Para dar continuidade à política de combate à febre aftosa, o Governo do Estado, através da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), realiza, entre os dias 1º e 31 de julho, campanha de vacinação de rebanhos em todo o território piauiense. O Estado aguarda para as próximas semanas o evento do anúncio da certificação de área livre da aftosa.
“Estamos esperando a confirmação de datas com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mas a previsão é que no início do próximo mês aconteça a nossa certificação. Livre da aftosa, o Piauí passará a participar de eventos nacionais e o rebanho fica valorizado. Por isso, continuamos incentivando os produtores a participarem das campanhas de vacinação e combate à febre aftosa em todo o Estado”, ressalta o diretor-geral da Adapi, José Antônio Filho.
O Piauí possui um rebanho de, aproximadamente, 1,7 milhão de cabeças de gado e as campanhas de vacinação acontecem, geralmente, a cada seis meses. Há previsão de uma nova campanha até o fim do ano.
A Agência de Defesa Agropecuária atua diretamente, com escritório, em 200 municípios de todo o Piauí e alcança as demais regiões através das ações de trabalho. São cerca de 63 mil propriedades de rebanhos atendidas no Estado.
Uma pesquisa britânica sugere que a deficiência de iodo na gravidez pode afetar a inteligência de crianças em idade escolar.
O estudo, publicado na revista científica Lancet, analisou mil famílias britânicas e observou QIs mais baixos e dificuldades relacionadas à leitura entre crianças cujas mães ingeriram poucos alimentos com iodo durante a gestação.
Os pesquisadores das Universidades de Surrey e de Bristol analisaram os níveis de iodo em amostras de urina de mulheres grávidas no sudoeste da Grã-Bretanha.
Os exames mostraram deficiência do nutriente em dois terços das mães pesquisadas. Mais tarde, os pesquisadores observaram que seus filhos tinham QI mais baixo aos oito anos e problemas relacionados à leitura aos nove anos.
A pesquisadora Sarah Bath disse à BBC que o estudo observou uma diferença de até três pontos para baixo nos QIs das crianças com deficiência de iodo em comparação com as que acusaram níveis normais.
Problema de saúde pública
Até recentemente acreditava-se que a deficiência de iodo era um problema em países em desenvolvimento, apesar de estudos anteriores terem registrado índices baixos de iodo também em mulheres britânicas. No entanto, o impacto da falta de iodo no desempenho escolar das crianças era até então desconhecido.
Segundo os pesquisadores, a deficiência de iodo pode "impedir que crianças atinjam seu potencial pleno" e que a questão deve ser tratada como "um problema sério de saúde pública".
O iodo é um nutriente essencial para o desenvolvimento do cérebro, com papel importante na produção de hormônios responsáveis pelo crescimento físico e neurológico.
Os pesquisadores aconselham mulheres em idade reprodutiva a seguirem uma dieta baseada em peixes e laticínios. Em contrapartida, eles não recomendam a ingestão de pílulas de algas marinhas porque contêm doses demasiadamente altas de iodo.
As recomendações dos cientistas, publicadas no site da British Dietetic Association, recomenda que mulheres grávidas e lactantes ingiram ao menos 250 microgramas de iodo por dia, enquanto outros adultos devem consumir 150 microgramas.
Pesquisadores da Johns Hopkins dizem ter descoberto alterações químicas em dois genes que, quando presentes na gravidez, podem prever com 85% de certeza se a mulher sofrerá de depressão pós-parto. “Ficamos muito surpresos com as descobertas do estudo. Quando vimos os primeiros resultados, nos sentimos cautelosamente otimistas. Mas, quando eles foram replicados, ficamos realmente entusiasmados”, disse ao Terra Zachary Kaminsky, chefe do estudo.
O estudo mostra que modificações epigenéticas podem ser detectadas no sangue de mulheres grávidas desde o primeiro trimestre da gravidez. Isso pode oferecer uma maneira simples de prever a depressão pós-parto e possibilitar uma intervenção antes que os sintomas se tornem graves.
Ao estudar camundongos, os pesquisadores da Johns Hopkins passaram a suspeitar que o estrogeno causava mudanças epigenéticas nas células no hipocampo, a parte do cérebro que controla o humor. A partir disso, os pesquisadores desenvolveram um modelo estatístico para localizar os genes mais prováveis de sofrerem mudanças epigenéticas causadoras de depressão pós-parto. O processo identificou dois genes que reagem mais ao estrogeno: TTC9B e HP1BP3. Pouco é conhecido sobre esses genes, além de seu envolvimento com a atividade do hipocampo.
As descobertas do estudo com camundongos foram depois confirmadas nas amostras sanguíneas das 52 participantes do estudo, todas com histórico médico de transtornos de humor. Essas mulheres foram acompanhas durante a gravidez e após o parto. Foi observado que as participantes com depressão pós-parto apresentavam mudanças epigenéticas maiores nos genes TTC9B e HP1BP3, sugerindo que essas mulheres eram mais sensíveis aos efeitos do estrogeno.
De acordo com Kaminsky, os genes TTC9B e HP1BP3 têm uma função na criação de novas células do hipocampo e na capacidade de o cérebro se reorganizar e adaptar a novos ambientes. “O índice de acerto de 85% da previsão de depressão pós-parto desse estudo é bem alto. E, melhor ainda, é a simplicidade dessa análise, que pode ser feita com um simples exame de sangue", diz Kaminsky.
Estima-se que entre 10% e 18% das mulheres sofrem de depressão depois de darem a luz. A causa específica da depressão pós-parto é desconhecida. Os sintomas incluem sentimento persistente de tristeza, desespero, exaustão e ansiedade. Os sintomas surgem dentro de quatro semanas depois do parto, podendo durar semanas, meses ou mesmo um ano.
O estudo não encontrou uma relação entre a depressão pós-parto com a idade nem com a etnia das participantes. O fator amamentação não foi considerado pelo estudo. Mas os pesquisadores já sabiam que a incidência de depressão pós-parto aumenta para 30% e 35% entre mulheres previamente diagnosticadas com transtornos de humor.
Segundo os pesquisadores, identificar cedo a depressão pós-parto pode limitar ou mesmo evitar que a condição chegue ao ponto de incapacitar as mulheres que sofrem com essa condição. “A depressão pós-parto não apenas afeta a saúde e a segurança da mãe, como também a saúde mental, física e comportamental do bebê. Essa nova ferramenta pode ajudar as grávidas com maior risco de depressão pós-parto a ter uma ideia mais clara de como administrar sua saúde", diz o chefe do estudo.
No Piauí, a Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite instituída pelo Ministério da Saúde acontecerá de 8 a 21 de junho. Na manhã desta terça-feira, 21, a Secretaria de Estado da Saúde através da Coordenação Estadual de Imunização reuniu profissionais da saúde dos municípios jurisdicionados a IV Coordenação Regional, para uma reunião técnica de mobilização da campanha.
O encontro foi presidido pela coordenadora Estadual de Imunização, Doralice Rodrigues Costa, que apresentou o objetivo, as metas e estratégias da campanha e destacou a importância da vacinação contra pólio. “Embora a poliomielite esteja erradicada no Brasil, não podemos descuidar. Por isso, precisamos reforçar que vacinar ainda é a forma mais eficaz e segura de garantir o bem-estar da criança”, disse.
Doralice acrescentou que é de grande importância a colaboração de todos profissionais para ajudar na mobilização de pais, mães e responsáveis e vacinar as crianças menores de cinco anos. “Para impedir a presença da doença, é preciso criar um bloqueio por meio de campanhas de vacinação em massa da sua população alvo, além de altas coberturas vacinais de rotina”, enfatiza.
De acordo com a enfermeira da IV CRS, Danielle Cronemberger, essa mobilização é muito importante para que os profissionais estejam empenhados na campanha. “No dia “D” é importante que os enfermeiros e ou coordenadores participem juntamente com toda a equipe para fortalecer o trabalho" disse.
Doença
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral e, na maioria das vezes, não é letal. Em geral, o doente adquire graves lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.