pública online. O debate contará com a participação de Mario Ghio, diretor-presidente do Somos Educação; Guilherme Cintra, head de Tecnologia Educacional do Eleva Educação, e Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais da SAS plataforma de educação.

A Educa Week 2020 vai até domingo (19 de julho). No total, serão mais de 30 painéis com a participação de 70 especialistas, que vão debater o futuro da educação no Brasil e compartilhar experiências de sucesso do ensino-aprendizagem durante a pandemia, entre outras pautas do setor. Para acompanhar os debates, aberto ao público, basta acessar  o site do evento.

 

Agência Brasil