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Um trabalho conduzido em instituições de pesquisa da Suíça mostrou, pela primeira vez, que o câncer de mama avança para outras partes do corpo (metástase) durante o sono. Os resultados foram publicados na quarta-feira (22) na revista científica Nature.

O grupo de pesquisadores do ETH Zurich (Instituto Federal de Tecnologia de Zurique), do Hospital Universitário de Basileia e da Universidade de Basileia descobriu que as células liberadas pelos tumores de mama que mais tarde vão se tornar metástases surgem principalmente enquanto as pessoas com a doença dormem.

“Quando a pessoa afetada está dormindo, o tumor desperta”, resume em comunicado o coordenador do estudo, o professor de oncologia molecular Nicola Aceto, da ETH Zurich.

Outro autor do estudo, Zoi Diamantopoulou explica que "a fuga de células cancerígenas circulantes do tumor original é controlada por hormônios como a melatonina, que determinam nossos ritmos do dia e da noite".

Além de saírem da região do tumor durante o sono, as células cancerígenas se dividem mais rapidamente nessa fase, aumentando o risco de metástases, quando comparadas com as células circulantes que deixam o tumor durante o dia.

Os pesquisadores ressaltam que o sono, todavia, não é um inimigo. Os mecanismos com que as células saem do tumor e migram para outras regiões no momento em que as pessoas dormem ainda precisam ser mais bem esclarecidos.

Em entrevista à revista Nature, o cronobiologista Qing-Jun Ming, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, afirma que os achados não são uma indicação de que pacientes com câncer de mama não devam dormir ou que precisem reduzir as horas de sono.

"Isso simplesmente significa que essas células preferem uma fase específica do ciclo de 24 horas para entrar na corrente sanguínea.”

A privação de sono interfere negativamente no sistema imunológico, o que impacta também os tratamentos contra o câncer e o surgimento de outras doenças.

Influência em exames Nicola Aceto chama a atenção para o fato de amostras de sangue ou até biópsias de pacientes com câncer de mama serem coletadas em momentos diferentes do dia.

Os pesquisadores perceberam que isso influenciava os níveis de células cancerígenas circulantes que apareciam nos resultados.

O grupo de cientistas comparou o sangue coletado em camundongos – animais que dormem durante o dia – e observou no material um número surpreendentemente alto de células cancerígenas circulantes.

Segundo os autores do estudo, os achados podem indicar a necessidade de profissionais de saúde registrarem de forma sistemática o horário em que as coletas foram realizadas.

"Isso pode ajudar a tornar os dados verdadeiramente comparáveis.” Câncer de mama no Brasil O câncer de mama responde por cerca de um terço de todos os casos de câncer em mulheres no Brasil.

No ano passado, foram 66,3 mil diagnósticos da doença no público feminino, com 17,8 mil mortes, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

A detecção dos tumores em estágio inicial aumenta de maneira significativa a taxa de sucesso dos tratamentos.

A principal forma de rastrear a doença é a realização a cada dois anos de mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos.

Além disso, o exame de toque, a fim de buscar alterações na mama, é apontado pelo Inca como fundamental.

"A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres", diz o órgão.

R7

Um novo surto de dengue preocupa as autoridades de saúde do Brasil neste ano. Com isso, voltam a circular boatos sobre a doença, inclusive o mito de que só é possível contraí-la uma vez na vida. Porém, infelizmente, não é bem assim.

As chamadas arboviroses (dengue, zika e chikungunya) têm em comum o fato de ser causadas por vírus transmitidos por um mosquito, no caso o Aedes aegypti. De acordo com a farmacêutica americana Pfizer, a dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito e existem quatro cepas diferentes do vírus (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Todas as pessoas podem ser infectadas pelos quatro. A infecção por um sorotipo gera imunidade permanente apenas para ele e não para os demais.

Assim, em outras palavras, a pessoa pode ter dengue mais três vezes depois da primeira. E as próximas infecções podem ser até mais graves que as anteriores. Até hoje, a ciência não desenvolveu um remédio específico para a dengue. As alternativas são os medicamentos para os sintomas que a doença desenvolve no paciente. Segundo a Secretaria da Saúde do Distrito Federal, os principais sintomas da dengue são: febre alta, dor de cabeça manchas vermelhas no corpo, dor nas articulações, mal-estar, dor nos olhos e falta de apetite.

Em relação às maneiras de prevenção, evitar que o inseto se reproduza é a melhor forma de combatê-lo. Além disso, evitar deixar água parada, usar repelente de insetos, tela mosquiteira, inseticidas e roupas longas são outras formas de se prevenir.

R7

O Comitê de Operações Emergenciais (COE) do Estado do Piauí em reunião na tarde dessa quinta-feira (23), decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados. Ficou decidido também a disponibilidade de álcool gel na entrada de todos os ambientes para a desinfecção das mãos.

coe

Além da manutenção desses itens de segurança, o Comitê decidiu reforçar que o cartão de vacinação deve continuar sendo exigido para a entrada em ambientes fechados. No cartão, é obrigatório contar o registro da terceira ou da quarta dose da vacina de reforço contra a Covid-19. De acordo com o secretário de saúde, Neris Júnior, o decreto do governo do estado com as medidas deve ser publicado nos próximos dias.

O objetivo das medidas tomadas pelo COE é reduzir os riscos de agravos à saúde de toda a população do Piauí. Segundo o boletim epidemiológico da Sesapi, a taxa de transmissibilidade está em 1.05. As mortes pela doença continuam com a média móvel zerada.

O boletim atesta que as internações por Covid-19 apresentaram um crescimento, nas últimas semanas, saindo de 24 pessoas internadas em leitos clínicos para 28. Nas UTI’s a média de ocupação era de 15 e subiu para 19 internados, já os leitos de estabilização saltaram de 04 para 08 a taxa de ocupação.


Segundo o Secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior, as decisões tomadas na reunião do COE Estadual são necessárias para evitar a adoção de medidas mais duras. “Estamos com o índice de transmissibilidade em alta e a orientação é pelo uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados como hospitais, clínicas, farmácias, comércios, shoppings, escolas, órgãos públicos e afins”, afirma o gestor.

“Também orientamos o uso do álcool 70 e a exigência de apresentação do passaporte com a primeira e a segunda dose de reforço, respeitando os prazos. Pedimos que a população use máscara, respeite o distanciamento social e se proteja. A pandemia não acabou. Os casos estão aumentando e só a união do estado e sociedade pode barrar a circulação do vírus. Juntos, vamos vencer”, diz Neris.

Sesapi

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, hoje (23), a interdição e o recolhimento de lotes de medicamentos contendo o princípio ativo losartana, que é um anti-hipertensivo e um dos remédios para insuficiência cardíaca mais utilizados no Brasil. Segundo a agência, a decisão foi tomada em razão da presença da impureza “azido” em concentração acima do limite de segurança aceitável.

Os lotes apontados são fabricados por oito laboratórios. O prazo máximo regulamentar para conclusão do recolhimento dos produtos das farmácias é de até 120 dias, contados a partir de hoje, data da publicação da resolução, para a qual a Anvisa avaliou o impacto no mercado brasileiro e a necessidade de continuidade dos tratamentos. O Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico da Anvisa mostra que a losartana potássica era, em 2019, o segundo princípio ativo mais comercializado no país, atrás apenas do cloreto de sódio, usado como descongestionante, como veículo para vários medicamentos injetáveis ou para limpeza de ferimentos, entre outras. A Anvisa orienta que pessoas que utilizam o remédio não devem interromper o seu tratamento. Acrescentou que a hipertensão e insuficiência cardíaca exigem acompanhamento constante e qualquer alteração no tratamento deve ser feita somente pelo médico que acompanha o paciente. Deixar de tomar o remédio pode trazer riscos para a saúde, como derrame e ataques cardíacos.

A medida preventiva foi adotada após a evolução do conhecimento sobre as impurezas e ela serve para adequar os produtos usados no Brasil aos limites técnicos previstos para a presença deste contaminante, explicou a Anvisa. Lotes afetados em uso

Nos casos de pessoas que estejam usando lotes afetados do medicamento, a orientação da Anvisa é continuar o tratamento e conversar com o médico em caso de dúvida ou necessidade de orientação.

A explicação para esta decisão é que não há risco imediato em relação ao uso dessa medicação, porque não existem dados que indiquem um aumento dos eventos adversos.

A agência orienta que há outras losartanas no mercado que podem substituir os medicamentos recolhidos ou interditados, mas a troca só deve ser feita sob prescrição médica e quando já estiver com o novo em mãos.

Os pacientes podem, ainda, entrar em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) do laboratório fabricante para se informar sobre a troca do remédio por um lote que não tenha sido afetado pelo recolhimento ou interdição.

Os meios para contato com as empresas estão disponíveis na embalagem e bula dos produtos. Por meio de nota, a Anvisa esclareceu que, desde a descoberta da possibilidade de presença do “azido” na losartana, em setembro de 2021, vem adotando medidas para garantir que os medicamentos disponíveis para a população brasileira estejam dentro dos padrões de qualidade.

A  Anvisa notificou os detentores de registro desses remédios para apresentarem os resultados da avaliação sobre a existência dessa impureza em seus produtos.

A losartana é considerada um medicamento seguro e eficaz, portanto os registros desses medicamentos continuam válidos no Brasil e em vários outros países.

R7 com Agência Brasil