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Nos últimos dias, uma sequência de imagens viralizou na internet ao mostrar uma pessoa que "fechou" uma ferida no dedo com uma cola do tipo Super Bonder. O caso chamou atenção e dividiu opiniões sobre a utilização do material — se era devida ou se apresentava riscos.

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A dermatologista e pesquisadora Maria Victoria Suárez, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que existem colas de uso médico que têm a mesma base de supercolas, como a Super Bonder (cianoacrilato). Nos últimos dias, uma sequência de imagens viralizou na internet ao mostrar uma pessoa que "fechou" uma ferida no dedo com uma cola do tipo Super Bonder. O caso chamou atenção e dividiu opiniões sobre a utilização do material — se era devida ou se apresentava riscos.

A dermatologista e pesquisadora Maria Victoria Suárez, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que existem colas de uso médico que têm a mesma base de supercolas, como a Super Bonder (cianoacrilato). No entanto, tais colas de uso medicinal possuem também outros componentes que permitem que a substância se torne mais maleável, não se quebre e permaneça na ferida pelo tempo necessário para que ela se feche.

Além disso, as colas de uso médico são estéreis, diferentemente das supercolas encontradas em mercados e utilizadas para consertar objetos. Assim, há o perigo da entrada de partículas contaminadas, que podem ocasionar problemas na ferida do paciente.

Maria Victoria ressalta que o uso de colas para tais ocasiões deve ser exclusivo de médicos. Isso porque os especialistas precisam avaliar a necessidade da utilização do recurso. Segundo um dos sistemas de instalações médicas dos Estados Unidos, o Mayo Clinic Health System, o uso de colas para fechar feridas apresenta entre seus benefícios o fato de não ser doloroso, a rapidez, a não utilização de agulhas e, consequentemente, a falta de necessidade de sedação — o que pode acontecer em procedimentos com crianças, dada a agitação e o medo de procedimentos para suturas.

A instituição recomenda o uso de cola para fechar feridas pequenas e em locais que não tenham muita circulação sanguínea.

R7

Reprodução Twitter/@pessoas1000qi; Montagem/R7

A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, incluindo bactérias, vírus, fungos ou outros microorganismos.

A doença meningocócica, por sua vez, é um tipo específico de meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo. Ela é transmitida pelo contato próximo, principalmente por meio de secreções respiratórias.

Essa bactéria é altamente contagiosa e pode levar a casos graves de meningite, assim como a outras manifestações clínicas, como sepse meningocócica e meningococcemia.

Sintomas

Pacientes com doença meningocócica podem apresentar alguns sintomas como:

A doença meningocócica pode apresentar uma variedade de sintomas, que podem se manifestar rapidamente e progredir de forma rápida. Os principais sintomas incluem: • Febre alta;

  • dor de cabeça intensa;
  • rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar o pescoço para frente);
  • fotofobia (sensibilidade à luz);
  • náuseas e vômitos;
  • manchas vermelhas ou roxas na pele (petéquias ou equimoses);
  • confusão mental ou dificuldade de concentração;
  • sonolência excessiva ou dificuldade para acordar;
  • convulsões;
  • irritabilidade, especialmente em bebês e crianças pequenas.

É importante ressaltar que nem todos os sintomas estão presentes em todos os casos e que a doença meningocócica pode progredir rapidamente, levando a complicações graves. Diagnóstico

Na avaliação médica, a presença de sintomas característicos, como febre alta, rigidez de nuca e manchas na pele, pode levantar suspeita de doença meningocócica.

São solicitados exames laboratoriais e de imagem para verificar se há sinais de inflamação nas meninges ou no cérebro.

Também é coletado sangue e líquido cefalorraquidiano para investigar a presença da bactéria Neisseria meningitidis e realizar testes de sensibilidade aos antibióticos. Tratamento

O paciente diagnosticado com doença meningocócica deve ficar em isolamento hospitalar, o tratamento é feito com antibióticos para combater a infecção pela Neisseria meningitidis.

Outros cuidados ainda envolvem a administração de líquidos intravenosos para manter a hidratação e remédios para controlar dor, febre e reduzir a pressão intracraniana, se necessário.

Alguns pacientes que correm mais risco de sepse ou choque séptico podem ser levados à UTI para monitoramento dos níveis de oxigênio e funções de órgãos como os rins, por exemplo. Prevenção

Para os principais agentes infecciosos causadores da meningite, existem vacinas disponíveis no SUS e na rede privada.

As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:

  • Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
  • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
  • Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
  • Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.

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As vitaminas são fundamentais na constituição, elaboração e resposta das células que formam o organismo. No entanto, as necessidades variam conforme a faixa etária. Isso porque as deficiências nutricionais podem surgir com dietas muito restritivas, alimentação deficiente, alterações no processo digestivo, má absorção intestinal, entre outras questões, como o próprio local de moradia e a pobreza do solo onde os alimentos foram plantados. Algumas idades têm necessidades nutricionais peculiares, podendo ser imprescindível uma suplementação para garantir o aporte adequado de vitaminas e minerais. "Se uma pessoa apresenta deficiência de vitaminas ou minerais específicos, a suplementação pode ser necessária para corrigir o problema", afirma a endocrinologista Isis Toledo, da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Isis explica que, de acordo com recomendações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), recém-nascidos prematuros precisam de suplementação de vitamina D e de ferro, que pode variar conforme o peso. Prematuros com peso abaixo de 1 kg devem suplementar o ferro com 4 mg/kg diariamente durante um ano. Já prematuros de 1 kg a 1,5 kg precisam suplementar ferro com 3 mg/kg diários no primeiro ano e, no segundo ano, 1 mg/kg.

vitaminas

Já os bebês não prematuros mas com baixo peso (até 1,5 kg) precisam de suplementação de ferro diária de 2 mg/kg no primeiro ano e, no segundo ano, 1 mg/kg. Para aqueles que nasceram com peso adequado e não são prematuros, a SBP recomenda que a suplementação de ferro seja feita a partir do sexto mês de vida, quando ocorre a introdução alimentar, com 1 mg/kg diário até que a criança complete seu segundo aniversário

Quanto à vitamina D, a endocrinologista explica que as recomendações da SBP são de que a suplementação preventiva seja feita com 400 UI/dia a partir da primeira semana de vida até os 12 meses e com 600 UI/dia dos 12 aos 24 meses, inclusive para as crianças em aleitamento materno exclusivo

Entre os adolescentes, Isis afirma que, muitas vezes, é necessário suplementar o cálcio. Segundo os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares — Análise do Consumo Alimentar do IBGE, de 2013, 97% das crianças e adolescentes de 10 a 18 anos registraram ingestão de cálcio abaixo do valor mínimo recomendável (1.100 mg/dia). Assim, a endocrinologista explica que, se a ingestão de cálcio não for aumentada, é necessário fazer a suplementação do nutriente.

Para os adultos, são indicadas as suplementações com creatina e whey protein. A creatina é recomendada para aumentar a performance nos exercícios e a força, enquanto o whey protein é aconselhado para a formação muscular.

De acordo com a nutricionista Natalia Barros, a suplementação durante a gravidez busca garantir o bem-estar da mãe e do bebê, visto que há um aumento das necessidades nutricionais. Entre os nutrientes que precisam de suplementação nessa fase está o folato — forma natural da vitamina B9 —, que tem papel fundamental no início da formação do sistema nervoso do bebê. Embora a substância seja encontrada em alimentos como feijão, lentilha, espinafre, brócolis e laranja, muitas vezes é difícil obter as quantidades necessárias apenas por meio da alimentação. Por isso, é importante que a vitamina seja suplementada desde o início da gestação.

Natalia afirma que a suplementação de ferro durante a gestação também é importante, por causa do aumento do volume sanguíneo e pelas demandas do feto em crescimento. Ele é necessário para a produção de glóbulos vermelhos e para o transporte adequado de oxigênio pelo corpo. Além da suplementação, é importante que as futuras mamães se lembrem de ingerir alimentos ricos em ferro, como carne vermelha, aves, peixes, leguminosas, folhas verde-escuras. A vitamina C também ajuda na absorção de ferro, portanto é recomendado consumir alimentos ricos nessa vitamina, como frutas cítricas, morangos e pimentões

s vitaminas do complexo B devem ser suplementadas nessa fase também. Isso porque elas desempenham papel importante no metabolismo energético, na formação de glóbulos vermelhos, na manutenção do sistema nervoso. As fontes alimentares de vitaminas do complexo B incluem carnes, peixes, aves, laticínios, ovos, grãos integrais, leguminosas, folhas verde-escuras e nozes e, caso necessário, a suplementação deve ser feita apenas sob orientação médica

A nutricionista lembra a importância da suplementação de cálcio durante a gravidez. Além de suprir as necessidades do nutriente para a formação dos ossos do bebê, é importante que as gestantes se atentem às necessidades pessoais, visto que o cálcio ajuda a prevenir a perda óssea materna, que pode ocorrer devido às demandas do feto. Também pode auxiliar no controle da pressão arterial, prevenindo a pré-eclâmpsia, uma complicação grave da gravidez. Em conjunto, é importante que haja a suplementação de vitamina D, que auxilia na absorção do cálcio pelos ossos.

Outro nutriente importante para ser suplementado na gravidez é o DHA (ácido docosa-hexaenoico). O DHA é um ácido graxo ômega-3, sendo um componente estrutural essencial para o cérebro, os olhos e o sistema nervoso central no desenvolvimento do bebê. O DHA tem propriedades anti-inflamatórias e cardioprotetoras, protegendo a saúde cardiovascular materna, reduzindo o risco de pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e outras complicações relacionadas ao coração

Isis afirma que as necessidades vitamínicas são alteradas por causa de fatores como redução do apetite, digestão mais lenta, dificuldade de engolir e problemas dentários, o que impacta a ingestão de nutrientes por alimentos — podendo faltar proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais e até calorias. Isso pode resultar na perda de peso e de massa muscular.

Além das faixas etárias, alguns grupos podem necessitar de suplementação vitamínica. Entre eles, estão os pacientes que realizaram cirurgia bariátrica nas técnicas bypass gástrico, gastrectomia vertical (sleeve) e derivações biliopancreáticas. As cirurgias que envolvem desvio intestinal comprometem a absorção de cálcio dos alimentos e também a mistura de sais biliares com a gordura, prejudicando a absorção de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina D. Assim, muitas vezes esse grupo precisa repor os seguintes nutrientes: zinco, cálcio, ácido fólico, vitamina D, biotina, ferro, cobre, selênio e vitamina K.

A recomendação de suplementação vitamínica entre idosos se dá quando o consumo de nutrientes é inferior a 70% das recomendações diárias por alimentos. Entre as vitaminas que mais costumam ter ingestão baixa nessa faixa etária estão a vitamina A, a vitamina B6, o zinco e o cálcio, além da deficiência de proteínas e calorias devido a dietas mais restritivas — podendo haver a necessidade de tais suplementações.

As especialistas reforçam que não existe nenhum suplemento que seja necessário para todas as pessoas em algum momento da vida e que as vitaminas devem ser consumidas com orientação médica, de modo a evitar a intoxicação. Por fim, elas lembram que a suplementação não é indicada quando as quantidades vitamínicas são supridas na alimentação.

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Foto: Freepik

Circula no TikTok uma quantidade de vídeos em que pacientes que utilizaram o medicamento Roacutan (isotretinoína oral ou ácido 13-cis-retinóico) para o tratamento contra a acne, relatam que o remédio, não apenas serviu para o tratamento dermatológico, como, "de brinde", ganharam uma "rinoplastia" como um dos efeitos colaterais do uso. Afinal, o medicamento pode realmente afinar o nariz?

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De acordo com a dermatologista Maria Paula Del Nero Dermatologista, da Clínica Healthy Dermatologia, em São Paulo, a impressão desse afinamento do nariz acontece porque o remédio é um derivado sintético da vitamina A, que atua nas glândulas sebáceas, reduzindo a inflamação local e a produção de sebo.

Com essa ação, as glândulas, que estão aumentadas pela inflamação gerada pela acne, acabam voltando ao tamanho normal, dando a impressão que o nariz foi afinado.

Viviane Scarpa, dermatologista da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), afirma, inclusive, que alguns cirurgiões plásticos utilizam a medicação após cirurgias de rinoplastia, pois acreditam que diminuiria mais rápido o processo inflamatório e as glândulas sebáceas do nariz. Assim, os efeitos cirúrgico poderiam ser notados mais rapidamente. As especialistas ressaltam que o medicamento não deve ser utilizado com esse intuito.

Viviane alerta que a recomendação do uso do Roacutan é apenas para o tratamento de acne moderada a grave, sendo receitada por dermatologistas e com venda autorizada apenas sob apresentação de receituário especial.

"O uso da isotretinoína oral também é amplamente conhecido por nós dermatologistas nos casos de rejuvenescimento, rosácea, dermatite seborreica, hidradenite supurativa, alopecia fibrosante frontal e pitiriase rubra pilar, mas todas essas indicações são “off label”, ou seja, não estão recomendadas na bula", completa a dermatologista da SBD. Elas lembram que o medicamento pode ter alguns efeitos colaterais, como o ressecamento dos lábios, olhos e mucosa nasal, podendo provocar sangramentos; alterações no fígado devido sua metabolização pelo órgão; aumento do colesterol; dores musculares; alterações de humor; e efeito teratogênico (anormalidades no feto), tendo a recomendação de que mulheres que façam a utilização do remédio não engravidem durante o tratamento e podendo engravidar apenas 30 dias após a finalização do uso.

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