O Corinthians decepcionou (e muito) o seu torcedor na noite da última quarta-feira. O time foi dominado e perdeu para o Barcelona de Guayaquil, por 3 a 0, no Equador, e se complicou na Libertadores. A derrota não tem um único culpado, mas é consequência de uma série de decisões ruins do técnico Ramón Díaz.

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A começar pelo esquema tático. O treinador surpreendeu na escalação e decidiu mandar a campo um Corinthians com três zagueiros. Ele alega que precisava fazer alterações em razão do desgaste causado pela sequência de jogos, mas fato é que o sistema tornou a equipe covarde e a deixou acuada no primeiro tempo.

O Timão, apesar da postura ruim, não sofreu e vinha até fazendo uma partida sólida defensivamente. Porém, poucas vezes ultrapassou a linha do meio-campo e encerrou a primeira etapa sem sequer finalizar a gol. Yuri Alberto, isolado, mal tocou na bola. Já Garro e Memphis estavam em uma noite trágica e erraram praticamente tudo o que tentaram.

O pênalti infantil cometido por João Pedro Tchoca deixou o Corinthians em desvantagem, mas o 1 a 0 era um resultado aceitável e completamente reversível. Ramón, entretanto, quis arriscar e, logo na volta do intervalo, voltou ao tradicional 4-3-1-2. O esquema deixou o time mais solto, mas expôs demais a uma defesa que já é frágil por si só.

Não satisfeito, o argentino decidiu tirar mais um meio-campista e colocou Romero, mudando para um 4-3-3. Resultado: 3 a 0 no placar e Corinthians por um fio na Libertadores.

Agora, a equipe do Parque São Jorge precisa vencer por quatro gols de diferença no jogo de volta, em Itaquera, para avançar no tempo normal. Em caso de triunfo por três gols, o duelo irá para os pênaltis. Qualquer outro placar elimina o clube paulista.

O segundo encontro entre Corinthians e Barcelona está agendado para a próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília). O vencedor do confronto garante vaga na fase de grupos do principal torneio continental. Já o eliminado irá disputar a Sul-Americana.

O próximo compromisso do Timão é novamente decisivo. E desta vez um clássico. No domingo, o time enfrenta o Santos de Neymar, às 18h30, pela semifinal do Campeonato Paulista. O embate, definido em jogo único, será disputado na Neo Química Arena.

Gazeta esportiva

Foto: Marcos Pin/AFP

Na manhã desta quinta-feira, o técnico Dorival Júnior divulgou a lista dos 23 jogadores convocados para representarem a Seleção Brasileira nos dois compromissos de março pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O Brasil enfrenta primeiro a Colômbia e, na sequência, pega a Argentina.

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A convocação do treinador trouxe de volta um nome esperado por muitos brasileiros: Neymar Júnior. Com o retorno ao Santos e recuperado dos últimos problemas físicos, o camisa 10 voltou ao radar da Seleção Brasileira e fará parte do elenco para os dois embates.

Neymar retorna à Seleção após mais de um ano fora. A última vez que o craque esteve a serviço do Brasil foi em outubro de 2023, também para jogos das Eliminatórias. Em sua última convocação, o astro atuou os 90 minutos contra a Venezuela. Já no duelo seguinte, contra o Uruguai, sofreu a grave lesão ligamentar no joelho esquerdo, que o afastou dos gramados por um longo período.

O camisa 10 já vinha sendo observado por Dorival desde que retornou de lesão, quando ainda estava no Al-Hilal. O treinador, então, voltou ainda mais sua atenção ao astro após o retorno ao Santos. Já são três gols e três assistências de Neymar em sete jogos pelo Peixe.

Dorival também incluiu na lista outros seis jogadores que atuam no futebol brasileiro: Estêvão (Palmeiras), Guilherme Arana (Atlético-MG) e Danilo, Gerson, Léo Ortiz e Wesley (Flamengo).

O Brasil encara a Colômbia no próximo dia 20 de março (quinta-feira), às 21h45 (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha, pela 13ª rodada das Eliminatórias. Em seguida, a equipe tem o clássico contra a Argentina no dia 25 de março (terça-feira), às 21h, no Monumental de Nuñez.

A Seleção Brasileira está apenas na quinta colocação das Eliminatórias, com 18 pontos - seis a mais que a Venezuela, primeira seleção fora da zona de classificação. As seis primeiras se classificam direto para a Copa do Mundo de 2026, enquanto a sétima disputa a repescagem. Confira a lista completa de convocados pela Seleção:

GOLEIROS

Alisson - Liverpool (ING)

Bento - Al-Nassr (ARA)

Ederson - Manchester City (ING)

ZAGUEIROS

Danilo - Flamengo

Gabriel Magalhães - Arsenal (ING)

Marquinhos - PSG (FRA)

Murillo - Nottingham Forest (ING)

Léo Ortiz - Flamengo

LATERAIS

Guilherme Arana - Atlético-MG

Vanderson - Monaco (FRA)

Wesley - Flamengo

MEIO-CAMPISTAS

André - Wolverhampton (ING)

Bruno Guimarães - Newcastle (ING)

Gerson - Flamengo

Joelinton - Newcastle (ING)

Matheus Cunha - Wolverhampton (ING)

Neymar Jr. - Santos

ATACANTES

Estêvão - Palmeiras

João Pedro - Brighton (ING)

Raphinha - Barcelona (ESP)

Rodrygo - Real Madrid (ESP)

Savinho - Manchester City (ING)

Vinícius Júnior - Real Madrid (ESP)

Gazeta espotriva

O recorte de Filipe Luís como técnico profissional é curto, mas é bastante representativo. São apenas 24 jogos no comando do Flamengo e dois títulos já conquistados: Copa do Brasil e Supercopa. Além disso, o treinador ostenta a segunda maior invencibilidade entre os treinadores do clube desde 2019.

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Filipe Luís não sabe o que é perder há 21 partidas: 15 vitórias e seis empates. O aproveitamento no período de invencibilidade é de 80%. Ao todo, dos 24 jogos em que esteve à frente do time, o treinador venceu 17, empatou seis e perdeu apenas um. O único revés aconteceu contra o Fluminense, no dia 17 de outubro.

Filipe Luís no Flamengo

24 jogos

17 vitórias

6 empates

1 derrota

44 gols marcados

12 gols sofridos

79,1% de aproveitamento

2 títulos

O período de invencibilidade de Filipe Luís só não é maior do que o de Jorge Jesus, que ficou 29 partidas sem perder a frente do Flamengo. Mas o novato treinador já superou outro técnico campeão: Dorival Júnior. Em 2022, Dorival chegou a marca de 19 jogos de invencibilidade.

Veja os períodos de invencibilidade do Flamengo desde 2019

Jorge Jesus - 29 jogos (24 vitórias e 5 empates)

Filipe Luís - 21 jogos (15 vitórias e 6 empates)

Dorival Júnior - 19 jogos (15 vitórias e 4 empates)

Jorge Jesus - 18 jogos (16 vitórias e 2 empates)

Tite - 18 jogos (14vitórias e 4 empates)

Rogério Ceni - 16 jogos

Domènec Torrent - 12 jogos

Jorge Sampaoli - 11 jogos

Abel Braga - 10 jogos

Paulo Sousa - 10 jogos

Renato Gaúcho - 9 jogos

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Foto: André Durão

O Conselho da Fifa aprovou nesta quarta-feira (5) a criação de um Mundial de Clubes Feminino, que acontecerá a cada quatro anos e reunirá 16 equipes; e de uma Copa das Campeãs, que será realizada anualmente com as campeãs continentais.

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A primeira edição do Mundial de Clubes Feminino será realizada em 2028. Serão cinco equipes da Europa, duas da América do Sul, duas da África, duas da Ásia e duas da Concacaf, além de outros três times que serão definidos em partidas entre os classificados de cada confederação em uma fase preliminar.

A fórmula de disputa também foi aprovada. O Mundial terá quatro grupos com quatro equipes cada, e as duas melhores classificadas avançam às quartas de final, seguindo até a final. Não há disputa de 3° lugar. O local da competição ainda não foi escolhido.

Já a Copa das Campeãs será disputada anualmente nos anos em que não houver o Mundial de Clubes Feminino. Serão seis times em disputa, com o representante da Conmebol entrando diretamente nas semifinais.

O torneio será realizado pela primeira vez no ano que vem, e as três primeiras edições já tem inclusive data confirmada: em 2026, a Copa das Campeãs será entre 28 de janeiro e 1º de fevereiro; a edição de 2027, por sua vez, vai acontecer entre 27 e 31 de janeiro; em 2029, entre 24 a 28 de janeiro. Os locais ainda não foram confirmados.

— É um dia histórico para o futebol feminino — vibrou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que participou da reunião do Conselho da Fifa por videoconferência.

— A Fifa busca cada vez mais o fortalecimento do futebol feminino em todo o mundo, e a CBF comunga com isso — acrescentou Ednaldo.

Além do Mundial de Clubes Feminino, conselho traz definições sobre Copa O Conselho da Fifa também abriu processo para países que queiram organizar as Copas do Mundo Feminina (de seleções) de 2031 e 2035. Apenas países da África e da Concacaf poderão se candidatar para receber a Copa de 2031; a de 2035, por sua vez, receberá inscrições apenas de países africanos ou europeus.

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Foto: German Parga/FC Barcelona