O Piauí confirmou o terceiro caso de febre do Nilo Ocidental de sua história, segundo informou a Secretaria da Saúde nesta quarta-feira (24). O caso foi notificado em 2017, mas os laudos conclusivos foram liberados apenas neste mês. “Não existem novos casos no Estado do Piauí”, assegura o superintendente de Atenção à Saúde, Herlon Guimarães.
Segundo ele, o primeiro caso foi registrado em 2014, na cidade de Aroeiras de Itaim, no Piauí. O segundo registro foi feito no município de Picos, em 2017. No terceiro caso, também de 2017, a paciente, natural de Piripiri, era idosa e possuía outras comorbidades. Dos três casos confirmados, apenas um óbito foi registrado, referente ao último caso.
“O vírus circula no Piauí e em outros estados do Brasil, mas a Secretaria de Saúde está vigilante e atuando de acordo com o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. Nós não possuímos nenhum caso registrado em 2018 ou em 2019” esclarece Herlon. “Desde que o primeiro caso da doença foi identificado, o Piauí monitora os pontos onde os casos ocorreram assim como todo o estado, ficando atento a qualquer situação que precise de atenção. Vale lembrar ainda que o combate ao mosquito, com o uso de telas de proteção entre outros métodos é uma das principais ferramentas para se prevenir de enfermidades transmitidas por eles”.
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada pela transmissão do mosquito Culex (mosquito comum). É uma arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya e só pode ser transmitida ao homem através da picada de mosquitos infectados com o vírus. Assim como dengue e zika, a doença não é transmitida de uma pessoa para outra.
A maior parte dos pacientes não apresenta sintomas. Em casos raros, a infecção atinge o sistema nervoso. Quando isso acontece, o paciente tem febre alta, rigidez na nuca, fraqueza e paralisia. Há ainda risco de encefalite.
Um implante subcutâneo utilizado como profilaxia pré-exposição (PrEP) e uma vacina que pode estar disponível nos próximos anos são as novas ferramentas esperadas para a prevenção do contágio pelo vírus HIV, que afeta 40 milhões de pessoas no mundo e é o causador da Aids.
Durante a 10ª Conferência Mundial Científica sobre HIV (IAS 2019) na Cidade do México, especialistas afirmaram na terça-feira (23) que essas novas ferramentas estão sendo desenvolvidas para incrementar as estratégias existentes até agora para evitar o contágio pelo vírus. De acordo com Brenda Crabtree, cientista e presidente local da cúpula, o implante é uma das novidades mais importantes.
"Seu uso será para PrEP, para que a população tenha maior adesão ao tratamento do que aqueles que o fazem através da ingestão de comprimidos", afirmou Brenda.
Randolph P. Matthews, cientista principal da empresa MSD, que está desenvolvendo o implante, apresentou os resultados de um pequeno estudo que provou a eficácia do uso por humanos.
Matthews disse que participaram da pesquisa 16 adultos saudáveis, sendo que 12 utilizaram o implante por 12 semanas, alguns receberam doses de 54 miligramas e outros de 62 miligramas de um medicamento chamado islatravir, enquanto outras quatro pessoas utilizaram implantes com placebos.
O estudo revelou que o implante foi bem tolerado e que as doses inseridas nele podiam durar pelo menos oito meses na dosagem mais baixa e um ano na de maior concentração.
"Ficou comprovado que seu uso é seguro e a duração da intervenção com implante é de um ano", afirmou Brenda.
Outra inovação no tratamento é a vacina, que começará uma nova fase de estudos em setembro, depois de ter sido testada com sucesso em um grupo muito pequeno de mulheres no sul da África.
Hanneke Schuitemaker, chefe global de vacinas virais na companhia farmacêutica Janssen, disse à Agência Efe que embora existam métodos de prevenção atualmente, como a PrEP, os preservativos e as práticas sexuais seguras, "a vacina se une a eles para proteger as pessoas, e isso fará uma grande diferença".
A especialista afirmou que a Janssen está trabalhando junto com outras instituições de saúde no estudo chamado Mosaico, que será realizado em 3.800 pessoas provenientes das Américas e da Europa, todas elas saudáveis.
A vacina terá combinações do vírus com a finalidade de produzir anticorpos que atuem contra o mesmo e seja eficaz para diversas cepas do vírus.
"Sabemos de outras vacinas que não funcionaram porque o vírus HIV é muito complexo e existem muitas variáveis circulando, então não podemos prever que teremos proteção contra todas essas variáveis", afirmou Hanneke.
No entanto, a especialista relatou que os resultados do estudo na África do Sul, chamado Approach, poderiam estar prontos em 2021, enquanto os do Mosaico estariam disponíveis em 2023, por isso uma vacina contra o HIV pode estar disponível em quatro anos.
"Trabalharemos muito duro para garantir que funcione e que todas as pessoas tenham acesso à vacina", afirmou o especialista.
No evento, a médica Valdiléa Veloso apresentou um estudo para a implementação da Profilaxia Pré-Exposição (ImPrEP) realizado na América Latina no qual foi analisada a segurança e os benefícios de se oferecer acesso à PrEP para homens que têm relações homossexuais no Brasil, no México e no Peru, já que este é o grupo que representa a maioria das novas infecções por HIV na América Latina.
Nesse estudo, os homens que têm sexo com homens e mulheres transgênero foram avaliados e, se eram elegíveis, inscreviam-se no mesmo dia e recebiam PrEP para 30 dias.
O estudo revelou que a maioria de quem receberam a medicação continuaram tomando-a nos primeiros 120 dias e um alto percentual deles aderiu aos tratamentos.
No entanto, Veloso lamentou que este tipo de ferramenta ainda tenha uma presença muito baixa na região, e garantiu que existem desafios nesse sentido.
"O grande desafio é observar as pessoas que usam a PrEP como método de prevenção, já que mudam seus comportamentos, mudam de parceiro, alguns têm muitos parceiros ou decidem deixar de usar o tratamento se expondo outra vez", afirmou Veloso durante a cúpula na qual participam especialistas de 160 países.
A doação de órgãos pode salvar muitas vidas. Cada doador beneficia, em média, cinco pessoas. Entretanto, a falta de aprovação da família ainda é um empecilho para quem está na fila dos transplantes. Hoje, 50% das famílias nega a doação de órgãos dos entes falecidos.
Os transplantes mais comuns são: rim, fígado, pâncreas, coração, pulmão e intestino, nessa ordem. Além dos órgãos, tecidos como córnea, pele e ossos podem ser doados.
Depois do transplante, a pessoa vai tomar para o resto da vida os imunossupressores. São medicamentos que diminuem a força do organismo para não rejeitar o novo órgão, que é visto como corpo estranho. Por causa disso, a pessoa fica mais propensa a ter infecções e desenvolver algumas doenças. Por isso, vai precisar de um acompanhamento mais de perto.
Doação entre pessoas vivas Por causa da falta de doador morto, casos de doação intervivos crescem. Os mais comuns são: rins e fígado. O intestino também está entrando nessa lista, mas ainda é raro.
O Bem Estar conheceu a Serena, de três anos. Ela passou por oito cirurgias em apenas seis meses de vida. “Ela nasceu e começou a apresentar alguns vômitos. O exame constatou que ela tinha uma obstrução no intestino. Ela foi encaminhada para a UTI neonatal e começaram a programar a primeira cirurgia”, conta a mãe Priscila Caroline de Carvalho.
A Serena nasceu com uma malformação que provoca interrupções em vários lugares do intestino delgado. Isso atrapalha a absorção dos alimentos. A solução, nesses casos, é a nutrição parenteral: a pessoa passa a receber carboidratos, gorduras, vitaminas e proteínas pela veia. “Foi quando a equipe decidiu listar ela para o transplante de intestino. Não tinha muita escolha. Ela teria falência intestinal”.
A menina chegou a ser inscrita na fila do transplante, mas o doador não apareceu. “Nós propusemos para a mãe a possibilidade de doar uma parte do intestino dela para a filha”, explica o cirurgião Paulo Chapchap.
A Priscila parou de fumar e começou a se alimentar melhor. “Eu tinha medo de não ter intestino suficiente para que eles pudessem tirar uma quantia para a doação”. E tudo deu certo! Foi o primeiro transplante de intestino, feito no Brasil, com parte do órgão tirada de um doador vivo.
“A perspectiva atual é que ela precise do remédio para a rejeição durante toda a vida, mas a medicina vai evoluir”, completa o cirurgião. Ainda de acordo com o Chapchap, o transplante da Serena abre possibilidade e aumenta a esperança de que outros pacientes possam se beneficiar da mesma técnica.
Quem pode fazer a doação dos órgãos?
O cirurgião de transplantes Rodrigo Vincenzi conversou com o Bem Estar sobre os tipos de doadores, a manutenção dos órgãos para a cirurgia e como deve ser feita a comunicação do doador com a família.
Se tem uma coisa que é desagradável é ter dor de estômago. Às vezes ela vem antes e em outras situações depois de comer. Para tirar dúvidas de quando e como acontece, Fábio Atuí, cirurgião do aparelho digestivo e consultor do Bem Estar, tirou algumas dúvidas. Dor de estômago após comer não é comum, mas pode ser:
Falta de mastigação. Não mastigar bem pode fazer com que o estômago trabalhe com mais intensidade para processar a comida, o que causa dor. Empachamento causado pela má digestão. Comer muito ou ingerir alimentos de difícil digestão podem deixar o estômago estufado. Já a dor de estômago antes de comer pode ser gastrite, esofagite ou úlcera no duodeno. São conhecidas como doenças pépticas causadas pelo suco gástrico.
A gastrite é uma inflamação no estômago causada pela ação do ácido na parede do órgão.
Nosso corpo tem mecanismos de defesa para suportar o suco gástrico e evitar que ele seja prejudicial. Mas, quando há um desequilíbrio entre este ácido e a defesa, o estômago inflama e dói.
O desequilíbrio é causado por dois fatores:
excesso de suco gástrico no estômago diminuição do muco da parede do estômago que protege a parede da acidez. É importante ressaltar que o suco gástrico produzido no estômago é fundamental para a nossa digestão, pois é ele que ajuda a quebrar os alimentos.
Para evitar ter dores da gastrite, evite ficar de estômago vazio. Tenha sempre por perto frutas, barra de cereal e lanches saudáveis.
Por que a dor diminui quando a pessoa com gastrite come?
Quando o estômago está cheio o ácido que causa a queimação do estômago passa a ser usado para digerir o alimento, ou seja, diminui a quantidade de ácido que irrita a parede da mucosa.
Como tratar a gastrite?
Existem medicamentos que melhoram a gastrite porque diminuem a acidez do suco gástrico, mas a única maneira de tratar a gastrite é a mudança de hábitos alimentares.
Não adianta usar a medicação e continuar com hábitos ruins.
O que piora a gastrite:
Ficar muito tempo com estômago vazio Excesso de café Bebida alcoólica Alimentos com temperos fortes Cigarro Anti-inflamatório (porque diminui o muco que protege o estômago) Infecção pelo H. pylori Estresse (ele aumenta a produção de suco gástrico) Você sabia?
Por que a bactéria que dá úlcera é tão difícil de eliminar? Um estudo que deve ser publicado agora no dia 3 de maio revela que a Helicobacter pylori consegue invadir glândulas do estômago e não sai mesmo quando bactérias semelhantes tentam desalojá-las. Por isso tratamentos em voga, como probióticos, não funcionam. 15% das pessoas com a bactéria desenvolvem úlcera e apenas 1%, câncer. Por outro lado, o estudo levanta que elas podem trazer algumas vantagens, como contribuir para reduzir casos de asma e alergias.
Devemos nos preocupar com qualquer dor? — Foto: Reprodução/TV Globo Devemos nos preocupar com qualquer dor? — Foto: Reprodução/TV Globo Devemos nos preocupar com qualquer dor? — Foto: Reprodução/TV Globo
Qualquer dor de estômago que não melhora deve ser sinal de preocupação. Alguns sintomas associados a essa dor são sinais de alerta para doenças mais graves: dificuldade para engolir, sangue no vômito ou nas fezes, acordar à noite com dor, fezes muito escuras, anemia, emagrecimento ou perda de apetite, e febre. Procure sempre um médico.