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A fisiologia normal da nossa respiração é predominantemente nasal. Porém, é comum respirarmos pela boca em algumas situações rotineiras, como durante atividades físicas, que precisamos aumentar o volume de ar inspirado, ou quando estamos com o nariz congestionado por uma gripe ou alergia.

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Entretanto, quando a respiração por via oral acontece por um período prolongado, isso pode se tornar um problema - e influência diretamente nosso bem-estar, provocando efeitos nada agradáveis no dia a dia.

Por que respiramos pela boca? Algumas alterações anatômicas, como desvio de septo ou adenoide aumentada, alterações na musculatura da orofaringe (garganta) e hábitos de infância, como uso de chupeta e mamadeira por tempo prolongado, podem favorecer a respiração a se tornar oral ou oronasal.

Principalmente nos casos das alterações anatômicas, pode ser que a passagem do nariz não seja suficiente para entrar todo o ar que precisamos. Então, é natural que a pessoa respire pela boca, já que ela precisa disso para garantir sua respiração.

Em termos gerais, a respiração oral é decorrente de múltiplos fatores que não constituem uma doença, mas uma situação prejudicial à qualidade de vida, com sinais e sintomas característicos e com um grande número de etiologias.

Nos outros casos, a respiração oral está mais relacionada a uma questão de hábito. No entanto, é importante ressaltar que ela também pode favorecer o surgimento de alterações anatômicas. Durante a fase de crescimento das crianças, por exemplo, a pressão do ar que passa pela cavidade nasal favorece que o céu da boca (palato duro) cresça de forma mais reta.

Como comparação, pessoas que respiram pela boca apresentam o palato duro mais alto, com um fundo profundo ao invés de mais reto. Ou seja, a respiração oral na infância pode influenciar o crescimento da mandíbula e maxila, o posicionamento da língua e dos dentes, e o tônus de toda a musculatura oral, facial e cervical.

Dormir de boca aberta faz mal? 6 problemas de saúde que podem Uma das maneiras mais simples de notar que você está respirando pela boca é durante o sono. Isso porque, nesse contexto, não é raro acordar com o travesseiro molhado de saliva - um sinal claro de que a pessoa está babando enquanto dorme.

6 problemas de saúde que podem surgir:

Mau hálito O que pouca gente imagina, no entanto, é que o hábito de babar dormindo pode estar relacionado a algumas alterações desconfortáveis no dia a dia da pessoa. Uma delas é o mau hálito, pois dormir de boca aberta provoca uma maior proliferação das bactérias presentes na mucosa bucal, na língua e nos dentes, causando a halitose.

Ronco Também podemos observar o ronco, que ocorre quando a musculatura orofaríngea está com o tônus diminuído e obstrui ou deixa a passagem do ar mais estreita. Quando o ar passa por essa musculatura, ele causa vibração da mucosa e isso gera o barulho do ronco.

Apneia do sono Em casos mais graves, ainda pode ocorrer apneia do sono, que é quando ocorre a obstrução da passagem de ar e a pessoa fica alguns segundos sem respirar. Quando não tratado, o distúrbio pode provocar (ou piorar) doenças cardiovasculares, como arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca e hipertensão.

Alteração da voz Em relação à voz, podemos observar alterações relacionadas ao aumento das amígdalas ou adenoides, devido à diminuição do fluxo nasal. Isso, por sua vez, pode gerar uma voz hiponasal (abafada) ou voz hipernasal (fanhosa), além de alterações relacionadas ao ressecamento da mucosa, que pode causar dificuldade ou desconforto ao falar, presença de pigarro e dificuldades de articulação.

Dificuldade para engolir As questões anatômicas envolvidas no ato de dormir de boca aberta também podem interferir na deglutição, podendo causar obstrução mecânica ou incoordenação entre respirar e engolir.

Qualidade do sono prejudicada Outros prejuízos da respiração oral estão atrelados à qualidade do sono, que traz consequências diretas ao nosso cotidiano, como:

Sonolência diurna Falta de atenção e concentração Presença de olheiras no rosto Mastigação ruidosa Aumento da ocorrência de cáries Diminuição do rendimento físico Como parar de respirar pela boca? Quem respira pela boca, seja durante o dia ou a noite, deve buscar tratamento para manutenção da respiração pelo nariz. Primeiro, é preciso fazer uma avaliação com um otorrino para avaliar a questão anatômica. Se necessário, o médico fará o diagnóstico e indicará tratamento cirúrgico ou medicamentoso.

Em seguida, vem o tratamento fonoaudiológico, que é baseado em exercícios de fortalecimento da musculatura envolvida na respiração, propriocepção e adequação do modo respiratório. Isso só é feito depois de confirmado que o paciente tem condições de respirar apenas pelo nariz, mantendo a boca fechada.

Em geral, após o tratamento, as funções orofaciais de respiração nasal, fala, mastigação e deglutição vão manter a musculatura com a força adequada, não sendo necessário manter os exercícios para sempre. Também são recomendados os seguintes hábitos:

Diminuir o uso excessivo de álcool e tabaco Evitar o uso de sedativos Incluir a prática de atividades físicas na rotina Manutenção do peso adequado Estabelecer horários regulares para o sono Interromper o uso de substâncias que contenham cafeína e/ou nicotina antes do horário de dormir Tomar um banho quente e procurar relaxar antes de se deitar.

Minha vida

Foto: © ajr_images/GettyImages

A vitamina D é essencial para a saúde dos ossos, fortalecimento dos dentes e uma série de outras funções no organismo, como fortalecimento do sistema imunológico e regulação do metabolismo.

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Apesar de ser produzida principalmente pela exposição ao sol, ela também pode ser obtida por meio da alimentação.

Importância da vitamina D A vitamina D é fundamental para que o organismo absorva o cálcio e o fósforo, nutrientes essenciais para os ossos. Sua falta pode levar a problemas graves, como raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos.

Além disso, estudos apontam que ela desempenha papel na prevenção de doenças como osteoporose, problemas cardiovasculares e até mesmo diabetes.

Como garantir bons níveis? A melhor forma de manter os níveis adequados de vitamina D é combinar uma dieta balanceada com exposição ao sol. Especialistas recomendam tomar sol de 15 a 30 minutos por dia, preferencialmente nos horários de menor risco, como antes das 10 horas ou após as 15 horas.

Vale mencionar que o consumo excessivo de vitamina D pode causar efeitos colaterais, por isso, é importante buscar orientação profissional.

Quais alimentos podem aumentar a vitamina D? Abaixo, conheça os alimentos que podem ajudar a aumentar os níveis dessa vitamina:

Óleo de fígado de bacalhau – Esse óleo é uma das fontes mais ricas de vitamina D, com 252 mcg por 100 g. Ele é facilmente encontrado em forma de suplemento e pode ser incluído na rotina de quem precisa de doses maiores da vitamina.

Salmão – O salmão é um dos peixes mais conhecidos por sua alta concentração de vitamina D. Cada 100 g desse alimento contém cerca de 20 mcg da substância, além de ser uma ótima fonte de ômega 3.

Sardinha enlatada – Mais acessível do que outros peixes, a sardinha enlatada fornece até 40 mcg da vitamina por 100 g. Ela também é rica em vitamina K e cálcio.

Ostras – Apesar de não serem tão comuns na alimentação do dia a dia, as ostras são incríveis fontes de vitamina D, oferecendo 8 mcg por 100 g. Além disso, contêm minerais como ferro e potássio.

Gema de ovo – A gema do ovo é rica em várias vitaminas lipossolúveis, incluindo a vitamina D, com cerca de 1,3 mcg por unidade. Por ser uma opção vegetariana, é muito usada em dietas que não incluem carne.

Fígado – Tanto o fígado de boi quanto o de galinha contêm o nutriente. Cada 100 g de fígado de boi, por exemplo, possui 1,1 mcg da vitamina. No entanto, deve ser consumido com moderação devido ao alto teor de colesterol.

Leite e derivados – Leite, iogurtes e queijos são fontes valiosas de vitamina D, especialmente quando fortificados. Uma xícara de leite fortificado pode fornecer até 2,45 mcg da vitamina, sendo excelente para a saúde óssea. Cogumelos – Os cogumelos são ótimas opções para vegetarianos e veganos, desde que sejam cultivados ao sol. Isso ocorre porque eles sintetizam a vitamina D através dos raios UV, assim como a pele humana.

Atum – O atum é outro peixe que oferece boas quantidades, além de ser uma excelente fonte de proteínas e ômega 3. No entanto, a versão em lata exige cautela devido ao alto teor de sódio.

Alimentos fortificados – Cereais matinais, sucos de frutas e leites vegetais são frequentemente fortificados com vitamina D. Verifique sempre os rótulos para confirmar a presença do nutriente.

Manter bons níveis de vitamina D não é difícil quando conhecemos as fontes corretas e as incluímos na rotina de forma equilibrada.

Catraca Livre

Foto: © iSTock/dreamsfolklore

 

O período chuvoso favorece o aumento de casos de dengue e outras arboviroses entre a população. Até agora, 2025 registra quase 140 mil casos e 21 mortes por dengue no Brasil. No Píauí, não há registro oficial de óbito no período, mas há 167 casos prováveis. O medo é ver se repetirem os números de 2024 quando houve uma explosão de casos de dengue no País: mais de 6,5 milhões de diagnósticos e mais de 6 mil mortes, um aumento de casos de quase 300% em relação a 2023. No Piauí, foram mais de 15 mil casos e 24 mortes provocadas pela dengue em 2024, um recorde de óbitos na última década, segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.

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O momento é de redobrar todos os cuidados e medidas possíveis contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus, que são transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya.

O infectologista Carlos Henrique Nery, doutor em Saúde Pública Tropical e Professor da UFPI, explica que a alta transmissão da dengue se deve principalmente a dois fatores: a baixa imunidade coletiva da população contra a doença - o que torna as pessoas mais vulneráveis, e a rápida proliferação de vetores do Aedes aegypti ou Aedes albopictus especialmente no período chuvoso.

“Nós não temos ideia da população de Aedes no estado do Piauí, ou no Brasil, de forma representativa, antecedendo a epidemia. A população dos vetores começa a crescer assim que vêm as chuvas. Cada inseto é capaz de colocar até 100 ovos, aproximadamente, por seu ciclo vital, que dura de 30 a 40 dias, o que representa um aumento enorme da população para cada geração de mosquitos. Então, a cada 4 ou seis semanas, teremos uma multiplicação por 40 vezes ou mais, ou 50 vezes, ou 100 vezes mais, a população preexistente”, alerta o pesquisador.

O ciclo de vida do mosquito é dividido em quatro etapas: ovo, larva, pupa e adulto, em um processo que leva, em média, de 7 a 10 dias. É na presença da água que os ovos se desenvolvem até gerar os mosquitos. Por isso, eliminar os recipientes com água é tão eficaz para frear o avanço da doença. Somente o Aedes adulto tem a capacidade de picar e transmitir doenças. Apenas a fêmea se alimenta de sangue, pois necessita do nutriente para produzir os ovos, segundo informações do Ministério da Saúde.

Quantas vezes é possível ter dengue?

Cada pessoa pode ser infectada pelo vírus da dengue até quatro vezes, isso porque o vírus possui quatro sorotipos (variações) diferentes, que podem causar desde infecções sem sintomas até quadros graves da enfermidade. Como cada sorotipo é diverso, contrair a infecção por meio de um dos variantes não é suficiente para tornar a pessoa imune contra os demais sorotipos.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o sorotipo 3 (DENV-3) é considerado um dos que têm maior potencial de causar formas graves da doença, ao lado da variante 2 (DENV-2), também associada a manifestações mais severas. “No Brasil, por exemplo, o aumento da incidência da doença entre 2000 e 2002 foi associado à introdução do DENV-3, elevando o risco de epidemias de dengue e febre hemorrágica da dengue”, detalha matéria produzida pelo Ministério da Saúde.

Carlos Henrique Nery acredita que os sorotipos encontrados no resto do Brasil também estejam em circulação no Piauí. “Não tem nenhuma razão para que o Piauí não tenha distribuição do sorotipo no País. Se tem, de certa forma, no País, a gente tem aqui no Piauí, embora nem todos os pacientes sejam testados para saber qual sorotipo está presente. Então, com a maior sorotipagem que se fizer, mais variações e variantes serão encontradas, mais sorotipos serão encontrados. Eu acho que não será diferente. O problema é que um sorotipo só dá imunidade parcial para o outro sorotipo”, detalha o pesquisador.

Diante da circulação dos quatro sorotipos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é imprescindível intensificar as medidas de prevenção, especialmente no controle ao mosquito transmissor. Tirar dez minutos por semana e fazer uma varredura para eliminar focos do mosquito, utilizar repelentes e blusas de mangas compridas quando possível além de instalar telas de proteção são algumas das ações recomendadas.

Vacina - Outra ferramenta recente na luta contra o avanço da dengue é a vacina. A rede pública de saúde, até agora, disponibiliza o imunizante para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária com maior número de hospitalizações por dengue, seguida de idosos, para quem, até agora, a Anvisa não liberou a oferta de vacinação por restrições recomendadas pelo próprio fabricante da vacina japonesa “Qdenga”, única até agora disponível no País. A proteção oferecida pela vacina contra a dengue é de cerca de 80%, conforme o pesquisador Carlor Henrique Nery.

“Infelizmente, (a vacina) não está disponível para todas as faixas atuais. Mas a população que estiver na faixa de maior risco, que é indicada pelo Ministério da Saúde, no momento, têm na vacinação a melhor estratégia individual e coletiva. O governo oferece as vacinas e a população, de forma educada, sábia, procura então tomar sua vacina sem receio de notícias falsas. É fundamental que a população não se deixe assustar pela quantidade enorme de notícias falsas e se acumule nessas épocas de vacinação”, alerta o pesquisador Carlos Henrique Nery.

Recentemente, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou que houve baixa adesão à imunização completa contra a dengue em Teresina em 2024. Das 13.182 recebidas pela capital do Piauí, 9.750 foram aplicadas em 1ª dose e apenas 2.893 em 2ª dose. Já na rede privada, há pouca vacina para tantos interessados, apesar do preço. Em clínicas e farmácias de Teresina, há filas de espera para quem deseja tomar as duas doses do imunizante que chegam a custar entre R$ 1000 e 1300 . Para quem tem mais de 60 anos, a aplicação costuma ocorrer apenas segundo prescrição médica.

Alerta aos sintomas

A dengue causa especialmente febre, dor de cabeça e/ou atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Já o Zika Vírus costuma causar dor de cabeça, febre baixa, dores nas articulações, vermelhidão nos olhos (conjuntivite). E, por fim, o Chikungunya provoca febre e dores articulares intensas por longos períodos. De forma geral, conforme o Ministério da Saúde, são tidos como sintomas graves dor abdominal persistente, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos têm mais risco de ficar doentes. Ao sentir os sintomas, procure ajuda médica.

Checklist para evitar focos do mosquito:

Receber bem os agentes de saúde e os de endemias;

Esvaziar garrafas PET, potes e vasos

Guardar pneus em locais cobertos ou descarte em borracharias;

Limpar bem as calhas de casa

Manter a caixa d’água, tonéis e outros reservatórios de água bem fechados e limpos;

Colocar areia nos pratos de vasos de planta

Amarrar bem os sacos de lixo

Não acumular sucata e entulho;

Ufpi

Um avanço importante na luta contra o câncer acaba de ser alcançado. Um método inovador, testado com sucesso em laboratório e em modelos animais, abre novas perspectivas para o tratamento de tumores.

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Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia desenvolveram uma técnica que utiliza pequenas vesículas extracelulares (sEVs) para atingir o receptor DR5, presente na superfície de muitas células tumorais. A ativação desse receptor desencadeia um processo de autodestruição das células cancerígenas, conhecido como apoptose. Essa abordagem mostrou uma eficácia superior à dos anticorpos que visam o DR5, anteriormente considerados uma estratégia de ponta.

As sEVs, derivadas de células exterminadoras naturais (NK), demonstraram uma capacidade notável de infiltrar tumores e matar seletivamente células cancerígenas que expressam DR5. Em modelos murinos de melanoma, câncer de mama e fígado, essas vesículas inibiram significativamente o crescimento tumoral e prolongaram a sobrevida.

Além de sua ação direta sobre as células cancerígenas, as sEVs também perturbaram o ambiente imunossupressor criado pelos tumores. Elas atacaram fibroblastos associados ao câncer e células supressoras derivadas da medula óssea, enquanto estimulavam linfócitos T para reforçar a resposta imunológica anticâncer.

A facilidade de fabricação e armazenamento das sEVs as torna uma opção terapêutica potencialmente acessível para uma ampla gama de pacientes. Diferentemente das terapias celulares personalizadas, esse método não requer a coleta de células de cada paciente, o que representa uma vantagem significativa.

Os próximos passos para a equipe de pesquisa incluem a otimização do processo de produção para uma escala clínica e a realização de estudos de segurança visando ensaios clínicos em humanos. Essa inovação promissora pode, assim, oferecer uma nova arma no arsenal terapêutico contra o câncer. O que é apoptose e por que ela é importante no tratamento do câncer? A apoptose é um processo de morte celular programada, essencial para manter o equilíbrio dos tecidos ao eliminar células danificadas ou anormais. No contexto do câncer, a apoptose é frequentemente desativada, permitindo que as células cancerígenas proliferem de forma descontrolada.

O direcionamento da apoptose nas células cancerígenas representa uma estratégia terapêutica promissora. Ao reativar esse processo, é possível forçar as células tumorais a se autodestruírem, reduzindo assim o tamanho do tumor e impedindo sua disseminação.

Os receptores de morte, como o DR5, desempenham um papel fundamental no início da apoptose. Sua ativação por agentes terapêuticos específicos pode desencadear uma cascata de sinais que levam à morte celular. Essa abordagem é particularmente interessante porque visa seletivamente as células cancerígenas, minimizando os efeitos sobre as células saudáveis.

Os avanços recentes na compreensão dos mecanismos moleculares da apoptose abriram novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos anticâncer mais eficazes e menos tóxicos. Como as vesículas extracelulares podem revolucionar o tratamento do câncer?

As vesículas extracelulares (sEVs) são pequenos sacos membranosos secretados pelas células, desempenhando um papel crucial na comunicação intercelular. Elas transportam moléculas biológicas, como proteínas e RNA, que podem influenciar o comportamento das células receptoras.

No campo da oncologia, as sEVs são exploradas por sua capacidade de atingir especificamente as células cancerígenas. Ao modificá-las para transportar agentes terapêuticos, é possível entregar tratamentos diretamente aos tumores, aumentando a eficácia e reduzindo os efeitos colaterais.

As sEVs derivadas de células exterminadoras naturais (NK) são especialmente promissoras. Essas células imunológicas são naturalmente capazes de reconhecer e destruir células cancerígenas. As sEVs NK herdam essa capacidade, além de oferecer uma melhor penetração nos tumores e maior estabilidade.

Além de seu papel direto na destruição das células cancerígenas, as sEVs podem modular o ambiente tumoral, atacando células imunossupressoras e estimulando a resposta imunológica. Essa dupla ação as torna uma arma poderosa contra tumores sólidos, frequentemente resistentes às terapias convencionais.

Fonte: Science Advances