A Coordenação de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulgou, nesta segunda-feira (13), que o Piauí registrou, entre janeiro e fevereiro de 2012, 469 casos de dengue. O número representa um aumento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado.

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A capital do Piauí, Teresina, lidera o número de casos no Estado. Foram registrados até o dia 10 de fevereiro, 227 notificações. Floriano vem em seguida com 77. Apenas um caso de Dengue com complicação foi registrado em Oeiras.



Para Telma Evangelista, diretora da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde (Duvas) da Sesapi, o momento dos gestores mostrarem trabalho é agora, antes das chuvas, com as ações em continuidade junto à população e aos agentes de endemias.


“Estamos de olho naquelas cidades onde a doença já começa a mostrar preocupação. Nossa equipe está espalhada em alguns municípios e queremos ver ações enérgicas também por parte dos gestores, principalmente, nas ações que envolvam os agentes de endemias, para, assim, mantermos controlada essa doença. Devemos combatê-la todos os dias”, frisa Evangelista.


O Ministério da Saúde aprovou 41 projetos municipais contra a dengue, que garantirão ao Piauí um adicional de R$ 1,6 milhão contra a doença. No país, 1.159 cidades foram selecionadas. Os planos incluem a qualificação das ações de prevenção e controle da doença. Mais de 100 milhões de pessoas serão beneficiadas.



Veja as cidades com mais casos da doença em 2012.



Teresina (227 casos)
Floriano (77 casos)
São Raimundo Nonato (75 casos)
Beneditinos (27 casos)
Sebastião Leal (10 casos)
Água Branca (8 casos)
Piripiri (7 casos)

Sesapi

O Governador Wilson Martins sancionou o Projeto de Lei que cria o Código de Saúde do Estado do Piauí. A sanção foi publicada no Diário Oficial do dia 6 de fevereiro. Aprovado pela Assembleia Legislativa, por unanimidade, em dezembro de 2011, o código estabelece normas para a promoção, diagnóstico, tratamento, proteção e a recuperação da saúde em todo o território do Estado.

 

As discussões iniciaram ainda em 2005, sendo consultadas as principais instituições públicas do Estado e a população, através das entidades que participam do Conselho Estadual de Saúde. Segundo Tatiana Chaves, diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, entre suas atribuições, a lei cria comissões de controle de infecção hospitalar, exigida em todos os estabelecimentos de saúde que executa procedimentos em regime de internação ou procedimentos invasivos em regime ambulatorial. “Determina o cumprimento das normas dos resíduos hospitalares, desde o manejo até o descarte”, afirma a diretora.

Ainda de acordo com Tatiana, o código ressalta a responsabilidade com as pessoas portadoras de necessidades especiais, determinando a diminuição das limitações pela eliminação das barreiras arquitetônicas. “Estabelece ainda todo o acompanhamento das pessoas portadoras de doenças sexualmente transmissíveis, além de destacar a importância da saúde do homem e do idoso, estimulando o auto cuidado e orientando para o desenvolvimento de um estilo de vida saudável”, relata.

 “Foi um trabalho árduo, de longo período, mas valoroso, de crescimento técnico e amadurecimento profissional, pelo desafio do seu conteúdo de contemplar as mais diversas políticas públicas de saúde”, acrescenta Tatiana Chaves.

O Código já se adequa à Constituição Federal de 1988, às leis orgânicas da Saúde 8.080/90 e a 8.142/90 e as vigentes Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde. “É um grande avanço na gestão do SUS, com o objetivo de pactuar e formalizar as responsabilidades e atribuições inerentes a cada esfera de governo no seu processo de aprimoramento. Essa é uma conquista da população que é a principal beneficiada”, diz a diretora da Vigilância Sanitária.

Para a secretária de saúde, Lilian Martins, o Código enfatiza a sustentabilidade como preservação do meio ambiente, valorizando o trabalho intra e intersetorial, além de incluir a participação de vários órgãos públicos e da própria sociedade civil organizada.

 “A lei reafirma o compromisso do Estado com a população e, com isso, o Piauí avança no desenvolvimento de várias áreas da Saúde pública. Este é o Código mais atual em vigência do país”, disse a gestora.

O Código deve reger as ações do SUS para a população do Piauí, trazendo a tona políticas públicas de saúde voltadas para a sustentabilidade, capacitação permanente de profissionais de saúde, principalmente no que se refere a humanização do atendimento e a pesquisa científica. Vai proporcionar ainda a criação do Centro de Informação Toxicológica, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), o sistema estadual de auditoria e de avaliação das ações e dos serviços de saúde. Estabelece também procedimentos a serem operacionalizados em casos de óbito e, ainda, normas sobre o manejo de resíduos em todas as suas etapas, além da criação da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e a ouvidoria do SUS.



Governo do Estado

 

A coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em Floriano-PI, já preparou um cronograma de ações para os profissionais que estarão de plantão no órgão durante os dias da festa de momo. ancelmosoares

 


Os servidores devem trabalhar por período nas viaturas e no órgão e o objetivo, é proporcionar um atendimento rápido, coisa que não vem ocorrendo desde que as ligações das chamadas dos usuários passaram a serem atendidas pela central que fica em Teresina.


O atendimento que antes era em média de sete minutos, está agora em pelos menos quarenta minutos para uma distancia de três quilômetros, ou até mesmo uma menor distancia.

 


“Além das equipes permanentes do dia-a-dia estaremos montando equipes exclusivas nos pontos de maior concentração, durante o período de carnaval. Temos três ambulâncias fixas que ficarão a serviço dos foliões e uma ambulância de reserva que devemos colocar no Caís da Beira-rio, onde tem maior aglomerado de pessoas”, disse o coordenador do Samu, enfermeiro Ancelmo Jorge que acredita que os florianenses e visitantes terão dificuldades na hora de chamar pelo atendimento, devido a regulação que fica em Teresina.


Ele pede que as pessoas insistam nas ligações, já que a regulação está situada na capital, situação que vem provocando uma demora no  atendimento. O telefone para contato é o 192.

 

 

Da redação

 

Motoristas que fumam maconha até três horas antes de dirigir têm o dobro de chances de causar um acidente do que aqueles que não consumiram álcool ou drogas, segundo um estudo canadense. Os pesquisadores da universidade canadense Dallhouse, em Halifax, sugerem que a maconha prejudica áreas do cérebro necessárias para dirigir com segurança.

 

 

 

Para esta pesquisa, publicada no site da revista British Medical Journal, eles analisaram outros nove estudos anteriores que envolveram cerca de 50 mil pessoas em vários países, envolvidas em acidentes sérios ou fatais. Estes trabalhos anteriores haviam analisado colisões entre veículos, incluindo caminhões, carros, motos e furgões em vias públicas que envolveram o consumo de maconha.

 

 

 

Os pesquisadores ressaltam que o impacto do consumo leve da droga em pequenos acidentes não está claro.

 

 

 

Maconha x álcool

 

Mark Asbridge, autor do estudo e professor do departamento de saúde comunitária e epidemiologia da universidade de Dallhouse disse que "nossas conclusões jogam uma luz sobre a grande quantidade de pesquisa disponível sobre a maconha e os riscos de colisão ao volante". "Elas ainda dão apoio às políticas existentes em vários lugares que restringem o direito de dirigir sob o efeito da maconha", completa.

 

 

 

Os estudos realizaram testes de sangue para detector o nível de THC, ou a substância ativa da maconha, ou usaram relatos diretos de envolvidos admitindo o uso da droga. O estudo canadense cita uma pesquisa feita no ano 2000 na Escócia entre 537 motoristas, na qual 15% dos entrevistados entre 17 e 39 anos de idade admitiram ter consumido maconha até 12 horas antes de dirigir.

 

 

 

Já uma pesquisa feita pelo Centro de Monitoramento Europeu para Drogas e Vício em Drogas em 2008 sugeriu que entre 0,3% e 7,4% dos motoristas que realizaram testes para detectar o consumo de maconha em estradas da Grã-Bretanha, Dinamarca, Holanda, EUA e Austrália testaram positivo.

 

 

 

Mas os pesquisadores concluíram que, apesar do risco da maconha, este ainda seria menor do que o do álcool para os motoristas.


Terra