• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

Pouco conhecida até entre médicos, a Síndrome do Coração Partido leva muita gente - especialmente mulheres a partir dos 55 anos - ao pronto-socorro com a certeza de estar sofrendo um infarto. O problema ocorre após uma pessoa passar por forte emoção, independente de ser positiva ou negativa.

 

Chamada oficialmente de cardiomiopatia de Takotsubo, a síndrome foi relatada pela primeira vez por médicos japoneses, no início dos anos 1990. Foi assim batizada graças à imagem do ventrículo esquerdo na sístole que, após o problema, se assemelhava a uma armadilha para capturar polvos (tako) em forma de pote (tsubo) muito comum no Japão.

 

 "As mulheres estariam mais sujeitas à síndrome graças à maior sensibilidade. Porém, existem diferenças anatômicas e hormonais entre elas e os homens. Quando isso foi dito anos atrás, em oposição ao preceito de que as mulheres são o sexo forte, elas ficaram muito bravas", afirma o cardiologista Marcelo Sampaio, do Instituto Dante Pazzanese.

 

Guilherme de Menezes Succi, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, diz que a doença acomete quase que exclusivamente mulheres na fase pós-menopausa. "As causas exatas para isto ainda não estão claras, mas parece haver relação com a redução dos níveis de estrogênio na pós-menopausa e, consequentemente, do seu efeito protetor do endotélio, que é a camada interna das artérias".

 

Sem obstrução

 

Marcelo Sampaio explica que no infarto clássico as artérias fecham e coração não volta a funcionar. Na síndrome, a artéria não tem obstrução, o coração para, mas volta ao normal. "Os casos descritos aconteceram mais por estresse, pela emoção mesmo". Já Succi acrescenta que a síndrome deve-se à secreção anormal, em situações específicas, de adrenalina e noradrenalina, com efeitos deletérios no coração.

 

Os sintomas, porém, são os mesmos do infarto: dor no peito, queda de pressão, desmaio. Porém, na grande maioria dos casos, a pessoa vai melhorando e fica sem sequelas.  "Elas sofrem com uma descarga de adrenalina e outros hormônios do estresse, que sobrecarregam o coração, atrapalhando seu funcionamento", afirma Sampaio.

 

Ele relata o caso de uma paciente: "Era uma mulher de 58 anos, que passou por uma separação, desenvolveu câncer, não tinha convívio social e se tornou melancólica. Chegou ao pronto-socorro com as características clássicas do infarto. Durante o cateterismo, as coronárias estavam normais, mas o músculo cardíaco alterado".

 

Relativamente nova

 

Sampaio alerta que os médicos, em geral, desconhecem a síndrome, por ela ser relativamente recente. "É preciso chamar a atenção da classe médica. Se um homem e uma mulher chegam com as mesmas características de infarto no PS, o homem é atendido antes, pois acreditam que a mulher não está tendo um infarto".

 

Já Succi comenta que a documentação no Brasil sobre a síndrome é falha por problemas de falta de registro adequado dos casos. Nos EUA estima-se haver cerca de 10.000 casos/ano. "Para se confirmar o diagnóstico é preciso descartar causas mais comuns de isquemia do coração, como o infarto por oclusão coronariana. Cada vez mais os médicos estão se familiarizando com este diagnóstico. A evolução geralmente é favorável, com recuperação completa da função cardíaca em cerca de seis a oito semanas".

 

Sampaio admite que, infelizmente, a cardiologia é machista e as mulheres são as que recebem o pior tratamento.  "É necessário que seja feita uma campanha de utilidade pública voltada para a mulher, alertando-a a começar a fazer exames".  Succi discorda: "Isto (o machismo) já foi verdade absoluta. Entretanto, cada vez mais as mulheres se aproximam dos homens na incidência de doenças cardiovasculares. Elas trabalham mais, fumam mais e têm mais estresse do que há 30 anos".

 

Fora isso, Sampaio diz que pesquisas mostram que mulheres raramente fazem check-up. Em 70% dos casos, são os homens que fazem exames, mas porque as empresas onde atuam os obrigam. "As mulheres precisam se conscientizar de que fazer exames como eletrocardiograma é necessário e se tiverem pressão alta, o ideal é procurar ajuda".

 

Características e prevenção

 

Sampaio diz que as características mais comuns de que se está tendo um infarto são, em 80% das vezes, dor no peito localizada, radiando para braços, pescoço, mandíbulas e até dentes. Além de tontura, falta de ar e desmaio.  "A dor no peito pode ter 27 causas, uma só é por causa do coração. Porém, se sentir uma dor forte, progressiva, que não melhora, vá ao pronto-socorro o mais rápido possível". 

 

Como a síndrome surge após a pessoa passar por forte emoção, não há como preveni-la. Ninguém está livre. O cardiologista lista algumas situações que influenciam o surgimento deste mal: brigas, separações, estados coléricos, grandes catástrofes, guerra, terremoto, passar por uma situação polêmica, estresse, angústia, enfim, passar por uma emoção muito forte.

 

"Na verdade, é mais o efeito que a própria ação. A prevenção seria blindar o organismo de situações extremas, canalizando o estresse. Aconselho a mulher a ter hobbies, fazer atividades de lazer. Pode ser voluntariado ou aulas de dança, por exemplo", finaliza Sampaio.

 

Succi completa: "As mulheres devem fazer visitas regulares ao médico, assumir hábitos saudáveis, controlar doenças crônicas, não fumar e beber com moderação. Isso sempre ajuda a proteger o coração contra qualquer tipo de agressão, induzida ou não por estresse".

 

 

Uol

A exposição à poluição do ar a longo prazo está ligada ao endurecimento das artérias e a um maior risco de ataques cardíacos e derrames. É o que mostra pesquisa da Universidade de Michigan, nos EUA. A pesquisa revela que maiores concentrações de material particulado fino no ar (PM 2,5) foram ligadas a um espessamento mais rápido das duas camadas internas da artéria carótida, que fornece sangue para a cabeça, pescoço e cérebro.

 

Os resultados mostraram, por outro lado, que a redução da exposição ao material particulado no ar ao longo do tempo foi ligadas a uma progressão mais lenta da espessura do vaso sanguíneo.

 

O estudo foi publicado na revista PLoS Medicine.

 

A espessura do vaso sanguíneo é um indicador da quantidade de aterosclerose que está presente nas artérias em todo o corpo, mesmo entre pessoas sem sintomas evidentes da doença cardíaca.

 

"Nossos resultados ajudam a compreender como é que a exposição à poluição do ar pode aumentar o risco de ataques cardíacos e derrames observados por outros estudos", afirma a líder da pesquisa Sara Adar.

 

Os pesquisadores acompanharam 5.362 pessoas com idades entre 45 e 84 anos de seis áreas metropolitanas dos Estados Unidos. Os pesquisadores foram capazes de vincular os níveis de poluição do ar estimados na casa de cada pessoa com duas medidas de ultrassom dos vasos sanguíneos, separados por cerca de três anos.

 

Após o ajuste para outros fatores como o tabagismo, os autores descobriram que, em média, a espessura da carótida aumentou 14 micrômetros a cada ano. Os vasos de pessoas expostas a níveis mais altos de poluição do ar, no entanto, endureceu mais rapidamente do que o das pessoas que vivem na mesma área metropolitana.

 

"Ligando estes resultados a outros estudos da mesma população sugerimos que pessoas que vivem em uma parte mais poluída da cidade podem ter 2% maior risco de acidente vascular cerebral em comparação com as pessoas de uma parte menos poluída da mesma área metropolitana", explica Adar.

 

Isaude.net

maneirasincluirexercicios2642013Com a rotina corrida, nem sempre sobra tempo e disposição para ir à academia. Pois saiba que é possível fazer exercícios durante atividades comuns do dia a dia.

 

Confira oito dicas, listadas pelo site FitSugar.

 

1 - Escove os dentes e faça agachamento: dois minutos é o tempo recomendado para escovar os dentes e, se você escovar três vezes por dia, já tem seis minutos para fazer agachamentos.

 

2 - Seque o cabelo e tonifique os glúteos: enquanto seca o cabelo com o secador, fique em pé, levante uma das pernas para trás o máximo que puder, sem jogar o tronco para a frente, e volte a baixá-la, mas sem encostar no chão. Depois de 20 repetições, levante a perna na lateral 20 vezes. Repita o procedimento com a outra perna.

 

3 - Deixe as chaves do carro em casa: vá trabalhar a pé ou de bicicleta. Se a distância for muito longa, vá de carro até determinado ponto e percorra o resto a pé. 

 

4 – Faça flexões de braço no banheiro: quando for ao banheiro, apoie as mãos no balcão e faça flexões de braço por dois minutos.

 

5 – Escolha banheiro mais distante: na empresa, escolha o banheiro mais distante, de preferência um que precise subir escada para chegar.

 

6 - Treine na mesa de trabalho: trabalhe o quadríceps, panturrilhas e canelas sem que ninguém perceba. Sentada, estique as pernas para a frente, com os pés unidos. Levante o máximo que conseguir e aponte as pontas dos pés para você. Faça três séries de 15 repetições.

 

7 – Exercite-se na fila: enquanto aguarda na fila do banco ou do mercado, aproveite para trabalhar a panturrilha. Fique na ponta dos pés e volte à posição inicial.

 

8 – Aproveite o sofá: se está cansada para ir até a academia após um dia longo de trabalho, exercite-se no sofá de casa. Faça flexão de braço apoiando as mãos no sofá.  

 

Ponto a ponto ideias

Ter um estilo de vida saudável é importante em qualquer idade. No Bem Estar desta quinta-feira, 25, a pediatra Ana Escobar e o geriatra Ronaldo Piovezan alertaram, no entanto, que quanto antes a pessoa adotar novos hábitos, mais benefícios ela terá ao longo da vida, o que poderá ajudá-la a chegar aos 100 anos de idade bem e com saúde.

 

Para começar a vida do jeito correto, a dica principal é manter atualizada a caderneta de vacinação dos bebês e crianças. Esse alerta é importante porque muitas pessoas esquecem-se de se vacinar conforme vão ficando adultas, o que pode trazer riscos à saúde. Por isso, é recomendável guardar bem a caderneta e prestar atenção nas campanhas de vacinação.

 

Ao completar dez anos de idade, a criança já pode fazer os primeiros exames de rotina porque nessa idade já é possível identificar fatores de risco de certas doenças. Por isso, levá-la ao médico nessa época é importante para ter um primeiro registro dos seus índices de saúde, o que a acompanhará pelo resto da vida. De acordo com a pediatra Ana Escobar, é ideal que a criança faça exames para medir o colesterol, triglicérides, glicemia e também um hemograma.

 

Aos 20 anos de idade, já começam as preocupações com a vida sexual e, nessa época, a informação é a dica mais importante. Os médicos defendem que a camisinha deve ser a companheira e estar sempre na bolsa das mulheres e na carteira dos homens, pronta para ser usada em qualquer situação. Dessa maneira, o jovem se protege de uma gravidez inesperada e também de doenças sexualmente transmissíveis, que podem trazer sérias conseqüências para a saúde. Com o tempo, a pessoa começa a adquirir prioridades diferentes na vida, como família e trabalho, e geralmente acaba deixando de lado a própria vida.

 

Por isso, aos 30 anos, a dica é não desistir da atividade física, que pode ser uma grande aliada para enfrentar a terceira década de vida com saúde. Para não abandonar, é importante descobrir algum esporte ou exercício que dê prazer e consiga funcionar como uma motivação para o dia a dia.

 

Quando chegam os 40 anos, aumentam os riscos de doenças, especialmente as cardiovasculares. Por isso, é importante conhecer a história da família para saber se não há fatores genéticos que podem elevar as chances de complicações – essa informação pode ajudar no diagnóstico precoce de doenças, como hipertensão, obesidade, diabetes e até mesmo câncer.

 

Em relação à alimentação, é importante que ela seja equilibrada e saudável ao longo de toda a vida; porém, aos 50 anos, os cuidados devem ser ainda maiores. A dica é incluir na dieta peixes, que são boas fontes de cálcio, ferro e vitamina B 12; castanhas, que ajudam a controlar o colesterol; e suco de uva, que têm ‘resveratrol’, substância que pode garantir maior longevidade.

 

Já aos 60 anos, os cuidados com a vacinação devem ser retomados. A vacina pneumocócica, contra pneumonia, deve ser tomada nessa idade, como alertou o geriatra Ronaldo Piovezan.

 

O médico lembrou também que, a partir dessa idade e por volta dos 70 anos, é importante investir nos exercícios com peso, mesmo que a pessoa nunca os tenha feito. Isso ajuda a fortalecer a musculatura, que pode funcionar como uma poderosa proteção para os ossos e também contra quedas.

 

Depois dos 80 anos, começam as preocupações com a saúde mental e o cérebro. Nesse caso, a dica é estimular sempre a memória e aprender algo novo, atitudes que podem ser importantes na prevenção do Mal de Alzheimer, por exemplo. Por isso, é essencial manter a mente ativa e estimular o cérebro com cada vez mais novas informações.

 

Quando chegam os 90 anos, a dica é se expor ao sol todos os dias, que é uma boa fonte de vitamina D, importante para manter os ossos saudáveis. Dessa maneira, com ossos fortes e resistentes, o idoso consegue se proteger conta quedas e acidentes mais graves.

 

Por fim, os médicos deram uma dica que vale desde a infância até a terceira idade: cultivar as amizades. Ter amigos e boas companhias para passar os dias é sempre uma medida positiva que pode fazer muito bem à saúde em todos os momentos da vida e trazer muito bem-estar às crianças e principalmente os idosos.

 

 

G1