AVISO DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 010/2020 PROCESSO Nº 001.0003065/2020
OBJETO: CONVOCAÇÃO DE FORNECEDORES (PESSOAS JURIDICAS E PESSOAS FÍSICAS) PARA APRESENTAREM PROPOSTAS PARA O FORNECIMENTO DE TESTE RÁPIDO 2019-NCOV IGC/IGM, PARA ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA CAUSADA PELO CORONAVIRUS CONFORME DESCRIÇÕES EXPEDIDAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SÁUDE DE FLORIANO, CONFORME DESCRITO ABAIXO. FUNDAMENTO: Art. 24, IV da Lei nº 8.666/93 c/c Art. 4, § 1 º e 2 º da Lei nº 13.979/2020.
A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANO, ESTADO DO PIAUÍ, através da Comissão Permanente de Licitação, no uso de suas atribuições legais, considerando a necessidade de se promover processos de compras transparentes em face das aquisições DIRETAS com DISPENSA DE LICITAÇÃO com fundamento no Art. 24, IV da Lei nº 8.666/93 c/c Art. 4, § 1º e 2º da Lei nº 13.979/2020, em sempre que for necessário realizar aquisições de insumos e serviços essenciais para enfrentamento da pandemia causada pelo novo Coronavírus no Município de Floriano-PI.
O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) anunciou hoje (08), por meio de nota, que está trabalhando em uma versão nacional dos kits de diagnóstico rápido de covid-19. O novo teste será produzido com insumos nacionais e terá um índice de detecção superior ao dos kits importados.
“A cada novo país o vírus sofre mutações e vai se adaptando. Os kits diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral, por isso a necessidade de produção de um kit com insumos nacionais para atender à específica e crescente demanda brasileira", afirmou Fábio Calderaro, gestor do CBA.
Segundo Calderaro, a técnica de produção com materiais e antígenos nacionais poderá ser distribuída para diferentes centros de produção, o que seria suficiente para suprir a demanda nacional mínima determinada pelo ministério da Saúde, que é de 30 mil testes por dia. A medida, no entanto, necessita do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, de acordo com o gestor, a meta só poderá ser atingida daqui a 4 meses, após a autorização do órgão.
Calderaro afirmou ainda que o novo kit de detecção - desenvolvido com antígenos de brasileiros que foram infectados pela doença - é mais eficaz e mais sensível ao vírus. “A cada novo país o vírus sofre mutações e vai se adaptando. Os kits de diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral”.
Até o momento, o Brasil utiliza dezessete marcas diferentes de kits para diagnóstico rápido de Covid-19, todos autorizados pela Anvisa. “Todas [as marcas de kits] utilizam anticorpos e demais insumos importados, em sua maior parte, da China. Portanto somos dependentes do mercado externo, que atualmente também demanda muito dos mesmos insumos por conta da crise pandêmica”, apontou Calderaro.
Diagnóstico
O kit nacional de detecção do vírus SARS-cov-2 será parecido com o que já é utilizado para diagnóstico de HIV e de dengue. O paciente usa uma fita descartável, onde uma amostra de sangue ou saliva é depositada. A amostra passa por uma reação química, e a indicação da presença ou ausência do vírus vem alguns minutos depois. De acordo com o doutor em biotecnologia Diogo Castro, líder da pesquisa, grande parte do projeto do teste já está pronta. “Já temos a plataforma de produção de anticorpos e antígenos consolidada e estamos trabalhando para inseri-los na fita do teste rápido e disponibilizar para a sociedade”, afirmou.
Estrutura
Segundo Calderaro, a produção em massa dos kits de diagnóstico rápido no estado do Amazonas poderá ser utilizada, futuramente, como polo de produção em massa do produto, mas para o diagnóstico de doenças diferentes. “A mesma fábrica adotada pelo CBA para a covid-19 poderá ser utilizada para produção de outros anticorpos e testes para diagnóstico de outras doenças de importância regional e nacional”, afirmou.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (8) no periódico científico European Respiratory Journal mostra que pessoas com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e fumantes podem ter níveis mais altos de uma molécula que "facilita" a entrada do coronavírus nos pulmões.
Os pesquisadores analisaram 249 pessoas, incluindo 21 com DPOC, 21 sem DPOC, fumantes, não fumantes e ex-fumantes.
A conclusão foi que fumantes e portadores de DPOC, doença comumente causada pelo tabagismo por longo prazo, apresentavam níveis mais altos de uma molécula, chamada ACE-2 (conversora de angiotensina II) nos pulmões.
Pesquisas anteriores já mostraram que a ACE-2, que fica na superfície das células pulmonares, é o "ponto de entrada" que permite que o coronavírus se instale no órgão, provocando uma infecção que pode evoluir para quadros graves e até morte.
A pesquisa foi liderada pela médica Janice Leung, da Universidade da Colúmbia Britânica e do St. Paul's Hospital, em Vancouver, no Canadá.
"Os dados emergentes da China sugerem que pacientes com DPOC correm maior risco de ter piores resultados com a covid-19. Nossa hipótese é que isso pode ocorrer porque os níveis de ACE-2 em suas vias aéreas podem estar aumentados em comparação com pessoas sem DPOC, o que poderia facilitar com que o vírus infecte as vias aéreas", afirma a cientista.
A constatação foi semelhante em relação aos fumantes, explica a pesquisadora.
"Descobrimos que pacientes com DPOC e pessoas que ainda fumam têm níveis mais altos de ECA-2 nas vias aéreas, o que pode colocá-los em risco aumentado de desenvolver infecções graves por covid-19."
Já os ex-fumantes tinham níveis de ACE-2 semelhantes às pessoas que nunca fumaram. "Isso sugere que nunca houve um momento melhor para parar de fumar para se proteger da covid-19", acrescenta.
Estima-se que cerca de 15 milhões de brasileiros sejam fumantes. O número, embora tenha caído nos últimos anos, ainda representa em torno de 10% da população acima de 18 anos no país.
Pacientes da Covid-19 no Piauí terão tratamento com medicamentos à base de cloroquina e hidroxicloroquina e azitromicina. O governador Wellington Dias anunciou que autorizou a compra das substâncias e um protocolo está sendo elaborado para a correta administração dos medicamentos. A informação foi dada durante a reunião do Comitê de Organização Emergencial (COE-PI), nesta quarta-feira, 08.
“Autorizei ao secretário de Saúde, Florentino Neto, a partir de orientação do Comitê de Organização Emergencial (COE), a compra de mais medicamentos à base de cloroquina e hidroxicloroquina. Autorizei também a compra da azitromicina para compor o coquetel”, disse o governador.
Wellington Dias comentou ainda sobre a elaboração de um protocolo no Piauí para a administração dos remédios. “Nossos médicos estão elaborando esse protocolo que dá segurança tanto para o médico quanto ao paciente. Eles estão dialogando com profissionais do Ceará e do Pará e esse documento deve sair ainda nesta quarta-feira (08)”.
No protocolo já usado no Ceará e Pará, as substâncias são administradas no estágio inicial da Covid-19, com o objetivo de fazer com que os primeiros sintomas não evoluam para as perigosas infecções pulmonares. Seria nesse caso, utilizado o coquetel da hidroxicloroquina com a azitromicina.
A cloroquina tem sido experimentada em casos confirmados de Covid-19 em todo mundo. O medicamento é usado originalmente para tratamentos de malária e doenças reumáticas.