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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu hoje (23) o registro definitivo à vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech. A concessão do registro foi anunciada pelo diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, que destacou que a análise para a liberação do imunizante levou 17 dias.

“O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro”, disse Barra Torres ao anunciar o registro. “Esperamos que outras vacinas estejam, em breve, sendo avaliadas e aprovadas”, acrescentou.

A vacina é a primeira a obter o registro definitivo no Brasil. O imunizante se chama Cominarty. A empresa entrou no dia 6 de fevereiro com o pedido de registro definitivo da vacina contra a covid-19. O imunizante, entretanto, ainda não está disponível no país.

Em dezembro, a Pfizer já havia anunciado que não faria pedido para uso emergencial da sua vacina no Brasil, e que seguiria o processo de submissão diretamente para um registro definitivo. À época, a empresa disse considerar o procedimento “mais célere”, além de mais amplo.

Segundo a Pfizer, 2,9 mil voluntários participaram dos testes clínicos de sua vacina no Brasil. No mundo todo, foram 44 mil participantes em 150 centros de seis países, incluindo África do Sul, Alemanha, Argentina, Estados Unidos e Turquia. Os resultados da terceira e última fase de testes do imunizante, divulgados em novembro, apontaram eficácia de 95% contra o novo coronavírus (covid-19).

De acordo com a Anvisa, o registro “abre caminho para a introdução no mercado de uma vacina com todas as salvaguardas, controles e obrigações resultantes dessa concessão”. Até então, as vacinas aprovadas no Brasil são para uso emergencial: a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e a vacina produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório inglês AstraZeneca.

De acordo com a Anvisa, entre as autoridades referendadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a agência reguladora brasileira é a primeira a conceder o registro de uma vacina contra a covid-19.

O pedido de registro definitivo é o segundo que a Anvisa recebe para uma vacina contra a covid-19. O primeiro foi feito em 29 de janeiro e é relativo à vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que já tem autorização para uso emergencial no país.

 

Agência Brasil

Um novo método de processamento de imagem vai melhorar a reconstrução tridimensional das proteínas dos vírus, incluindo a "proteína spike" do coronavírus responsável pelo covid-19, considerada "a chave" necessária para entrar na célula.

Pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisa Científica (CSIC) e da Universidade do Texas, em Austin (Estados Unidos), conseguiram isso, e os resultados foram publicados nesta terça-feira (23) na revista científica Nature.


Os pesquisadores propõem, em seu trabalho, o uso de novos métodos computacionais para processar imagens e melhorar a análise e reconstrução tridimensional de macromoléculas biológicas. Eles descobriram que conhecer a composição dessas macromoléculas - como as proteínas- é relativamente simples, mas não a forma em que eles se dispõem em uma estrutura tridimensional.

A metodologia proposta pelos pesquisadores melhora a visualização das reconstruções em três dimensões obtidas por "microscopia eletrônica", bem como a qualidade dessas imagens.

“Este trabalho nos permite uma compreensão mais ampla das proteínas e outras macromoléculas que sustentam processos essenciais para a vida, fornecendo novas ferramentas para que os biólogos estruturais interpretem de forma cada vez mais confiável”, explica o pesquisador Javier Vargas, do Departamento de Óptico da Universidade Complutense de Madrid.


Esses métodos já foram aplicados a várias macromoléculas biológicas com relevância biomédica e científica significativa, incluindo reconstruções 3D da proteína "Spike S" do SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19.

“Essa proteína é essencial para a entrada do vírus nas células humanas. O processamento desta proteína com estes novos métodos nos permitiu analisar regiões que antes não podiam ser interpretadas”, explicou o físico em nota divulgada hoje pela universidade.

O pesquisador Javier Vargas iniciou o estudo quando era professor na McGill University, do Canadá, e o encerrou no retorno à Universidade Complutense de Madrid.


Os pesquisadores consideram que este trabalho pode ser usado para aprimorar a construção de modelos atômicos sem informações prévias de macromoléculas de reconstruções 3D obtidas por microscopia eletrônica.

“Essas informações são essenciais para entender e caracterizar as macromoléculas do ponto de vista bioquímico e úteis para o desenho de novos fármacos; por exemplo, novos medicamentos para bloquear o acesso do SARS-CoV-2 ao interior das células”, destacou Vargas.

 

EFE

 

A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos publicou um novo documento informando que é "mínima a probabilidade" de embalagens e alimentos transmitirem o coronavírus.

Publicado no dia 18 no site da FDA e assinado também pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o documento informa que não há evidência comprovada de que alimentos ou embalagens de alimentos estejam associados ou são uma fonte provável de transmissão do coronavírus.


"Considerando os mais de 100 milhões de casos da Covid-19, não vimos evidências epidemiológicas de alimentos ou embalagens de alimentos como a fonte de transmissão da SARS-CoV-2 para humanos", explica o documento.

A publicação garante que existe um "consenso científico internacional esmagador" de que "os alimentos consumidos e as suas embalagens são altamente improváveis de espalhar o SARS-CoV-2".

Os cientistas ainda lembram que a Covid-19 é uma doença respiratória e é transmitida de pessoa para pessoa, não sendo um vírus transmitido por alimentos.

"É particularmente importante observar que a Covid-19 é uma doença respiratória transmitida de pessoa para pessoa, ao contrário dos vírus transmitidos por alimentos ou gastrointestinais, como o norovírus e a hepatite A, que costumam deixar as pessoas doentes por meio de alimentos contaminados", diz a nota.

 

G1

biontechA farmacêutica indiana Bharat Biotech afirmou nesta segunda-feira (22) que consegue adaptar rapidamente a Covaxin para combater as novas variantes da covid-19. Só é necessário conhecer o sequênciamento genético das mutações.

Nos últimos meses, a Índia confirmou a presença das variantes identificadas pela primeira vez no Brasil, Reino Unido e África do Sul, que acredita-se serem responsáveis ​​pelo aumento dos casos nos estados de Maharashtra e Kerala.


A Índia registrou mais de 11 milhões de infecções por coronavírus, o número mais alto do mundo depois dos Estados Unidos, e cerca de 156 mil mortes.

"Como estamos vendo um enorme ressurgimento de casos, estamos coletando amostras e tentando sequenciá-los", disse Nivedita Gupta, vice-diretor-geral do Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), uma instituição estadual, na conferência BioAsia.


O ICMR e a Bharat Biotech desenvolveram a Covaxin, primeira vacina indiana contra a covid-19, que, juntamente com a Oxford, está sendo usada na campanha de imunização da Índia.

A Índia é o maior fabricante mundial de imunizantes e as empresas prometeram produzir bilhões de doses de vacinas contra o SarsCov2.

O presidente da Bharat Biotech, Krishna Ella, disse que precisaria principalmente de dados do ICMR ou da Organização Mundial da Saúde sobre a sequência genética de qualquer variante para produzir rapidamente uma vacina eficaz.

Ela acrescentou que um produto adequado à variante sul-africana poderia ser fabricado em 15 dias e não exigiria nenhuma alteração no processo de produção.

 

Reuters

Foto: RAJAT GUPTA/EFE/EPA