As autoridades em Saúde que atuam em Floriano-PI tem se mostrado preocupadas com os casos de coronavírus que tem aumentado nos últimos dias, de forma absurda.
Houve um aumento dos casos em janeiro de mais de 600% em relação ao mês de dezembro do ano passado.
O Ivan Nunes, do Piauí Notícias, esteve entrevistando o Dr. Justino Moreira nessa terça-feira. O Dr Moreira é um dos profissioais que atuam no Setor Covid do Hospital Tibério Nunes, bairro Mangunha, e que se tornou uma referência no combate a doença.
Pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e da Universidade de College de Londres, no Reino Unido, descobriram uma maneira eficiente, simples e barata de predizer o risco de perda da capacidade funcional em idosos.
A partir da análise de um banco de dados com mais de 3 mil idosos britânicos, eles identificaram que a lentidão da marcha pode ser considerada, isoladamente, um indicador de risco aumentado para a perda da capacidade de realizar atividades cotidianas – desde as mais básicas, como levantar da cama, tomar banho e trocar de roupa, até as chamadas atividades instrumentais, que incluem fazer compras, administrar o próprio dinheiro, ir ao banco e usar transporte público, por exemplo. “Nosso estudo mostrou que medir apenas a velocidade da caminhada já é suficiente para ter um preditor eficiente de perda de capacidade funcional em idosos. Os dados da nossa pesquisa mostram que a lentidão da marcha precede em alguns anos essa perda. É uma constatação importante, pois ela facilita o monitoramento do problema. Além disso, a descoberta possibilita que, além de fisioterapeutas, médicos e gerontólogos, qualquer profissional de saúde possa detectar o risco”, dia Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar e orientador da pesquisa.
Publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, o estudo analisou dados sobre as condições físicas e a velocidade da marcha de mais de 3 mil indivíduos com mais de 60 anos. Os participantes integram o English Longitudinal Study of Aging (ELSA), estudo longitudinal que acompanha a saúde e o bem-estar de adultos mais velhos da comunidade inglesa. A pesquisa foi apoiada pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Fragilidade Geralmente, a perda da capacidade de executar atividades básicas e instrumentais pode ser simultânea ou anteceder a chamada síndrome da fragilidade – condição que acomete grande parte da população idosa e pode trazer incapacidade para a realização das atividades cotidianas, aumentando o risco de queda, hospitalização e morte.
Para diagnosticar o problema, profissionais de saúde costumam realizar uma série de avaliações para medir diferentes parâmetros, como a velocidade da caminhada, a força da mão (preensão palmar), o nível de atividade física, a exaustão e a perda de peso nos últimos seis meses.
“A fragilidade é um fator de risco para incapacidade, mas não é sinônimo. Utilizamos cinco elementos para medir a síndrome. Se a pessoa tem um ou dois desses elementos, ela é pré-frágil. Se tem três ou mais, é frágil. O problema dessa avaliação é que ela é mais complexa, precisa de um equipamento e de questionários. Não é em todo lugar que se consegue fazer”, explica o pesquisador.
No estudo, os pesquisadores compararam a fragilidade como um todo com cada um dos cinco componentes, a fim de verificar qual deles discriminaria melhor o processo de incapacidade. E concluíram que a lentidão da marcha, sozinha, foi o melhor componente para indicar o risco de incapacidade em atividades do dia a dia em ambos os sexos, em vez de se avaliar a fragilidade como um todo.
“É um indicador precoce. Vale ressaltar que, com essa descoberta, é possível detectar o problema com mais facilidade. O profissional de saúde pode investigar com mais antecedência o que está causando essa lentidão”, comenta Dayane Capra de Oliveira, autora do estudo.
Alexandre ressalta que, quanto mais rápido for identificado o problema, mais recursos e abordagens se tem para tratá-lo. “Fica muito difícil agir quando o indivíduo já está com dificuldade de fazer várias atividades diárias. Existem alternativas, mas o resultado não é o mesmo de quando identificado precocemente. Por isso é tão importante termos uma maneira mais simples, segura e barata de prever riscos de perda funcional”, afirma.
De acordo com a pesquisa, as mulheres que se tornaram pré-frágeis apresentaram mais incapacidade para as atividades diárias. Isso não aconteceu com os homens. Por outro lado, tanto homens como mulheres que se tornaram frágeis (condição mais grave) também se tornaram mais dependentes para as atividades do dia a dia com o passar dos anos.
Isso pode ter acontecido porque, nos homens, problemas como acidente vascular cerebral, câncer e doença pulmonar, somados a hábitos comportamentais pouco saudáveis, como fumo, álcool e trabalho pesado, podem influenciar na fragilização e incapacidade com uma evolução mais rápida para a morte. Diferentemente das mulheres, que convivem por mais tempo com doenças incapacitantes, como artrose, depressão e hipertensão.
Segundo o pesquisador, estudos anteriores já vinham demonstrando diferença nesse processo entre homens e mulheres com mais de 60 anos.
“Nessa perspectiva, nosso trabalho também sugere que homens passam por um processo muito curto de incapacidade por conta da carga de doenças mais graves que podem evoluir mais rapidamente para o óbito. Enquanto as mulheres passam por um processo mais longo de fragilidade e incapacidade”, diz Alexandre.
Para Capra, o estudo revela um importante atalho para a identificação do risco de incapacidade para realização das atividades do dia a dia em idosos. “Com isso é possível implementar intervenções rápidas, antes que o problema se instale”, afirma.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou boletim nesta quarta-feira (9) sobre a pandemia e relatou um aumento de 7% no número de mortes no mundo em decorrência da infecção pelo novo coronavírus na última semana, período em que a quantidade de casos caiu 17%.
De acordo com o balanço de hoje, foram notificados quase 68 mil óbitos em decorrência da Covid-19. Com isso, o total desde março do ano passado chegou a 5,7 milhões. Além disso, a OMS apontou 19 milhões de novos casos nos últimos sete dias, o que eleva o montante geral para 392 milhões. Contudo, a organização admite que o contágio no planeta é muito maior, devido a subnotificação.
As regiões do Mediterrâneo Oriental, que abrange o Oriente Médio, e das Américas foram as que tiveram o maior aumento na quantidade de casos, cada uma com 36%.
O sudeste da Ásia, por sua vez, apresentou a maior alta nas mortes, de 67%. A Europa e as Américas se mantiveram estáveis, enquanto a África teve queda de 14%.
O maior número absoluto de vítimas foi registrado nos Estados Unidos, que apresentou queda de 15% na comparação com a semana anterior. Depois, aparecem como mais afetados a Índia, a Rússia, o Brasil e o México.
Segundo a análise epidemiológica da OMS, todas as variantes do novo coronavírus conhecidas antes da Ômicron tiveram forte baixa. A cepa mais recente já representa 96,7% do total de sequências genéticas realizadas no mês passado.
Uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. O excesso de peso também foi registrado em mais da metade das mães com filhos nessa faixa etária: 58,5%. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019).
Encomendada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa avaliou 14.558 crianças e 12.155 mães biológicas em 12.524 domicílios brasileiros, em 123 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, entre fevereiro de 2019 e março de 2020.
Segundo os pesquisadores, o excesso de peso prejudica o crescimento e o desenvolvimento infantil e pode gerar doenças crônicas graves ao longo da vida, como problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e até câncer.
“Chamamos de excesso de peso a combinação de sobrepeso e obesidade. Entre as crianças brasileiras menores de cinco anos, 7% apresentam sobrepeso e 3%, obesidade. Entre as mães biológicas de filhos nessa faixa etária, o sobrepeso aparece em 32,2% dos casos e a obesidade em 26,3%”, explicou, em nota, o coordenador do Enani-2019, Gilberto Kac, professor titular do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (INJC/UFRJ).
O Enani-2019 mostra, também, que quase um quinto das crianças brasileiras de até cinco anos (18,6%) estão em uma faixa de risco de sobrepeso.
“São crianças que precisam ser monitoradas de perto, porque a curva do ganho de peso para a idade já está superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse estágio, ainda é possível intervir e melhorar o estado de saúde, evitando consequências de curto, médio e longo prazo”, acrescentou Kac.
O coordenador do Enani-2019 ressaltou que os resultados trazem evidências científicas atualizadas para a definição de políticas públicas de saúde.
“Até então, os dados mais recentes sobre o estado nutricional antropométrico de mães e filhos de até 5 anos eram de 2006. De lá para cá, o cenário mudou bastante. A prevalência de excesso de peso em crianças nessa faixa etária aumentou de 6,6%, em 2006, para 10%, em 2019. Entre as mães, o aumento foi de 43% para 58,6% no mesmo período”, afirmou. Estatura
Um dado chamou atenção dos pesquisadores do Enani-2019: 7% das crianças brasileiras de até 5 anos apresentam baixa estatura para a idade.
“A baixa altura para a idade mostra que essas crianças sofreram restrições que prejudicaram o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Esse quadro pode ser decorrente de infecções recorrentes e está relacionado ao baixo consumo de nutrientes, possivelmente associado à insegurança alimentar. A prevalência do indicador diminui conforme a faixa etária das crianças aumenta, o que sugere que a situação vem se agravando nos últimos anos”, explicou Kac.
De acordo com o estudo, a prevalência de baixa altura para a idade é de 9% entre bebês de até 11 meses e de 10,2% entre os de 12 a 23 meses. A frequência do problema é menor em crianças que nasceram até 2016: 6,5% na faixa etária de 2 a 3 anos, 5,8% entre 3 e 4 anos e 3,4% entre 4 e 5 anos. Enani-2019
O Enani-2019 foi encomendado pelo Ministério da Saúde e coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto tem parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), sob financiamento da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo a UFRJ, é a primeira pesquisa com representatividade nacional a avaliar, simultaneamente, em crianças menores de cinco anos, práticas de aleitamento materno, alimentação complementar e consumo alimentar individual, estado nutricional antropométrico e deficiências de micronutrientes, incluindo as deficiências de ferro e vitamina A.