Um estudo holandês relatou pela primeira vez, mas com uma amostra reduzida, a presença de microplásticos no sangue humano, descoberta que levanta dúvidas sobre uma eventual penetração dessas partículas nos órgãos.
Os autores do estudo, publicado na última quinta-feira (24) na Environment International, analisaram amostras de sangue de 22 doadores anônimos, todos voluntários com boa saúde, e encontraram microplásticos em 17 deles.
Metade das amostras continha vestígios de PET (polietileno tereftalato), um dos plásticos mais usados no mundo, principalmente na fabricação de garrafas e fibras de poliéster. Mais de um terço tinha poliestireno, usado, entre outras coisas, em embalagens de alimentos, e um quarto polietileno.
"Pela primeira vez, conseguimos detectar e quantificar" esses microplásticos no sangue humano, declarou Dick Vethaak, ecotoxicologista da universidade livre de Amsterdã. "Isso prova que temos plástico em nosso corpo, e não deveríamos", disse à AFP.
Um estudo recente conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos encontrou uma espécie de círculo vicioso entre cochilos diurnos excessivos e doença de Alzheimer em pessoas mais velhas.
No artigo, publicado no Jornal da Associação de Alzheimer dos EUA, os cientistas do Brigham and Women's Hospital, em Boston, descrevem que longas sonecas durante o dia previam um risco futuro aumentado de Alzheimer, mas um diagnóstico da doença também predispôs a mais cochilos diurnos. "Nossos resultados não apenas sugerem que cochilos diurnos excessivos podem sinalizar um risco elevado de demência de Alzheimer, mas também mostram que o aumento anual mais rápido de cochilos diurnos pode ser um sinal de deterioração ou progressão clínica desfavorável da doença", disse em comunicado um dos autores do estudo, o pesquisador Peng Li.
Segundo ele, o estudo aponta para a necessidade de uma atenção maior aos padrões de sono de 24 horas em indivíduos mais velhos, e não somente à noite.
"Independentemente de fatores de risco conhecidos para demência, incluindo idade e duração e fragmentação do sono noturno, cochilos diurnos mais longos e mais frequentes foram um fator de risco para o desenvolvimento de demência de Alzheimer em homens e mulheres cognitivamente normais", acrescentam os autores em nota. Sonecas diurnas mais longas e frequentes ano após ano também foram percebidas conforme a doença progredia naqueles que já tinham alguma manifestação clínica de Alzheimer.
“O círculo vicioso que observamos entre o sono diurno e a doença de Alzheimer oferece uma base para uma melhor compreensão do papel do sono no desenvolvimento e progressão da doença em adultos mais velhos”, disse Li.
Embora o estudo não seja conclusivo, os pesquisadores o consideram importante como forma de alerta para alteração na forma como os idosos estão dormindo.
"As mudanças do sono são críticas para moldar as mudanças internas no cérebro relacionadas aos relógios circadianos, declínio cognitivo e risco de demência”, finaliza o coautor sênior do estudo, Kun Hu.
A quarta dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 reduz o risco de morte pelo vírus em quase 80%, segundo revela um estudo da associação israelense Clalit, com base em dados de mais de meio milhão de pessoas entre 60 e 100 anos.
"Entre os receptores da quarta dose da vacina, foi observada uma redução de 78% na taxa de mortalidade por Covid-19, em comparação ao grupo que não foi vacinado" com o reforço, constatou Clalit, principal provedor de saúde entre os quatro institutos israelenses encarregados da vacinação.
O estudo, de caráter preliminar, foi realizado pelo Departamento de Medicina Comunitária de Clalit em conjunto com dois centros acadêmicos israelenses. As análises ocorreram entre janeiro e fevereiro deste ano – com a variante ômicron já dominante – e focaram nas taxas de mortalidade entre a população que recebeu a quarta vacina (ou a segunda dose de reforço) e aqueles que receberam apenas uma terceira dose.
Diante da expansão da cepa contagiosa ômicron, Israel começou a vacinar pessoas com mais de 60 anos com a quarta dose no início de janeiro, e hoje são mais de 747 mil pessoas que receberam esse reforço. Neste momento, a mortalidade no país é relativamente baixa, mas há preocupação entre as autoridades de saúde, pois nas últimas semanas ela vem aumentando ligeiramente.
As doenças cerebrais, como por exemplo: O Alzheimer e outros tipos de demências, preocupam cada vez mais os médicos. Espera-se um aumento desses casos, visto a crescente expectativa de vida da população mundial. Por isso, analisa-se cada vez mais os benefícios dos exercícios físicos para o cérebro e não somente para o corpo.
Dessa forma, os especialistas atentam-se para as formas mais eficientes de evitar o envelhecimento do cérebro. É cabível a assertiva de que isso seja inevitável, porém, o ponto principal é tornar tal ação o mais natural possível, dentro das nossas próprias realidades. Manter uma boa alimentação é fundamental, mas o neurologista Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, conclui que manter hábitos de se exercitar durante a vida pode contribuir muitíssimo para a saúde do cérebro.
Além de melhorar o fluxo sanguíneo, manter uma vida ativa, protege as partes responsáveis pela memória, regula os neurotransmissores que atuam na estabilidade do humor, prevenindo doenças psiquiátricas. Assim, os exercícios físicos contribuem até mesmo para a construção de novas células cerebrais, atuando como primordial combatente das crescentes doenças neurológicas.
Aliado a isso, nosso corpo é um organismo, ou seja, na realidade funciona em conjunto e cada parte auxilia uma à outra. O sistema cardiovascular por exemplo é essencial para a saúde cerebral, e o fortalecimento dele através do condicionamento físico também contribui para uma melhor qualidade de vida.
Portanto, o sedentarismo é um grande vilão para a saúde no século XXI, e por isso é imprescindível para uma vida longa e próspera criar uma rotina de exercícios físicos. Então não pensemos somente na prerrogativa de “é preciso ser atleta para se exercitar”, afinal não é sobre quebrar limites de corrida, percorrer maratonas ou construir músculos como os fisioculturistas, e sim sobre melhorar o hábito, desenvolver uma rotina adequada e prevenir inúmeros problemas futuros, cerebrais ou não. É preciso principalmente se adequar a sua própria realidade.