Uma vacina contra as variantes do coronavírus, consideradas preocupantes pela OMS (Organização Mundial da Saúde), pode levar de 6 a 9 meses para ser produzida, declarou a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, que desenvolveu a vacina de Oxford junto aos cientistas da Universidade de Oxford, nesta quinta-feira (11). O imunizante integra o plano nacional de vacinação no Brasil.
A informação foi divulgada no relatório de resultados financeiros de 2020 da empresa. “Em colaboração com a Universidade de Oxford, a AstraZeneca está focada em adaptar a C19VAZ [vacina de Oxford] a novas cepas de doenças, se necessário, e espera reduzir o tempo para atingir a produção em escala entre seis a nove meses, utilizando dados clínicos existentes e otimizando a cadeia de suprimentos estabelecida.”
A vacina se demonstrou eficaz contra a variante do Reino Unido, descoberta em setembro do ano passado, que já predomina entre os casos na Inglaterra, mas resultados preliminares de um estudo feito em pequena escala apontou que o imunizante tem eficácia limitada contra casos de doença leve e moderada provocados pela variante da África do Sul, também já predominante no país africano.
Não foi possível verificar a eficácia contra doenças graves e hospitalizações, pois as pessoas avaliadas eram jovens adultos saudáveis. Isso levou a Africa do Sul a suspender a aplicação da vacina. Em relação à variante do Amazonas, não há estudos divulgados até o momento.
A automedicação feita na tentativa de driblar o contágio ou os sintomas da covid-19 pode provocar efeitos colaterais como a falência do fígado, em decorrência de uma lesão hepática, além de não evitar a doença, já que não existe tratamento preventivo. É o que explica a imunologista Ekaterini Simões Goudouris, diretora da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).
Não é recomendado o uso de nenhum remédio sem prescrição médica, no entanto, em fases diferentes da pandemia, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou a exigir a apresentação de receita para liberação de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina em decorrência da alta procura nas farmácias. A retenção da receita de ivermectina foi suspensa meses depois. “Quando um médico receita um medicamento, ele está ciente de todos os efeitos colaterais que podem acontecer e vai monitorar. Se a pessoa usa um remédio por conta própria, sem o acompanhamento, quando perceber, já teve uma lesão irreversível no fígado e foi parar no hospital”, explica Ekaterini.
A médica ressalta que o uso sem orientação ou acompanhamento médico desses remédios contra a covid-19 podem causar problemas como arritmia cardíaca e hepatite medicamentosa.
“A hidroxicloroquina e a azitromicina, que é um antibiótico que também tem sido usado por conta própria por várias pessoas na tentativa de prevenir ou tratar a covid, juntas tem um efeito chamado de interação medicamentosa que favorece e aumenta a chance de ter algum efeito colateral cardíaco”, diz Ekaterini.
“Usar a ivermectina, que pode ter toxicidade hepática, com outro medicamento que também tenha essa toxicidade, pode provocar um acúmulo e causar um dano maior no fígado”, explica a especialista.
A hepatite medicamentosa é uma inflamação do fígado que acontece por conta de alguns medicamentos que podem ter toxicidade e agredir o órgão. Se essa agressão ocorrer de forma intensa, pode acabar comprometendo em definitivo a função do fígado e exigir um transplante.
“No caso do fígado, o monitoramento é feito por meio de exame de sangue. Se aparecer alguma alteração, o médico faz uma interferência, reduz o uso da medicação ou interrompe por um tempo. Se o remédio tem algum efeito ruim no coração, será feita a mesma coisa, vai depender da medicação”, afirma Ekaterini.
A imunologista ressalta que qualquer remédio, em qualquer dose, pode causar uma lesão não necessariamente pelo uso excessivo. “Às vezes, a medicação pode ser danosa mesmo sendo usada na dosagem certa. O trabalho do médico não é só receitar o medicamento correto para determinada doença, é também acompanhar o paciente que está usando o tratamento que ele receitou. A automedicação impede que alguém seja responsável e acompanhe esses possíveis danos”, explica a especialista.
Segundo o hepatologista Rogério Alves, médico do hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, o risco de lesões no fígado aumentam ainda mais se associadas à covid-19. Isso porque cerca de 30% dos pacientes diagnosticados com a doença têm sintomas gastrointestinais, como diarreia, náusea, vômitos e alterações no funcionamento do fígado.
“Pacientes que tomam ivermectina por outros problemas, independentemente de ter covid, podem desenvolver algum tipo de hepatite medicamentosa, mas é algo que acontece raramente”, diz o especialista. “Às vezes a pessoa tem alguma doença no fígado e não sabe, ao fazer uso sem prescrição, pode ter esse efeito indesejado”.
O hepatologista alerta, ainda, que não há nenhuma recomendação de tratamento precoce para evitar a doença. “Quando você usa a medicação sem supervisão, você está sujeito a um risco maior. Nem todo remédio que parece inofensivo, realmente é”, afirma o médico.
A FDA (Food and Drug Administration, autoridade sanitária dos EUA) autorizou, nesta 3ª feira (9.fev.2021) o uso emergencial de um tratamento combinado de anticorpos para pacientes de covid-19 que apresentem alto risco de evolução grave da doença. O novo tratamento vale para pessoas maiores de 12 anos e que pesem mais de 40 kg.
O método foi desenvolvido pela empresa farmacêutica Eli Lilly e consiste na combinação de 2 anticorpos para criação de uma versão de anticorpo duplo que, segundo os estudos, tem maior capacidade de proteção. Anticorpos são moléculas humanas que têm como principal função proteger o organismo.
Nesse novo tratamento, os anticorpos utilizados são os monoclonais, que são projetados em laboratório para terem uma capacidade específica: neutralizar o coronavírus. Em 26 de janeiro, a Eli Lilly divulgou um estudo de fase 3 que indicava que o coquetel reduziu em 70% as hospitalizações e as mortes por covid-19. A pesquisa, no entanto, ainda não foi revisada por outros cientistas.
Ao liberar o tratamento em todo os Estados Unidos, a FDA proibiu o uso em pacientes que estejam internados ou que precisem fazer uso de oxigênio, ou seja, é voltado apenas para pessoas com casos leves e moderados. A recomendação é para que o coquetel seja administrado a pacientes que apresentam quadro leve de infecção pelo novo coronavírus, mas que o quadro clínico ou doenças prévias indiquem que pode haver piora.
“Os dados que sustentam essa autorização emergencial se somam às novas evidências que apontam para uma utilidade clínica de anticorpos neutralizantes para o tratamento da covid-19 em determinados pacientes”, explicou a diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Patrizia Cavazzoni.
Tratamentos com anticorpos A FDA já havia autorizado anteriormente o uso de coquetéis de anticorpos para o tratamento de casos leves de covid-19. Em novembro, a agência reguladora norte-americana autorizou 2 tratamentos diferentes, um da empresa Regeneron –o mesmo utilizado pelo então presidente Donald Trump quando ele teve a doença– e um da Eli Lilly.
As novas variantes do coronavírus, porém, podem resistir a esses tratamentos que utilizam apenas um tipo de anticorpo monoclonal. Por isso, a combinação se tornou necessária. Além do novo coquetel da Eli Lilly, a Regeneron também conta com uma droga do tipo no mercado.
Aos poucos as pessoas em Floriano-PI estão se vacinando pelos profissionais em saúde, já vacinados, contra o novo coronavírus.
Na cidade florianense, de acordo com o último boletim da pasta da Saúde, já são 68 mortes de pessoas de todas as idades que foram contaminadas pelo novo coronavirus e que não resistiram aos efeitos negativos da doença que é a COVID-19.
Veja a o último Boletim.
Agora, de acordo com essa profissional em saúde, os idosos acima dos 90 anos devem ser o alvo da vacinação. Novas doses chegaram na cidade. Polyanne Pires está como Coordenadora de Imunização da Saúde local.