Felipe Mazzeo, coordenador de Imunização do Município de Barão de Grajaú-MA, esteve numa entrevista, ao Ivan Nunes, do Piauí Notícias, citando sobre o processo de vacinas.
De acordo com ele, há algumas doses que estão faltando, mas tudo que envolve a vacinação está sobre controle pela pasta da Saúde.
Um estudo publicado na Nature Cancer nessa segunda-feira (25) apontou a descoberta de um anticorpo que ataca células-tronco cancerígenas, sem danificar as células saudáveis. O Petosemtamab (ou MCLA-158) evita o início da disseminação do câncer para outros órgãos vitais e retarda o crescimento de tumores primários.
A pesquisa foi feita com camundongos ainda na fase inicial, mas cientistas afirmam que há um efeito promissor. Ela oferece bases para a utilização de organoides, tecidos em 3D derivados de células-tronco, no processo de descoberta de novos medicamentos pela indústria farmacêutica.
“A medicina do futuro começa aqui”, relata Eduard Battle, pesquisador do Instituto de Investigação em Biomedicina de Barcelona (IRB) que participou do estudo. Os cientistas usaram uma espécie de ‘biobanco’ de organoides de pacientes com câncer de cólon e, assim, puderam analisar os anticorpos eficazes, os mais adequados para a maioria dos pacientes e, até mesmo, se eles serão eficazes contra tumores portadores de uma mutação específica. Atualmente, os organoides já são usados para personalizar o tratamento contra o câncer nos estágios iniciais e é útil no procedimento contra a doença.
A empresa holandesa de biotecnologia Merus é a responsável por comandar o estudo, em conjunto com pesquisadores do IRB Barcelona, do Centro de Pesquisa Biomédica da Rede do Câncer (CIBERONC), e pretende divulgar novos dados sobre os resultados clínicos nos próximos meses.
Em outubro do ano passado, a organização divulgou dados preliminares sobre o MCLA-158, como a tolerabilidade e a atividade antitumoral da monoterapia em um tumor maligno fortalecido a partir de células epiteliais.
Na primeira fase do teste, três dos sete pacientes com câncer de cabeça e pescoço (HNSCC) obtiveram respostas parciais. Um atingiu a resposta completa. Todos os setes pacientes tiveram uma redução do tumor. “Esperamos que a atividade antitumoral relatada nos dados preliminares seja confirmada”, finalizou Batlle.
A incidência do diagnóstico de depressão cresceu 40% no Brasil entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022, segundo o levantamento Covitel, realizado pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas), divulgado nesta quarta-feira (27).
A pesquisa ouviu 9.004 pessoas de todas as regiões do país com idade entre 18 anos e 65 ou mais — cerca de 58% dos entrevistados eram mulheres. Segundo a publicação, o percentual de brasileiros que relatavam ter a doença saltou de 9,6% em 2019 para 13,5% no começo deste ano.
O levantamento também indicou maior prevalência dos casos de depressão em mulheres, grupo que registrou um aumento de 39,3% no número de diagnósticos. Além disso, a recorrência da doença foi maior na região Sul do país.
Na ocasião, Brandon Gray, do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, disse que as dificuldades para responder ao impacto da pandemia na saúde mental foram causadas em grande parte pela falta de investimento constante nos serviços que atendem a essas demandas.
Se você é daqueles que terminam de comer e já estão de olho na sobremesa, saiba que esse é um hábito muito comum, em especial aqui no Brasil. Culturalmente, nossas refeições sempre terminam com algo doce.
Entretanto, algumas explicações fisiológicas são plausíveis para justificar essa vontade de açúcar. A serotonina – neurotransmissor que regula uma série de funções no corpo, inclusive o humor e os movimentos do estômago e intestino – é produzida também com a ingestão de carboidratos, especialmente doces, explica o médico José Antônio Miguel Marcondes, cocoordenador do Centro de Diabetes do Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o especialista, uma vez que nosso corpo queima serotonina durante o processo digestivo, devido ao uso nos movimentos digestivos, existe a necessidade de sua reposição.
Os doces, por sua vez, liberam um aminoácido necessário para a produção de serotonina: o triptofano. "Quando começamos a comer, o cérebro emite um sinal no sentido de aumentar a quantidade de serotonina. O nosso corpo precisa do triptofano para produzir serotonina, e os carboidratos são ricos em triptofano. Dos carboidratos, os absorvidos mais rapidamente são os doces. Parece que o cérebro emite um sinal no sentido de procurarmos esses alimentos para repor o estoque de serotonina."
Além disso, a serotonina aumenta a sensação de bem-estar, tranquilidade e felicidade, o que faz com que a experiência de uma refeição seja, para muitos, mais prazerosa com esse empurrãozinho dos doces.
O médico nutrólogo Daniel Magnoni, presidente do Imen (Instituto de Metabolismo e Nutrição), por sua vez, diz que não há evidências científicas de que precisamos de doces após as refeições.
Para ele, a principal razão é psicológica, mas também há uma busca por contrapor elementos gustativos em alguns casos.
"Se há uma ocupação das papilas gustativas com sal, com comidas mais secas, isso pede mais hidratação. Então, a pessoa pode sentir vontade de mais água e mais doce à medida que [a comida] tenha alta dosagem de sal e pouca hidratação." Fugindo das armadilhas
O açúcar tem um potencial de vício semelhante ao da cocaína, o que faz com que sociedades médicas recomendem o consumo moderado.
Dessa forma, é preciso estar atento para que sobremesas com excesso de açúcar não virem um hábito ou até um exagero.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que não se ultrapasse a ingestão de 25 g de açúcar por dia. Todavia, estima-se que no Brasil esse consumo seja de mais de 50 g, em média.
Uma das recomendações de Marcondes é seguir uma dieta equilibrada que inclua alimentos ricos em triptofano, mas não necessariamente doces.
Alguns deles são:
ovos;
• leite;
• frango e peru;
• oleaginosas (especialmente amendoim);
• aveia;
• chocolate com alto teor de cacau (acima de 70%), em pequenas quantidades;
• frutas (com destaque para a banana).
"Se você introduz esses alimentos na refeição, um arroz integral, por exemplo, e uma fruta como a banana na sobremesa, de certa forma satisfaz esse mecanismo. Não necessariamente você precisa comer um doce, o que pode ser um problema."