O fabricante da vacina Novavax anunciou nesta quarta-feira (8) que começou um estudo em estágio inicial para testar sua vacina combinada contra gripe e covid-19.
O ensaio, que será conduzido na Austrália, envolverá 640 adultos saudáveis entre 50 e 70 anos e que tenham sido previamente infectados com o coronavírus ou tomado uma vacina contra a covid-19 ao menos oito semanas antes do estudo. Os participantes receberão uma combinação da vacina candidata contra a covid-19 da empresa, NVX-CoV2373, e sua vacina contra influenza, NanoFlu. "A combinação dessas duas vacinas pode levar a uma maior eficiência para o sistema de saúde e alcançar altos níveis de proteção contra a covid-19 e influenza com um único regime", disse Gregory Glenn, presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Novavax, em nota.
A Novavax havia anunciado em maio que espera que a combinação das vacinas de influenza e de covid-19 seja eficiente no combate às variantes do coronavírus.
Em estudos pré-clinicos, a vacina NanoFlu/NVX-CoV2373 gerou respostas imunológicas robustas para influenza A e B e protegeu contra o coronavírus.
A farmacêutica espera obter os resultados do teste no primeiro semestre de 2022.
A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) divulgou um alerta para o uso indevido de um remédio popularmente vendido com o nome roacutan.
Utilizado para tratamento de redução das acnes na pele, o medicamento está sendo aplicado com o suposto intuito de afinar o nariz e tem ganhado popularidade. A isotretinoína vem tendo mais visibilidade, inclusive com desafios nas redes sociais. A SBD, entretanto, chama a atenção para o fato de que não há qualquer evidência de que o produto tenha esse efeito nos pacientes. Segundo o diretor de mídia eletrônica da entidade, Moysés Lemos, o remédio age diminuindo as glândulas sebáceas.
Somente no caso de uma doença chamada rinofima, tipo de outra patologia denominada rosácea, pode ocorrer a redução do nariz como efeito de uma redução das glândulas que produzem sebo. Contudo, isso não significa que ocorrerá em outras situações. “Não existe comprovação de que pessoas sem essa doença possam ter o afinamento. O nariz tem grande diferença em relação à genética da pessoa. A SBD não recomenda o uso do medicamento para essa finalidade”, explica o médico.
Além disso, a aplicação do medicamento sem acompanhamento pode expor a pessoa a efeitos adversos. O uso pode provocar elevação dos níveis de colesterol no sangue e consequências danosas sobre o fígado.
“Essa medicação tem efeito particular em mulheres em idade fértil. Se elas engravidarem usando a medicação, há risco de 30% de o bebê nascer com malformação congênita”, acrescenta o diretor.
Por essa razão, acrescenta o profissional, a compra em farmácias do produto só pode ocorrer mediante apresentação de receituário especial feito por um médico dermatologista.
O PNI (Plano Nacional de Imunizações) prevê que, a partir de 15 de setembro, os estados e municípios consigam antecipar a segunda dose das vacinas contra a covid-19. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a previsão é que, até esta data, 100% dos adultos acima de 18 anos tenham recebido uma dose de vacina contra a covid-19, sendo assim possível acelerar a conclusão dos esquemas vacinais.
Algumas cidades, como Maceió e São Paulo, com a possibilidade de antecipação por meio da xepa das vacinas, começaram a completar os ciclos de seus moradores. O R7 conversou com especialistas para tirar todas as dúvidas sobre essa nova estratégia de vacinação do Brasil.
Quais imunizantes poderão ser antecipados e qual será o novo intervalo entre doses?
Somente as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca terão os intervalos reduzidos de 12 semanas para 8 semanas. A CoronaVac segue com a estratégia de até 28 após a primeira aplicação.
"Vamos trazer para o intervalo de 8 semanas. Temos uma quantidade boa de Pfizer e AstraZeneca, mas, se tivermos algum problema com a AstraZeneca, pode ser 12 semanas. Só se tiver um problema de entrega, a partir da 12ª semana pode ser usada uma vacina heteróloga, no caso da Pfizer", explicou o ministro durante entrevista coletiva à imprensa no dia 25 de agosto.
Por que o Ministério da Saúde decidiu diminuir o intervalo entre as doses?
A evolução da variante Delta no Brasil e o avanço da aplicação de primeira dose foram apontados por Queiroga como os motivos para reduzir o período entre as duas aplicações.
"Em função sobretudo da Delta e da necessidade de aumentar a proteção da população, estávamos tratando de reforço de dose e da antecipação para completar os esquemas vacinais", afirmou o ministro na mesma entrevista.
Um estudo publicado pelo New England Journal of Medicine, no dia 21 de julho, apontou que duas doses da vacina anticovid da Pfizer/BioNTech ou da Oxford/AstraZeneca são mais eficazes contra a variante Delta do coronavírus Sars-CoV-2. A pesquisa se baseou em dados do Instituto de Saúde do Reino Unido no mundo real, que analisou 20 mil casos da cepa que surgiu na Índia, em outubro de 2020.
Essa redução do intervalo entre as doses é segura?
A imunologista Brianna Nicoletti, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, salienta que não há risco em reduzir o intervalo entre doses. "É seguro antecipar as doses no que diz respeito aos efeitos adversos ou a possíveis alergias. A grande vantagem é ter a maior parte da população completamente imunizada quando temos a evolução de novas variantes acontecendo e aumentando o número de casos, e eventualmente casos graves", explicou ela.