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alzeimerO período de férias é ansiosamente desejado por todos. É nele que podemos desligar do trabalho, sair da rotina exaustiva e relaxar.

Especialistas ouvidos pelo R7 ressaltam a importância das férias para ter uma vida e um cérebro mais saudáveis.

“É um período de lazer e entretenimento e o principal efeito disso no cérebro é a liberação de endorfina, um neurotransmissor que atua nas sinapses dos caminhos neurológicos da felicidade e da alegria”, afirma o neurologista Saulo Nader, do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Ainda não se sabe com detalhes o funcionamento da endorfina, mas ela está ligada à atividades como sorrir, relações sexuais e atividades físicas. “Se o cérebro está em prazer, existe a liberação de endorfina”, afirma Nader.

Essa molécula funciona como um protetor neurológico, atua na memória, nos processos cognitivos e é um modelador de sono.

“A endorfina serve tanto para agilizar a cognição no presente, para memória funcionar melhor agora, mas tem um papel protetor no sentido de evitar Alzheimer no futuro”, explica o neurologista.

“Se o cérebro está em prazer, existe a liberação de endorfina”
Saulo Nader
Apesar dos benefícios das férias, Nader alerta que para ter ganhos de médio e longo prazos, é importante ter uma dose de endorfina diária.

“Essas substâncias dão sensação de disposição e lazer durante um período de 12 a 24 horas”, afirma.

Porém, as férias funcionam como um ponto de equilíbrio no ano. “Não existem evidências científicas, mas a gente percebe que esse período funciona como um antiestressor natural. Pois saímos da jornada cansativa do trabalho, que a hoje a gente sabe da exigência que tem no mercado de trabalho”, explica.

Segundo observações clínicas de Nader, as férias, por terem um período maior de descanso, têm mais benefícios que os finais de semana.

“Mas hoje nós temos uma fábrica de pessoas que vivem pelo final de semana e férias, e isso também não é saudável. Por isso é importante ter atividades de lazer e entretenimento todos os dias”, afirma.

Assim como qualquer outra parte do corpo nosso, o cérebro entra em fadiga, segundo o neurologista Fabio Porto, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

“Imagine que você fique uma hora levantando um peso, seu braço vai cansar. Todas as funções biológicas precisam de repouso. Os músculos, a cognição, as emoções”, explica.

Porto ressalta que no período de trabalho nosso cérebro fica em alerta e produz adrenalina. “Outro efeito das férias é a diminuição desse hormônio que em excesso pode aumentar a pressão, o nível de estresse e a chance de infarto. A adrenalina deixa você mais acelerado, irritado e impulsivo”, afirma.

Como aproveitar melhor as férias
Para aproveitar melhor o período, Porto indica que as pessoas utilizem o tempo para um relaxamento positivo, praticando atividades que dão prazer.

Ele alerta para tomar cuidado com excessos de álcool e comida e com a ansiedade de voltar ao trabalho. “As pessoas ficam pensando que quando voltar vão ter mais trabalho. É importante desligar e aproveitar as férias”, afirma.

Nader enfatiza a importância de investir em lazer para aproveitar melhor esse período, mas lembra que o descanso físico também deve ser priorizado.

“Normalmente, a gente acaba tendo férias que descansam a mente, mas cansam o físico. Fazer uma viagem, fazer turismo, bater perna na praia... isso cansa o físico e descansa a mente. O ideal seria ter uma boa dosagem dos dois.”

O psicólogo Yuri Busin, diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental), recomenda não tirar férias apenas para resolver problemas. Segundo ele, é importante realmente se desconectar do trabalho e até do celular, se possível.

Não pode tirar férias? Saiba o que fazer
Nem todos podem tirar férias de 30 dias anuais, o recomendado pelos especialistas. Mas existem estratégias para manejar o estresse e se manter saudável no período de trabalho.

Nader observa que é importante ter um bom padrão de sono, de no mínimo 7 horas por noite e reservar um horário para lazer e entretenimento todos os dias.

“Dança, esportes, arte, música, artesanato, filmes, séries, sair com os amigos, o que para você fizer bem e for entretenimento, tem que ter durante a semana.”

Porto recomenda utilizar pequenas estratégias diárias de relaxamento. “Colecionar selos, jardinagem, atividade física, são pequenas atividades, coisas simples, que vão dando gás ao longo do ano.”

Além disso, Saulo Nader enfatiza que o período de trabalho também é importante para o cérebro. “Durante o trabalho estamos exercendo a cognição. Demanda atenção, concentração, processamento de informações, desenvolvimento de estratégia, resolução de problemas. O problema é o excesso. O ideal é uma carga de 8 horas diárias.”

Segundo Busin, o trabalho é importante pois é onde o indivíduo encontra função na sociedade. “Você tem uma representação social, se sente útil.”

Ter um trabalho que dê prazer também pode ajudar na hora de retornar à rotina, diz o especialista.

“A pessoa não vai sentir vontade de continuar em férias e nem aquela sensação de que só terá aquilo no ano seguinte”, afirma.
Síndrome de burnout

Os especialistas alertam que um longo período sem férias e de muito estresse pode levar à síndrome de burnout, que é um distúrbio caracterizado pelo esgotamento intenso. Busin afirma que a pessoa com burnout não vê mais sentido no que está fazendo.

“Não é só o tempo de trabalho que conta, mas a dinâmica. Tem gente que trabalha 12 horas, 14 horas por dia, mas não tem burnout porque vê sentido no que está fazendo”, explica Busin.

Segundo o psicólogo a pessoa com burnout começa a ter aversão à reuniões, tristeza, desmotivação, até chegar em um esgotamento.

O tratamento é psicológico e psiquiátrico. São associados fármacos a estratégias para estruturar a dinâmica que foi quebrada.

Para prevenir o quadro é necessário ter uma vida balanceada e não ignorar os problemas pessoais.

“O mais importante é não ignorar os próprios sintomas, antes que virem algo mais grave. Buscar autoconhecimento, terapias e entender que não precisamos ser super-heróis e dar conta de tudo. Até o RH das empresas pode fazer trabalhos nesse sentido.”

 

R7

Foto: Freepik

injeçaoUm novo medicamento desenvolvido por pesquisadores dos Estados Unidos conseguiu reduzir os níveis de LDL (o chamado colesterol ruim) com injeções aplicadas a cada seis meses. Os resultados foram apresentados recentemente nas Sessões Científicas da American Heart Association (Associação Americana do Coração).

O colesterol elevado é considerado um problema de saúde pública em todo o mundo porque é o tipo de gordura que se acumula nas paredes das artérias, tornando-as duras e estreitas. Com o tempo, pode haver bloqueios e, consequentemente, infarto e derrame, principais causas de mortalidade.

"Manter baixos níveis de LDL durante um período prolongado é essencial para reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames", ressalta o cardiologista R. Scott Wright, da Mayo Clinic, investigador principal do estudo.


A terceira fase da pesquisa foi concluída e contou com a participação de 1.561 pessoas com doença cardiovascular aterosclerótica estabelecida (acúmulo de placa de gordura nas artérias) e LDL elevado — superior a 70 mg/dl (miligramas por decilitros).

Todos eles já tomavam remédios orais, as chamadas estatinas (no Brasil, as substâncias registradas são atorvastatina, lovastatina, pravastatina, rosuvastatina e sinvastatina).


Os participantes receberam o novo fármaco, chamado inclisiran, ou placebo por meio de injeções subcutâneas inicialmente e, depois, aos três meses e a cada seis meses a partir de então.

O medicamento imita uma variante genética e impede a produção da proteína PCSK9, que por sua vez reduz o LDL.

Aqueles que tomaram o inclisiran apresentaram redução média dos níveis de LDL de 56% entre o terceiro e o 18º mês de tratamento, na comparação com os que tomaram placebo.

"Os dados mostram que o inclisiran, administrado duas vezes por ano, alcançou reduções fortes e duradouras de LDL com um excelente perfil de segurança e sem efeitos colaterais no fígado ou nos rins relacionados ao tratamento", afirma Wright.

Segundo ele, "a administração duas vezes ao ano por um profissional de saúde coincide com as visitas típicas dos pacientes, o que pode ajudar na adesão ao medicamento".

 

R7

Foto: Freepik

 

antitermicA temporada de festas de fim de ano está começando e muita gente se planeja para viajar. Mas o que não pode faltar no kit de remédios? O clínico geral Alfredo Salim Helito explica que existem alguns cuidados que devem ser tomados antes da viagem começar.

É muito importante estudar o destino. Existe pronto-socorro? Se você tem convênio: ele é aceito no hospital? É um hospital público? Em segundo lugar, não esqueça de levar o telefone do seu médico, especialmente se estiver com crianças e idosos.

Mas e a malinha de remédios? O que não pode faltar? Salim montou uma listinha pro Bem Estar:

Analgésico – febre e dor
Antialérgico – alergia e picada
Anti-inflamatório – para dor e inflamação
Antiemético – para enjoo e vômito
Antiácido – azia, dores de estômago e gases
Soro fisiológico
Filtro solar
Creme hidratante
Repelente
Em caso de corte, arranhão e machucado, a principal dica é lavar bem com água fria corrente e sabão.

Vai viajar com criança? Veja com o pediatra o que levar.

 

G1

adoçantePessoas que usam adoçantes artificias, como sacarina, estévia, ciclamato, aspartame, acesulfame-K, sucralose, neotame e advantame, ou consomem produtos e bebidas com esses produtos, têm maior probabilidade de ganhar peso do que quem prefere a versão açucarada. Ou seja, o efeito é exatamente o oposto do que os consumidores esperam, de acordo com um novo estudo realizado pela Universidade do Sul da Austrália.

O estudo analisou pesquisas anteriores sobre os efeitos do adoçante. Um deles, realizado nos EUA com 5.158 adultos, ao longo de sete anos, descobriu que aqueles que consumiam grandes quantidades de adoçantes artificiais ganhavam mais peso do que os que não consumiam.

“Os consumidores de adoçantes artificiais não reduzem sua ingestão geral de açúcar. Eles usam tanto açúcar quanto adoçantes de baixa caloria e acham que podem comer livremente seus alimentos favoritos.”, diz Peter Clifton, líder do estudo.

O pesquisador ainda cita outros 13 estudos que investigaram os efeitos da ingestão de adoçantes no risco de diabetes tipo 2. Um deles concluiu que tomar bebidas diet ou com adoçante em vez de bebidas açucaradas ou sucos de frutas aumenta o risco de diabetes tipo 2 em 5% a 7%.

“Adoçantes artificiais alteram as bactérias intestinais, o que pode levar ao ganho de peso e ao risco de diabetes tipo 2”, diz Clifton.

Nos últimos 20 anos, o número de crianças que bebem bebidas dietéticas triplicou e número de adultos aumentou 54%. A indústria de adoçantes vale 2,2 bilhões de dólares e esses produtos são usados por pessoas que querem perder peso com com diabetes.

Entretanto, nos últimos anos, diversos estudos mostrando potenciais riscos do uso de adoçantes, como aumento de problemas cardiovasculares, redução da fertilidade, diabetes e ganho de peso.

“Uma opção melhor do que os adoçantes de baixa caloria é seguir uma dieta saudável, que inclui muitos grãos integrais, laticínios, frutos do mar, legumes, frutas e água pura”, afirma o pesquisador.

 

Veja

Foto: Getty Images