Uma doença séria, que pode acontecer com quem fica muitas horas sentado em um avião, trem, carro ou ônibus: é a síndrome do viajante. Essa síndrome é uma trombose venosa, ou seja, um trombo que se forma na veia.
A trombose é a formação de coágulos no sangue, que normalmente começa nas pernas. O sangue fica mais grosso e aumenta o risco de entupimento de alguma veia ou artéria. O problema não se restringe às pernas – o sangue que engrossa lá pode bloquear a circulação no pulmão, por exemplo, o que causa uma embolia.
Na viagem, o risco aumenta porque a pessoa passa muito tempo sentada. Se as pernas ficam para baixo e paradas por muito tempo, a falta de movimento piora a circulação do sangue. A panturrilha – a batata da perna – funciona como um “segundo coração”. O coração bombeia o sangue até os pés, e ele retorna pelas veias que ficam na perna.
Uma pesquisa realizada pela Agência de Esportes do Japão descobriu que a força física e a capacidade atlética das crianças sofreram queda.
De acordo com o levantamento, isso se deve em parte ao uso de smartphones.
O estudo, realizado anualmente no Japão, verifica as atividades físicas, tais como corridas e lançamentos de bolas, assim como o estilo de vida das crianças. A pesquisa deste ano cobriu mais de 2,1 milhões de estudantes do quinto ano do curso primário e do segundo ano do curso ginasial.
A média nacional da capacidade física teve queda em comparação ao ano passado, tanto no caso dos meninos como das meninas. A média dos meninos do quinto ano caiu para o nível mais baixo desde que a pesquisa começou a ser realizada em 2008.
O estudo descobriu que as crianças, especialmente os meninos do curso primário, passam mais tempo assistindo à televisão ou utilizando smartphones.
O tempo médio que os estudantes do curso ginasial passam praticando atividades atléticas caiu em mais de 90 minutos por semana.
Com a aproximação da estação mais quente do ano, muita gente recorre ao ar-condicionado para se refrescar. Mas sempre surge uma dúvida: o uso constante do equipamento faz ou não mal à saúde?
Existem alguns mitos e verdades sobre esse assunto, de acordo com o pneumologista Elie Fiss, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ele explica que o aparelho seca o ambiente para que o ar seja gelado. Por isso, pode afetar quem tem doenças respiratórias.
“A umidade muito baixa irrita as vias aéreas. Então, quem tem asma e bronquite crônica, por exemplo, pode ter alguma crise”, esclarece Fiss. Ambas são doenças caracterizadas justamente pela inflamação das vias aéreas.
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Existem algumas opções para resolver a situação, como o uso de uma toalha molhada para umedecer as narinas e a colocação de um balde de água no local.
A transição entre diversos ambientes, com ar quente e frio, também exige atenção pois pode causar o mesmo problema. “É aconselhável não deixar a temperatura muito baixa, para evitar essa diferença grande entre o ambiente externo e interno e o choque térmico”, alerta.
O médico diz que deve haver cuidado com a exposição de crianças pequenas ao ar-condicionado. “É preciso moderar, pois elas têm o organismo mais sensível”. Além disso, o especialista ressalta que dormir com o ar-condicionado ligado só é prejudicial para quem já apresenta sensibilidade em órgãos respiratórios.
“Existe um mito de que o ar-condicionado transmite pneumonia. Ele surgiu a partir da afirmação de que um ministro teve a doença por causa do uso do aparelho, mas não é verdade”, afirma o pneumologista.
Segundo ele, o risco está em não realizar a limpeza adequada do equipamento. “A sujeira sim pode gerar pneumonia por hipersensibilidade, mas é um caso raro”. Esse quadro da doença é causado pela sensibilização e reação a fatores ambientais, como poeira. Nessa condição, a pessoa vai ter dificuldade para respirar, tosse, fadiga e febre.
Questionado sobre como a utilização do ar-condicionado no ambiente de trabalho pode afetar a saúde, Fiss lembra da SED (Síndrome do Edifício Doente), outro transtorno gerado pela falta de higienização do aparelho. Trata-se de “um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados”, conforme define a OMS (Organização Mundial da Saúde).
“O ar-condicionado sujo em grandes proporções favorece a proliferação de sujeiras que também podem irritar as vias aéreas”, explica o pneumologista. “Então, o que a gente sempre é que ele seja bem limpo”, acrescenta.
O calor pode influenciar seu rendimento cognitivo. É o que dizem estudos realizados pela Universidade de Harvard. O ideal é estar em ambientes com temperaturas adequadas, para que elas não interfiram negativamente no desenvolvimento dos processos mentais. Uma pesquisa científica realizada pela Universidade de Harvard encontrou evidências de que o calor tem efeitos no nosso rendimento cognitivo. O estudo revelou que quem tem um aparelho de ar condicionado no ambiente de estudo tem um desempenho melhor em provas comparado a estudantes que não o possuem.
Desse modo, foi possível observar que há efeitos do calor no rendimento cognitivo, mais especificamente influências negativas.
A Escola de Saúde Pública de Harvard TH Chan publicou um artigo informativo sobre como “O calor extremo se relaciona com um rendimento cognitivo reduzido entre os adultos e jovens em edifícios sem ar condicionado”.
Foi observado que quem vivia em dormitórios sem ar condicionado durante uma onda de calor teve resultados piores em uma série de testes cognitivos em comparação a estudantes que tinham dormitórios com refrigeração artificial. A Escola de Saúde Pública de Harvard TH Chan reúne especialistas de diferentes áreas para educar as novas gerações de líderes mundiais no tema da saúde. Desse modo, a sua finalidade é a produção de ideias inovadoras que melhorem a qualidade de vida das pessoas em escala mundial.
Um dos pilares fundamentais que a instituição defende é que o trabalho conjunto de pesquisadores, educadores e estudantes líderes pode criar uma força conjunta para levar o que se aprende dentro do laboratório para a vida cotidiana das pessoas.
Um dado interessante e que é importante destacar é que a instituição foi fundada no ano de 1913 como a Escola de Oficiais de Saúde de Harvard-MIT. Desde então, a mesma é reconhecida como o programa de capacitação profissional mais antigo da América no que diz respeito à saúde pública.
A pesquisa sobre os efeitos do calor no rendimento A pesquisa experimental mostra como os efeitos do calor influenciam de forma negativa o rendimento cognitivo de indivíduos jovens saudáveis. As temperaturas interiores durante uma onda de calor prejudicam de forma notável a capacidade de desenvolver as habilidades intelectuais.
O estudo dá um passo significativo no conhecimento que se tem até o momento sobre quão nocivo o calor pode ser para o bem-estar da população em geral, independentemente da faixa de idade ou da condição física da pessoa. José Guillermo Cedeño, pesquisador da Harvard Chan School e autor principal do estudo, informa que “para abordar esse ponto cego, analisamos os estudantes saudáveis que vivem em dormitórios como uma intervenção natural durante uma onda de calor em Boston”.
Além disso, ele sustenta também a importância de conhecer os riscos em diferentes populações, tendo em mente que em muitas cidades há uma previsão de que o número de ondas de calor aumentará nos próximos anos devido às mudanças climáticas.
“A maior parte da pesquisa sobre os efeitos do calor na saúde havia sido, até agora, realizada em relação a populações vulneráveis, como as pessoas idosas, criando a percepção de que a população de forma geral não sofre riscos ou efeitos das ondas de calor”.-José Guillermo Cedeño-Laurent-
Por que estudar esses efeitos em escala mundial? É importante estudar os efeitos do calor, já que as mudanças climáticas estão presentes em escala mundial e têm consequências graves para a saúde pública. Precisamente, é a principal causa de morte entre os adultos de idade avançada e idosos entre todos os fenômenos meteorológicos.
A mudança climática vem mostrando um aumento notável na temperatura global, tendo sido o ano de 2016 o mais quente registrado nos últimos séculos.
Ainda que exista uma boa fonte de registro das ondas de calor e seus efeitos nocivos para a saúde, somente se tem conhecimento de como isso se dá para faixas de idade determinadas, sendo que a população mais vulnerável é a protagonista desse conhecimento.
Além disso, tais estudos costumam ser epidemiológicos, ou seja, usam registros de temperaturas ao ar livre.
Continuar realizando pesquisas e estudos é algo fundamental para entender como o calor nos afeta e também para trazer soluções para os problemas que podem ser derivados da exposição a altas temperaturas, o que depende de diferentes variáveis.
Dessa forma, a mudança climática poderia ter consequências devastadoras para a nossa qualidade de vida. Por isso, a implementação de políticas públicas para cuidar e preservar o meio ambiente é fundamental para presentar a qualidade de vida das próximas gerações.