O cigarro eletrônico está cada vez mais popular no Brasil. Entretanto, muita gente não sabe que ele quais os riscos que podem estar associado ao uso. Só nos Estados Unidos, são 48 mortes associadas ao uso do cigarro eletrônico e quase 2.300 internações.
No Brasil, três casos de EVALI, uma doença no pulmão, relacionada ao uso de cigarro eletrônico, foram confirmadas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os pacientes usaram cigarro eletrônico com tetraidrocanabinol (THC) em dispositivos adquiridos nos EUA.
Os sintomas respiratórios da EVALI podem ser confundidos com uma gripe. São eles: tosse, falta de ar, dor no peito, dor abdominal, febre, calafrios.
Os médicos alertam que, se tiver estes sintomas, a pessoa precisa procurar ajuda e nunca esconder o uso de cigarro eletrônico.
Cigarro eletrônico e pulmão O vapor do cigarro eletrônico e as substâncias tóxicas que ele contém queimam a membrana dos pulmões, prejudicando a troca gasosa de oxigênio por CO2. Essa troca é fundamental para manter as células vivas. Sem oxigênio, elas morrem.
Segundo a cardiologista Jaqueline Scholz, acredita-se que os danos do cigarro eletrônico sejam atualmente maiores devido à potência dos novos vaporizadores.
Um novo exame realizado em partes da placenta promete identificar com mais precisão o zika vírus em grávidas. A notícia é animadora, já que o diagnóstico precoce é um desafio para a ciência.
Com 8 semanas de gravidez, Patrícia Campassi acordou com manchas vermelhas e muita coceira, mas no hospital foi diagnosticada com intoxicação alimentar. Só quando seu filho já tinha 2 meses é que os médicos descobriram a verdadeira causa da microcefalia da criança.
"O zika interrompeu completamente a vida do Lorenzo e nós temos que conviver com isso", conta a mãe Patrícia.
De lá para cá, a ciência avançou, mas um grande desafio continua sendo o diagnóstico precoce da doença.
Esse desafio acontece porque cerca de 70% dos infectados com o zika vírus não apresentam sintomas e os outros 30% quando têm apresentam sintomas leves, que podem ser confundidos com outras doenças, o que faz com que as vítimas demorem para procurar o serviço de saúde.
Os pesquisadores identificaram que a placenta funciona como um reservatório do vírus e mantém o registro da doença até o fim da doença
Nos 17 casos investigados no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Unicamp, 14 deram positivo, enquanto que com o kit tradicional o vírus foi detectado em 10.
"Cada tubinho que eu coleto, eu coleto um pedacinho de regiões diversas, então eu amplio a possibilidade de encontrar tecido positivo", explica a coordenadora da pesquisa Maria Laura do Nascimento.
As mães que tiveram exame de placenta positivo serão chamadas no hospital para uma nova avaliação. Os pesquisadores querem observar se não surgiram outras complicações relacionadas ao zika.
Doenças cardiovasculares respondem por mais de 400 mil mortes anuais no Brasil. Muitas delas são vítimas de dois problemas que têm nomes parecidos, algo em comum, mas têm origens diferentes: a parada cardíaca e o ataque cardíaco.
Parada cardíaca A parada cardíaca é uma falha "elétrica" no coração e, como o próprio nome diz, faz com que ele pare de bater inesperadamente.
Segundo a Associação Americana do Coração (AHA, em inglês), essa condição é desencadeada por um mau funcionamento elétrico do órgão que causa batimentos irregulares (arritmia). A função cardíaca fica comprometida e o coração pode não bombear sangue para partes importantes do corpo, como cérebro e pulmões.
Uma vítima de parada cardíaca desmaia e não responde a estímulos, pode parar de respirar (parada cardiorrespiratória) ou ficar ofegante. A pressão arterial cai bruscamente.
É provável haver dano cerebral, se a parada cardíaca durar mais de 5 minutos, e morte, se a parada cardíaca durar mais de 8 minutos, ressalta o manual Merck de Diagnóstico e Tratamento.
A AHA ressalta que a parada cardíaca pode ser reversível em algumas pessoas se o tratamento for feito dentro de poucos minutos. O primeiro passo é ligar para a emergência.
Em seguida, inicia-se o procedimento chamado de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) — manobras feitas com as mãos para "forçar" o coração a retomar o bombeamento de sangue. Um desfibrilador (equipamento que dá choques) pode ser usado em locais públicos que disponham desses aparelhos.
Ataque cardíaco A origem do ataque cardíaco é outra. Trata-se de um problema circulatório em pessoas com arteriosclerose (acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias).
Essa artéria bloqueada vai impedir que parte do coração receba sangue, e consequentemente oxigênio, ocasionando morte dos tecidos em poucos minutos, ou até mesmo a morte do paciente.
Diferente da parada cardíaca, o infarto, como também é chamado, vem acompanhado de sintomas. Os sinais clássicos são desconforto e dor no peito, que irradia para a mandíbula, braços, falta de ar, suor frio, náusea e confusão mental.
"Mesmo se você não tiver certeza de que é um ataque cardíaco, ligue para a emergência local. Pacientes com dor no peito que chegam de ambulância geralmente também recebem tratamento mais rápido no hospital.", frisa a AHA.
O que há em comum?
Um ataque cardíaco pode provocar como consequência uma parada cardíaca. Isso corre devido às arritmias. Pacientes que tiveram danos cardíacos decorrente de infartos anteriores também estão sujeitos a ter parada cardíaca.
As mudanças climáticas afetam, e muito, a nossa saúde. Não é à toa que a expressão ‘emergência climática’ foi escolhi Dois grupos sofrem mais com o aquecimento global e as oscilações bruscas de temperatura: o grupo das crianças e dos idosos. De acordo com a bióloga e pesquisadora de poluição da Universidade de São Paulo Mariana Veras, isso acontece porque as crianças têm o sistema de regulação da temperatura imaturo e, por isso, levam mais tempo para se adaptar às mudanças. Já os idosos têm o sistema imunológico mais fraco.
"O sistema de controle da temperatura corporal precisa amadurecer para ser eficiente. Outros grupos também são sensíveis: pessoas que já têm uma doença e os idosos", diz Mariana Veras.
As mudanças estão diretamente associadas à poluição do ar. Esse tipo de poluição está associado a peso baixo em recém-nascido, menor função respiratória em crianças e maiores taxas de hospitalizações.
As mudanças climáticas e as crianças Um estudo da revista Lancet explica que há muito que podemos fazer para que o mundo não seja um lugar de incertezas, em que as crianças tenham que lutar para sobreviver, mas sim um mundo que tenha todas as condições para que elas se desenvolvam.
Se continuarmos no caminho atual, uma criança nascida hoje viverá num mundo quatro graus mais quente. A produção da agricultura será afetada e, com menos comida, mais crianças serão malnutridas.
A poluição do ar, que já é ruim em 90% das cidades, vai piorar, afetando o coração e os pulmões das crianças.
As crianças também vão enfrentar mais ondas de calor no mundo, fortes tempestades, mais doenças infecciosas.
Por causa da mudança climática, mais famílias terão de imigrar de seus locais de origem e suas crianças estarão mais expostas à pobreza e a doenças mentais.
Mas o estudo explica que o futuro não precisa ser assim. Se houver um esforço global para limitar o aumento da temperatura a menos de dois graus, a vida das crianças nascidas hoje será melhor.
O uso de energia limpa permitiria que, aos seis anos, a criança pudesse respirar um ar mais puro. Novos meios de transporte fariam as cidades lugares mais seguros quando a criança chegasse aos 21 anos. E aí então, talvez aos 30 anos, essa criança pudesse viver em um mundo com zero emissões de poluentes na atmosfera, o que salvaria as outras gerações.
O que fazer para melhorar? A pesquisadora dá algumas dicas:
Diminuir o uso do carro Fazer reciclagem e descartar corretamente o lixo Diminuir o consumo de carne Consumir menos energia Consumir energia limpa Reduzir o plástico Reutilizar os produtos.