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dimasO presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta segunda-feira (20) que a vacina Coronavac, desenvolvida a partir de uma parceria entre o governo de São Paulo e um laboratório chinês, pode chegar aos brasileiros no início de 2021. "Poderemos ter essa vacina disponível no início do próximo ano", afirmou o médico infectologista.


Segundo ele, inicialmente estão previstas 120 milhões de doses que poderão ser utilizadas para vacinar 60 milhões de brasileiros. "Estamos aprendendo importantes lições com essa pandemia. Já tivemos, no passado, outras epidemias com o coronavírus. A China já tinha experiência com o desenvolvimento anterior de uma vacina para a Sars, mas não chegou a ser concluído. Por isso, temos que completar esse processo. Esta vacina poderá ser útil para essa epidemia e outras que possam surgir", exlicou Covas.


"Qualquer vacina que seja provada eficaz é válida, melhor se tivessemos duas ou três disponíveis. É natural imaginar dois grupos principais como eventuais prioritários para receber a vacina, são eles: pessoas com doenças mais graves e grupos responsáveis pela manutenção do vírus em comunidades", explicou Esper Kallas, médico e professor da USP.

Dimas e Kallas explicaram ainda as diferenças entre as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento das vacinas Coronavac e a de Oxford. "A Coronavac utiliza uma tecnologia tradicional já utilizada contra a raiva e contra a dengue. A tecnologia utilizada no desenvolvimento da vacina de Oxford é nova e poderá ser uma evolução na tecnologia de produção de vacina. Mas o processo produtivo deve ser validado por estudos", afirmou Covas.

 

R7

madicamentocoronaUm medicamento chamado SNG001 reduziria em 79% o risco de se desenvolver uma forma grave da doença Covid-19 - apontam resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (20) pelo laboratório do Reino Unido que o produziu, Synairgen.

Este tratamento inalado usa interferon beta, uma proteína natural que está envolvida na resposta do organismo aos vírus.
O estudo realizado pela Universidade de Southampton em 101 pacientes concluiu que os pacientes tratados com este medicamento têm 79% menos chances do que aqueles que receberam placebo de desenvolver formas graves da doença, ou seja que precisariam de respirador artificial, ou fatal.

Os pacientes tratados com SNG001 têm duas vezes mais chances de se recuperar do que aqueles que receberam um placebo. Três dos pacientes (6%) tratados com placebo morreram, enquanto não houve mortes entre aqueles que foram tratados com SNG001.
O estudo foi realizado em uma amostra relativamente pequena de pacientes e ainda não teve revisão por pares, mas poderia revolucionar a maneira como a Covid-19 é tratada.

Segundo o diretor-geral da Synairgen, Richard Marsden, pode representar um "grande passo adiante".

"Os resultados confirmam nossa crença de que o interferon beta tem um enorme potencial como tratamento inalatório para restaurar a resposta imune dos pulmões, melhorando a proteção, acelerando a recuperação e combatendo o impacto do vírus Sars-Cov-2", declarou o professor Tom Wilkinson, professor de medicina respiratória da Universidade de Southampton, que liderou o estudo.

O professor Stephen Holgate, cofundador da Synairgen, ressaltou que esse tratamento "restaura a capacidade dos pulmões de neutralizar o vírus, ou qualquer mutação do vírus, ou coinfecção por outro vírus respiratório, como influenza, ou VSR (um vírus respiratório comum), como pode acontecer no inverno, se a Covid-19 voltar".

Até agora, apenas um medicamento, a dexametasona, provou ser eficaz para salvar pacientes da Covid-19. Outro tratamento, o antiviral remdesivir, reduz o tempo de internação, mas não a mortalidade.

 

AFP

Foto: Oliver Bunic/AFP

Pesquisadores da Austrália criaram um teste que pode determinar uma nova infecção por coronavírus em cerca de 20 minutos usando amostras de sangue, no que eles dizem ser uma inovação mundial.

Os pesquisadores da Universidade Monash disseram que o teste pode determinar se a pessoa está infectada no momento e se já teve Covid-19 no passado.

"As aplicações a curto prazo incluem identificação rápida de casos e rastreamento de contatos para limitar a disseminação viral, enquanto a triagem populacional para determinar a extensão da infecção viral nas comunidades é uma necessidade a longo prazo", disseram os cientistas em um artigo publicado na revista ACS Sensors nesta sexta-feira (17).

A equipe de pesquisa foi liderada pelo BioPRIA e pelo Departamento de Engenharia Química da Universidade Monash, incluindo pesquisadores do Centro de Excelência ARC em Ciência Convergente BioNano e Tecnologia (CBNS).
O teste utiliza 25 microlitros de plasma de amostras de sangue para procurar aglutinação ou um agrupamento de glóbulos vermelhos que o coronavírus causa.

Enquanto o teste atual de swab (cotonete) é usado para identificar pessoas infectadas com o coronavírus, o ensaio de aglutinação — ou análise para detectar a presença e a quantidade de uma substância no sangue — também pode determinar se alguém foi infectado recentemente, após a infecção ter sido curada, eles disseram.

Centenas de amostras podem ser testadas a cada hora, disseram os pesquisadores, e eles esperam que ele também possa ser usado para detectar um aumento de anticorpos criados em resposta à vacinação para ajudar nos ensaios clínicos.
Uma patente para a inovação foi registrada e os pesquisadores estão buscando apoio comercial e do governo para aumentar a produção.

O novo coronavírus já infectou mais de 13,8 milhões de pessoas em todo o mundo e matou quase 600 mil desde que surgiu na China no final do ano passado. A Austrália registrou mais de 11 mil casos e 116 mortes.

 

reuters

 

Cerca de 80% dos pacientes de covid-19 apresentam perda de apetite, segundo o infectologista Carlos Fortaleza, membro da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI).

A ocorrência estaria ligada a dois principais fatores. O primeiro deles é a febre, sintoma comum em quadros infecciosos agudos. “A febre é uma resposta imune e tem como objetivo combater as células infectadas pelo patógeno. Para isso, são produzidas moléculas inflamatórias chamadas ocitocinas, que alteram radicalmente o metabolismo e fazem com que a pessoa tenha sintomas de prostração e perda de apetite”, explica.


O segundo fator estaria atrelado à perda do olfato – e, consequentemente, do paladar –, sintoma provocado especificamente pela covid-19 e outras doenças causadas por coronavírus.

Segundo a otorrinolaringologista Maura Neves, do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), os coronavírus são atraídos pela região do “teto” do nariz devido a sua abundância em ACE2 – proteína a qual esse tipo de vírus se liga –, e por isso causam inchaço em volta das terminações nervosas do nervo olfatório, bloqueando assim a chegada de odores.

De acordo com os especialistas, o sintoma tem início durante o quadro infeccioso e pode persistir por até sete dias em média após a alta hospitalar, mesmo tempo que o nervo demora para desinchar e o metabolismo voltar a funcionar adequadamente.

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Em uma pequena minoria dos pacientes, no entanto, o sintoma persiste por muito mais tempo. A explicação para tal, segundo Neves, possivelmente estaria atrelada à uma lesão nos tecidos que envolvem as terminações nervosas do nervo olfatório.

“Nesses casos, há a chance de haver perda permanente do olfato, ou uma recuperação apenas parcial do sentido, pois as células do nervo muitas vezes não crescem novamente”, afirma.

O médico orienta que, mesmo sem apetite, a pessoa consegue e deve comer, e que, de maneira geral, a vontade de comer costuma voltar naturalmente com o tempo.

 

R7