• IMG_2987.png
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

A falta de vitamina D durante a gestação está ligada ao desenvolvimento de uma série de doenças na fase adulta – desde problemas de crescimento até diabetes, obesidade e esclerose múltipla. Agora, uma pesquisa realizada na FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paul) mostrou que esse nutriente também é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento dos músculos ao longo da vida.

vitminad

Por meio de experimentos com ratos, o grupo de cientistas concluiu que a deficiência de vitamina D materna afeta seletivamente o desenvolvimento de fibras musculares do tipo 2 (o chamado músculo branco) nos filhotes machos. Essas fibras atrofiaram mais durante o período juvenil (prole com 21 dias). Ao longo da vida do animal, porém, elas conseguem se recuperar e se adaptar à deficiência. Isso porque o próprio músculo é capaz de produzir a vitamina D na vida adulta. Nutriente obtido por meio da alimentação, mas principalmente sintetizado pelo organismo humano após exposição à radiação solar, a vitamina D é um hormônio que atua na saúde óssea, no crescimento, na imunidade e no metabolismo. Na literatura científica há poucos dados sobre seus efeitos nos músculos.

O que intrigou os pesquisadores e demandará mais estudos é o motivo de a prole fêmea ter sido protegida das alterações induzidas pela deficiência materna. Uma das hipóteses é que a proteção esteja ligada a algum hormônio, como o estrogênio, ou a algo na placenta.

O trabalho faz parte de um Projeto Temático da FAPESP e foi publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle. É resultado do trabalho de doutorado da biomédica Natany Garcia Reis.

"A descoberta de que o músculo do animal adulto deficiente é capaz de compensar a deficiência endógena de hormônio circulante aumentando sua produção interna, para mim, como fisiologista, é muito gratificante porque abre um campo de pesquisa enorme. Podemos avaliar, por exemplo, se o exercício físico estimula esse sistema", explica Luiz Carlos Navegantes, professor do Departamento de Fisiologia da FMRP-USP e autor correspondente do artigo.

Segundo Navegantes, os resultados obtidos trazem mensagens relevantes, que reforçam a importância da vitamina D durante a gestação e a lactação. "Trazemos um novo olhar clínico, destacando a importância fisiológica do hormônio não só para os ossos, mas chamando a atenção para a força muscular", completa.

Agência Fapesp

Foto: Acervo Pesquisadores

Diante da baixa procura dos grupos prioritários pela vacina contra a gripe na campanha deste ano, o Ministério da Saúde vai autorizar, a partir de sábado (25), que estados e municípios ofereçam o imunizante no SUS a toda a população.

vacngripe

Segundo a pasta, podem receber a vacina todos com 6 meses de idade ou mais. Faltando três dias para o fim da prorrogação da campanha para os grupos prioritários, nesta terça-feira (21), apenas 52,3% dessa parcela da população havia procurado a vacina contra o vírus influenza.

O Ministério da Saúde estima que 78 milhões de brasileiros façam parte dos grupos prioritários, que incluem idosos, gestantes, crianças, indígenas, trabalhadores de saúde, professores e outras categorias profissionais.

Foram encomendadas pelo governo federal ao Instituto Butantan aproximadamente 80 milhões de doses, da s quais cerca de 35 milhões haviam sido aplicadas até hoje. O estoque restante poderá ser usado enquanto durar por estados e municípios para vacinar o público geral.

O governo lançou a campanha de imunização contra a gripe em 4 de abril, inicialmente para idosos e profissionais de saúde. Em maio, a segunda fase incluiu demais pessoas dos grupos prioritários.

A baixa procura fez com que a campanha fosse prorrogada no último dia 2 de junho até o dia 24.

R7

Foto: divulgação

Dados do Boletim Epidemiológico Covid-19 da 24ª Semana- 12 a 18 de junho- mostram que o Piauí apresentou um crescimento de 731%, nos casos positivos da doença, em comparação aos últimos 14 dias. A média móvel semanal está em 19 casos.

Preocupada com este crescimento dos infectados, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), emitiu um comunicado oficial aos municípios, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS, solicitando o reforço na vigilância em saúde, notificação e vacinação da população.

“A Sesapi sempre está vigilante a situação da Covid-19 no estado e este aumento de casos nos colocou em alerta. Com isso também chamamos atenção dos nossos municípios, para que mantenham a vigilância dos casos, realizando a notificação dos mesmos, disponibilizando locais para a testagem e continuando a campanha de vacinação com o chamamento da população para tomar todas as doses, pois esta é a melhor forma de frear ao avanço da doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior.

Segundo o boletim, a taxa de transmissibilidade está em 1.05. As mortes pela doença continuam com a média móvel zerada. As internações por Covid-19 também apresentaram um crescimento, nos últimos sete dias, saindo de 24 pessoas internadas em leitos clínicos para 28. Nas UTI’s a média de ocupação era de 15 e subiu para 19 internados, já os leitos de estabilização saltaram de 04 para 08 a taxa de ocupação.

“Entre a primeira semana de abril e a última de maio, houve crescimento na média móvel de casos semanais; quando se restringe à população adulta, essa diferença sobe para 120%. Sendo que em os meses de abril e maio foram marcados pela retomada dos casos. É fundamental que as pessoas retomem os cuidados, como uso de máscara em ambiente fechado, que os jovens e adultos tomem a dose de reforço da vacina e que ocorra a imunização das crianças a partir dos cinco anos. Vale lembrar que o papel das vacinas contra a Covid-19 não é o de evitar a contaminação, mas sim prevenir que a pessoa desenvolva uma forma grave da doença e precise de internação ou venha a óbito”, explica a coordenadora do CIEVS, Amélia Costa.

Notificação de casos

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde também recomendou aos municípios sobre a necessidade de encerramento dos casos no Sistema E-SUS Notifica, pois a falta dessa rotina de enceramento não contabiliza o caso para o Ministério da Saúde e para o Boletim da Sesapi. No último boletim do dia 20 de junho foram registrados 820 casos que estavam represados, uma vez que os municípios não concluíram a inserção.

“Precisamos que nossos agentes, que fazem a inserção destes dados nos municípios, encerrem os mesmos e façam a conclusão dos casos notificados, pois sem a conclusão desses dados o Ministério da Saúde e a Sesapi não conseguem ter noção da realidade epidemiológica”, disse a coordenadora.

Para orientar os municípios sobre a necessidade de fechamento dos casos, a equipe do CIEVS da Sesapi distribuiu Informe Técnico reforçando aos gestores municipais sobre a necessidade da rotina de encerramento e orientações de como fazê-lo corretamente.

“Deverão ser notificados todos os resultados de testes diagnóstico realizados, sejam positivos, negativos, inconclusivos e correlatos. A notificação deverá ser realizada no prazo de até 24 horas contado do resultado do teste, mediante registro e transmissão de informações na Rede Nacional de Dados em Saúde – RNDS. Esse serviço é de fundamental necessidade para que tenhamos um controle da situação epidemiológica do estado”, lembra Amélia Costa.

Sesapi

Beber o bom e velho café coado em um filtro de papel pode contribuir para a redução de fatores de risco de doenças cardiovasculares e de morte.

Um estudo realizado na Noruega e publicado no Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva mostrou efeitos positivos para quem tomou a bebida coada em filtro da papel em relação a indivíduos que não consumiam café. Eles compararam ainda o consumo de café não filtrado, em que os grãos entram em contato diretamente com a água quente ou em que existe um filtro metálico, que não remove os óleos da mesma forma que o papel faz.

Na categoria de não filtrado entram, por exemplo, cafés expresso, instantâneo, aqueles feitos em prensa francesa, bem como os de cápsula, que se popularizaram muito nos últimos anos.

Segundo os autores do estudo, a menor mortalidade do participantes foi observada entre os que bebiam de uma a quatro xícaras de café coado por dia, enquanto a maior taxa de óbitos ocorreu no grupo que bebia acima de nove xícaras de café não filtrado diariamente.

Eles fazem uma ressalva para variáveis que podem ter tido impacto nos resultados finais, como a idade dos participantes, tabagismo, níveis de colesterol e triglicerídeos, hipertensão arterial, índice de massa corporal e escolaridade.

Ainda assim, o resultado da pesquisa tem um embasamento que remete ao ano de 1983, quando os primeiros estudos já relacionavam o café ao colesterol, um fator de risco para problemas cardiovasculares e, principalmente, infarto e AVC (acidente vascular cerebral).

Posteriormente, novas pesquisas mostraram que o café possui compostos chamados diterpenos que aumentam a gordura no sangue.

"A concentração desses diterpenos na infusão final depende fortemente do método de infusão, achado que explica a maior parte dos resultados heterogêneos publicados em relação à ingestão de café e lipídios no sangue. Uma porção de café não filtrado contém cerca de 30 vezes a concentração dos diterpenos kahweol e cafestol, que aumentam os lipídios, em comparação com o café filtrado", afirmam.

Os autores do trabalho ainda salientam que "a menor mortalidade associada ao café filtrado em comparação com nenhum café pode ser devido ao fato de o café ser rico em antioxidantes, incluindo polifenóis".

Estes compostos são conhecidos por seu poder antioxidante, além de exercer efeitos antitrombóticos e melhorar a disfunção endotelial (vasos sanguíneos).

"O consumo de café também está associado a menor risco de diabetes, que é um fator de risco para DCV [doença cardiovascular]", observam.

R7