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Estudos indicam que 12,7% dos meninos e 9,37% das meninas sofram de obesidade no Brasil — números que tendem a crescer nos próximos anos. Nesta sexta-feira (11), Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, a endocrinologista pediátrica Fernanda André explica que o uma criança estar 'cheiinha' é motivo para procurar orientação médica para checar se não há algo de errado.

"A gente tem que parar de olhar de uma forma que o filho está só cheiinho. Acúmulo de gordura na barriga é um sinal", afirma.

A médica diz que, em casos que a criança ou adolescente estejam gordinhos, já pode ser um sinal de sobrepeso, estágio anterior à obesidade.

"A criança com obesidade grave hoje começou com sobrepeso. Existe muita chance de se tornar um adulto obeso, e aumenta ainda mais quando é um adolescente com obesidade", observa.

O excesso de peso está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, hipertensão, acúmulo de gordura no fígado, entre outros problemas de saúde.

"Diabetes era doença de pessoas mais velhas no passado, e hoje nós vemos crianças e adolescentes com diabetes", acrescenta a endocrinologista.

A Federação Mundial de Obesidade estima que em 2025 o Brasil tenha 150 mil casos de crianças e adolescentes com diabetes tipo 2. Os casos de jovens com pressão alta chegarão a 1 milhão.


Mudança de hábitos alimentares
A endocrinologista explica que a obesidade é uma doença, com fatores genéticos envolvidos e que "não pode ser vista de uma forma simplista, de que a pessoa não se esforça".


"O que eu falo é que a genética a gente não tem como mudar. O que a gente tem que correr atrás é daquilo que a gente consegue mexer. Com criança, é principalmente alimentação e atividade física."

O grande desafio dos pais de crianças com excesso de peso é a reeducação alimentar. "A família toda tem que entrar em uma reeducação alimentar, mas isso não pode ser visto como um castigo", pondera Fernanda.

A médica diz que não se pode radicalizar na dieta dos filhos pequenos, mas que é preciso estabelecer limites e desde cedo desestimular certos tipos de alimentos e bebidas, para que a criança nem sequer tenha vontade. "Pode comer um doce na festinha de aniversário, mas não pode comer todo dia na semana."

Na visão de Fernanda, quanto antes os filhos adquirirem hábitos alimentares saudáveis, mais fácil será mantê-los. "É mais difícil mudar depois da adolescência."


Atividade física é fundamental
Brincar fora de casa é uma realidade que muitas crianças brasileiras nunca conheceram. A insegurança e a vida em prédios mudaram o perfil da infância nos grandes centros urbanos. Ganharam espaço o computador, videogame, tablet, celular e televisão, dispositivos eletrônicos que podem ser vilões na hora de perder peso.

"Criança tem que saber que existe uma outra coisa para fazer que não ficar só vendo TV. Às vezes, a criança fica parada comendo, vendo TV ou no joguinho. A hora da refeição é para desligar tudo e se sentar à mesa", afirma a médica.

A endocrinologista sugere que os pais levem os filhos à praia, parques, praças, para andar de bicicleta ou até mesmo para caminhar com o cachorro em volta da quadra. Além disso, atividades como natação, dança, futebol, vôlei e artes marciais podem ser incluídas na rotina.

 

R7

CELULARSONOUm hábito aparentemente inofensivo pode colocar em risco a qualidade do sono. Usar o celular antes de dormir aumenta a chance de desenvolver insônia.

Uma pesquisa recente feita pelo Grupo Croma identificou que 65% dos brasileiros costumam ficar no celular à noite, quando já estão na cama. O levantamento também mostrou que 50% também checam as mensagens ao acordar. O uso do WhatsApp é o mais comum.

O neurologista Fabio Porto, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, explica que precisamos de um ambiente escuro para pegar no sono.

"Existe um sistema que liga o cérebro aos olhos e manda informações sobre a luminosidade. Quando reduz a luminosidade, o organismo produz a melatonina, um hormônio que prepara o cérebro para dormir."

Porto acrescenta que usar o celular antes de dormir faz com que seja enviada uma mensagem confusa ao cérebro.

"O espectro de luz desses aparelhos está na faixa do azul, que é a luz que mais inibe a melatonina. Em pessoas que têm insônia ou que são mais sensíveis, realmente tira o sono."

Se mantido por muito tempo, esse hábito tende a piorar quadros de insônia. "Existe um processo de condicionamento no cérebro se você fica anos tendo insônia, cria um aprendizado disfuncional. A pessoa começa a achar que dormir pouco ou tomar remédio para dormir é normal."
Diversos estudos já mostram os prejuízos para pessoas que dormem pouco. No curto prazo, os problemas estão relacionados à atenção, memória e humor.


Dormir menos do que seis horas por dia também pode desencadear problemas cardiovasculares, aumentando o risco de infarto e derrame. Esses indivíduos ainda estão sujeitos a ter baixa imunidade e desenvolver estresse, segundo o neurologista.

Ele ressalta que o importante para quem deseja largar o celular é tentar reduzir o uso as poucos, diminuindo o tempo que usa o dispositivo antes de dormir.

Alguns aparelhos possuem a opção de modo noturno, que muda a tonalidade da luz da tela.

 

r7

Foto: Freepik

O clonazepam ou rivotril é um medicamento amplamente utilizado que exerce uma ação no sistema nervoso central.

Neste artigo falaremos sobre quais são as suas indicações, os seus efeitos e as precauções que devemos levar em consideração durante o tratamento.

O que é clonazepam?
A substância ativa clonazepam, também comercializada sob a marca Rivotril, é um benzodiazepínico usado principalmente como antiepiléptico, tanto para crianças e adolescentes quanto para adultos.

Podemos encontrar várias apresentações farmacológicas deste medicamento. É comercializado em comprimidos e gotas orais, e também como uma preparação injetável para administração intravenosa ou intramuscular.

 

A via intravenosa geralmente é usada para o tratamento do ‘estado de mal epilético’. A via intramuscular, no entanto, deve ser reservada para situações excepcionais.
Para que é utilizado?
O clonazepam é um benzodiazepínico e, como tal, tem um efeito antiepiléptico, sedativo, relaxante muscular e ansiolítico. No entanto, costuma ser usado principalmente no tratamento da epilepsia.

As indicações terapêuticas do clonazepam, de acordo com sua ficha técnica, são:

Epilepsia do bebê e da criança, especialmente:
Pequeno mal típico ou atípico (crises de ausência).
Crise tônico-clônica generalizada.
Epilepsia em adultos, especialmente:
Crises de epilepsia focal.
Estado de mal epilético.
É especialmente útil no tratamento de ataques de ausência e ausências atípicas, embora também seja usado efetivamente em ataques de pânico. Além disso, também possui uma alta capacidade de estabilização de humor.

Pode ser usado sozinho ou em combinação com outros medicamentos.

Mecanismo de ação
Assim como o restante dos benzodiazepínicos, o clonazepam atua aumentando a neurotransmissão mediada pelo neurotransmissor GABA, um inibidor do ácido gama-aminobutírico.

Portanto, este medicamento aumenta a afinidade do receptor GABA e aumenta os seus efeitos quando sua liberação é aumentada.

Como dissemos, o GABA é um neurotransmissor inibitório que relaxa a excitação cerebral e reduz a atividade dos neurônios. É amplamente distribuído em nosso corpo. Está relacionado a muitos distúrbios, como a depressão, a esquizofrenia, a epilepsia, o transtorno bipolar, etc.

Nesse sentido, o clonazepam, ao aumentar o efeito inibitório do GABA, diminui a atividade do sistema nervoso central, suprimindo as convulsões, por exemplo.

Efeitos colaterais do clonazepam
As reações adversas mais comuns no tratamento com clonazepam são:

Reações alérgicas.
Alterações emocionais e de humor.
Confusão e desorientação.
Depressão.
Reações paradoxais, como:
Inquietação e irritabilidade.
Comportamento agressivo.
Agitação e nervosismo.
Hostilidade.
Ansiedade.
Transtornos do sono.
Delírios e alucinações.
Distúrbios comportamentais.
Psicose.
Sonolência.
Diminuição da capacidade de concentração.
Afecções oculares, como o nistagmo.
Fraqueza muscular.
Cansaço
No caso de detectar efeitos indesejáveis derivados da administração do medicamento, o especialista deve ser consultado. Ele vai considerar se é necessária uma mudança no tratamento ou se a dose deve ser ajustada.

Ela deve ser individualizada para cada paciente, de acordo com as suas características e a sua resposta ao medicamento.
O tratamento não deve ser interrompido sem indicação médica, pois é um medicamento que pode causar dependência e gerar uma síndrome de abstinência. Isso ocorre especialmente com tratamentos longos e em altas doses, mas também quando há mudanças repentinas na dose.

Os sintomas da síndrome de abstinência são, entre outros:

Distúrbios comportamentais.
Ansiedade.
Transtornos do sono.
Sintomas gastrointestinais.
Tremores e cãibras.
Alucinações.
Convulsões.
Para evitar isso, caso você precise interromper o tratamento, o especialista fornecerá as diretrizes para reduzir a dose progressivamente.
Overdose
Em caso de overdose, é comum observar sintomas como sonolência, nistagmo, diminuição da coordenação dos movimentos ou dificuldade na fala.

Às vezes, é necessário aplicar um tratamento para combater os sintomas. Talvez seja necessário administrar flumazenil, um antagonista da benzodiazepina.

Também deve-se ter em mente que o clonazepam é um depressor do sistema nervoso central e pode potencializar os efeitos de substâncias como o álcool. Também não deve ser combinado com bebidas com alto teor de cafeína, por exemplo.

 

 amenteemaravilhosa

 

estatinaNa semana passada, falei da interação medicamentosa, potencialmente mais perigosa para mulheres e idosos. Volto ao tema porque uma nova pesquisa acabou de ser divulgada e mostra, pela primeira vez, a conexão entre a dosagem das estatinas, drogas para controlar o colesterol, e a osteoporose.

A osteoporose é uma doença na qual há uma diminuição da resistência óssea que leva ao aumento do risco de fratura. Nos ossos existe um ciclo no qual se dá a reabsorção do osso velho e a formação de osso jovem. Esse mecanismo é chamado de ciclo de remodelação óssea, mas o equilíbrio tende a se romper com a idade. Nas mulheres, principalmente, depois da menopausa – quando há redução na produção de estrogênio – o ciclo se altera e há mais reabsorção do que formação óssea. O resultado são ossos frágeis e propensos a fraturas. Homens acima dos 70 anos também estão sujeitos à osteoporose senil.

De acordo com um estudo da Universidade de Medicina de Viena, as estatinas, administradas em dosagens baixas, podem proteger contra a reabsorção óssea. No entanto, quanto maior a dosagem, maior a probabilidade de osteoporose.

As estatinas estão entre os fármacos mais prescritos no mundo, uma vez que, comprovadamente, ao reduzir o LDL, o colesterol ruim, há uma diminuição do risco de doenças cardiovasculares. Entretanto, eventuais complicações ainda não tinham sido bem mapeadas. Coube ao médico Michael Leutner, do departamento de endocrinologia da Universidade de Viena, liderar uma pesquisa que se debruçou sobre dados de quase 8 milhões de austríacos, durante o período de um ano, todos usuários do remédio.

Pesquisa mostra conexão entre a dosagem das estatinas, drogas para controlar o colesterol, e a osteoporose — Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=54182844
O doutor Leutner explicou que, apesar da relevância do papel das estatinas, o colesterol também é de “importância crucial para diversos processos no organismo, entre eles a produção de hormônios sexuais como o estradiol e a testosterona, principal hormônio sexual masculino”.

Alexandra Kautzky-Willer, outra pesquisadora do time, acrescentou: “sabemos que baixas concentrações de hormônios sexuais, especialmente a queda de estrogênio após a menopausa, são a principal causa de osteoporose nas mulheres. Há uma relação similar entre testosterona e a densidade óssea. Queremos entender se a inibição do colesterol, causada pelas estatinas, tem efeito na formação dos ossos e se há uma dosagem que muda essa correlação de forças”.

Os cientistas descobriram que, nos grupos de pacientes que tomavam doses de até 10 miligramas das estatinas lovastatina, pravastatina, sinvastina ou rosuvastatina, havia um número menor de diagnósticos de osteoporose que na população que não fazia uso do medicamento.

“No entanto, com doses de 20 miligramas ou mais, o quadro era inverso: encontramos mais casos de osteoporose em pacientes tratados com sinvastatina, atorvastatina e rosuvastatina do que o esperado. Esse resultado demonstra que o tratamento tem que ser personalizado e demanda um monitoramento contínuo”, complementou a doutora Kautzky-Willer. O trabalho foi publicado na revista “Annals of the Rheumatic Diseases”.

 

 G1