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Um estudo recente publicado recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostrou que a aplicação de uma imunotoxina nos dutos mamários eliminou totalmente lesões pré-cancerosas visíveis e invisíveis de pacientes.

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A pesquisa foi feita em laboratório e liderada por pesquisadores do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, especializado em câncer de mama em estágio inicial. O estágio zero da doença, também conhecido como CDIS (carcinoma ductal in situ), é caracterizado pela presença de células pré-cancerosas anormais nos dutos de leite. De acordo com o autor sênior do estudo, Saraswati Sukumar, diversas mulheres realizam cirurgias de remoção, tratamentos de radiação e, em alguns casos, quimioterapia ou terapias hormonais para eliminar esses cânceres precoces.

“Em nossa pesquisa, propusemos um tratamento alternativo em que a injeção da droga imunotoxina pelo duto poderia resultar na limpeza do CDIS”, disse Sukumar em comunicado. Metodologias do estudo Primeiramente, o trabalho avaliou a eficácia da imunotoxina em quatro linhagens celulares de diferentes subtipos de câncer de mama em camundongos. Os resultados evidenciaram que o tratamento induziu à morte as células tumorais em todas elas.

Os pesquisadores também administraram o tratamento a cerca de dez camundongos para captar possíveis toxinas circulares no sangue após a intervenção e, de cinco a 30 minutos depois, não encontraram nada.

Em seguida, eles injetaram a imunotoxina diretamente nos dutos mamários de dois grupos de camundongos com CDIS, classificados como MCF7 E SUM225.

No primeiro, foi administrado uma vez por semana durante três semanas e, para viés de comparação de eficácia, aplicaram no corpo de outro conjunto de camundongos. No final da terapia, descobriram que aqueles que receberam a injeção no corpo tiveram um crescimento tumoral mais lento, mas que retornava após a interrupção.

Já os que receberam diretamente nos dutos tiveram os tumores completamente eliminados dentro de duas semanas após a conclusão do tratamento e a arquitetura da mama era parecida com glândulas mamárias normais. Nenhuma recorrência foi detectada após dois meses.

O grupo SUM225 suprimiu a doença em apenas duas semanas de tratamento e não demonstrou recorrência até o final do estudo.

De acordo com os autores, o tratamento foi bem tolerado, sem efeitos colaterais da toxina ou injeção. Eles disseram que a pesquisa fornece uma forte base pré-clínica para a realização de ensaios de viabilidade e segurança em pacientes com câncer de mama em estágio 0.

Segundo dados divulgados pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), no ano passado, o Brasil totalizou 66,3 mil diagnósticos da doença no público feminino, com 17,8 mil mortes. O câncer de mama é também o mais incidente em mulheres de todas as regiões do país, após o câncer de pele não melanoma.

R7

Foto: reprodução

A Prefeitura de Floriano, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) , abre a vacinação contra a gripe e o sarampo para crianças de 05 a 11 anos, a partir desta quarta-feira, 29. Segundo a nota técnica do Ministério da Saúde, “considerando a baixa adesão dos grupos-alvo, e respectivamente os resultados alcançados de coberturas vacinais na 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) informa sobre a ampliação da oferta da vacina influenza (...) os gestores das Unidades Federativas (UFs) e dos municípios foram orientados a ofertar a vacina a depender do estoque existente e da estratégia definida pelas Secretarias Estaduais e Municipais da Saúde”. 

 aude

A Diretoria de Imunização resolveu colocar como público prioritário, neste momento, crianças de 5 a 11 anos. “Havendo sobra da vacina, vamos abrir para outras faixas etárias de maneira escalonada”, explicou Pollyane Pires, diretora de Imunização.  

A vacina atualizada da gripe protege contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B. Em janeiro deste ano, o Paraná declarou epidemia de H3N2 após um aumento no número de diagnósticos e mortes em decorrência do vírus.

“A gripe é um problema anual e deve ser enfrentado de maneira coletiva, e sem a imunização da maioria absoluta da população os casos de Influenza podem aumentar. Por isso, eu gostaria de pedir aos pais e responsáveis e outros grupos prioritários que não deixem de tomar a vacina”, acrescentou a secretária de Saúde, Caroline Reis.

ascom

A modelo Nicole Bahls presenteou crianças ribeirinhas com latas de energético em sua passagem pelo Festival de Parintins, no Amazonas, no último fim de semana. A ação repercutiu nas redes sociais, e muitos internautas questionaram sobre a adequação, ou não, da bebida à faixa etária pediátrica.

"Queria ter dado refrigerante, alguma coisa... Só tinha energético. Eu enchi as crianças de energético", disse a modelo. Depois do episódio, no entanto, Nicole encontrou um mercado na região e conseguiu comprar alimentos para as crianças. Segundo Nelson Douglas Ejzenbaum, médico pediatra membro da Academia Americana de Pediatria, crianças não devem tomar bebidas energéticas de nenhum tipo.

“Não se dá energético à criança por causa das altas doses de cafeína e taurina. A gente não dá não só porque não se dá, mas porque não existe uma necessidade”, afirma. A quantidade exacerbada de taurina e cafeína nas bebidas energéticas pode causar irritabilidade, vômito e mal-estar gástrico nas crianças, comprometendo a saúde e a qualidade do sono delas. “A bebida não vai causar um risco cardíaco, só em quantidades muito altas, mas pode provocar taquicardia. Crianças não vão ser colocadas em um exercício de altíssima rotatividade nem precisam de uma medicação para ficar acordadas. Energético é coisa de adulto, e ainda assim deve ser usado em determinadas situações [porque também há riscos]”, explica o médico.

Um estudo publicado na revista científica Journal of the American Heart Association mostrou que a ingestão de 900 ml de qualquer bebida energética industrializada, em um curto período de tempo, pode aumentar a pressão arterial e o risco de distúrbios elétricos no coração.

Além disso, o pediatra ressalta que não se deve oferecer café a crianças, assim como refrigerantes e outras bebidas gaseificadas. “Criança tem que tomar água. O correto seria não dar café, mas tem as questões sociais e culturais [que envolvem esse consumo]”, afirma Ejzenbaum.

R7

Uma empresa paulista desenvolveu um método computacional inovador que está tornando mais rápida, simples e precisa a atuação dos radiologistas na hora de analisar exames de mamografia e localizar alterações suspeitas.

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Utilizando recursos de inteligência artificial como aprendizado de máquina e modelos neurais, a Harpia Health Solutions desenvolveu a plataforma Delfos, que, após a realização da mamografia, identifica e classifica automaticamente anomalias e lesões no tecido mamário, facilitando o processo de triagem feito pelo radiologista. Sediada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), a empresa teve apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) para o desenvolvimento da solução.

“Os exames de mamografia são enviados em nuvem para a plataforma Delfos, que devolve os resultados em até cinco minutos”, diz Daniel Aparecido Vital, pesquisador responsável pelo projeto e um dos sócios da Harpia.

O pesquisador explica que a plataforma funciona em integração com os sistemas PACS (Picture Archiving and Communication System), que é o software padrão utilizado pelas clínicas para visualizar e armazenar as imagens de mamografia.

O exame de mamografia é o principal método diagnóstico capaz de detectar alterações no tecido mamário e é fundamental para possibilitar o tratamento precoce do câncer de mama, reduzindo assim a mortalidade.

"É importante que a solução esteja integrada ao PACS, que já faz parte da rotina dos radiologistas. A plataforma é totalmente automatizada e pode resultar em vários benefícios, como o aumento da assertividade – com redução de até 15% das incoerências de diagnósticos –, o aumento da produtividade em até 40% e do diagnóstico precoce em até 20%, além de uma redução de custos considerável para as operadoras, hospitais e clínicas", afirma Vital.

A agilidade do novo método permite também que os médicos tomem decisões mais acertadas na priorização da fila de diagnósticos, agilizando a emissão dos laudos. A tecnologia indica automaticamente a presença de nódulos, massas mamárias e agrupamentos de calcificações para que o radiologista faça a triagem necessária.

"O tempo de diagnóstico pode ser reduzido em cerca de 40%. Um fator importante é que o radiologista é dispensado de tarefas de baixo valor cognitivo, focando sua atenção nos achados suspeitos", avalia.

Alta tecnologia A empresa foi criada em abril de 2019, na incubadora Nexus, do Parque Tecnológico de São José dos Campos, por um grupo de alunos, ex-alunos e docentes da pós-graduação em engenharia biomédica no Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de São Paulo (ICT-Unifesp), no campus da cidade paulista. Além de Vital e sua sócia, Catarina Cardoso Reis, são cofundadores da empresa e consultores científicos os professores Henrique Alves de Amorim e Matheus Cardoso Moraes.

O projeto PIPE foi finalizado em novembro de 2021 e a solução desenvolvida pela Harpia já é um produto comercial. Ao longo de 2021, a plataforma Delfos processou 35 mil mamografias.

"Hoje o número é maior, processamos de 12 mil a 13 mil mamografias por mês. Temos 12 clientes em seis Estados e estamos negociando com grandes empresas nacionais do setor de saúde e ampliando parcerias", afirma Vital.

Agência Fapesp

Foto: Freepik