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Ficar muito tempo sob o sol, principalmente durante o verão, pode desencadear uma insolação.

Essa condição é caracterizada pelo aumento extremo da temperatura corporal, afirma o dermatologista Elimar Gomes, coordenador do Dezembro Laranja, Campanha do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Se passa dos 40°C sem ter febre, é um quadro de insolação”, explica.

A insolação pode ocorrer por conta de muito tempo de exposição ao sol, prática de atividades físicas durante a exposição ou estar em um local quente com pouca ventilação. “Normalmente, essas situações estão combinadas à falta de hidratação”, afirma.

Os sintomas são dor de cabeça, náuseas, pele quente, sensação de frio, pulso acelerado, difícil respiração, tontura e distúrbio visual.

“A pessoa pode até morrer, em último caso, se a temperatura continuar subindo, ela fica com dificuldade para respirar, pálida, pode desmaiar, ter uma convulsão e entrar em coma”, explica.

A primeira coisa a se fazer diante dos sintomas é sair do sol e ir para um ambiente fresco. O médico recomenda beber bastante líquido e resfriar o corpo aos poucos com compressas frias e borrifadores.

“Depois pode tomar banho gelado, ou se a ducha da praia não for tão gelada, pode entrar direto nela também”, afirma.

Caso a pessoa já esteja com sensação de desmaio, tontura ou respiração acelerada, Gomes recomenda procurar ajuda médica.

O médico reforça que a insolação, como a queimadura solar, pode ser evitada. Ele recomenda a utilização de roupas leves, evitar exposição solar das 9h às 15h, tomar bastante líquido e evitar situações de desidratação.

“Nessa época as pessoas consomem muita bebida alcoólica, que desidrata, tem sempre estar bebendo água junto. Recomendo de três a quatro copos de água a cada lata de cerveja, lembrando que destilados possuem uma concentração maior de álcool, então precisa de mais água ainda”, explica.

 

R7

 

Pesquisadores identificaram uma assinatura genética com valor prognóstico capaz de prever a sobrevida de pacientes com certos tipos de câncer de mama. A descoberta leva também a uma melhor compreensão sobre os mecanismos moleculares de um processo de vascularização conhecido como angiogênese patológica, essencial para o desenvolvimento de diversas doenças.

A pesquisa, publicada na revista PLOS Genetics, combinou estudo sobre genes envolvidos na retinopatia patológica – lesões oculares que também servem como modelo para o estudo de angiogênese – e dados da expressão gênica (transcritoma) de bancos de dados públicos sobre o câncer de mama.

Realizado por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) em colaboração com o Instituto de Pesquisa do Câncer de Ontário (OICR, da sigla em inglês), no Canadá, o estudo contou com apoio da FAPESP .

“Identificamos um conjunto de genes cuja expressão no câncer de mama se correlaciona com o grau de vascularização (angiogênese) patológica do tumor. Trata-se, portanto, de uma assinatura gênica para a angiogênese que é prognóstica e mais robusta que as assinaturas identificadas anteriormente, dada a correlação existente entre a angiogênese e os tumores de modo geral”, disse Ricardo Giordano , professor do IQ-USP e autor do estudo.

No estudo, os pesquisadores brasileiros identificaram 153 genes alterados entre retinas normais e retinas patológicas em camundongos. A partir dessa lista foram identificados 149 genes humanos equivalentes. O resultado foi utilizado como base da pesquisa sobre a assinatura gênica, com a parceria do grupo canadense. Para isso o grupo utilizou um banco de dados com informações de pacientes com câncer de mama. Desse total, 11 genes-chave envolvidos na angiogênese patológica foram os que tiveram o melhor desempenho para uma assinatura de prognóstico.

Câncer de mama e retinopatia têm em comum o processo de angiogênese. “O fato de essas duas doenças compartilharem esse processo e de a angiogênese ser fundamental para desenvolvimento de cânceres nos levou a tentar fazer a ponte entre retinopatia e câncer de mama”, disse João Carlos Setubal , coordenador do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Bioinformática da USP, também autor do artigo.

Segundo os pesquisadores, o motivo de o estudo ter sido feito especificamente com câncer de mama está na disponibilidade de dados dessa doença. “Precisávamos ter acesso a dados públicos em vasta quantidade, pois existe muita variação de pessoa para pessoa. E justamente para câncer de mama havia um conjunto de dados disponível para nosso estudo, com informações de 2 mil pacientes”, disse Setubal.

De acordo com Setubal, para detectar a assinatura foi necessário realizar um sofisticado processamento computacional dos dados gerados em laboratório, uma área conhecida como bioinformática. O trabalho foi desenvolvido em parceria com os pesquisadores canadenses do OICR. O aluno de doutorado Rodrigo Guarischi de Sousa , também autor do estudo, criou o programa que testou os 149 genes humanos como possíveis componentes da assinatura para pacientes com câncer. Essa parte do estudo foi realizada por meio de bolsa estágio de pesquisa no exterior apoiado pela FAPESP, sob a coordenação de Paul C. Boutros, no OICR.

Atualmente Boutros é pesquisador no Departamento de Genética Humana na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e Guarischi de Sousa se formou e trabalha na empresa Dasa, em São Paulo.

A partir dessa assinatura os pesquisadores pretendem encontrar aplicações, sobretudo em terapias contra o câncer de mama. “Nosso objetivo agora é dar continuação ao estudo da angiogênese no câncer. Estamos interessados em identificar genes nessa lista que possam ser alvo para o desenvolvimento de novas drogas ou reaproveitamento de drogas existentes”, disse Giordano.

Da retinopatia ao câncer de mama

A descoberta da assinatura de prognóstico para o câncer de mama é fruto de um longo estudo que teve início em 2010, por meio de uma bolsa de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), quando Giordano iniciou os estudos sobre transcriptoma (dados referentes a genes expressos) e proteoma (proteínas) da retina angiogênica.

“Como resultado desse estudo, implantamos no laboratório um modelo em camundongos para o estudo de retinopatia. O modelo em camundongos é importante, pois é difícil estudar a formação de vasos sanguíneos fora de tecidos vivos. Portanto, só com este modelo é possível induzir e estudar em laboratório uma retinopatia, modulando o nível de oxigênio, e fazer estudos referentes à angiogênese”, disse Giordano.

Com base em amostras dos camundongos, os pesquisadores puderam investigar as diferenças entre a formação de vasos em condições fisiológicas (que ocorrem normalmente) e em condições patológicas. “Verificamos quais genes eram expressos pelas células endoteliais (que cobrem os vasos sanguíneos) nas duas condições, sempre procurando por aqueles genes que são mais expressos numa condição em relação à outra ou vice-versa”, disse Giordano.

Um elemento essencial no experimento foi a variação de oxigênio nas câmaras onde estavam os camundongos recém-nascidos. Nas câmaras com 75% de oxigênio os camundongos tiveram retinopatia, ao passo que no ar ambiente (20% de oxigênio) a retina se desenvolveu normalmente. A descoberta dos mecanismos que permitem às células detectarem a presença de oxigênio foi o tema do prêmio Nobel de Medicina de 2019, que agraciou os pesquisadores William G. Kaelin Jr., Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza.

Assinatura de prognóstico referente a genes expressos

É importante ressaltar que a assinatura gênica para a angiogênese poderá ter uma possível aplicação clínica muito diferente daquela do gene marcador BRCA1. O gene – assim como o BRCA2 – ficou conhecido mundialmente em 2013, quando a atriz norte-americana Angelina Jolie se submeteu a duas mastectomias após ter descoberto, a partir de um exame, mutações específicas neste gene, indicando que teria risco de 87% de desenvolver câncer de mama.

“O BRCA1 é um gene do genoma. Uma mulher com mutações nesse gene tem maior risco de desenvolver a doença, porém ela não necessariamente vai desenvolver câncer de mama. Portanto a presença do gene com mutações serve para ajudar a prever o aparecimento da doença. A assinatura do nosso estudo se mostrou promissora para prever o desenvolvimento da doença depois que ela de fato apareceu”, disse Setubal.

 

Agência Fapesp

massagemMassagem. Relaxante, modeladora, drenagem, terapêutica, aiurvédica, craniana, shiatsu – as modalidades são muitas e as indicações também. Desde que a busca por bem-estar ganhou papel de destaque na sociedade, essa prática milenar ganhou notoriedade e muitos adeptos. Assim como a procura aumentou, os benefícios associados à prática e os ‘males’ curados por ela também se multiplicaram. Mas, afinal, para que serve a massagem?

Dezenas de estudos – que remontam a várias décadas – vincularam a massagem a benefícios físicos e psicológicos reais. Um estudo australiano descobriu que uma massagem muscular de 10 minutos após um treino pode reduzir a dor em 30%. Outro estudo constatou que os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, caíram 31% após uma massagem, enquanto os níveis de hormônios do bem-estar, como dopamina e serotonina, aumentaram aproximadamente 30%.

Aliás, a redução da dor e o alívio da tensão e da depressão são os benefícios associados à massagem com evidências mais robustas. E não precisa nem pagar alguém para te massagear. Pesquisas mostraram que diferentes formas de auto-massagem ajudam a reduzir a dor muscular e melhorar os sintomas da dor.

“O toque da massagem é capaz de aliviar a tensão e a dor muscular, melhorar a circulação sanguínea e o sistema imunológico. Quando falamos de massagem de resultado imediato, também estamos falando de menos inchaço e redução de medidas.”, afirma a massoterapeuta Renata França, conhecida por desenvolver protocolos específicos com a união de diferentes técnicas de massagem.


Mas afinal, como uma simples massagem pode proporcionar tantas vantagens para a saúde? De acordo com Tiffany Field, diretora do Instituto de Pesquisa sobre Toque da Universidade de Miami, em entrevista à revista americana Time, a massagem aumenta o fluxo sanguíneo em áreas do cérebro associadas à regulação do humor e do estresse.

Quando estimulados, os receptores de pressão sob a pele aumentam a atividade do nervo vago, um componente importante do sistema nervoso humano que desempenha um papel nas funções autonômicas, como frequência cardíaca, respiração e digestão. O aumento da atividade nesse nervo pode ter, entre outros benefícios, um efeito calmante semelhante à meditação, o que explicaria a queda no cortisol e outros sintomas relacionados ao estresse.

Confira abaixo outros benefícios da massagem e seu mecanismo de ação.

Alívio da dor e combate depressão em pacientes com câncer
A massagem pode ser usada de forma eficaz como terapia complementar em pacientes com câncer para aumentar a qualidade de vida e melhorar o bem-estar da pessoa doente.

 prolongaram por mais tempo em pacientes que receberam a massagem por 60 minutos.

Nesses casos, as mais indicadas seriam a massagem relaxante e a drenagem linfática. “O procedimento pode aliviar o desconforto de quem faz quimioterapia e precisa tomar muitos remédios”, explica Renata França, do Spa Renata França.

Para quem tem receio de que a massagem pode, de alguma forma, aumentar a probabilidade de metástase, a oncologista Elisa Ricardo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica: “Não existe nenhuma chance da massagem causar metástase. A movimentação da pele e o estímulo da circulação não é responsável por espalhar células cancerígenas. Se fosse verdade que estimular a corrente sanguínea aumenta o risco de câncer, a gente não recomendaria o exercício físico”.

Vale ressaltar que, nesses casos, a massagem deve ser indicada pelo médico responsável pelo tratamento oncológico e cada caso deve ser avaliado atenciosamente pelo massoterapeuta escolhido. Em pacientes com câncer de mama, por exemplo, a drenagem consegue combater o inchaço nos braços, comum entre as mulheres que iniciam o tratamento.

Aliada ao tratamento de fertilidade

Para quem está tentando engravidar, a massagem pode ser uma importante e interessante aliada. “O estresse é um vilão para casais que sonham em ter filhos. Uma massagem relaxante é capaz de reduzir o cortisol e contribuir para a melhora da função reprodutiva feminina.”, explica o ginecologista e obstetra José Bento.

Além disso, a massagem fortalece o sistema imunológico e reduz os níveis de glicose e insulina na circulação. Tudo isso contribui para a restauração do equilíbrio dos hormônios femininos e ovulação em mulheres com endometriose e síndrome do ovário policístico (SOP), por exemplo, que são algumas das principais causas de infertilidade na mulher.

Qualquer massagem relaxante, feita por um profissional, poderia proporcionar esses efeitos, mas a massoterapeuta Renata França, conhecida pela famosa Miracle Touch, criou um protocolo de massagem específico para melhorar a fertilidade. Com o nome de Babymoon, a massagem levou oito meses para ser desenvolvida. É uma mescla de drenagem linfática e massagem relaxante que conta com 97 manobras diferentes e 1h20 de duração – a maior parte das sessões de massagem tem 1 hora de duração.

“A massagem como aliada da fertilidade deve proporcionar um relaxamento profundo, que contribui para a liberação de endorfina. É uma massagem indolor e sem incômodos, que dá a sensação de acolhimento. Esse relaxamento também diminui o nível do hormônio cortisol e aumenta os níveis de oxitocina.”, explica Renata.

De acordo com o ginecologista, a oxitocina é o principal hormônio responsável pelo parto e também beneficia a mulher que se prepara para a fertilização in vitro (FIV), por exemplo. “Todos esses fatores contribuem para aumentar as chances de sucesso no tratamento de fertilidade”, afirma o médico.

Entretanto, como toda massagem, é preciso alguns cuidados, principalmente se a mulher estiver sob tratamento de fertilidade. Quem iniciou a FIV, com a transferência do embrião para o útero, deve esperar 48 horas para receber a massagem e não deve realizar mais de duas massagens por semana. O procedimento também não é recomendado para mulheres com febre e processos infecciosos ou inflamatórios. Em caso de doenças, a massagem só poderá ser realizada com autorização médica.

Independente da finalidade desejada com a massagem, buscar um profissional especializado é fundamental. No caso de massagens estéticas, a escolha é fundamental para conquistas o resultado desejado. Se o motivo for a saúde, uma pessoa não qualificada pode piorar a condição em vez de melhorar.

 

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Foto: reproduçao Getty Images

 

jejumPara muitas pessoas, o Ano Novo é um momento para adotar novos hábitos, incluindo resoluções para ter um estilo de vida mais saudável. Em janeiro, as academias costumam ficar lotadas e está aberta a temporada oficial de experimentar novas dietas. O jejum intermitente ganhou destaque nos últimos anos como a queridinha da vez, ao lado de outras como a low carb e a cetogênica (ou keto). Mas a ciência apoia as alegações feitas para essas dietas? No caso do jejum intermitente, sim. É o que diz um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica New England Journal of Medicine.

Há muitas formas de aderir a um regime de jejum intermitente, mas, basicamente, a prática consiste em alternar períodos de jejum e de alimentação. De acordo com os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, a prática vai muito além da perda de peso e pode ser adotada como um estilo de vida com inúmeros benefícios para a saúde.

O método desencadeia alterações metabólicas que contribuem para maior resistência ao estresse, melhor regulação do açúcar no sangue, redução da inflamação, redução do colesterol e da freqüência cardíaca em repouso. O que se traduz em aumento da longevidade e menor incidência de doenças, incluindo câncer, diabetes e obesidade.

Para chegar a essa conclusão, o neurocientista Mark Mattson, analisou inúmeros estudos já publicados, realizados em animais e em humanos. Os resultados mostraram que o jejum intermitente favorece a saúde celular, desencadeando uma adaptação secular conhecida como troca metabólica. Essa mudança ocorre quando as células gastam suas reservas de açúcar, que  metabolizam rapidamente e, em seguida, começam lentamente a converter gordura em energia. Antigamente, essa adaptação era usada em períodos de escassez alimentar.

Evidências científicas

Controle da insulina e redução da gordura visceral: Dois estudos realizados no Hospital Universitário de South Manchester, no Reino Unido, com 100 mulheres acima do peso, mostraram que aquelas que seguiam um jejum intermitente no modelo 5:2 se saíram melhor nas medidas de sensibilidade à insulina e redução da gordura visceral do que aqueles no grupo de redução de calorias. Na dieta 5:2, a ingestão calórica deve ser limitada a 500 calorias em dois dias não consecutivos na semana. Nos demais, é permitido comer normalmente de maneira equilibrada.

Melhora na cognição: O jejum intermitente também poderia beneficiar a saúde do cérebro. De acordo com um ensaio clínico preliminar realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, com 220 adultos saudáveis ​​e não obesos, manter uma dieta de restrição calórica melhora o resultado de testes cognitivos. Os participantes mantiveram essa alimentação por 2 anos. Outros estudos mostraram que a prática melhora a memória associativa, espacial e de trabalho em animais e a memória verbal em adultos.

 

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iStockphoto/Getty Images