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Cientistas da África do Sul detectaram uma nova variante do coronavírus com diversas mutações, mas ainda não determinaram se ela é mais contagiosa ou capaz de superar a imunidade fornecida pelas vacinas ou uma infecção anterior.

A nova variante, conhecida com C.1.2, foi detectada primeiramente em maio e já se disseminou pela maioria das províncias sul-africanas e por sete outros países da África, Europa, Ásia e Oceania, de acordo com pesquisas ainda não submetidas à revisão da comunidade científica. Ela contém muitas mutações associadas a outras variantes com uma transmissibilidade acentuada e uma sensibilidade reduzida a anticorpos neutralizadores, mas estas ocorrem em uma mistura diferente, e os cientistas ainda não têm certeza de como elas afetam o comportamento do vírus. Testes de laboratório estão em andamento para determinar o quão bem a variante é neutralizada por anticorpos.

A África do Sul foi o primeiro país a detectar a variante Beta, uma de somente quatro classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "variantes de preocupação".

Acredita-se que a Beta se espalha mais facilmente do que a versão original do coronavírus que causa a covid-19, e existem indícios de que as vacinas têm menos efeito contra ela, o que leva alguns países a restringirem viagens de e para a África do Sul.

Richard Lessells, especialista em doenças infecciosas e um dos autores da pesquisa sobre a C.1.2, disse que o surgimento desta mostra que "esta pandemia está longe do fim e que este vírus ainda está explorando maneiras de possivelmente ficar melhor em nos infectar".

Reuters

 

variantec12Uma nova variante do coronavírus inicialmente detectada na África do Sul em maio não parece estar se disseminando, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira (31), acrescentando que está monitorando a variante conforme o vírus evolui.

"Não parece estar aumentando em circulação", disse a porta-voz da OMS Margaret Harris em uma coletiva de rotina da Organização das Nações Unidas (ONU), acrescentando que a variante, batizada de C.1.2., não é no momento classificada como uma "variante de preocupação" pela agência de saúde das Nações Unidas.

Reuters

Foto: Pixabay

A comunicação é da pasta da Saúde. Seguindo uma programação, a vacinação contra a COVID terá continuidade nessa terça-feira, 31 de agosto. Os trabalhos do pessoal da Saúde vai começar às  8:00h e será na Quadra da Unidade Escolar Domingos Machado.

“Não deixe passar essa oportunidade. Quem não conseguiu se vacinar ainda chegou sua hora. Leve os documentos necessários e venha receber sua primeira dose de esperança”, alerta a Saúde.

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Da redação

ia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, comemorado hoje (30), quer dar maior visibilidade à doença, informar a população e alertar para a importância do diagnóstico precoce da enfermidade, que pode ser tratada e impedir sequelas.

O professor de neurologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Denis Bichuetti disse à Agência Brasil que do ponto de vista clínico, a esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e debilitante, mas caso seja diagnosticada e tratada precocemente, ou seja, antes de as sequelas acontecerem, “o paciente pode ficar muito bem, sem sequelas por muitos anos. O que eu quero dizer é que ela é uma doença que, para eu precisar de uma bengalinha para andar, levam-se 15 anos; para eu precisar de um andador, 20 anos; e uma cadeira de rodas, 25 anos”. Ele alertou, entretanto, que como a esclerose é uma doença que começa por volta dos 20 ou 30 anos de idade e apesar de levar muito tempo para gerar incapacidade, ela ataca pessoas na época mais produtiva da vida, entre 20 e 55 anos de idade. O coordenador de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí e coordenador da neurologia do Hospital e Clínica de São Gonçalo, Guilherme Torezani, esclareceu que a esclerose múltipla é doença autoimune, que acaba atacando algumas áreas do cérebro e comprometendo o sistema nervoso central. Dependendo da área do cérebro inflamada, vários sintomas podem surgir de forma súbita, em surtos. “Se o paciente deixa isso passar, não investiga, a doença vai piorando. É importante haver essa conscientização de que sintomas neurológicos novos devem ser sempre investigados por um neurologista. Por isso, a gente fala em diagnóstico precoce”, disse Torezani.

Diagnóstico precoce

Denis Bichuetti afirmou que o primeiro motivo para diagnosticar logo a doença é tratar cedo e impedir a cadeia de sequelas. O primeiro ponto para diagnosticar e tratar precocemente é mudar a história da doença, “como foi mudada a história da poliomielite, do acidente vascular cerebral (AVC), como vem mudando a história do câncer” no Brasil, observou.

O segundo motivo é social e econômico. “Se eu tratar a pessoa antes de desenvolver sequela, o custo dos medicamentos, o custo desembolsado por benefícios sociais e o custo indireto com aposentadoria vão ser muito menores". Isso se eu mantiver a pessoa andando e produzindo, em vez de esperar uma sequela acontecer. Porque vou ter que tratar essa sequela, que é muito mais caro do que o remédio para mantê-la andando. E a pessoa vai parar de produzir e consumir benefício social”, explicou Bichuetti.

A terceira razão para o diagnóstico e tratamento precoces é o bem da própria pessoa, que é o elemento mais interessado, para que ela se mantenha próxima da família, possa desenvolver atividades de lazer, ter um trabalho onde vai produzir e ser remunerada.

Estimativa

Dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicados em 2013, indicavam que no Brasil existiam 40 mil casos da doença. Denis Bichuetti disse, porém, que esse número está subestimado. “Por ser uma doença crônica e a pessoa viver com ela por 30 ou 40 anos, deve haver pelo menos o dobro de brasileiros com esclerose múltipla. O problema é que nem todos estão plenamente diagnosticados”.

De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência média da doença no Brasil é de 8,69 para cada 100 mil habitantes. No mundo, estima-se que entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas convivam com a esclerose múltipla.

Diante de sintomas súbitos, que ocorram de uma hora para outra, como a perda da visão de um olho, dor, alterações da sensibilidade, perda da função de um membro, visão dupla, troca de palavras, a pessoa deve buscar imediatamente um hospital porque pode ser um AVC. Em geral, os sintomas da esclerose múltipla evoluem ao longo de vários dias ou semanas. Portanto, a recomendação é que procure auxílio médico.

O ideal é que a pessoa vá a um neurologista, mas como nem todas as cidades no Brasil dispõem desse especialista, a recomendação é procurar um clínico de confiança ou um pronto-socorro. Denis Bichuetti acrescentou que se os sintomas forem muito agudos, o paciente deve ser levado para uma emergência que tem os mecanismos de avaliar se não é outra coisa que precisa ser tratada. “A esclerose múltipla pode esperar até amanhã. O AVC não pode”, exemplificou.

Mulheres

Guilherme Torezani informou que a doença atinge duas vezes mais mulheres do que homens e é diagnosticada, em média, aos 30 anos na mulher, na idade mais produtiva, embora possa acometer desde crianças até pessoas mais idosas. Isso vale para outras doenças autoimunes, como lúpus, doença de Crohn, por exemplo. Segundo explicou Denis Bichuetti, a mulher tem tendência maior a desenvolver doenças autoimunes por fatores genéticos. “Não é uma coisa exclusiva da esclerose múltipla, mas do gênero feminino em geral’.

O tratamento é feito com medicamentos. Atualmente, existem no mundo cerca de 14 ou 16 medicamentos aprovados por agência reguladora, com reconhecimento científico para o tratamento. Desses, em torno de 12 existem no Brasil e dez estão disponíveis na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e dentro do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

“No Brasil, salvo a questão do atraso no diagnóstico e a demora, muitas vezes, para chegar a um neurologista, nós temos medicamentos aprovados tanto no SUS quanto na saúde suplementar que nada devem a outros países. O grande problema é as pessoas chegarem ao neurologista, o que no SUS é bem mais complicado do que no sistema privado”, afirmou o professor da Unifesp.

Recomendação

Denis Bichuetti disse ainda que, neste dia 30, o recado para a população é que a doença afeta pessoas jovens, é potencialmente incapacitante, mas tem tratamento. “E com um tratamento adequado, podemos evitar sequelas. Essas pessoas podem e devem ser mantidas dentro dos seus círculos sociais e ambientes de trabalho”.

Aos empregadores, Bichuetti pediu que não vejam funcionários portadores da doença como inválidos, mas sim como pessoas que, se receberem tratamento adequado, vão continuar produzindo muito bem e não devem ser demitidas. “Olhadas como pessoas com qualquer outra doença, que têm altos e baixos e merecem a mesma oportunidade de todo mundo”.

Guilherme Torezani ressaltou também a importância de desmistificar a doença. Não é uma sentença de morte nem sentença de invalidez, assegurou. Há pacientes em tratamento estáveis, há anos sem ter surtos, vivendo uma vida praticamente normal. “É isso que a gente tem que deixar como mensagem”.

O neurocirurgião Claudio Fernandes Corrêa, idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, sugeriu aos portadores da doença a prática regular de atividades físicas, aliada à fisioterapia motora e associação de medicação para o controle esfincteriano, caso esse seja comprometido. Para casos de alteração do controle muscular, caracterizada por rigidez e tensão dos músculos, Corrêa recomendou a fisioterapia de reabilitação física somada à medicação, bem como procedimentos neurocirúrgicos em cenários mais limitantes.

Agência Brasil