Muito se fala sobre diagnósticos tardios de autismo. Há casos em que a pessoa chega até a meia idade sem sequer desconfiar que tenha o transtorno, apesar de sentir-se diferente dos demais. No entanto, o que poucos sabem é que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode se manifestar ainda em bebês, e reconhecer esses sinais nos primeiros meses de vida ajuda a garantir um acompanhamento especializado.

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Os sinais de autismo em bebês podem variar de intensidade, e aparecer em diferentes momentos do desenvolvimento. No entanto, há comportamentos específicos que podem indicar a necessidade de uma avaliação profissional. Alguns bebês podem ter um atraso na aquisição de habilidades motoras, enquanto outros podem ter dificuldades iniciais de comunicação. Alguns ainda apresentam atrasos no desenvolvimento motor.

De acordo com o psicólogo especialista em TEA e sócio-diretor da Academia do Autismo, Dr. Fábio Coelho, alguns estudos sugerem que sinais de autismo podem ser detectados já a partir dos 3 meses de idade. No entanto, é mais comum que esses sinais se tornem mais evidentes entre 12 e 24 meses.

Segundo o especialista, normalmente, os pais e cuidadores próximos são os primeiros a notarem os sinais do espectro, uma vez que convivem diariamente com a criança e podem observar comportamentos atípicos em comparação com outras crianças da mesma idade.

“Tipicamente, os bebês desenvolvem o contato visual como uma forma de interação social primária. Além disso, eles começam a reconhecer e responder a sons familiares, seja virando a cabeça, demonstrando curiosidade, ou se assustando. A ausência ou a raridade disso pode indicar dificuldades em estabelecer laços, demonstrando que ele não está engajando da maneira esperada”, diz o especialista.

A psicóloga Daniela Landim, coordenadora da Versania Cuidado Infantil, em São Paulo, reforça a importância de ficar atento a essa ausência de interação. “Os bebês já fazem contato visual, procuram o olhar para interação, tem o riso social. Então, a gente faz uma gracinha, o bebê sorri de volta. Se ele não fizer isso, já é um sinal de alerta.”

Segundo a psicóloga, outro fator que os pais devem observar é se a criança aponta. No início do desenvolvimento, apontar para pessoas e objetos é algo esperado. A falta dessa ação pode também ser um sinal de autismo e precisa ser investigado.

Outros sinais de autismo que podem ser notados em bebês Seletividade alimentar Quando se trata de alimentação, os pais também precisam ficar atentos. “É normal a criança rejeitar certos alimentos, mas se ela apresentar alta seletividade e aceitar somente comidas específicas, pode ser um traço de autismo. Landim alerta também para qualquer atraso, seja ele motor, cognitivo, na fala e entre outros. “Esses sinais indicam que está na hora de buscar ajuda profissional para detectar se é autismo ou não”, explica Daniela Landim.

Resposta limitada ou nenhuma resposta ao seu nome Aos 6 meses, a maioria dos bebês demonstra consciência de seus próprios nomes, especialmente quando falados por suas mães. No entanto, bebês que mais tarde desenvolvem TEA podem não reagir quando chamados pelo nome, mostrar expressões faciais limitadas ou parecer indiferentes ao ambiente.

Reagir exageradamente a algum som A hipersensibilidade auditiva é uma característica comum no TEA e pode se manifestar como desconforto extremo ou choro intenso diante de barulhos altos, inesperados ou até mesmo sons cotidianos.

Atraso no desenvolvimento motor A criança pode apresentar dificuldades em fazer coisas que outras da mesma idade normalmente conseguem fazer, como segurar objetos ou se mover, como rolar, sentar, engatinhar ou andar. Alguns bebês e crianças podem demonstrar falta de interesse em explorar o ambiente ao seu redor ou evitar atividades que envolvam coordenação motora.

Atraso na comunicação Embora bebês e crianças comecem a falar em idades diferentes, naqueles com autismo pode haver uma demora no balbucio ou na expressão de sons comuns para a idade. Além disso, pesquisas mostram que crianças autistas geralmente entendem menos palavras do que crianças com desenvolvimento não autista aos 12 meses.

Quando procurar ajuda profissional? De acordo com Daniela Landim, em qualquer idade, se os pais notarem que o bebê parou de ter progresso na aprendizagem ou perdeu alguma habilidade que já havia adquirido, o que é conhecido como autismo regressivo, é importante investigar o caso.

Os especialistas reforçam que esses sinais devem ser vistos como orientações iniciais, e não como diagnósticos definitivos. “Nada disso é regra porque cada pessoa é única e, dessa maneira, o que se manifesta em uma pessoa não necessariamente se manifestará em outra”, comenta Dr. Fábio Coelho.

Entretanto, os especialistas destacam a importância da detecção precoce, o que permite que intervenções sejam iniciadas desde cedo, potencializando o desenvolvimento e a qualidade de vida.

De acordo com Landim, caso uma criança manifeste qualquer uma dessas características, o protocolo é buscar médicos que estejam familiarizados com o TEA. “Neuropediatras, psiquiatria infantil e pediatras geralmente são capazes de identificar o transtorno e dar um diagnóstico certeiro. O diagnóstico precoce pode fazer muita diferença na vida de uma pessoa atípica, uma vez que desde cedo o acompanhamento pode ser iniciado”, ressalta a psicóloga.

Coelho complementa dizendo que quanto mais cedo a criança receber suporte adequado, maiores são as chances de ela desenvolver habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. “Intervenções precoces podem melhorar significativamente a qualidade de vida da criança e de sua família”, diz.

Como lidar com o autismo Transtorno do Espectro Autista (TEA), não é uma doença, trata-se de uma forma diferente de desenvolvimento. Conforme definido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico Quinta Edição da Associação Psiquiátrica Americana (DSM 5), o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento associado a sintomas que incluem “déficits persistentes na comunicação social e interação social em múltiplos contextos” e “padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades”.

A psicóloga Daniela Landim explica que, ao receber o diagnóstico de TEA de um filho ou ente querido, a primeira reação, geralmente, é a incerteza. “Por ser um transtorno ainda, um pouco conhecido, muitos pais apresentam preocupações em relação ao futuro dos filhos”.

A especialista afirma que, em um primeiro momento, é sempre difícil tranquilizar os pais, mas que felizmente o Brasil é um país que vem evoluindo muito no quesito de tratamento e conhecimento. “É importante entender que ter um filho atípico, não necessariamente diz algo sobre o seu futuro. O pensamento de que o diagnóstico acaba com a vida do seu filho e com a sua deve ser substituído por uma busca de começar a entender o que é o autismo e como fazer o melhor para a criança,” enfatiza.

Entre os tratamentos comprovados cientificamente, a intervenção ABA é uma das abordagens mais utilizadas, focando no desenvolvimento e aquisição de habilidades. Com o método, as crianças aprendem a realizar tarefas e a se tornarem independentes por meio de técnicas como observação, estímulo e reforço. Esse processo educativo valoriza a repetição, a consolidação do conhecimento e o aprimoramento de habilidades.

Outra abordagem é a a Integração Sensorial, que busca ajudar indivíduos com autismo que apresentam dificuldades de processamento sensorial, ou seja, dificuldades em reagir adequadamente a estímulos como sons, luzes e toques.

Já a fonoaudiologia trabalha para melhorar a comunicação verbal e vocal, ajudando no desenvolvimento da fala e linguagem. “Essas intervenções, muitas vezes usadas em conjunto, visam melhorar a comunicação, o comportamento e a integração social das pessoas autistas”, diz a psicóloga.

Abril Azul Abril Azul é o Mês de Conscientização do Autismo. Para tratarmos o assunto com respeito e profundidade, a Catraca Livre prepara matérias sobre causas, diagnósticos, estudos, pesquisas, estatísticas, além de histórias de pessoas que vivem com autismo, entrevistas com médicos e psicólogos especialistas e muito mais.

Catraca Livre

Foto: © Aleksei Mikhailechko/istock

Os rins fazem parte do grupo de órgãos imprescindíveis à vida. Isso porque são eles que filtram nosso sangue e regulam os fluídos, hormônios, ácidos e sais no corpo. É dessa maneira que os rins eliminam substâncias nocivas ao organismo. No entanto, alguns fatores podem danificar os órgãos, levando à lesão aguda, doença crônica e insuficiência renal.

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“Na forma aguda, o insulto ao rim ocorre rapidamente, podendo levar à perda da função dos rins de horas a dias, e é potencialmente reversível. Mas, quando crônico, o problema perdura por mais de 3 meses. Além disso, causa perda da função dos rins de caráter crônico e progressivo”, explica a médica nefrologista do Hospital São Luiz e Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Caroline Reigada.

Insuficiência renal Segundo a médica, a insuficiência renal aguda pode ser dividida de acordo com suas causas, que podem ser pré-renais, renais e pós-renais. “As causas pré-renais são desidratação, queimaduras extensas, perda de sangue, insuficiência cardíaca, uso abusivo de laxativos e de diuréticos”, esclarece.

Já os fatores renais são as doenças que acometem os vários compartimentos dos próprios rins, explica a especialista. Por exemplo: as vasculites, as nefrites, as doenças infecciosas como hepatite B e C e o HIV, o uso abusivo de anti-inflamatórios, a sepse (inflamação geral do organismo secundária a uma infecção), a embolia por colesterol, a síndrome hepatorrenal e coágulos nas veias do rim.

No caso dos pós-renais, temos os casos de obstruções ao fluxo de urina, tumores obstrutivos como o câncer de colo de útero e a fibrose no retroperitônio, aponta a médica. “A importância de dividir a etiologia da lesão renal aguda (antigamente chamada de insuficiência renal aguda) é justamente entender o mecanismo do problema, para assim combatê-lo e tratá-lo, evitando que a lesão se propague e torne-se irreversível”, pontua.

Doença renal crônica A doença renal crônica (ou antes denominada insuficiência renal crônica) é um quadro mais grave, de característica progressiva. “Ou seja, não há retorno para uma função renal adequada. O quadro pode inclusive chegar ao último grau de disfunção dos rins (que é o grau 5), aquele em que somente a diálise ou o transplante podem salvar a vida do paciente”, esclarece a nefrologista

No Brasil, a doença mais prevalente capaz de destruir progressivamente as funções dos rins é a hipertensão arterial sistêmica (pressão alta). Por ser silenciosa, a hipertensão não apresenta sintomas. Ainda assim, o diagnóstico precisa ser realizado o quanto antes, através da medição da pressão arterial. Já a segunda doença mais importante que deteriora os rins é a diabetes.

“Quando esta doença não é controlada, ou seja, não são atingidos os níveis de glicose ideais, os rins são sobrecarregados. A longo prazo, eles excretam proteínas que não deveríamos eliminar. Isso pode acarretar na doença renal crônica terminal (estágio 5), e o paciente precisará, assim, iniciar um programa de substituição da função renal, como a diálise”, conta a médica especialista.

Além da hipertensão e diabetes, a obesidade e o tabagismo também podem levar à insuficiência renal crônica. Por isso, o controle do peso e os hábitos saudáveis de vida são fundamentais. “Essas são causas potencialmente evitáveis. Por isso é importante realizar seu check-up para pressão alta e diabetes, manter hábitos de vida saudáveis, alimentação equilibrada e cessar o tabagismo”, destaca a Dra. Caroline.

Saúde em Dia

Segundo um novo estudo realizado no País de Gales, os idosos que receberam a vacina contra a infeção herpes zoster podem ter um risco significativamente menor de desenvolver demência.

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O estudo, publicado na revista Nature, incluiu cerca de 283 000 idosos que foram considerados elegíveis ou não para receber a vacina contra a infeção herpes zoster devido a uma peculiaridade da política galesa em matéria de vacinas.

Em 2013, o governo do País de Gales tornou as pessoas de 79 anos elegíveis para a vacina e, a partir daí, as pessoas entraram no programa quando completaram 79 anos. No entanto, devido à escassez de material, os adultos que tinham 80 anos ou mais na altura nunca a tomaram.

Os investigadores dos EUA, Alemanha e Áustria concentraram-se nas pessoas que completaram 80 anos na semana anterior à data limite de elegibilidade para a vacina e compararam-nas com as que completaram 80 anos na semana seguinte.

Cerca de metade das pessoas que eram elegíveis receberam a vacina.

Passados sete anos, cerca de uma em cada oito pessoas que não tomaram a vacina tinha demência. Mas as pessoas que a receberam tinham menos 20% de probabilidades de serem diagnosticadas, segundo o estudo.

Os efeitos foram muito mais fortes nas mulheres do que nos homens.

"Foi uma descoberta realmente surpreendente", afirmou o Pascal Geldsetzer, autor sénior do estudo e professor assistente de medicina na Universidade de Stanford, nos EUA, num comunicado.

"Este enorme sinal de proteção estava presente, independentemente da forma como se analisassem os dados".

Outros estudos sugeriram também que a vacina contra a infeção herpes zoster poderia ajudar a manter a demência afastada.

No ano passado, uma análise publicada na revista Nature Medicine mostrou que as pessoas que receberam uma versão mais recente da vacina contra a infeção herpes zoster tinham um risco significativamente menor de desenvolver demência nos seis anos após a imunização.

As duas vacinas são fabricadas de forma diferente. A vacina mais recente e mais comum contém uma proteína do vírus da varicela zoster, que causa tanto a varicela como a herpes zoster. A vacina do estudo galês utilizou uma versão viva enfraquecida do vírus.

Em 2023, o Reino Unido eliminou gradualmente a vacina de vírus vivo em favor da vacina mais recente do fabricante de medicamentos GSK, porque parece proporcionar proteção contra as telhas durante um período de tempo mais longo.

As pessoas podem desenvolver herpes zoster - uma erupção cutânea dolorosa de bolhas cheias de líquido que pode levar semanas a desaparecer - anos depois de terem contraído varicela se o vírus adormecido for reativado. As pessoas mais velhas e as que têm um sistema imunitário enfraquecido correm maior risco.

Ambos os estudos recentes foram experiências naturais que são bastante semelhantes aos ensaios aleatórios, que são o padrão de ouro para a investigação médica. Devido aos critérios de elegibilidade para a vacina contra a herpes zoster, os investigadores puderam comparar dois grupos de pessoas semelhantes, o que lhes permitiu identificar o impacto provável da vacinação.

"O que torna o estudo tão poderoso é o facto de ser essencialmente um ensaio aleatório com um grupo de controlo - as pessoas demasiado velhas para poderem receber a vacina - e um grupo de intervenção - as pessoas suficientemente jovens para poderem receber a vacina", afirmou Geldsetzer.

Ainda há dúvidas sobre o nexo de causalidade Os estudos indicam que, independentemente do tipo de injeção, a vacina pode oferecer alguma proteção contra a demência, embora seja necessária mais investigação para o provar.

Também não é claro o que está a provocar esta ligação. Segundo a equipa de Geldsetzer, os vírus que afetam o sistema nervoso podem aumentar o risco de demência, mas a teoria precisa de ser testada.

Entretanto, a disparidade entre homens e mulheres pode ser explicada por diferenças nos seus sistemas imunitários, uma vez que respondem de forma diferente a infeções e vacinas, de acordo com Maxime Taquet, um professor clínico da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que liderou o estudo de 2024.

"Apesar de isto continuar a ser hipotético, pensamos que é por isso que vemos uma diferença entre homens e mulheres", disse Taquet à Euronews Health.

Para ajudar a solidificar as provas, o fabricante de medicamentos GSK disse na semana passada que está a estudar dados de cerca de 1,4 milhões de adultos mais velhos no Reino Unido, alguns dos quais tomaram a vacina contra a infeção herpes zoster e outros não.

À semelhança da mudança de política no País de Gales, em 2023, o Reino Unido alargou o seu programa de vacinação de adultos com 70 anos ou mais para adultos com 65 anos ou mais - mas os que tinham entre 66 e 69 anos na altura foram informados de que tinham de esperar até aos 70 anos para receber a vacina.

Numa outra experiência natural, os investigadores irão verificar se essas pessoas desenvolvem sintomas de demência.

As recentes descobertas sobre a vacina contra a infeção herpes zoster podem representar uma nova fronteira para a investigação sobre a doença de Alzheimer, que durante décadas teve dificuldade em produzir avanços na prevenção ou novos tratamentos.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, que afeta 7 milhões de pessoas na Europa, segundo estimativas do Conselho Europeu do Cérebro.

"A demência é um fardo enorme", afirmou Taquet. "Ao ativar as vias imunitárias corretas nas pessoas, poderemos reduzir ou mesmo inverter o processo de demência", acrescentou.

"Há muitos, muitos passos entre o ponto em que estamos agora e chegar lá, mas penso que esta é uma nova e excitante pista nesta área".

Euronews (Português)

Foto: © Canva

Muitas pessoas têm o hábito de fazer uso do celular antes de dormir, seja para conferir as redes sociais, assistir a vídeos ou navegar pela internet. No entanto, um estudo revelou que o tempo gasto com as telas na cama está diretamente relacionado a uma piora na qualidade do sono, especialmente quando o uso do dispositivo ocorre perto da hora de dormir.

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A pesquisa, conduzida por cientistas da Noruega com a participação de mais de 45.000 estudantes, revelou que cada hora extra de exposição à tela antes de dormir aumenta em 63% o risco de insônia e reduz em 24 minutos o tempo total de sono.

Embora o estudo não comprove que as telas causem insônia, ele revela uma forte conexão entre esses fatores, sugerindo que o uso excessivo de telas à noite pode prejudicar o descanso.

Uso do celular antes de dormir: o impacto das telas no sono A pesquisa focou nos hábitos de estudantes entre 18 e 28 anos e tentou entender como o uso de dispositivos eletrônicos na cama afeta os padrões de sono.

Também foi investigada como diferentes atividades, como navegar nas redes sociais ou assistir a vídeos, afetam a qualidade do sono.

A Dra. Gunnhild Johnsen Hjetland, líder da pesquisa, explicou que o impacto no sono está mais relacionado ao tempo total que passamos fazendo uso do celular antes de dormir do que ao tipo de atividade realizada.

Ou seja, não importa se você está usando as redes sociais ou assistindo a vídeos: o problema é o tempo que você passa olhando para a tela.

Quanto mais tempo você dedica ao uso do celular antes de dormir, pior será a qualidade do seu sono.

Dificuldades relatadas Entre os participantes que usavam telas na cama, 69% usavam mídias sociais ou outras atividades digitais, como navegar pela internet ou assistir a filmes.

Além disso, muitas dessas pessoas relataram:

Dificuldade para adormecer; Despertar durante a noite; Cansaço excessivo pela manhã. Insônia: causa ou consequência? Embora o estudo tenha encontrado uma ligação entre o uso do celular antes de dormir e os problemas de sono, os pesquisadores reforçam que não é possível afirmar que o uso de telas seja a causa direta da insônia.

Eles sugerem que pode ser uma correlação e não necessariamente uma relação de causa e efeito.

Outros pontos a serem considerados incluem:

Dados autorrelatados: O estudo foi baseado em respostas dos próprios participantes, o que pode gerar viés. Outros fatores: Pessoas com problemas de sono podem ser mais propensas a usar o celular na cama para se distrair ou evitar o estresse. O uso de celular antes de dormir: efeitos no sono O uso do celular antes de dormir pode prejudicar tanto a quantidade quanto a qualidade do sono, tornando mais difícil adormecer e também dificultando a manutenção do sono durante a noite.

A luz emitida pelas telas e a interação com o dispositivo mantêm o cérebro mais ativo, o que impede o corpo de relaxar para dormir.

Embora ajustes, como reduzir o brilho da tela ou ativar o modo noturno, possam ajudar a minimizar os efeitos da luz azul, outros estudos já sugerem que interagir com o celular — como rolar a tela ou responder mensagens — é suficiente para interromper o sono.

Dicas para melhorar o sono Embora o estudo mostre a relação entre o uso de telas e o sono ruim, ele também oferece algumas soluções práticas para quem quer melhorar a qualidade do descanso.

Os especialistas sugerem:

Desligar o celular antes de dormir: Pare de usar o celular antes de dormir pelo menos 30 minutos antes de se deitar. Isso ajudará o corpo a se preparar para o sono.

Estabeleça uma rotina de sono: Tente ir para a cama e acordar sempre no mesmo horário todos os dias. Isso ajuda a regular o ciclo de sono do corpo.

Atividades relaxantes: Prefira fazer atividades relaxantes antes de dormir, como: Ler um livro; Tomar um banho quente; Praticar exercícios respiratórios. Evite substâncias que prejudicam o sono: Não consuma cafeína, álcool ou refeições pesadas nas horas que antecedem o sono. Esses fatores podem atrapalhar a qualidade do descanso.

Exercícios leves: Realizar atividades físicas mais leves durante o dia pode ajudar a melhorar o sono, mas evite exercícios muito intensos perto da hora de dormir.

Além disso, recomenda-se a exposição à luz natural pela manhã para ajudar a regular o relógio biológico e melhorar o sono.

A necessidade de mais pesquisas Embora o estudo traga informações valiosas sobre os impactos do uso de telas no sono, os pesquisadores apontam que mais estudos são necessários para aprofundar o entendimento sobre esse tema.

O estudo sugere:

Monitoramento de longo prazo: Acompanhamento dos padrões de sono a longo prazo pode fornecer uma visão mais clara sobre o impacto das telas no descanso. Estudos sobre notificações: Investigar como as notificações noturnas podem interferir no sono pode ser uma área importante para pesquisas futuras. Esses esforços poderão ajudar a criar recomendações mais precisas sobre como o uso de dispositivos eletrônicos, incluindo o uso do celular antes de dormir, afeta a qualidade do sono e como minimizar esses impactos.

Repensando os hábitos para um sono melhor Se você tem o hábito de usar telas antes de dormir, é importante refletir sobre como esse comportamento pode estar afetando sua saúde.

Embora ainda não se saiba se o uso de telas é a causa direta da insônia, fica claro que o uso do celular antes de dormir pode interferir na qualidade do seu sono.

Adotar novas práticas, como desligar o aparelho mais cedo, estabelecer uma rotina de sono consistente e buscar atividades relaxantes antes de deitar, pode ser um grande passo para melhorar o seu descanso.

Com um pouco de atenção a esses detalhes, é possível conquistar noites de sono mais tranquilas e reparadoras.

Saúde Lab

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