• IMG_2987.png
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

A vacina contra a covid-19 com tecnologia de RNA mensageiro, que está sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentou excelente eficácia nos testes em animais.

vacinarna

Os resultados foram semelhantes aos demonstrados pelas vacinas de mRNA já disponíveis no mercado, como as da Pfizer e da Moderna, segundo informou a coordenadora de Implantação do Hub Regional de Desenvolvimento e Produção de Produtos RNA, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos - Bio-Manguinhos, Patrícia Neves.

Rio de Janeiro (RJ), 07/05/2025 –A coordenadora de Desenvolvimento e Produção de Produtos RNA de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patrícia Neves, participa do 9º Simpósio Internacional de Imunobiológicos. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Coordenadora de Desenvolvimento e Produção de Produtos RNA de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patrícia Neves. Foto - Fernando Frazão/Agência Brasil Neste momento, o instituto está fazendo os testes laboratoriais de segurança, que devem ser concluídos em julho.

“Instalamos a primeira área de produção de boas pŕaticas de fabricação de produtos RNA da América Latina. É um grande avanço para o Brasil e motivo de orgulho pra nós. Já produzimos três lotes de controle e dois lotes de vacina, que estão sendo usados nos últimos estudos toxicológicos. Não tivemos nenhum evento adverso grave, nem mortalidade dos animais”, afirmou.

Para testar a segurança da vacina, animais estão sendo avaliados de forma "microscópica" para garantir que as substâncias usadas na produção não causaram nenhuma toxicidade aos tecidos e órgãos. Quando todos os experimentos forem concluídos, o instituto vai solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para inciar os testes em humanos.

Teste em humanos A expectativa é que até o final do ano a agência conceda a autorização para o início da fase 1 dos testes em voluntários. Outras rodadas de testes em humanos devem ser realizadas até que o instituto possa pedir à Anvisa o registro do produto.

Apesar de não haver previsão para o término do processo, os primeiros resultados são "bastante animadores", de acordo com a coordenadora de Bi0-Manguinhos. Testes indicam que, em poucos anos, o Brasil terá uma vacina de mRNA contra a covid-19 altamente eficaz, produzida em território nacional por uma instituição pública. Isso significa que ela poderá ser adquirida pelo Ministério da Saúde a um custo bastante inferior.

O sucesso da vacina também vai comprovar a validade da plataforma de RNA mensageiro desenvolvida por Biomanguinhos, que utiliza uma nanopartícula lipídica para levar as informações genéticas do coronavírus até o interior das células do sistema imunológico. Essa molécula sintética “ensina” o sistema imunológico do organismo humano a produzir anticorpos para combater o vírus que causa a covid-19, caso a pessoa seja infectada por ele após a vacinação

Se a plataforma se mostrar efetiva, vai possibilitar que Biomanguinhos adapte a mesma molécula a agentes causadores de outras doenças, acelerando a produção de novas vacinas.

“A natureza do RNA e da nanopartícula que recobre esse RNA não muda. O que muda é a sequência genética que está dentro. Você pode trocar pela sequência do antígeno de outras doenças e o processo de desenvolvimento é muito mais rápido”, explica Patrícia

Mais quatro projetos de novos imunizantes já estão em andamento, mas ainda em fase inicial, para prevenir a leishmaniose, o vírus sincicial respiratório (VSR), a febre amarela e a tuberculose. Contra a leishmaniose ainda não há vacina, mas imunizantes de RNA para o VSR, a febre amarela e a tuberculose podem ser mais vantajosos do que as versões atualmente disponíveis, aumentando a proteção e possibilitando a aplicação em pessoas que hoje têm contra-indicação.

Patrícia Neves destaca também a importância estratégica de um instituto público brasileiro dominar essa tecnologia.

“É só a pontinha do iceberg porque o RNA tem emergido como uma molécula muito versátil e a gente tem vários tipos de RNA, que têm outros papéis no desenvolvimento das doenças, e a gente pode utilizar como alvo e como produto para terapias para tratar tumores e doenças genéticas raras, por exemplo, e outras doenças que hoje são de difícil tratamento.”

Agência Brasil

© Fernando Frazão/Agência Brasil

O estresse, frequentemente relacionado a problemas como insônia e doenças cardíacas, também pode afetar a audição. O estresse crônico pode ser um fator determinante no desenvolvimento de perda auditiva súbita e progressiva.

auditivo

A fonoaudióloga e especialista em reabilitação auditiva Dra. Vanessa Gardini, da Pró Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP), explica o quadro. “O estresse crônico pode reduzir o fluxo sanguíneo para o ouvido interno, afetando a função das células ciliadas responsáveis pela captação e transmissão de sons para o cérebro”, detalha.

Um estudo publicado no International Journal of Audiology revelou que pessoas expostas a níveis elevados de estresse têm 33% mais chances de desenvolver perda auditiva súbita

Além disso, o estresse pode agravar condições, como hipertensão e diabetes, fatores de risco que igualmente podem causar perda auditiva.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas, com idade entre 12 e 35 anos, correm o risco de desenvolver problemas auditivos, sendo que fatores, como estresse e exposição frequente ao ruído, são agravantes desse cenário.

Sinais de perda auditiva A fonoaudióloga especialista Dra. Vanessa Gardini explica que, muitas vezes, os sintomas da perda auditiva são percebidos de forma sutil. Entre os sinais mais comuns, destacam-se:

Dificuldade para entender conversas, especialmente em ambientes com ruídos de fundo. Sensação de zumbido constante nos ouvidos (tinnitus). Necessidade frequente de pedir às pessoas que repitam o que disseram. Preferência por volumes altos em aparelhos de som e televisão. Cansaço auditivo, após períodos prolongados de interação social. Como tratar o estresse Para evitar o impacto do estresse na saúde auditiva, é essencial adotar medidas que promovam equilíbrio mental e físico. A fonoaudióloga especialista da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos recomenda:

Prática regular de exercícios físicos, que ajudam a reduzir os níveis de cortisol. Técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e respiração controlada. Pausas no trabalho e em atividades que exijam esforço mental constante. Manutenção de uma alimentação equilibrada e rica em antioxidantes. A especialista também alerta para a importância da realização de exames auditivos regulares. “Se você, ou alguém próximo, está enfrentando dificuldade para ouvir ou identificar sons, é fundamental procurar um especialista. O diagnóstico precoce é essencial para prevenir danos mais graves”, enfatiza.

Catraca Livre

Foto: © AndreyPopov/istock

Um novo e promissor estudo publicado na revista Nature Aging aponta que a ingestão diária de 1 grama de ômega-3 pode desacelerar o envelhecimento biológico em adultos mais velhos. A pesquisa, que acompanhou mais de 700 idosos por três anos, sugere que esse nutriente — famoso por seus benefícios ao coração e ao cérebro — também pode agir diretamente sobre os “relógios epigenéticos”, marcadores moleculares capazes de medir a idade biológica das células.

omega

Ômega-3, vitamina D e exercício físico: o trio antienvelhecimento Conduzido por pesquisadores da Universidade de Zurique, o estudo analisou os efeitos isolados e combinados de três intervenções: suplementos de ômega-3, vitamina D e um programa simples de exercícios em casa.

O grupo que consumiu apenas ômega-3 já apresentou um envelhecimento biológico até quatro meses mais lento, independentemente da idade, sexo ou IMC.

Mas os resultados ficaram ainda mais impressionantes quando o ômega-3 foi combinado com vitamina D (2.000 UI por dia) e atividade física moderada três vezes por semana. Essa tríade não só potencializou o efeito antienvelhecimento, como também reduziu significativamente o risco de fragilidade física e câncer — dois dos principais desafios da saúde na terceira idade.

Como o ômega-3 atua no corpo? Os ácidos graxos ômega-3 possuem propriedades anti-inflamatórias potentes e ajudam a regular processos celulares que influenciam o envelhecimento, como a regeneração celular e o estresse oxidativo. Quando associados à vitamina D — que participa da manutenção óssea, imunidade e saúde neuromuscular — e a exercícios físicos regulares, os benefícios se somam em uma resposta sinérgica que preserva a saúde e retarda o declínio funcional.

Embora o estudo apresente limitações — como o fato de ter sido conduzido apenas com idosos suíços — os achados abrem portas para novas estratégias de longevidade. Segundo os cientistas, apesar de pequenas variações entre indivíduos, os resultados indicam que mudanças simples no estilo de vida e suplementação podem ter um impacto significativo no envelhecimento biológico e na qualidade de vida.

Catraca Livre

Foto: © kasia2003/istock

Febre amarela preocupa especialistas como possível próxima pandemia global. Estudo revela riscos de transmissão urbana, situação no Brasil e desafios na vacinação. Saiba como a doença pode afetar o mundo e quais medidas preventivas são urgentes em 2025.

febreamarela

Mais de 2 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco para a febre amarela, uma doença que já matou 10% da população de cidades inteiras no passado.

Agora, um estudo publicado na revista npj Viruses alerta: o vírus pode escapar de suas zonas endêmicas e causar uma pandemia global.

Com a urbanização descontrolada, mudanças climáticas e falhas na vacinação, países como o Brasil enfrentam um risco silencioso – e a Ásia, onde o vírus nunca chegou, pode ser a próxima vítima. Entenda por que especialistas comparam o potencial devastador da febre amarela ao da COVID-19.

O que NUNCA te CONTARAM sobre o JEJUM INTERMITENTE Uma ameaça antiga com novos riscos A febre amarela não é uma doença desconhecida. Originária das florestas africanas, ela foi introduzida nas Américas durante o período colonial, levada pelo tráfico transatlântico de escravizados.

Epidemias históricas, como a de Filadélfia em 1793 – que matou 10% da população local –, deixaram marcas profundas, moldando estratégias de saúde pública e urbanização.

No século XX, o desenvolvimento de uma vacina eficaz na década de 1930 e campanhas de erradicação do Aedes aegypti no continente americano reduziram drasticamente a transmissão urbana.

No entanto, o vírus persistiu em ciclos silvestres, infectando primatas não humanos e mosquitos da floresta. Nas últimas décadas, surtos urbanos ressurgiram na África, alimentados pelo crescimento populacional, baixa cobertura vacinal e falhas no controle de vetores.

Agora, cem anos após o epidemiologista H.R. Carter alertar sobre o risco da febre amarela chegar à Ásia, pesquisadores reforçam que as condições atuais são ainda mais favoráveis para uma disseminação global.

Por que a febre amarela pode se tornar uma pandemia? De acordo com o estudo científico publicado na npj Viruses, três fatores criam a “tempestade perfeita” para uma pandemia:

Expansão urbana caótica Megacidades tropicais, como Lagos (Nigéria) e Manila (Filipinas), viraram criadouros ideais para o Aedes aegypti. Na Ásia – onde 2 bilhões vivem em áreas infestadas pelo mosquito -, a população não tem imunidade natural ao vírus. Globalização acelerada Em 2023, 60 milhões de viajantes não vacinados circularam entre países endêmicos e zonas com Aedes. Um único caso importado poderia iniciar um surto em cidades como Bangcoc ou Cingapura. Clima em transformação O aquecimento global expandiu o habitat do mosquito para regiões antes inóspitas, incluindo o sul da China e partes da Europa. No Brasil, o inseto já alcança 100% dos municípios.

“Se a febre amarela urbana ressurgir, sua letalidade de até 50% pode fazer a COVID-19 parecer branda“, alerta o pesquisador H.R. Carter, coautor do estudo.

O enigma da Ásia: por que a febre amarela ainda não chegou lá? Apesar das condições aparentemente perfeitas, a febre amarela nunca se estabeleceu na Ásia – um mistério que intriga cientistas. Algumas hipóteses tentam explicar esse fenômeno:

Imunidade cruzada por outros flavivírus – Populações expostas a vírus como dengue e zika podem ter alguma proteção parcial contra a febre amarela, reduzindo a transmissão.

Diferenças na competência vetorial – Nem todas as populações de Aedes aegypti são igualmente eficientes na transmissão do YFV.

Fatores demográficos e geográficos – Barreiras naturais ou comportamentos sociais podem ter limitado a disseminação até agora.

No entanto, os autores alertam que contar com a “sorte” não é uma estratégia. Se o vírus for introduzido em uma grande cidade asiática com alta densidade de mosquitos, as consequências podem ser catastróficas.

Os desafios para evitar uma crise global Embora exista uma vacina eficaz contra a febre amarela, sua produção é limitada e difícil de escalonar rapidamente em caso de surto. Além disso, muitos países com risco de transmissão não possuem infraestrutura adequada para diagnóstico precoce, controle de vetores ou distribuição emergencial de imunizantes.

O estudo recomenda medidas urgentes, como:

Intensificação da vigilância epidemiológica – Sistemas de detecção precoce podem evitar que casos importados desencadeiem epidemias urbanas. Investimento em novas tecnologias de controle de mosquitos – Métodos sustentáveis e inovadores são necessários para substituir estratégias ultrapassadas. Ampliação da produção de vacinas – Plataformas alternativas de fabricação, como cultivos celulares, podem acelerar a disponibilidade de doses. Preparação dos sistemas de saúde – Países em risco precisam de planos de contingência para lidar com possíveis surtos. A febre amarela no Brasil: vigilância constante contra uma ameaça silenciosa O Brasil mantém um delicado equilíbrio no controle da febre amarela, doença que persiste em seu ciclo silvestre, transmitida por mosquitos das matas a macacos e, eventualmente, a humanos que adentram essas áreas.

Embora o último registro de transmissão urbana (pelo Aedes aegypti) date de 1942, o risco de reemergência assombra autoridades sanitárias, especialmente em um país com extensas regiões de fronteira entre floresta e cidade.

Nos últimos anos, o país enfrentou surtos significativos, como o de 2016-2019, que deixou mais de 700 mortos em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Desde então, a estratégia de vacinação em massa e o monitoramento de mortes de macacos – verdadeiros “sentinelas” da doença – ajudaram a conter novos avanços.

No entanto, desafios persistem: áreas com baixa cobertura vacinal, a constante presença do Aedes aegypti em centros urbanos e a dificuldade de diagnóstico precoce (já que os sintomas iniciais se confundem com os da dengue) mantêm o perigo latente.

O maior temor é que o vírus, hoje restrito a áreas rurais, encontre as condições perfeitas para se espalhar pelas cidades: um humano infectado picado por um Aedes aegypti em uma metrópole como São Paulo ou Rio poderia desencadear uma cadeia de transmissão urbana.

Para evitar esse cenário, o Brasil investe na ampliação da vacinação – hoje recomendada para todo o território nacional – e no combate aos mosquitos, mas enfrenta obstáculos como a desinformação antivacina e a limitação de recursos em municípios mais pobres.

Enquanto o vírus circular nas florestas e houver populações desprotegidas, a febre amarela seguirá como uma ameaça à saúde pública brasileira. A lição é clara: só a vigilância constante e a manutenção de altas coberturas vacinais podem evitar que esse velho conhecido dos trópicos se torne, mais uma vez, um pesadelo urbano.

O estudo reforça que o risco de uma pandemia de febre amarela é real e crescente. Se o vírus se estabelecer em regiões densamente povoadas e sem imunidade prévia, as consequências podem superar até mesmo a crise da COVID-19 em termos de letalidade e impacto social.

Apesar dos avanços científicos, a combinação de fatores como urbanização descontrolada, mobilidade global e mudanças climáticas cria um cenário perigoso. A lição mais importante é clara: a prevenção não pode esperar. Se nada for feito, um velho conhecido da humanidade pode se tornar a próxima grande ameaça à saúde global.

A Organização Mundial da Saúde segue alerta para evitar uma nova pandemia, desta fez, de febre amarela.

Saude Lab

Foto: Canva PRO