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Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no Piauí, que já consta com 55,99% de sua população completamente vacinada, 28 municípios do estado ainda estão com esse percentual abaixo de 50%, de acordo com os dados do Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde.

A cidade de Milton Brandão é a que apresenta o menor percentual da população total com o ciclo vacinal completo, com apenas 37,28%. A segunda com o menor índice é São Miguel do Fidalgo que apresenta 39,45% e a terceira com a menor taxa de imunizados é Batalha com 40,06%.

Além das três citadas as outras 25 cidades abaixo de 50% da população com o ciclo vacinal completo são: União, Joca Marques, Parnaíba, Murici dos Portelas, Curral Novo do Piauí, Flores do Piauí, Marcolândia, Caracol, Sebastião Barros, São João da Fronteira, Cristalândia do Piauí, Miguel Leão, São José do Peixe, São Luis do Piauí, Matias Olímpio, Barras, Coronel José Dias, São João do Piauí, Cocal, Passagem Franca do Piauí, Canto do Buriti, Valença do Piauí, Luis Correia, José de Freitas e padre Marcos.

No Piauí, segundo os dados da FioCruz, 214.353 pessoas não retornaram aos postos de saúde para tomar sua segunda dose. “Precisamos da mobilização dos nossos municípios para conclusão do esquema vacinal, com a segunda dose. Só conseguiremos sair desta pandemia com a população completamente vacinada. Já foi comprovado que a vacina é a principal arma contra o vírus, além dos cuidados higiênicos sanitários que ainda precisamos manter, enquanto estivermos em situação pandêmica”, reforça o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

Entre as cidades que estão com sua população com o maior índice de esquema vacinal completo a primeira é Lagoa do Barro do Piauí com 88,92% , seguida de São Gonçalo do Gurgueia que está com 84,87% e em terceiro lugar Dom Inocêncio que conta com 80,12%, de pessoas que já tomaram as duas doses ou dose única.

Os números do Vacinômetro levam em conta a população total do Piauí, que segundo o IBGE é de 3.289.290. Desse total 2.435.056 já receberam a primeira dose da vacina, correspondente a 74,21% da população e 1.837.194 tomara as duas doses ou a vacina de dose única e completaram o seu esquema vacinal, o que equivale a 55,99% dos moradores do estado. Também já receberam a dose de reforço, que desde a última semana foi autorizada pelo Ministério da Saúde para toda população acima de 18 anos, 127.887 pessoas. No total foram 4.400.137 doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas no Piauí.

Importância 2ª dose

Os estudos das vacinas, utilizadas pelo Plano Nacional de Imunização, foram feitos com a vacinação em duas doses. A única que protege com apenas uma dose é a Janssen. A eficácia prometida pelas empresas foi determinada a partir dos testes com duas aplicações. Além de aumentar a proteção, a segunda dose ajuda a prolongar essa proteção.

Para garantir a segurança da população é necessária a imunização completa. A pessoa que não completa o esquema vacinal fica mais vulnerável à infecção pelo novo coronavírus do que aquela que recebeu as duas doses. Ou seja, além de se expor ao risco de ser contaminado e adoecer, esse indivíduo não ajuda a controlar a circulação do vírus. Esta falta da segunda dose pode criar um ambiente propício para o surgimento de versões ainda mais resistentes do coronavírus. “Por isso pedimos mais uma vez, completem sua imunização com as duas doses e quando chegar o seu prazo para o reforço, volte aos postos e intensifique sua proteção”,lembra Florentino Neto.

Sesapi

O mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia do novo coronavírus. A avaliação é da diretora-geral-adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da OMS (Organização Mundial da Saúde), a brasileira Mariângela Simão. Ela abordou a situação da pandemia em conferência na abertura do Congresso Brasileiro de Epidemiologia.

“Estamos vendo a ressurgência de casos de Covid-19 na Europa. Tivemos nas últimas 24 horas mais de 440 mil novos casos confirmados. E isso porque há subnotificação em vários continentes. O mundo está entrando em uma quarta onda, mas as regiões têm tido um comportamento diferente em relação à pandemia”, declarou Mariângela Simão. Segundo ela, o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis. Mas em razão da vacinação houve uma dissociação entre casos e mortes, pelo fato de a vacinação ter reduzido os óbitos decorrentes da Covid-19. Ela lembrou que a imunização reduz as hospitalizações mas não interrompe a transmissão.

Ainda de acordo com Mariângela, os novos picos na Europa se devem à abertura e flexibilização das medidas de distanciamento no verão e ao uso inconsistente de medidas de prevenção em países e regiões.

“O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com a diminuição do uso de máscara e o distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas”, afirmou a diretora-geral-adjunta da OMS. Um problema grave, acrescentou, é a desigualdade no acesso às vacinas no mundo. “Foram aplicados mais de 7,5 bilhões de doses. Em países de baixa renda, há menos de 5% de pessoas com pelo menos uma dose. Um dos fatores foi o fato de os produtores terem feito acordos bilaterais com países de alta renda e não estarem privilegiando vacinas para países de baixa renda”, analisou.

Outro obstáculo é o número pequeno de países que dominam tecnologias utilizadas para a produção de vacinas, como o emprego do RNA mensageiro, caso do imunizante da Pfizer-BioNTech.

Mariângela Simão diz que o futuro da pandemia depende de uma série de fatores. O primeiro é a imunidade populacional, resultante da vacinação e da imunização natural. O segundo é o acesso a medicamentos. O terceiro é saber como vão se comportar as variantes e quão transmissíveis elas serão.

O quarto é a adoção de medidas sociais de saúde pública e a aderência da população a essas políticas. “Onde medidas de saúde pública são usadas de forma inconsistente, os surtos continuarão a ocorrer em populações suscetíveis”, afirmou.

A diretora da OMS defendeu a tese de que, além das medidas de prevenção, é preciso assegurar a equidade no acesso a vacinas, terapias e testagens. “É vacinas, mas não somente vacinas”, resumiu.

Américas e Brasil

Ao avaliar a situação das Américas e do Brasil, Mariângela Simão afirmou que as Américas vêm tendo um comportamento de transmissão comunitária continuada, com ondas repetidas.

Quanto ao Brasil, ela afirma que o programa de vacinação está andando bem. Mas, com base na situação na Europa, se mostrou receosa com o futuro da pandemia no país em razão das discussões em curso sobre o Carnaval.

“Me preocupa quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval. É uma condição extremamente propícia para o aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022”, alertou.

Agência Brasil

 

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos (EUA), mostrou que 15,4% das crianças atendidas em 29 clínicas ligadas ao Hospital Infantil da Filadélfia, no período da pandemia de Covid-19, estavam obesos. Em 2019, o percentual era de 13,7%. O aumento ocorreu em todas as faixas etárias, variando de 1% nos adolescentes de 13 a 17 anos a 2,6% nas crianças de 5 a 9 anos. Foi medido o IMC (índice de massa corporal) de 169.179 crianças e adolescentes atendidos de junho a dezembro de 2019 e comparado ao dos 145.081 pacientes consultados no mesmo período em 2020.

obesidade

Outro estudo, coordenado pelo Pennington Biomedial Research Center, também nos EUA, mostrou que, a cada hora adicional de sono em crianças de 3 a 5 anos, houve redução de 0,48 do IMC. Além do consumo excessivo de alimentos calóricos e do sedentarismo, a duração do sono é um fator de risco para a obesidade infantil. Com base nesses dados, o Instituto do Sono faz um alerta aos brasileiros, já que também no país o confinamento e a suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia agravaram a obesidade infantil.

Segundo o médico Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono, o aumento da obesidade entre crianças que dormem menos é o resultado de uma combinação de fatores. “Teoricamente, se você está acordado, está gastando mais energia, mas, na realidade, o tempo a mais que as pessoas passam acordadas, elas estão em frente a uma tela grande ou pequena, em atividades de pouco gasto energético, em mídia social, videogame, streaming, estudando. As pessoas estão fazendo menos exercício e têm uma oferta calórica maior entre os alimentos”, disse Moreira.

Outro fator é que, se o indivíduo está dormindo menos, no caso das crianças e adolescentes, o organismo entende que é pouco e que a pessoa está em uma situação de stress. “Temos dois hormônios que controlam nosso apetite: a lepitina, que é o hormônio da saciedade, e a grelina, que é o da fome. Quando durmo menos, produzo menos lepitina e mais grelina, ou seja, aumenta meu apetite, e a tendência é a de comer mais sem oportunidade de gasto”, explicou o médico.

Moreira lembrou que a pandemia contribuiu para o crescimento da obesidade porque alterou a rotina das crianças que, para ter uma vida saudável, precisam de uma alimentação balanceada, exercícios e gasto de energia. Porém, para evitar a contaminação pelo coronavírus, as crianças foram obrigadas a trocar as atividades ao ar livre por jogos no celular e as aulas no colégio pelo ensino remoto.

“Quando ficam muito tempo na frente das telas, as crianças comem várias vezes ao dia, principalmente bolachas, salgadinhos e doces. E a grande exposição às telas leva os pequenos a dormir mais tarde e acordar cedo”, afirmou o médico.

As recomendações dos especialistas para evitar a obesidade infantil incluem a manutenção de uma alimentação regular, com horários para todas as refeições da família; a preferência por alimentos naturais frente aos industrializados, como os enlatados e empacotados; e a observação da pirâmide alimentar, composta por oito grupos de alimentos essenciais para a saúde (carboidratos, verduras e legumes, frutas, leites e derivados, carnes e ovos, leguminosas e oleaginosas, óleos e gorduras e açúcares e doces).

É preciso ainda que os pais deem o exemplo, já que adultos que seguem uma dieta balanceada influenciam os filhos a se alimentar de forma saudável; estabelecendo uma rotina para a criança, com horários bem definidos para dormir, acordar, brincar e estudar; reduzir o tempo de tela e aumentar as atividades ao ar livre, levando os filhos para brincar em locais abertos. Sono dos adultos

A crise sanitária também afetou a qualidade do sono dos adultos. Segundo uma pesquisa do Instituto do Sono, entre os 1.600 participantes do levantamento, 75% atribuíram a piora do sono ao aumento das preocupações; 64% à permanência por mais tempo em frente a telas de computador, televisão e celular; e 54% ao fato de ficarem em casa de forma mais prolongada.

Ao abordar a qualidade de sono, o estudo revela que 67% dos participantes tiveram mais dificuldade para dormir; 61,6% passaram a dormir mais tarde; e 59% acordaram mais vezes durante a noite.

 

Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

 

Frequentemente associada à má alimentação, a anemia pode ser causada por vários fatores e não é uma doença, mas um sintoma, uma manifestação de um problema que está ocorrendo no corpo, de acordo com Fábio Pires, hematologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Os principais sintomas da anemia, caracterizada pela diminuição da quantidade de hemoglobina no sangue, são cansaço excessivo, palidez na pele e nas mucosas, dor de cabeça, tontura e dificuldade de concentração. "A hemoglobina é uma proteína existente no interior dos glóbulos vermelhos cuja função é levar o oxigênio do pulmão para o resto do nosso corpo”, explica Pires.

O especialista destaca que a menstruação é a causa mais comum de anemia entre as mulheres, porque, mesmo que o fluxo ocorra dentro da normalidade, a frequência pode ocasionar a falta de ferro.

Há também as anemias hemolíticas, que ocorrem quando os glóbulos vermelhos vivem menos tempo do que deveriam. Esse fenômeno de destruição dos glóbulos vermelhos em velocidade acelerada chama-se hemólise.

“Isso ocorre por várias causas, desde o fato de a pessoa nascer com algum defeito nos glóbulos vermelhos que faz com que eles se rompam com mais facilidade até uma doença chamada anemia falciforme”, ressalta Pires.

O médico explica que há ainda outras causas para a anemia hemolítica: quando o sistema imunológico sofre uma pane e o organismo começa a produzir anticorpos que destroem os glóbulos vermelhos; quando há acúmulo de toxinas, como veneno de cobra — uma causa frequente de hemólise; quando se sofre um choque térmico; quando há uso de alguns medicamentos que também podem causar hemólise. A anemia também pode ocorrer por fatores hereditários, quando a pessoa nasce com algum problema genético, como uma doença chamada talassemia, que faz com que a produção de hemoglobina seja menor que a normal.

Além disso, há o grupo de anemias causadas por doenças neoplásicas, como leucemia e mielodisplasia. Vale ressaltar que, ao contrário do que o senso comum apregoa, um quadro anêmico não pode evoluir para leucemia, pois o problema é um sintoma e não a causa, segundo o especialista.

“E existem outras causas, como anemia decorrente de inflamação. Se a pessoa tem uma inflamação persistente, é possível que ela seja portadora de anemia de doença crônica. E a anemia aplásica ou aplástica, causada por uma doença autoimune que afeta todas as células da medula óssea, e não apenas os glóbulos vermelhos”, explica Pires. Prevenção e tratamento

É comum associar a anemia por falta de ferro à má alimentação ou mesmo à falta de hábito de comer alguns alimentos, como fígado ou feijão. No entanto, de acordo com o hematologista, em geral a alimentação pouco interfere no desenvolvimento da anemia em adultos.

“Quando uma pessoa com dieta normal desenvolve uma anemia por falta de ferro, é preciso, primeiro, entender a causa porque em geral isso se deve a algum sangramento. A pessoa está perdendo sangue em quantidades pequenas, e isso está depletando o ferro que ela tem armazenado. O indivíduo adulto só terá falta de ferro por causa de dieta se ele tiver uma restrição dietética muito severa ou se tiver problemas na absorção de ferro”, afirma o médico. Mas há exceções, segundo Pires: crianças em fase de crescimento precisam de ingestão maior de ferro, por isso os cuidados com a alimentação são importantes, assim como as pessoas que fizeram cirurgia bariátrica, que têm problemas intestinais ou doenças causadas por vírus graves.

“Às vezes mesmo com uma dieta normal eles não vão absorver ferro suficiente. Existe o mito de que, se você não comer A ou B, vai desenvolver anemia. Isso só é válido para crianças e essas outras exceções”, destaca o médico.

Como as causas da anemia são diversas e podem ser até mesmo de cunho genético, não existe uma cartilha para sua prevenção, de acordo com o especialista. O importante é estar atento aos sintomas e fazer os exames de rotina.

O tratamento também vai depender da causa e do tipo de anemia. “Se a anemia for por falta de ferro, é preciso repô-lo; se for por falta de vitamina B12, o tratamento também será a reposição”, afirma Pires.

“A anemia não tratada vai causar progressivamente a diminuição dos níveis de hemoglobina e, em consequência, a pessoa fica cada vez mais cansada porque não consegue oxigenar direito. Em última instância, isso pode levar à falência cardíaca. Quando o coração deixa de funcionar direito, a pessoa pode até morrer, mas é raro isso acontecer porque, em geral, antes de chegar a esse extremo a pessoa percebe que tem alguma coisa errada e procura ajuda”, explica o especialista.

R7