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Sálvio Dino que é ex-deputado estadual do Maranhão e pai do governador Flávio Dino(PC do B), morreu na manhã desta segunda-feira (24) aos 88 anos, após complicações decorrentes da Covid-19.

A informação foi confirmada pelo governador, através de uma publicação nas redes sociais. “Na quinta-feira, eu e meu pai recitamos juntos Gonçalves Dias. Hoje ele morreu, aos 88 anos, vítima de coronavírus”, escreveu Flávio Dino.

savio

O governador do Maranhão também ressaltou a trajetória política do pai, que teve o mandato de deputado estadual cassado durante o período da ditadura militar.

“Meu pai teve uma longa vida, com muitas lutas. Seu mandato de deputado estadual foi cassado e ele foi preso arbitrariamente pela ditadura militar em 1964, “acusado” de ser comunista. Nos últimos dias deu a derradeira lição: profundo amor pela vida. Lutou com humildade e coragem”, lembrou.

“Meu pai tinha muita fé em Deus . A primeira vez que o vi discursar foi em uma reunião no Seminário Santo Antônio, nos anos 70. Eu era bem criança. No nosso último encontro, falamos sobre política, futebol e poesia. Ele agora está no Reino”, completou Flávio Dino.

Trajetória

Nascido em 1932, Sálvio Dino era advogado, formado pela Faculdade de Direito de São Luís.  Em sua trajetória política ocupou o cargo de vereador da capital maranhense, deputado estadual e prefeito do município de João Lisboa.

Sálvio Dino também era escritor e membro da Academia Maranhense de Letras.

maranhão

O Ministério da Saúde anunciou em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 20, que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve dar início à produção de vacina contra o novo coronavírus em abril do ano que vem.

A vacina em questão é a da Universidade de Oxford em parceria com o laboratório britânico AstraZeneca, que está na última fase de testes em 2 mil voluntários no país.

Os insumos para a fabricação interna deverão chegar ao Brasil em dezembro e, a partir de abril, a Fiocruz já terá capacidade de produzir as primeiras doses.

“Uma vez entregue, a partir de dezembro, ele comece a ser processado e chegue à população em janeiro. Tudo isso caso o registro seja obtido junto à Anvisa […] E esperamos que a partir de abril de 2021, a Fiocruz já tenha capacidade de produção interna da vacina”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto.


A fabricação nacional por parte da Fiocruz será possível em razão de um acordo feito pelo governo federal que liberou R$ 1,9 bilhão para a transferência de tecnologia.

A vacina de Oxford é considerada uma das mais promissoras em desenvolvimento. Em julho, foi publicado um estudo na revista científica The Lancet, com resultados dos testes preliminares que mostravam que o imunizante era seguro e capaz de induzir uma resposta imune contra o vírus.

Corrida global pela vacina
A OMS declara que 168 vacinas potenciais estão sendo desenvolvidas por países em todo o mundo, apenas 29 delas chegaram a um ponto onde podem ser testadas em humanos. E seis estão na última etapa antes da aprovação, sendo uma delas a de Oxford.

 

Catraca Livre

 

Pesquisadores do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), e da startup Omni-electronica desenvolveram uma tecnologia que permite capturar amostras do novo coronavírus no ar para monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas.

Chamado de Spiri, o sistema já existia e foi criado por ex-alunos da Escola Politécnica da USP, que fundaram a startup. Em princípio, a função era monitorar a qualidade do ar nos locais fechados. Os pesquisadores fizeram testes, durante dois meses, com amostras do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas.

“Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial da Saúde [OMS]”, disse o responsável pela Omni-electronica e coordenador do estudo, Arthur Aikawa.

Segundo as informações, o Spiri tem sensores integrados que captam o ar e enviam os dados para uma central que gera laudos online em tempo real e, assim, os técnicos instruem o cliente sobre como melhorar a circulação do ar. Para isso é preciso fazer uma assinatura do aparelho instalado. Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico.

De acordo com Aikawa, o protocolo empregado no Spiri é capaz de garantir a circulação adequada do ar, evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente e fazer os testes regulares para verificar se houve circulação do vírus no local. Segundo o pesquisador, com a instalação do aparelho em locais estratégicos, como estações de trem e metrô, é possível planejar um retorno mais seguro às atividades econômicas.

“Os testes do novo coronavírus nesse protocolo são possíveis, mas difíceis de fazer em larga escala por questões de tempo e custo. São cinco dias apenas para o laboratório dar o resultado. O Spiri sozinho, porém, é um indicador em tempo real para saber se estão sendo tomadas as precauções necessárias para que o ambiente fique menos propício para transmissão de vírus”, ressaltou.

 

Agência Brasil

gastroeintestinalManifestações gastrointestinais podem ser sinais de covid-19. Cerca de 30% das pessoas que contraem a doença apresentam algum sintoma ligado ao sistema digestivo, como diarreia, náusea, vômitos e alterações no funcionamento do fígado, segundo a gastroenterologista Amanda Morêto Longo.

Ela explica que o novo coronavírus se liga à enzima ECA2, presente no trato respiratório, mas que também está em algumas células do sistema gastrointestinal, principalmente do estômago, do duodeno e do reto. O vírus interrompe a função dessas células aumentando a permeabilidade celular, o que faz com que ela libere eletrólitos, como sódio, potássio e bicarbonato.

Isso leva a uma inflamação do órgão e pode causar redução do apetite, diarreia, náuseas e vômitos. A médica ressalta que a diarreia, por sua vez, pode acarretar a desidratação ou perda de eletrólitos do corpo, piorando o quadro clínico do paciente.

“Em casos extremos, o paciente pode ter até um choque hipovolêmico [diminuição extrema do líquido do corpo]. A diminuição da perfusão do sangue faz com que ele não consiga chegar de maneira adequada a todos os órgãos do corpo, inclusive no pulmão. O sangue é quem carrega o oxigênio, então a saturação do paciente pode diminuir ainda mais.”

Os sintomas do choque hipovolêmico podem ser mãos geladas, flutuação do nível de consciência, pressão baixa e redução da diurese. A desidratação também afeta a homeostase, que é o equilíbrio do corpo. “Tudo que afeta esse equilíbrio pode alterar a resposta a estímulos externos, inclusive a resposta imunológica.”

Amanda afirma que uma das principais queixas se dá em relação à diarreia, sintoma que pode continuar mesmo após a resolução da doença. O paciente vai ao banheiro várias vezes ao dia, interferindo na qualidade de vida. Estudos mostram que a diarreia dura de 5 a 7 dias, segundo a médica. “Apesar disso, tenho observado no consultório que em alguns pacientes a diarreia perdura por até um mês.",

A gastroenterologista explica que o vírus também pode causar adenite mesentérica, uma inflamação dos gânglios linfáticos do mesentério, camada de gordura que cobre e protege o intestino. “Isso causa uma dor muito similar com a de apendicite. Muitos pacientes, no começo, foram submetidos a cirurgia, mas vimos que não tinha nada. Com a biópsia verificamos um aumento dos linfonodos e a presença do vírus.”

Outro órgão afetado pela covid-19 é o fígado, mas não por ação direta do vírus, segundo a médica. A diminuição da saturação de oxigênio no sangue afeta o funcionamento do órgão, assim como a cascata de citocinas, ou seja, a inflamação generalizada no corpo.

 

R7

Foto: Freepik