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sindromePesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alertam que é possível uma retomada no crescimento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), frequentemente relacionados à covid-19. Segundo Boletim InfoGripe divulgado nesta 6ª feira (12.ago.2021), foi identificada uma interrupção na tendência de queda dos casos e mortes relacionados à síndrome. Desde 2020, 71% dos casos de SRAG foram causados por vírus respiratórios no país e, entre eles, o SARS-CoV-2 responde por 96,6%.

O estado do Rio de Janeiro é o único a apresentar uma forte probabilidade (95%) no crescimento de casos de SRAG quando são analisadas as últimas 6 semanas. Essa é a 1ª vez em que essa tendência é detectada no estado, que concentra o maior número de casos confirmados da variante delta no Brasil.

Os estados de Mato Grosso do Sul e Acre também apresentam tendência de crescimento nesse tipo de análise, com probabilidade de 75%. Na análise de curto prazo (últimas 3 semanas), Mato Grosso do Sul apresenta forte probabilidade de crescimento, e também tendem a crescer a Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Pesquisadores usam a análise de 6 semanas para uma avaliação da tendência de casos de SRAG com menor peso de oscilações semanais. Já a de 3 semanas, apesar de conter mais oscilações, indica possíveis alterações no comportamento de longo prazo.

Modificações de tendência foram percebidas no Paraná, Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde foi observado sinal de estabilidade na tendência de longo prazo e sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. Já na Bahia e em Sergipe, observa-se sinal de queda no longo prazo, com sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo.

Sinais de estabilidade nas tendências de curto e longo prazo foram registrados no Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina. Já Pará, Roraima, Maranhão, Tocantins e Alagoas apresentam tendência de queda nas duas análises.

Quando se concentra nas capitais, a pesquisa mostra que há 9 com tendência de queda no longo prazo. Florianópolis registra sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na de curto prazo. Já Porto Alegre e Rio de Janeiro apresentam sinal moderado de crescimento tanto no curto quanto no longo prazo.

Há indicativos de estabilização nas tendências de longo e curto prazo em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Plano Piloto de Brasília e arredores (DF), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Recife (PE) e Vitória (ES).

Com informações da Agência Brasil.

Foto: iktor Forgacs (via Unsplash)

gamaplusPesquisadores brasileiros encontraram uma nova versão da variante Gama do coronavírus, identificada em janeiro em Manaus (AM). A cepa chamada de Gama plus é descrita em um trabalho feito pelo projeto Genov, da rede de laboratórios Dasa.

Os cientistas analisaram 1.380 amostras de pessoas com covid-19 no país. Onze delas (Gama plus) tinham a mutação P681H, o que os autores do relatório classificaram como "convergente com características da Delta, variante que geralmente apresenta essa alteração estrutural". Em termos científicos, um aminoácido presente na "coroa" do coronavírus, chamado prolina, é substituído por outro, a histidina.

"A gente chama de Gama plus quando uma mutação que ela adquiriu acontece em alguma posição do genoma do vírus que indica algo de risco. Essas Gama plus têm uma mutação em um sítio de furina que é muito importante para a infecção viral na célula e que é uma mutação que já foi vista tanto na variante preocupação Alfa (Reino Unido) quanto na variante indiana (Delta)",explica José Eduardo Levi, coordenador do Genov e virologista da Dasa, em entrevista ao R7.

Levi acrescenta que "é certo" que essa mutação torna a variante Gama plus mais transmissível do que a Gama tradicional.

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As amostras de Gama plus foram encontradas em Goiás (5), Tocantins (2), Mato Grosso (1), Ceará (1), Santa Catarina (1) e Paraná (1).

O pesquisador diz acreditar que a mutação tenha origem no Amazonas, onde a rede da Dasa não tem cobertura.

Mas já há, segundo ele, um levantamento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que mostra que 78% dos novos casos de covid-19 no Amazonas em julho foram causados pela Gama plus.

"Eu acho que essas que nós detectamos estão vindo da Amazônia para cá, porque pela distribuição dos estados, Goiás, Mato Grosso... você tem essa sensação de que está vindo de lá para cá. "

Mais parecida com a Delta? A mutação P681H, "em tese", torna a Gama plus mais parecida com a Delta no quesito facilidade de transmissão, diz Levi. No entanto há outras variáveis que podem determinar se ela vai se espalhar ou não.

Ele exemplifica o caso de infecções em cidades pequenas, com indivíduos que cumpram o isolamento e usem máscaras. Seria um cenário com poucas chances de disseminação do vírus.

O contrário ocorreria se a Gama plus chegasse aos grandes centros urbanos, "onde ela tem possibilidade de explodir", observa.

Vigilância é fundamental Levi ressalta a importância do monitoramento genômico do coronavírus a fim de identificar não apenas as variantes importadas, como a Delta, mas mutações nas variantes que já são predominantes aqui — no caso, a Gama — e que podem se tornar mais fortes.

"O propósito do Genov e de outros projetos de vigilância genômica é ver se está aumentando, se está expandindo, se está indo para outras cidades. Antes nós achamos 11 [Gama plus]. Se na próxima rodada eu acho 110, já é um baita aumento."

O trabalho do Genov aponta que 95% das amostras analisadas eram da variante Gama, que foi responsável pelo pior momento da pandemia no Brasil, entre março e abril, quando o país chegou a registrar mais de 4.000 mortes em um único dia.

R7

 

Foto: Divulgação/National Institute Of Allergy And Infectious Diseases

 

covaxinA vacina contra a covid-19 Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, está sendo analisada por especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde), que podem aprovar o uso emergencial dela em setembro, anunciou nesta quarta-feira (11) uma responsável pela agência em Genebra.

Bharat apresentou os dados de seus ensaios em julho e atualmente é um dos mais avançados no processo de aprovação, disse a assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Vacinas, Mariângela Simão, em entrevista coletiva.

Até o momento, a OMS aprovou o uso emergencial de seis vacinas: as da Pfizer/BioNtech (a primeira), Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sinovac e a desenvolvida pela Sinopharm em seus laboratórios de Pequim.

Mariângela indicou que outras cinco vacinas estão em revisão por especialistas da OMS: outra da Sinopharm (neste caso em seus laboratórios de Wuhan), da chinesa CanSino, a desenvolvida pela Sanofi Pasteur e duas pela Novavax, uma delas em colaboração com a Serum Instituto da Índia.

A aprovação do uso de emergência dá a essas vacinas a possibilidade de entrar no programa Covax Facility, criado pela OMS em cooperação com outras agências para distribuir doses equitativas e de baixo preço de vacinas anticovídeos em todo o mundo.

EFE

Foto: RAJAT GUPTA/EPA/EFE

sequelasDados de uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas (HC) apontam que cerca de 70% dos pacientes que tiveram covid-19 um ano após alta hospitalar apresentam algum tipo de sequela. Entre os casos analisados foram relatados episódios de fraqueza, fadiga e falta de ar, entre outros. A pesquisa foi feita através do acompanhamento de pacientes que foram internados no HC.

“Se você perguntar se isso nos surpreendeu, sem dúvida nenhuma”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o médico Carlos Carvalho, pneumologista e diretor da UTI Respiratória do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP.

De acordo com o especialista, esse tipo de contaminação, mesmo em vírus respiratórios ou sazonais, como o H1N1 ou a dengue, tende a não gerar sequelas nos infectados. De acordo com Carvalho, os vírus respiratórios costumam contaminar células localizadas nas vias respiratórias superiores — nariz, garganta e traqueia —, limitando os danos causados. No entanto, o coronavírus utiliza as vias respiratórias superiores como porta de entrada e atinge as vias respiratórias inferiores, onde está localizada a região dos alvéolos, permitindo o acesso e circulação do vírus na corrente sanguínea e podendo causar danos em diversos órgãos.

A pesquisa contou com a participação de 15 áreas e especialidades para entender o real escopo que as sequelas podem assumir, desde a pneumologia até a psiquiatria. O intuito dessa ampla averiguação é entender quais podem ser as reais sequelas causadas pela doença e a melhor maneira de tratar cada caso. Para o especialista, espera-se que a pesquisa possa ser utilizada para a criação de protocolos de atendimento que possam ser mais adequados com o perfil de sequelas que o paciente possa vir a desenvolver.

Jornal da Usp

Foto: Pixabay