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Presbifagia: é melhor saber do que se trata para tomar as devidas providências se vier acompanhada de problemas. Trocando em miúdos, presbifagia é um conjunto de alterações na função da deglutição que ocorre durante o envelhecimento da pessoa. Nossa deglutição também envelhece, porque perdemos força muscular, a língua tem sua mobilidade reduzida e nossas papilas gustativas já não são as mesmas... Como resultado dessas modificações, o idoso se torna propenso a desenvolver disfagia: aí sim, uma dificuldade na sequência dos movimentos da boca até o estômago ao engolir alimento, líquido, comprimido, ou mesmo a saliva – assunto já abordado pelo blog.


Para ampliar a discussão sobre o tema, conversei com a fonoaudióloga e gerontóloga Carolina Ruiz, coordenadora do Serviço de Fonoaudiologia do Pró-Cardíaco e do centro-dia para idosos Avance, no Rio de Janeiro. No fim do mês, será uma das palestrantes do II Simpósio de Disfagia em Terapia Nutricional e diz que o corpo dá sinais desse processo de envelhecimento da deglutição. Um deles é o que os profissionais da área chamam de “voz molhada”, que costumamos apresentar depois de uma deglutição alterada. Pode ser detectada através de um teste simples, como ela explica: “pedimos que o paciente emita uma vogal sustentada, ou seja, que diga ‘aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa’, por exemplo. Em seguida, ele deve beber água e repetir o som. Se houver resíduo de líquido na corda vocal, a impressão é de que a voz está molhada, e este é um sinal de predisposição à disfagia”, afirmou. “A rouquidão também está associada a maiores riscos para a deglutição”, completa.

A fonoaudióloga ainda alerta para o risco de pneumonia causada por broncoaspiração: após um engasgo, partículas de alimentos ou mesmo de saliva podem desencadear um processo infeccioso nos pulmões. A boca tem grande quantidade de bactérias e, se a higiene oral do idoso não for adequada, a microaspiração de saliva pode causar transtornos. “Além disso”, acrescenta, “sucessivas aspirações de alimento podem provocar um quadro de dessensibilização. O idoso não engasga mais, mas pode estar broncoaspirando com frequência e fica mais suscetível à pneumonia. Some-se a isso o fato de o quadro de febre alta ser menos comum no paciente mais velho, o que pode levar o responsável a achar que não se trata de uma infecção. Por isso, sintomas como sonolência e desorientação são indicadores importantes”.

 

G1

doaçaoVocê sabia que quem doa sangue pode salvar até quatro vidas? Como o sangue não é fabricado, os hospitais dependem muito de doações para ajudar, principalmente quem tem leucemia, anemia hereditária ou outras doenças do sangue, quem fez cirurgias grandes ou quem teve algum traumatismo.

O sangue tipo O negativo é considerado universal, mas todos os tipos sanguíneos são necessários nos hemocentros. De maneira geral, a regra para ser um doador é que a pessoa esteja em bom estado de saúde e que a doação não faça mal a ela.

Doar sangue faz bem não só para quem recebe, mas para quem doa também!

Quem pode doar?

Estar em boas condições de saúde

Ter entre 16 e 69 anos, desde a que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos.

Pesar, no mínimo, 50 kg.

Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).

Estar alimentado (mas evitar alimentação gordurosa).

Levar documento original com foto recente.

Condições que impedem a doação

Resfriado: aguardar 7 dias desde o desaparecimento dos sintomas.

Gravidez: aguardar 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana.

Amamentação: até 12 meses após o parto.

Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.

Tatuagem ou piercing realizado nos últimos 12 meses.

Procedimento endoscópico (endoscopia, colonoscopia, rinoscopia): aguardar 6 meses desde o exame.

Extração dentária ou tratamento de canal: aguardar 7 dias desde a realização do procedimento.

Cirurgia odontológica com anestesia geral: aguardar 4 semanas.

Exposição a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses desde a exposição.

Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: aguardar 3 meses desde o desaparecimento dos sintomas.

Transfusão de sangue: aguardar 1 ano.

Vacina contra a gripe: aguardar 48 horas.

Herpes: aguardar o desaparecimento das lesões para herpes labial ou genital ou aguardar 6 meses desde a cura para herpes zoster.

Impedimentos definitivos

Hepatite viral A – após os 11 anos de idade.

Hepatite B ou C – em qualquer idade.

Hepatite por medicamento – está apto após cura.

Evidência clínica ou laboratorial: hepatites B e C, vírus HIV, doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas.

Uso de drogas ilícitas injetáveis.

Malária.

Cuidados pós-doação de sangue

Aguardar 15 minutos no Banco de Sangue.

Manter o curativo por, pelo menos, quatro horas.

Não ingerir bebida alcoólica.

Não fumar por duas horas.

Evitar esforço físico exagerado por 12 horas.

Beber bastante líquido.

Se for dirigir, parar imediatamente o veículo em caso de mal-estar.

Faça um pequeno lanche e hidrate-se. É importante que o doador continue se sentindo bem durante o dia em que efetuou a doação.

Talassemia

A doação de sangue pode salvar vidas como a do assistente social Eduardo Fróes. Ele tem talassemia, uma doença que provoca uma anemia crônica. “O paciente com talassemia, se não receber as transfusões de sangue adequadamente, pode ter sérias complicações no seu tratamento e pode até ir a óbito”, diz ele.

A cada 25 dias, o Eduardo recebe três bolsas de sangue. É uma média de 36 por ano. Durante toda a vida ele precisou de 1.440 doadores para se manter saudável. Nas veias do assistente social corre o sangue de muita gente, mas nem sempre foi fácil pela falta de doadores. Por isso a importância de tantos doadores.

 

G1

Um ambiente hostil no trabalho pode comprometer a saúde mental. Segundo a psiquiatra Fátima Vasconcellos, da Associação Brasileira de Psiquiatria, as relações humanas no trabalho interferem na saúde mental mais do que o valor do salário e a realização profissional.

"Um ambiente de abuso, de intimação começa provocando esgotamento mental, podendo fazer eclodir uma depressão e crises de ansiedade. Torna-se uma doença que necessita de tratamento", explica.
Uma atmosfera hostil é aquela em que há humilhação, intimidação e exclusão, de acordo com Fátima.

Ela afirma que o comportamento tirano geralmente é exercido por uma figura de autoridade. "O mais comum é entre chefe e subordinado, e não entre colegas", diz. "Geralmente, um chefe tirano se vale de tiranizar os mais frágeis. Ele se aproveita de pessoas que têm maior insegurança e baixa autoestima criando um clima de insatisfação que a maioria das pessoas não aguenta", completa.

De acordo com a psiquiatra, para sobreviver a ambientes hostis, é preciso criar mecanismos de proteção. O mais importante deles, segundo ela, é ter uma vida além do trabalho. "É uma forma de oxigenar a cabeça, de ficar menos sujeito àquele ambiente", afirma. "Quando a pessoa tem uma vida fora do trabalho, ela fala de outros assuntos e não dá tanta importância àquela pessoa. Além disso, era terá alguém para conversar, inclusive sobre esse assunto. Falar sobre o problema pode trazer alívio", diz.


Para a médica, ter outros interesses além do trabalho pode ajudar mais a lidar com o problema do que tentar muda a atitude. "Já que o tirano escolhe o frágil para oprimir, a pessoa pode tentar mudar a postura, tornar-se mais hábil, mas cada um tem uma estrutura de ser. Não é tão fácil virar o jogo. O mais indicado é não ficar focado no problema, porque ele aumenta", afirma.

Alguns sinais podem servir de alerta de que o clima ruim do trabalho pode estar prestes a comprometer a saúde mental. Entre eles estão sentir-se aflito antes de ir trabalhar e não dormir à noite porque fica pensando no problema. "Nesses casos, é recomendável que se procure ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para lidar com a questão", orienta.


A psiquiatra ressalta que, embora anacrônica, a hostilidade no ambiente de trabalho ainda existe em algumas empresas. "As boas empresas são aquelas que criam ambientes colaborativos de respeito ao funcionário. Com isso, elas até ganham um aumento de produtividade", afirma.

 

R7

Epilepsia é uma doença que provoca muito preconceito. As crises epiléticas são sinais e sintomas que ocorrem devido a uma descarga excessiva e anormal do cérebro. A convulsão é um tipo de crise. E o que causa essa crise?

Entre as causas estão: genética, AVC, infecções, lesões no cérebro, febre e sem causa definida. A crise pode se espalhar e se tornar generalizada, levando à perda da consciência e convulsão.

De acordo com o neurologista Luis Otávio Caboclo, a epilepsia pode se manifesta em qualquer fase da vida. Em dois momentos, ela pode ser mais frequente de começar: nas crianças e nos idosos. “São epilepsias diferentes, com causas diferentes, mas são as fases mais frequentes de surgimento da epilepsia”.

O neurologista alerta que nem toda crise epilética é uma convulsão. “Uma convulsão é um tipo de crise epilética. Então, toda convulsão é uma crise epilética. Entretanto, nem toda crise epilética é uma convulsão. Existem outros tipos, como ausências”.


Quem tem epilepsia pode dirigir? Ela pode dirigir, desde que esteja sem crises há pelo menos um ano. “Pela lei brasileira, o paciente com epilepsia, se estiver em um tratamento regular, tomando o medicamento adequadamente e estiver sem crises, está autorizado a dirigir”, fala o neurologista.

O que fazer quando uma pessoa tem um ataque? É importante esperar a crise passar, afastar objetos que possam machucar. Se ela não passar em cinco minutos, deve-se levar a pessoa ao hospital. “A crise tem começo, meio e fim. Nesse tempo é preciso proteger a pessoa e esperar”.

É possível viver normalmente tendo epilepsia. Cerca de 70% dos casos são de fácil controle com o uso de medicação adequada. Os 30% restantes precisarão de outras medidas para que sejam tratados.

 

G1