Um carregamento mais 2,5 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer, para a imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, chegou na madrugada desta sexta-feira (25), ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). “Os imunizantes da Pfizer serão distribuídos para todos os estados e o Distrito Federal após passarem por um rígido controle de qualidade”, informou o Ministério da Saúde, em nota.
Segundo a pasta, incluindo doses da vacina CoronaVac, mais de 20 milhões de doses para a cobertura vacinal desse público já foram disponibilizadas aos estados e, atualmente, o país tem doses pediátricas suficientes para imunizar todo o público-alvo infantil contra a covid-19.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as pessoas vacinadas com a Pfizer devem retornar às Unidades Básicas de Saúde para receber a segunda dose oito semanas depois de tomar a primeira dose. Quem recebeu o imunizante CoronaVac, o intervalo entre as dose é de 28 dias.
Dezenas de profissionais em Saúde estão participando de um Seminário que está ocorrendo em Barão de Grajaú-MA, com presenças de autoridades da área.
Uma palestrante esteve falando de temas importantes para a classe na VIII Conferência da Saúde. A prefeita baronense Claudimê Lima esteve acompanhando a programação. Veja as imagens e entrevistas.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em caráter emergencial, nesta quinta-feira (24), o primeiro medicamento que pode ser usado na prevenção da Covid-19.
O Evusheld, que combina os anticorpos monoclonais cilgavimabe e tixagevimabe, foi desenvolvido pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e foi liberado para como profilaxia pré-exposição (antes de a pessoa ter contato com alguém infectado). Na reunião de hoje, a Diretoria Colegiada do órgão regulador salientou que indivíduos imunocomprometidos podem ser beneficiados com o medicamento, já que são mais vulneráveis, mesmo que vacinadas.
"Outro ponto considerado foi a existência de pessoas para as quais as vacinas contra a Covid-19 sejam contraindicadas, por exemplo, indivíduos com histórico de reação alérgica grave à vacina ou a qualquer um de seus componentes", diz a Anvisa em comunicado.
Podem fazer uso do Evusheld pacientes com 12 anos ou mais, desde que pesem pelo menos 40 kg, que não tenham tido uma exposição recente conhecida a um indivíduo com Covid-19 e que possuam comprometimento imunológico moderado a grave devido a uma condição médica e/ou ao recebimento de medicamentos ou tratamentos imunossupressores e que possam não apresentar uma resposta imunológica adequada à vacinação contra a Covid-19.
A Anvisa ainda elencou uma série de condições médicas que tornam um paciente elegível para o uso do remédio. Algumas delas são:
Tratamento ativo para tumor sólido e malignidades hematológicas • Recebimento de transplante de órgão sólido e terapia imunossupressora • Recebimento de receptor de antígeno quimérico (CAR) — célula T ou transplante de células-tronco hematopoiéticas (dentro de 2 anos após o transplante ou ao longo de terapia de imunossupressão) • Imunodeficiência primária moderada ou grave (por exemplo, síndrome de DiGeorge, síndrome de Wiskott-Aldrich) • Infecção por HIV avançada ou não tratada • Tratamento ativo com corticosteroides em altas doses
A agência reforça que o uso do Evusheld "não substitui a vacinação para indivíduos em que a vacinação contra a Covid-19 seja recomendada".
Entre 10% e 20% das pessoas com covid-19 sofrem sintomas após se recuperarem da fase aguda da infecção. Os sintomas são "imprevisíveis e debilitantes" e afetam também a saúde mental, alertou hoje (24) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Embora os dados sejam escassos, estimativas recentes mostram que até 20% das pessoas com covid-19 experimentam doença contínua durante semanas ou meses após a fase aguda da infeção", diz o Relatório Europeu da Saúde 2021 da OMS, divulgado nesta quinta-feira.
Segundo o documento, a condição clínica conhecida por long covid ocorre em pessoas com histórico de infecção pelo SARS-CoV-2 geralmente três meses a partir do início da doença, com sintomas que duram pelo menos dois meses, sendo as mais comuns a fadiga, falta de ar e disfunção cognitiva.
"A condição pós-covid-19 é imprevisível e debilitante e pode, posteriormente, levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e sintomatologia pós-traumática", alerta capítulo do relatório dedicado à pandemia.
De acordo com o documento da OMS Europa, o que influencia o desenvolvimento e gravidade do long covid é, até agora, desconhecido, mas não parece estar correlacionado com a gravidade da infecção inicial ou com a duração dos sintomas associados, sendo, porém, mais comum em pessoas que foram hospitalizadas.
"Espera-se que o número absoluto de casos aumente à medida que ocorrem novas ondas de infecção na região europeia e é preciso mais investigação e vigilância" a essa condição específica provocada pela covid-19".
O relatório sobre Saúde na Europa, publicado a cada três anos, diz ainda que as medidas de contenção da pandemia, como os confinamentos, "influenciaram negativamente os comportamentos de saúde" da população.
As restrições tiveram impacto nos padrões de consumo de álcool, tabaco e de drogas em "partes significativas da população", além do "aumento do comportamento sedentário e alterações negativas" em nível alimentar.
A OMS acrescenta que o fechamento de escolas e universidades em diversos países, durante as fases mais críticas da pandemia, teve "impacto no bem-estar mental" das crianças e adolescentes.
"Análise recente mostra número significativo de crianças que sofrem de ansiedade, depressão, irritabilidade, desatenção, medo, tédio e distúrbios do sono", afirma a OMS. Para a organização, o fechamento de escolas durante os picos da pandemia em 2020 e 2021causaram perdas na aprendizagem e perturbação no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.
"Os dados emergentes mostram perdas de aprendizagem de um terço a um quinto de um ano letivo e foram relatadas mesmo em países com aplicação relativamente curta das medidas de saúde pública e sociais e acesso generalizado à internet. Isso sugere que as crianças fizeram pouco ou nenhum progresso enquanto aprenderam em casa", destaca a organização.
O relatório mostra ainda que, devido à natureza do trabalho, os profissionais de saúde estão em maior risco de infecção por SARS-CoV-2, e a prevalência de doença é ligeiramente maior entre os profissionais de saúde do que na população em geral.
"As estimativas atuais mostram que cerca de 10% dos profissionais de saúde foram infectados. Cerca de 50% deles eram enfermeiros e 25%, médicos".
A covid-19 provocou pelo menos 5,90 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ômicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.