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Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo, identificaram um método com potencial para prever a gravidade da infecção por covid-19 nos pacientes, a partir da análise do plasma sanguíneo. O sistema pode servir como ferramenta de triagem no atendimento dos infectados e ser utilizado a fim de evitar a evolução da doença. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Proteome Research.

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De acordo com a pesquisa, os pacientes infectados pela doença tiveram variações na concentração de seis substâncias encontradas no sangue, chamadas de metabólitos, sendo elas glicerol, acetato, 3-aminoisobutirato, formato, glucuronato e lactato. As análises revelaram que, quanto maior o desequilíbrio na quantidade dessas substâncias no início da infecção, mais graves eram os quadros de saúde que os pacientes desenvolviam.

Plasma

Foram analisadas amostras de plasma sanguíneo de 110 pacientes com sintomas gripais que passaram, em 2020, pelo Hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sendo que 57 deles não estavam infectados por covid-19 e os outros 53 eram casos positivos recentes da doença.

Os pesquisadores observaram que, dos infectados, dez pacientes apresentaram complicações e chegaram a ser internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com registro de duas mortes. Esse grupo com quadro de maior gravidade apresentou, no início da infecção por covid-19, variações mais acentuadas na concentração dos metabólitos citados.

Os resultados do estudo podem contribuir, conforme apontou o IQSC, para o desenvolvimento de um novo protocolo clínico que ajudaria médicos e hospitais a identificarem, já nos primeiros dias de sintomas, pacientes que possam desenvolver a forma grave da doença, permitindo que intervenham para evitar a evolução da doença.

Ainda segundo o IQSC, para validar a técnica, os pesquisadores planejam ampliar o número de amostras de plasma sanguíneo avaliadas e incluir novos grupos, como os vacinados que contraíram a covid-19, nos próximos passos do estudo. Além disso, eles pretendem incluir informações sobre gênero e idade nas estatísticas.

Agencia Brasil

Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil

O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualizou ontem (18) os números da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo o levantamento, o Brasil registrou, em 24 horas, 20.127 novos casos de covid-19.

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No total, o país contabiliza 31.693.502 registros da doença. Destes, 684.727 (2,2%) seguem em acompanhamento, ou seja, são casos ativos.bAs secretarias estaduais de saúde registraram 94 mortes por covid-19 em 24 horas. No total, a pandemia resultou em 669.010 óbitos no país.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia de covid-19 no Brasil.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia de covid-19 no Brasil. – Ministério da Saúde

O número de recuperados é de 95,7% do total – 30,3 milhões de brasileiros são considerados curados.

O informativo mostra ainda que houve 110 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nos últimos 3 dias. Há também 3.230 óbitos por SRAG em investigação, e que ainda necessitam de exames laboratoriais confirmatórios para serem relacionados à covid-19.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (170.152), Rio de Janeiro (73.957), Minas Gerais (61.843), Paraná (43.520) e Rio Grande do Sul (39.838).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.002), Amapá (2.140), Roraima (2.152), Tocantins (4.157) e Sergipe (6.353).

Vacinação

Até esta sexta-feira (17), foram aplicadas 443 milhões de doses, sendo 177,4 milhões referentes à 1ª dose e 159,9 milhões relativas à 2ª dose. Outras 90 milhões de doses dizem respeito à primeira dose de reforço, enquanto 6,6 milhões são da segunda dose de reforço. As vacinas de dose única – protocolo que já não é mais usado – foram 4,9 milhões.

Por Agência Brasil

Estudos feitos por pesquisadores da King's College London indicam que a variante Ômicron tem menos probabilidade de causar uma Covid de longa duração comparada à Delta. Essa foi a primeira pesquisa revisada por pares a relatar este risco.

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As chances de sofrer Covid prolongada foram de 20 a 50% menores durante o período de disseminação da Ômicron, em comparação com a temporada da variante Delta, dependendo da idade e do tempo desde a vacinação.

A Covid prolongada é definida como a presença de sintomas novos ou contínuos por quatro semanas ou mais após o início da doença. Esses sintomas incluem fadiga, falta de ar, perda de concentração e dor nas articulações. Eles podem afetar negativamente as atividades diárias e, em alguns casos, ser muito limitantes.

O estudo identificou 56.003 casos de adultos do Reino Unido que testaram positivo pela primeira vez entre 20 de dezembro de 2021 e 9 de março de 2022, quando o Ômicron era a variante dominante.

Os pesquisadores compararam esses casos com 41.361 que testaram positivo pela primeira vez entre 1º de junho de 2021 e 27 de novembro do mesmo ano, quando a variante Delta era predominante.

A análise mostra que 4,4% dos casos da Ômicron foram de longa duração, em comparação com 10,8% dos casos da Delta.

No entanto, o número absoluto de pessoas com Covid prolongada foi realmente maior no período Ômicron, graças ao grande número de pessoas infectadas por esta variante entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022.

Especificamente neste ano, o gabinete de estatísticas do Reino Unido estimou que o número de pessoas com Covid prolongada aumentou de 1,3 milhões em janeiro para 2 milhões em 1º de maio.

"A variante Ômicron parece ter uma chance substancialmente menor de causar Covid prolongada do que as variantes anteriores, mas ainda assim 1 em cada 23 pessoas que contraem a doença apresentam sintomas por mais de quatro semanas", informou Claire Steves, ao King's College.

“Dado o número de pessoas afetadas, é importante que continuemos a apoiá-las no trabalho, em casa e no sistema de saúde”, disse o pesquisador, que assinou o artigo publicado no The Lancet.

Agência EFE

Foto: Freepik

Pesquisadores do Reino Unido apresentaram nesta terça-feira (14) um estudo que contradiz uma tese que vinha sendo defendida a respeito da imunidade contra a Covid-19. Eles comprovaram, em um artigo na revista Science, que ser infectado pela Ômicron, variante do coronavírus, não aumenta a resposta imune de pessoas previamente vacinadas.

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A equipe conduzida pelo professor Danny Altmann, do departamento de imunologia e inflamação do Imperial College London, constatou que a Ômicron e suas subvariantes forneceram um fraco impulso natural da imunidade contra a Covid-19, inclusive em reinfecções pela própria Ômicron até mesmo em pessoas com três doses de vacina. O estudo também comprovou que pessoas infectadas com outras cepas do coronavírus e reinfectadas pela Ômicron algum tempo depois também não tiveram nenhum ganho imunológico significativo.

Em janeiro, um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, e publicado na revista Science Immunology sugeriu que a vacinação associada à infecção por uma das variantes de preocupação – Alfa, Beta ou Gama – garantia uma resposta imunológica mais forte e duradoura.

Os pesquisadores, todavia, não tinham incluído a Ômicron no estudo, porque ela ainda não havia sido identificada na época em que o trabalho foi conduzido.

A Ômicron responde atualmente por 100% dos casos de Covid-19 no Brasil, de acordo com as amostras sequenciadas pela Rede Genômica da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

A primeira onda, em janeiro, foi causada pela subvariante BA.1, mas a atual tem como predominância a BA.2, muito mais transmissível.

Os achados da equipe ajudam a explicar o que está por trás das sucessivas reinfecções que estão sendo observadas desde o surgimento da Ômicron.

"[A Ômicron] não só pode romper as defesas da vacina, mas parece deixar muito poucas das marcas que esperávamos no sistema imunológico – é mais furtiva do que as variantes anteriores e voa sob o radar, então o sistema imunológico é incapaz de se lembrar disso."

Mesmo assim, os autores salientam que a imunização, ainda que não evite completamente a Covid-19 sintomática, é fundamental para reduzir o risco de complicações da doença e morte.

R7