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O anúncio feito pelo ministro Marcelo Queiroga, na noite do último domingo (17), sobre o fim de estado de emergência de saúde pública no Brasil para Covid-19 gera preocupação entre os especialistas em infectologia e saúde pública, já que a decisão é vista como uma ação política e que não se baseia em dados científicos.

O infectologista Carlos Fortaleza, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, ressalta que o fim da pandemia não pode ser determinado por decreto. "Não se termina a pandemia por decreto, isso é óbvio. É claro que vai haver um momento que as autoridades de saúde vão dizer que não temos mais critérios epidemiológicos para chamar a situação de pandemia. Mas, o Brasil fazer isso antes da OMS (Organização Mundial de Saúde) é temerário e tem fins políticos", diz o médico que também é coordenador do estudo da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) sobre os impactos da vacinação em massa em Botucatu, na cidade de São Paulo. pidemiologista da Universidade Federal de Pelotas.

Para a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), situação como a vivida atualmente pela China, com o crescimento de casos, é um alerta para o surgimento de novas variantes. "Estamos acompanhando alguns países, principalmente na China que o governo está com muita preocupação em relação a Xangai. Toda vez que tem transmissão muito acelerada, que a gente tem muitos casos, há a preocupação de que novas variantes possam surgir. E isso coloca o mundo em estado de alerta", explica ela.

E acrescenta: "felizmente a vacinação avançou muito no país e chegamos a patamares muito menores de infecção, adoecimento e óbito, por conta da vacinação. Mas ainda temos um cenário, por conta da desigualdade de vacina no mundo, que exigem uma certa atenção."

Hallal concorda que o cenário é positivo por aqui, mas a emergência continua. "A pandemia até está numa tendência positiva no Brasil, mas está muito longe de dizer que ela acabou. É mais uma forçação de barra sem nenhuma evidência científica."

O infectologista Carlos Fortaleza pontua que a decisão do Ministério da Saúde passa uma mensagem de relaxamento que pode levar a mortes possíveis de serem evitáveis, já que vão acontecer surtos espalhados pelo país.

"O que acontece quando você manda sinais para a população relaxar, é exatamente quando começam a aparecer surtos. Tirar o estado de alerta precocemente, eu não diria que vai fazer a pandemia voltar em toda a sua força, mas vai gerar alguns surtos localizados. Boa parte vai ser casos leves, mas uma ou outra pessoa vai ter de internar, uma ou outra vai morrer. Eu sei que é um número pequeno, mas cada morte prevenível é importante", alerta o médico.

A Itália, por exemplo, decretou o fim do estado de emergência no dia 31 de março, mas o uso de máscaras em ambientes fechados segue até o dia 30 de abril. O país, que chegou a ser o epicentro da pandemia em 2020, tem mais 90% da população acima dos 12 anos com imunização completa contra a Covid-19. É necessário um período de transição

Para Carla Domingues, epidemiologista que coordenou o PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde de 2011 a 2019, o anuncio feito sem explicar como será o período de transmissão só confunde os governos estaduais e municipais.

"Não explica como será feita a transição só desestrutura todo o sistema de saúde pública e gera confusão porque os serviços não estão preparados para esse novo olhar. De novo ficamos no vácuo. Fazemos o que: continuamos fazendo exames, notificamos, quais mecanismos os governos municipais vão usar para pedir leitos de UTI, caso aconteçam os surtos localizados. A doença não está controlada no Brasil e a situação não é a mesma no país inteiro", destaca Carla.

"Só a OMS pode decretar o fim da pandemia, mas os países têm o direito de decretar o fim da emergência, mas com normatização. Dessa forma, não dá para entender o que o governo está pensando", acrescenta a epidemiologista.

Quando é decretado o estado de emergência, há outras ações ligadas ao decreto que visam a operacionalização do controle da pandemia, nas questões de compras, contratos e licitações. Existe uma legislação vinculada à decisão e ao derrubar o decreto, a legislação também pode ficar prejudicada.

"É preciso também manter uma vigilância funcionando de forma muito planejada para que a gente possa identificar qualquer mudança. Então, as coletas de testes para identificar se há um aumento no número de exames positivos, com vigilância genômica para verificar se há novas variantes surgindo precisam ser mantidas", pontua Ethel Maciel.

"Os serviços não podem ser desmontados, a gente precisa manter um grau de atenção porque ainda estamos em uma pandemia e podemos ter mudanças nos nossos indicadores internos, se alguma nova variante de preocupação surgir", finaliza a epidemiologista.

 R7

Os benefícios do consumo moderado de café são amplamente conhecidos. Diversos estudos já o associaram a uma melhora da saúde cardiovascular, menor risco de desenvolver doença de Parkinson, melhores níveis de energia, redução do risco de ter diabetes tipo 2 e depressão, entre outros efeitos positivos. Entretanto, neste Dia Nacional do Café, é importante lembrar que essa não é uma bebida que pode ser ingerida em grandes quantidades, especialmente por algumas pessoas que podem sofrer com os efeitos indesejados de um componente específico do café: a cafeína.

cafe

A cafeína está presente em outros alimentos e bebidas, como chocolate, chás e refrigerantes, por exemplo. A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) considera seguro o consumo de até 400 mg por dia dessa substância. Para efeito de comparação, uma xícara de café coado tem cerca de 80 mg de cafeína, enquanto um café expresso de máquina pode variar entre 40 mg e 125 mg.

Cabe ressaltar que não existe uma contraindicação absoluta em relação ao consumo de cafeína, mas é importante consultar o seu médico em caso de algum desconforto físico que possa estar associado ao café

Um documento produzido por pesquisadores dos Estados Unidos lista uma série de efeitos adversos da cafeína, que podem depender da dose e do quão sensível o indivíduo é à substância. Efeitos adversos leves incluem: ansiedade, inquietação, insônia, rubor facial, aumento da micção, espasmos ou tremores musculares, irritabilidade, agitação, frequência cardíaca elevada ou irregular, desconforto gastrointestinal.

Com base nisso, pessoas que sofrem de ansiedade severa, por exemplo, devem evitar o consumo de cafeína. A depender da quantidade, esses indivíduos podem experimentar sensações desagradáveis, como tremores, coração acelerado, mãos frias, suores, tontura, entre outras.

Pessoas com úlcera péptica ou doença do refluxo gastroesofágico também podem sentir desconforto após o consumo de café — mesmo descafeinado. Isso ocorre porque o café estimula a secreção de ácidos do estômago e reduz a pressão da contração esofágica. Muitas pessoas com essas condições, todavia, fazem consumo de café sem perceber piora do quadro.

Quem sofre de hipertensão ou arritmia também deve prestar atenção às doses habituais de café. Por ser estimulante do SNC (sistema nervoso central), a bebida pode elevar os batimentos cardíacos e a pressão arterial, o que é um sinal de risco para crises dessas duas doenças.

Quem tem insônia também deve ter cuidado com o café, especialmente a partir do fim da tarde. Mesmo em pequenas quantidades, a bebida pode fazer com que o sono natural chegue mais tarde. Nesses casos, o café descafeinado é uma opção.

Médicos pedem cautela em relação ao consumo de cafeína durante a gravidez. O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas considera 200 mg diários seguros na gestação. Doses acima de 400 mg/dia podem estar associadas ao menor peso ao nascer devido à restrição do crescimento intrauterino, aumento do risco de aborto espontâneo, mas não ao nascimento prematuro.

R7

O medicamento Paxlovid, fabricado pela farmacêutica americana Pfizer para tratamento de covid-19, avançou no processo de incorporação pelo Sistema Único de Saúde. O fármaco recebeu parecer inicial favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

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A decisão foi tomada durante reunião que ocorreu nessa terça-feira (12). Segundo o Ministério da Saúde, a proposta de incorporação do medicamento seguirá o fluxo normal de avaliação da Conitec e será colocada em consulta pública pelo prazo emergencial de 10 dias. Consulta pública será aberta nos próximos dias após publicação no Diário Oficial da União.

A consulta será aberta nos próximos dias após publicação no Diário Oficial da União (DOU). O público poderá participar por meio do site oficial da comissão.

O Paxlovid, composto por comprimidos de Nirmatrelvir e Ritonavir, teve o uso emergencial autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 30 de março. O fármaco é indicado para adultos com covid-19 com risco aumentado de progressão para quadros graves da doença e que não precisam de oxigênio suplementar.

Agência Brasil

Imagem: iStock

 

A Regional de Saúde, de Floriano-PI,  recebeu  nesta semana mais uma remessa de vacinas, mas houve uma informação equivocada. A primeira informação é que havia chegado cerca de 30 mil doses de vacinas, quando na verdade foram apenas cerca de 2.000 doses.

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O professor e ex-vereador Mauricio Bezerra, da coordenação Regional de Saúde, enviou uma mensagem ao Piauí Notícias corrigindo a informaçao.

Disse ele,  "boa tarde pessoal! Passando para fazer uma correção sobre o video. Recebemos menos de 2 mil doses hoje, neste lote. Desculpem o equívoco na informação". As remessas são enviadas pela SESAPI - Secretaria de Estado da Saúde - PI.  

Da redação