As taxas de tabagismo no Brasil caíram quase pela metade nas últimas duas décadas graças ao rigor de políticas antitabaco. É isso que afirma um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, publicado na revista PLOS Medicine desta semana. O Brasil introduziu o imposto específico para cigarro em 1990, depois determinou restrições a propagandas de cigarros, colocou advertências nas embalagens e iniciou políticas antifumo a partir de 1996.
Como resultado, o País teve uma redução de 46% no número de fumantes entre 1989 e 2010. De acordo com os pesquisadores do Centro de Câncer Lombardi Comprehensive, da Universidade Georgetown, em Washington, Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a redução não conseguiria ser tão elevada sem esse tipo de política.
Usando o modelo da pesquisa Brazil SmokeSim, os autores do estudo descobriram que quase metade dessa redução de 46% de fumantes veio do aumento de preços, 14% das leis antifumo, 14% das restrições de propaganda, 8% das advertências à saúde, 6% das campanhas antitabagismo promovidas na mídia e 10% dos programas de tratamentos que ajudam o paciente a deixar o fumo.
Além disso, os autores estimam que as políticas antitabaco evitaram cerca de 420 mil mortes relacionadas ao cigarro. Em uma projeção para 2050, até 7 milhões de mortes seriam evitadas. E com políticas ainda mais restritivas, como um aumento da taxa de imposto, esse número poderia ser ainda maior. "O Brasil oferece uma das notáveis histórias de sucesso de saúde pública na redução de mortes devido ao fumo, e serve como um modelo para outros países de baixa e média renda. No entanto, um conjunto de políticas mais rigorosas poderia reduzir mais o tabagismo e salvar ainda mais vidas", defendem os autores do estudo.
Cada hora que uma pessoa passa sentada reduz a sua expectativa de vida em 21 minutos, diz uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Queensland, na Austrália. Segundo o estudo, essa redução é dez minutos maior do que a de fumar um cigarro. Os resultados foram publicados na edição de Novembro do The British Journal of Sports Medicine.
Os cientistas levantaram dados de 12 mil australianos, coletados por um levantamento nacional sobre diabetes, obesidade e estilo de vida. Os entrevistados responderam perguntas sobre o seu estado de saúde, doenças que já tiveram, sedentarismo, tabagismo e hábitos alimentares. Para medir as horas que os participantes passavam sentados, os estudiosos perguntaram quantas horas de televisão eles assistiam por dia.
Os pesquisadores tentaram isolar o fator de risco da longa permanência na mesma posição de outros hábitos pouco saudáveis, como fumar e não se exercitar. Eles observaram que um adulto que passa seis horas por dia sentado em frente à TV deve viver quase cinco anos a menos que uma pessoa que não assiste televisão. A previsão se aplica mesmo em aqueles que fazem exercícios regularmente.
Uma das possíveis explicações para essa relação é a ausência prolongada de contrações dos músculos das pernas. Depois de ficar meia hora sentado, o corpo liga o "modo repouso" e a taxa metabólica cai. Ficar de pé evita essa queda, pois o músculo permanece rígido, o que consome mais energia. Além disso, a pessoa em pé tende a se movimentar involuntariamente.
Mexa o corpo sem passar uma hora na esteira
Nosso corpo não foi feito para ficar parado, e sim em movimento frequente. Pesquisas científicas comprovaram que a queima calórica não associada ao exercício físico, mas ao movimento do dia a dia, também traz os mesmos benefícios à saúde. "Mesmo quem faz atividade física não pode se dar ao luxo de passar o resto do dia sentado, pois sofrerá os mesmos malefícios de um sedentário", alerta o endocrinologista e clínico geral Filippo Pedrinola. Opções para se movimentar não faltam. Veja o que o Filippo Pedrinola recomenda:
Use as escadas em vez do elevador
É uma reação automática: ao entrar em um prédio, a primeira coisa que fazemos é apertar o botão do elevador - seja para subir até o primeiro ou até o vigésimo andar. No entanto, essa é uma ótima oportunidade para se exercitar usando as escadas. Para aqueles que trabalham ou moram em andares muito altos, desça dois ou três andares antes do que deveria e faça o resto do trajeto pelas escadas.
Saia para almoçar ou fazer compras a pé
Tem gente que não consegue nem mesmo ir até a padaria sem pegar o carro, por costume ou preguiça. Porém, não custa nada deixar o veículo na garagem e ir a pé até o mercado comprar os itens fáceis de carregar - além de fazer bem à sua saúde, você evita o estresse do trânsito e ainda tira um carro da rua. Outro hábito comum é acionar um delivery e pedir para entregar a refeição no trabalho, quando poderia ter ido até o restaurante caminhando.
Estacione o carro longe do local de trabalho
Aqui a lógica é a mesma das escadas: você já fez todo o trajeto de carro porque era longe, então que tal estacionar um pouco mais distante do seu destino e aproveitar a caminhada? Para aqueles que andam de ônibus, a recomendação é a mesma - experimente descer um ou dois pontos antes do habitual e faça o restante do trajeto andando.
Alongue-se de tempos em tempos
Nada pior do que ficar muito tempo sentado em uma posição pouco confortável. Por isso, sempre que você se levantar para conversar com alguém, ir ao banheiro ou tomar um café, alongue pernas, braços e pescoço. Exercícios de respiração profunda também são amplamente recomendados.
Use um pedômetro (contador de passos)
Esse aparelho, capaz de registrar cada passo que você dá, pode ficar acoplado ao seu cinto e irá te ajudar a monitorar o quanto você está se movimentando durante o dia. De acordo com o endocrinologista e clínico geral Filippo Pedrinola, dar menos do que 5.000 passos por dia é considerado sedentarismo. "O ideal seria dar 10.000 passos por dia, que equivale aproximadamente a 6 km, ou de 300 a 400 calorias", completa.
Mapeamento das 453.151 mortes de mulheres registradas por ano no Brasil revela quais são as doenças e outras causas de morte que mais ameaçam a população feminina do País.
Segundo os mais recentes dados do Ministério da Saúde, coletados pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) em 2010 e tabulados só agora, o ranking com as 10 primeiras causas é liderado por infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Além dos problemas do aparelho circulatório, outras condições evitáveis como pressão alta , gripe , pneumonia e diabetes estão na lista.
Para os especialistas, os hábitos nada saudáveis estão por trás das mortes. Obesidade, sedentarismo e tabagismo são os principais gatilhos dos problemas cardiovasculares e metabólicos, que lideram as taxas de mortalidade feminina.
“Temos registrado um aumento gradual de AVC entre os mais jovens, com menos de 45 anos, e sabemos que os fatores comportamentais são os que antecipam os AVCs”, afirmou a neurologista e presidente da Rede Brasil AVC, Scheila Ouriques.
Da mesma opinião partilha Sérgio Timerman, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ao apontar os motivos para a letalidade das doenças do coração. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) também elenca estes mesmos vilões como desencadeadores do câncer de mama e pulmão , os que mais matam a população feminina.
Além da dieta saudável e dos exercícios físicos, os exames preventivos também auxiliariam a modificar o ranking. O papanicolau repetido uma vez por ano, por exemplo, é capaz de detectar o câncer de colo de útero em estágio inicial, impedindo que estes tumores estivessem na lista dos principais inimigos das mulheres.
Muita gente ainda tem dúvida se a ginástica convencional pode ser substituída pela dança. Mas, a variedade de treinos repletos de coreografias que existe nas academias de ginástica é uma prova que a dança pode, sim, substituir a malhação convencional. Mais variadas ainda são as modalidades de dança: balé clássico, sapateado, dança do ventre, samba, street dance, flamenco, jazz, pole dance, entre outras.
O segredo para perder muitas calorias é o treino. Quanto mais se consegue realizar as coreografias com intensidade e sem pausa, o gasto calórico é maior. Sem falar que a dança melhora a flexibilidade e a postura corporal. E o condicionamento aeróbico provocado pela dança aprimora a coordenação motora e o equilíbrio. Mas os benefícios não são só para o corpo. Durante o ato de dançar liberamos emoções e deixamos a depressão de lado, por ser a dança uma atividade social e bastante divertida. . Pessoas de todas as idades podem dançar juntas e interagir.