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A pandemia da Covid-19 não terminou e pode continuar, devido à distribuição "escandalosamente desigual" de vacinas — advertiu o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta quarta-feira (9).

"Os estragos mais trágicos da pandemia foram na saúde e na vida de milhões de pessoas, com mais de 446 milhões de casos no mundo, mais de 6 milhões de mortes confirmadas e outro grupo incontável, que lida com a deterioração de sua saúde mental", disse Guterres em um comunicado que coincide com o segundo aniversário do início desta grave crise mundial.

Guterres enfatizou que, devido às "medidas de saúde pública sem precedentes" e ao "desenvolvimento e distribuição de vacinas extraordinariamente rápidos", muitas partes do mundo conseguiram controlar a propagação do coronavírus.

"Mas seria um grave erro pensar que a pandemia acabou", acrescentou.

Para Guterres, "a distribuição de vacinas ainda é escandalosamente desigual" e, embora 1,5 bilhão de doses sejam produzidas por mês, "cerca de 3 bilhões de pessoas ainda esperam sua primeira dose".

"Esse fracasso é o resultado direto de decisões políticas e orçamentárias que priorizam a saúde das pessoas nos países ricos, em detrimento da saúde das pessoas nos países pobres", frisou Guterres.

Essa desigualdade aumenta, segundo ele, as possibilidades de "mais variantes, mais confinamentos e mais dor e sacrifícios em cada país", estimou, fazendo um apelo ao mundo para que "ponha fim, de uma vez por todas, a este triste capítulo na história da humanidade".

AFP

A Secretaria de Saúde, através da Coordenação de Saúde Bucal, tem trabalhado para atender a população baronense.

baraos

Agora, de acordo com a Comunicação municipal e com o pessoal da Saude, todos os Postos de Saúde contam com atendimento de alto padrão, fazendo trabalhos como:

Restaurações (obturação)

Limpeza

Raspagem

Exodontia simples ( extração)

Extrações de Terceiro Molar Raio-X

Urgência Próteses Totais e Parciais

"Se precisar de ajuda médica, procure a UBS mais próxima a sua casa", informação a pasta da Saude afirmando que vários investimentos vem feitos pela gestão, á frente a prefeita Claudimê Lima.

 

 

ASCOM 

 

Quando a pandemia se instalou e deixou o mundo em alerta de emergência, muito se falou sobre a possibilidade de uma imunidade de rebanho contra o Sars-CoV-2, isto é, uma defesa natural conquistada por meio da exposição em massa da população ao vírus.

Naquela época, quando ainda não se sabia da possibilidade de reinfecção pelo coronavírus, a OMS (Organização Mundial da Saúde) já se posicionava como forte opositora a essa ideia que passou a ser debatida em diversos países, inclusive no Brasil.

No ano passado, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou a conduta do governo federal no combate à pandemia ouviu médicos, em grande parte contrários ao isolamento social, que defenderam a imunidade de rebanho. Entre eles estavam alguns dos profissionais apontados como integrantes de um “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

A certa altura, também foi discutida a hipótese de que uma imunidade coletiva seria alcançada quando, no mínimo, 70% da população estivesse vacinada contra a Covid-19. Atualmente, a vacinação no Brasil já ultrapassou esse percentual e avança com a aplicação da dose de reforço, mas, apesar da queda considerável do número de óbitos e internações, a imunidade de rebanho não foi alcançada, segundo especialistas ouvidas pelo R7.

O consenso é que a rapidez com que o Sars-CoV-2 sofre mutações impede até mesmo uma perspectiva em que a imunidade coletiva seja possível. Desse modo, a discussão muda de foco: de quando ela ocorrerá para se essa possibilidade pode ser aplicada ao cenário.

Mônica Levi, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), explica que, na prática, uma imunidade coletiva ocorre quando o vírus para de infectar pessoas e, consequentemente, de circular pela comunidade.

“Essa imunidade nós já vimos acontecer com o sarampo, vírus que já teve ausência de circulação no Brasil, e com a rubéola. É possível interromper essa circulação por meio da vacinação em larga escala, mas o que acontece de diferente com a Covid, que nos deixa com uma grande dificuldade de previsão, é a ocorrência de novas variantes e a possibilidade de transmissão do vírus por vacinados”, destaca Mônica.

Vale dizer que, apesar de eficazes para prevenir internações e mortes pela doença, as vacinas em aplicação contra a Covid-19 não são esterilizantes, o que significa que não impedem que vacinados transmitam o vírus.

“Embora [os imunizantes] diminuam a carga viral de uma pessoa que se infecta, reduzindo a possibilidade de transmissão, ela ainda pode transmitir. Por isso não podemos abrir mão das medidas não farmacológicas [como uso de máscara e distanciamento social]”, alerta a especialista.

Ainda nesse sentido, a infectologista Lina Paola, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, destaca que as variantes do coronavírus, que surgem cada vez mais transmissíveis, a exemplo da Ômicron, têm dificultado a vacinação de bloqueio, que serviria para frear a circulação do vírus entre as pessoas.

“A vacinação diminuiu a mortalidade, o número de internações, [fez com que] as ondas fossem mais curtas, mas o coronavírus têm uma rapidez de mutação que não tínhamos visto em outros vírus. Então não sabemos quando vamos ter uma imunidade de rebanho completa, porque a imunidade [não tem] contemplado a velocidade de mutação”, explica.

Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou que pretende rebaixar a Covid-19 ao status de endemia, o que significaria, em tese, que a doença está controlada no Brasil e que a população pode conviver com surtos pontuais e previsíveis. No entanto, a proposta vai na contramão da análise feita por especialistas, que consideraram a decisão precoce e “equivocada”.

Ainda assim, se a doença for reclassificada no país, a infectologista Lina Paola ressalta que um cenário em que a Covid-19 é considerada endêmica não tem relação com uma imunidade coletiva alcançada.

“O que significaria é que o número de novos casos não geraria colapso do sistema de saúde. O fato de ser endêmica não quer dizer que podemos baixar a guarda, muito pelo contrário, teremos que estipular uma vacinação com uma periodicidade que nos permita ter a melhor imunidade para quando aparecer um surto ou uma onda”, afirma.

Em uma endemia, também não seria mais necessária a adoção de medidas não farmacológicas de proteção. A Prefeitura do Rio de Janeiro já decretou o fim da exigência de máscara em ambientes fechados e abertos, e alguns estados têm ido pelo mesmo caminho. Para Mônica Levi, ainda é cedo para considerar que a pandemia acabou.

“Nós estamos diante de uma doença que ninguém conhecia, porque não existia a Covid. Quando achamos que está controlada, diminuindo, fica todo mundo feliz e vem uma nova onda, algo que já vimos acontecer. O que podemos dizer agora é que certamente não basta ter 70% da população vacinada para controlar essa doença, ainda não podemos permitir aglomerações e eliminar o uso de máscara”, afirma.

A diretora da SBIm também destaca a importância do avanço da vacinação para crianças de 5 a 11 anos e da aplicação da dose de reforço contra a Covid-19, que permite um fortalecimento da imunidade conferida pelas vacinas.

R7

A Covid-19 pode fazer o cérebro encolher, reduzir a massa cinzenta nas regiões que controlam a emoção e a memória e danificar áreas que comandam o olfato, segundo estudo da Universidade de Oxford.

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Os cientistas disseram que os efeitos se verificaram até em pessoas que não foram hospitalizadas com Covid, e é preciso mais investigação para descobrir se o impacto pode ser parcialmente revertido ou se persistiria a longo prazo.

"Há fortes evidências de anormalidades relacionadas ao cérebro na Covid-19", afirmaram os pesquisadores em seu estudo, divulgado na última segunda-feira (7).

Mesmo em casos leves, os participantes da pesquisa mostraram "uma piora da função executiva" responsável pelo foco e organização e, em média, o tamanho do cérebro encolheu entre 0,2% e 2%.

O estudo revisado por pares, publicado na revista Nature, investigou alterações cerebrais em 785 participantes com idade entre 51 e 81 anos cujo cérebro foi examinado duas vezes, incluindo 401 pessoas que pegaram Covid entre os dois exames. O segundo exame foi feito, em média, 141 dias após o primeiro. A pesquisa foi realizada quando a variante Alpha era dominante no Reino Unido, e é improvável que inclua pessoas infectadas com a variante Delta.

O estudo mostrou que algumas pessoas que tiveram Covid sofriam de "confusão mental", o que incluía comprometimento da atenção, concentração, velocidade de processamento de informações e memória.

Reuters

Foto: Reuters