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Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, comprovou que mesmo as pessoas que sofreram com um quadro leve de Covid-19 apresentaram risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares no decorrer de um ano após a infecção.

covid

Os pesquisadores analisaram dados nacionais de 153.760 pacientes infectados pelo coronavírus, além de outras 11.497.058 pessoas divididas em dois grupos de controle para comparação. Os pesquisadores observaram que houve um aumento de risco para problemas como distúrbios cerebrovasculares, arritmias, cardiopatia isquêmica e não isquêmica, pericardite, miocardite, insuficiência cardíaca e doença tromboembólica. Os cientistas destacaram que os ricos aumentaram de forma gradativa de acordo com os cuidados recebidos durante a fase aguda da doença e foram maiores para aqueles que precisaram ser hospitalizados ou ficaram internados na UTI (unidade de terapia intensiva).

Além disso, foi constatado que o risco ocorreu independentemente de fatores como idade, raça, sexo, ou mesmo obesidade, hipertensão, diabetes, doença renal crônica e hiperlipidemia – condições que favorecem o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A pesquisa foi publicada recentemente na revista científica Nature e já foi revisada por pares. “[Os riscos] também eram evidentes em pessoas sem nenhuma doença cardiovascular antes da exposição à Covid-19, fornecendo evidências de que esses riscos podem se manifestar mesmo em pessoas com baixo risco de doença cardiovascular”, diz a publicação. Impacto da Covid-19 no sistema cardiovascular

O especialista Fernando Menezes, cardiologista da Rede D’Or e diretor técnico MIP (Medicina Interna Personalizada), explica que o impacto da Covid-19 no sistema cardiovascular se dá por diversos fatores, entre eles a baixa oxigenação do sangue, causada pelo processo de hipoxemia – quadro frequente entre as pessoas que desenvolvem a infecção de forma grave.

“Isso leva a uma sobrecarga do sistema cardiovascular, que tenta compensar o pulmão insuficiente. Outro fator é que a Covid pode incidir diretamente sobre o coração, ou por tromboses de artérias grandes ou microcirculação, gerando uma disfunção do coração que em casos leves algumas vezes é até imperceptível, mas pode gerar tromboses de diferentes magnitudes”, afirma.

Além disso, o médico destaca que a inflamação causada pelo SARS-CoV-2 provoca uma alteração nas artérias coronárias chamada de endotelite, ou vasculite quando ocorre nos vasos maiores, que impacta diretamente no funcionamento do órgão.

A Covid-19 também pode elevar a troponina, um marcador presente no coração que indica o risco de doenças cardiovasculares. No caso de pacientes hospitalizados, Menezes explica que exames são feitos para observar o marcador e, nos casos de alta, o paciente passa a ser considerado de risco.

Para aqueles que não precisam de hospitalização, a elevação de troponina pode passar despercebida e continuar ocorrendo, o que, neste caso, aumenta o risco para o desenvolvimento das doenças do coração.

“A pessoa pensa que pode ficar despreocupada porque teve um quadro leve, então carece um conceito de bom senso. Muitos desses pacientes têm uma redução da capacidade de fazer atividade física, têm sintomas de palpitação, de taquicardia e não é uma causa única que leva a isso, as causas são várias, então o que sempre sugiro é o acompanhamento cardiovascular depois da Covid para uma avaliação mais minuciosa”, ressalta o médico.

R7

Foto: Freepik

O Ministério da Saúde estuda rebaixar o status da Covid-19 de pandemia para endemia. A discussão oficial com o corpo técnico da pasta deve ter início em quatro a cinco semanas e envolverá as secretarias de saúde dos estados e do Distrito Federal e seus conselhos de saúde. A alteração conta com apoio da apoio da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), segundo o governo.

endemia

O ministério já estudava a medida há algumas semanas. A pasta pretende debater o tema cerca de 15 dias após o Carnaval, quando é esperado aumento no número de casos, apesar das medidas restritivas.

O ministério analisa se haverá a confirmação de que quando o número de mortes pela variante Ômicron cair a doença terá perfil parecido com o da influenza ou da dengue, com pequenos surtos. O debate sobre rebaixar a Covid-19 a uma endemia acontece depois que países como Dinamarca, Espanha e Reino Unido tomaram a iniciativa. A ação para mudança de status deve levar em consideração parâmetros técnicos oficiais internacionais.

Com a mudança, medidas de segurança, como o uso de máscara, distanciamento social, restrição de acesso a lugares, fechamento de espaços e uso de álcool em gel, devem ocorrer de forma pontual, localizada. O ministério analisa se haverá a confirmação de que quando o número de mortes pela variante Ômicron cair a doença terá perfil parecido com o da influenza ou da dengue, com pequenos surtos.

Pandemia x Endemia

Tornar-se uma doença endêmica significa que a Covid-19 pode ser mais uma enfermidade que acomete a população e nunca desaparece totalmente, como acontece com a gripe, o sarampo e a dengue. É uma situação diferente, por exemplo, da gripe espanhola, que nunca mais se repetiu após ter causado uma pandemia no início do século 20.

Uma doença pode ser classificada da seguinte maneira:

Surto: Ocorre quando há um aumento repentino no número de casos de uma doença em uma região específica.

Epidemia: Caracterizada pelo surgimento de surtos em diversas regiões. Sejam diversos bairros em um município, diversas cidades em um estado ou muitos estados em um país.

Pandemia: Quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta e é encontrada em continentes distintos.

Endemia: Não leva em conta o número de casos, mas a frequência ao longo do tempo. Uma doença é considerada endêmica quando ocorre por um período estendido em um mesmo local, podendo ser sazonal ou não. No Brasil, a febre amarela é considerada endêmica na região Norte e a dengue é considerada endêmica em certos períodos do ano.

R7

O Piauí ocupa a terceira posição no ranking da vacinação infantil no Brasil, entre as unidades da Federação que divulgaram os dados de imunização desse público. Até às 8h05 desta terça-feira (22), 162.145 crianças do Piauí já tinham recebido a primeira dose da vacina contra a Covid. O número representa 48,92% do público de 5 a 11 anos de idade.

O levantamento é do Consórcio da Imprensa do dia 19/02/2022 que considera dados da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos referentes aos estados e o Distrito Federal, com campanha de imunização iniciada este ano. Atualmente, o PI está vacinando crianças a partir dos 5 anos. O primeiro lugar do Brasil é São Paulo com 60% de crianças vacinadas e o segundo, o Distrito Federal, com 48,35%. No dia da divulgação dos dados o Piauí estava com 46% de cobertura vacinal deste público.

Segundo o secretário de saúde, Florentino Neto, a vacinação é uma das armas que temos para combater a Covid-19 e estamos conseguindo imunizar nossas crianças. “A batalha contra a Covid continua e devemos usar de todas as armas que dispomos para vencer essa guerra. Fazemos um apelo aos pais e responsáveis para que continuem nos ajudando a imunizar essa parcela da população e levem as crianças para serem vacinadas”, pede o gestor.

“Atualmente, já conseguimos proteger mais de 48% das crianças de 5 a 11 anos de idade do Piauí, o que representa uma segurança a mais e um grande passo para vencermos a pandemia”, afirma.

Sesapi

O câncer do endométrio está entre os tumores mais comuns nas mulheres. A boa notícia é que a maioria dos casos é curável, com cirurgia associada à radioterapia e quimioterapia.

endometriose

"O tumor do endométrio acontece na parede do útero, que descama todo mês no ciclo menstrual. É mais comum em mulheres mais idosas. Pode acontecer nas mais jovens, mais aí está relacionado à obesidade. Idade e obesidade são os fatores de risco importantes para a doença", explica Amélia Borba, gerente médica de oncologia na MSD Brasil. O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que em cada ano do triênio 2020/2022 sejam diagnosticados no Brasil 6.540 novos casos de câncer do corpo do útero. O alto índice de cura está ligado à facilidade de detecção da doença.

"Esse tumor avisa que está chegando, porque mesmo nos estágios iniciais a mulher tem sangramento sem parar. Pensando que a maior incidência é nas mulheres acima da faixa dos 60 anos, que usualmente já está na menopausa", alerta a especialista.

Entre as mulheres jovens, o ciclo menstrual fica muito longo, o que causa estranhamento, e as mulheres procuram o ginecologista.
Mas, em alguns casos, o útero não reage aos tratamentos descritos ou o tumor volta. E até agora, os médicos tinham poucas opções para cuidar dessas pacientes, já que há 40 anos não surgiam novos métodos.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em dezembro do ano passado, o uso da combinação de duas substâncias, o pembrolizumabe, que é uma imunoterapia, com o lenvatinibe, que impede a proliferação livre das células tumorais, para o tratamento do câncer do endométrio.

O pedido da farmacêutica MSD foi baseado em estudos feitos no mundo que mostraram aumento da sobrevida de pacientes com essa combinação, conforme explica Amélia Borba.

"Em oncologia nós chamamos de ganho de sobrevida, que significa quanto um tratamento é capaz de aumentar a vida do paciente, associado com qualidade de vida. Queremos viver mais, mas viver bem. E, comparado à quimioterapia, tratamento disponível nessas últimas décadas, aumentou o tempo que as pacientes vivem e o tempo de controle da doença", afirma a biomédica.

O tratamento só é indicado para as mulheres que não têm mais opções de cura da doença, por isso a importância do ganho de sobrevida.

Os efeitos adversos da combinação de substâncias podem ser aumento da pressão arterial e hipotireoidismo, que é uma perda da função dos hormônios tiroidianos.

"Nos dois casos, é possível manejar os efeitos adversos com uso de medicamentos e, assim, permitir que a paciente tenha os benefícios", comemora Amélia.

O tratamento com imunoterapia associada ao lenvatinibe é de alto custo, não faz parte dos procedimentos autorizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e não está na relação da ANS (Agência Nacional de Saúde), o que faria os planos de saúde serem obrigados a pagar a nova terapia.

"Nosso sistema de saúde é bem diverso e isso impacta a utilização de medicamentos diferentes. Esse é o nosso desafio, enquanto comunidade médica e indústria farmacêutica. Não vai ser simples, porque a regulação da ANS tem um sistema e o SUS tem outro tipo de regulação. A boa notícia é que a primeira etapa foi concluída, que foi a aprovação do tratamento por parte da Anvisa. Os próximos passos vão depender do cenário da saúde pública", conclui Amélia Borba.

R7

Foto: Reprodução/Pintrest