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cividNos últimos dias, os kits de detecção da COVID-19 estão em alta em todos os meios de comunicação. Dada a importância de saber o número real de casos do novo coronavírus para o desenvolvimento de medidas preventivas e de contenção, a reflexão sobre o entendimento dos métodos de detecção de pacientes infectados se tornou obrigatória. A seguir, falaremos sobre o método PCR.

Provavelmente, todos nós já ouvimos que “o método da PCR é o mais completo e confiável”. Sua alta taxa de acertos e quantidade mínima de falsos positivos levaram a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) a aconselhá-lo como o principal método de detecção.

Vários espaços já abordaram os métodos de detecção do coronavírus, mas queremos aproveitar a oportunidade para mostrar em detalhes o que é o PCR e como ele funciona. Continue lendo e saiba mais sobre esse assunto!

Detecção do coronavírus: sequenciando o inimigo
O coronavírus (COVID-19) é um agente viral que contém uma única cadeia de RNA. Ele é classificado como um vírus (+)ssRNA. O DNA e o RNA são as “impressões digitais” mais confiáveis ​​que um organismo pode mostrar.


A ordem dos nucleotídeos que os formam revela a identidade do indivíduo, e existem muitas regiões comuns para espécies e organismos. Assim, confirmada a existência de uma única cadeia de informações, a presença de RNA do coronavírus no organismo é inequívoca: se estiver presente na amostra do paciente, significa que ele está infectado.

Por isso, foi de extrema importância sequenciar o genoma desse vírus desde a sua descoberta. Felizmente, a primeira amostra foi genotipada em 11 de janeiro, e você pode consultá-la na página do National Center for Biotechnology Information.

Esse conjunto de letras que você pode consultar corresponde à ordem dos nucleotídeos da cadeia de RNA do vírus. Cada nucleotídeo contém uma base nitrogenada que corresponde à letra representada:

Adenina (a)
Guanina (g)
Citosina (c)
No caso do RNA, uracila (u)
No caso de DNA, timina (t)
Se você for verificar o genoma do coronavírus, um aspecto interessante certamente vai chamar a sua atenção: não existe nenhuma (u). Continue com a gente para entender a explicação para esse fato.


O método PCR detecta o intruso
Uma vez sequenciado o vírus, a eficácia do PCR entra em jogo. Essa técnica, que data dos anos 1980 e corresponde ao nome Reação em Cadeia da Polimerase, tem como objetivo ampliar o DNA de uma amostra.

Sim, é aqui que está a primeira armadilha do vírus: o coronavírus não possui DNA, e sim RNA, razão pela qual é necessária uma técnica ainda mais sofisticada: a RT-PCR, para transformar o RNA do vírus em DNA.
Para fazer isso, uma enzima chamada transcriptase reversa é essencial. O processo é o seguinte:

A partir da amostra do paciente, a enzima transcriptase reversa é capaz de “identificar” o RNA do vírus.
Com os nucleotídeos fornecidos na mistura da reação, a enzima transcriptase será capaz de gerar uma fita de DNA complementar à do RNA do vírus. Temos que ver essa enzima como um operário: com o mapa do RNA do vírus e dos nucleotídeos disponíveis, ela gera uma nova cadeia, nesse caso o DNA.


Aqui, a enzima polimerase entra em jogo. Em resumo, a enzima polimerase é outro operário que, com nucleotídeos disponíveis, é capaz de gerar milhares de cópias da fita de DNA transformada.


Então, esse DNA ampliado pode ser submetido a diferentes técnicas para determinar se corresponde ou não ao genótipo do coronavírus.


Revelando a identidade
Depois que o DNA é ampliado, existem várias técnicas para atribuí-lo a um vírus ou organismo. Uma das mais simples é a eletroforese em gel de agarose. Vamos usar esse exemplo para simplificar, mas existem sequenciadores sofisticados que realizam esse trabalho.

Os fragmentos de DNA têm uma carga elétrica negativa. Graças a isso, e aplicando uma corrente elétrica em uma caixa com gel de agarose, os diferentes fragmentos vão se mover ao longo do gel durante o tempo, atraídos pelo polo positivo. Temos que ver isso como se fosse uma corrida: os fragmentos de DNA mais leves chegam primeiro e os fragmentos maiores ficam no meio do caminho.

Esse é a solução para a detecção: são formadas fileiras a diferentes distâncias no gel. Em um exemplo hipotético, se uma mãe e um filho tivessem vários fragmentos exatos de DNA iguais, os géis de agarose dos dois deveriam apresentar o mesmo padrão, confirmando sua relação genética.

É claro que os métodos de detecção do coronavírus são mais sofisticados do que o exemplo mostrado, mas esperamos que, com essa explicação, o funcionamento do PCR e o seu papel essencial na detecção de doenças tenham ficado mais claros.

 

melhorcomsaude

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) está testando medicamentos que podem auxiliar no combate ao coronavírus. A organização vinculada ao ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) está procurando substâncias que possam ser usadas contra o vírus SARS-Cov-2. A pesquisa acontece em substâncias já regulamentadas para uso no Brasil.

Segundo a pesquisadora Daniela Trivella, entre os 2 mil medicamentos analisados na primeira etapa de testes, dois mostraram resultados promissores. O CNPEM não divulga quais são para evitar automedicação. Porém, de acordo com Daniela, ambas as substâncias têm várias características que podem permitir o uso contra a doença. “São economicamente acessíveis, bem tolerados em geral, comumente utilizados por pessoas dos mais diversos perfis e, um deles, inclusive, está disponível em formulação pediátrica”, enumerou.

Estão sendo avaliados medicamentos dos mais diversos tipos: analgésicos, anti-hipertensivos, antibióticos, diuréticos entre outros. A pesquisadora explica que os experimentos feitos em laboratório buscam identificar substâncias que inibam a replicação do vírus dentro do corpo. “Passo fundamental para impedir ou reduzir a infecção viral”, enfatiza.

A partir dos resultados obtidos até agora, as duas substâncias que obtiveram bom desempenho continuarão ser testadas em células para novas avaliações. “Acreditamos que em cerca de duas semanas teremos os resultados que devem anteceder os testes clínicos”, acrescenta Daniela. Será feito, então, um relatório que reunirá as informações colhidas em laboratório com aquilo que já se sabe sobre os efeitos desses medicamentos em seres humanos.

Esse documento vai embasar testes clínicos, em pessoas infectadas com o vírus, que podem ser feitos dentro da Rede Vírus, iniciativa do MCTIC que reúne centros de pesquisa que estão procurando formas de combater o coronavírus.

 

Agência Brasil

Piauí registrou no dia com recorde de testes realizados, o aumento do número de casos de Covid-19 e a quinta morte de paciente infectado pelo novo coronavírus.

situapi

O balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), na noite desta terça-feira, 7, trouxe o resultado de 126 exames: 121 foram descartados e 5 confirmados. Outros 211 casos seguem sendo investigados.

O quinto óbito foi de um paciente de Teresina. A Sesapi inicialmente informou se tratar de um homem de 62 anos, sem divulgar identidade. Uma hora depois, durante debate ao vivo na internet com o ex-presidente Lula, o governador Wellington Dias (PT) informou que um primo do senador Ciro Nogueira (Progressistas) faleceu nesta terça-feira vítima de coronavírus. Em seguida, o Governo do Estado confirmou que a vítima é o empresário Manoel Nogueira Neto, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Piauí (CRECI/PI).

Foi a terceira morte na capital - um casal de idosos havia falecido na semana passada. As outras duas mortes foram de um empresário de Parnaíba e do prefeito de São José do Divino, Antonio Felícia (PT).

Foi em São José do Divino que surgiram outros dois casos confirmados, nesta terça-feira: uma mulher de 45 e outra de 48 anos. Também testaram positivo uma mulher de 31 anos em Teresina e um homem de 65 anos em Piracuruca - segundo caso do município.

O número de resultados de testes triplicou no comparativo com a média da semana passada. Isso ocorreu depois da decisão de ampliar o funcionamento do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI) durante 24 horas.

No fim de semana, o estado recebeu cerca de 8 mil testes rápidos enviados pelo Ministério da Saúde, material que foi distribuído para hospitais de referência em todo o Piauí. Caso o teste rápido dê positivo, o Lacen fará a contraprova.

mapacovid

cv

vacincovidPesquisadores da Universidade de Iowa e da Universidade da Geórgia, ambas instituições renomadas dos Estados Unidos, desenvolveram uma vacina que protege os ratos contra uma dose letal de Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio), um parente próximo do coronavírus SARS-CoV2, causador da covid-19.

A vacina usa um vírus inofensivo para fornecer uma proteína do Mers nas células e gerar uma resposta imune no organismo. O sucesso do procedimento pode ser a chave para o desenvolvimento de vacinas contra outras doenças do coronavírus, incluindo a covid-19.

A equipe liderada por Paul McCray, professor de pediatria da Universidade de Iowa, e Biao He, da Georgia, testaram uma possível vacina em camundongos suscetíveis ao coronavírus Mers.

A vacina é um vírus inócuo que carrega a proteína que o vírus Mers usa para infectar células (a PIV5). Todos os camundongos vacinados sobreviveram a uma dose letal. Os resultados do estudo foram publicados em 7 de abril na revista mBio.

 

"Nosso novo estudo indica que o PIV5 pode ser uma plataforma útil de vacina para doenças emergentes por coronavírus, incluindo o SARS-CoV-2, o vírus que causa a pandemia contínua do COVID-19", diz McCray.

O vírus Mers é mais mortal e fatal em cerca de um terço dos casos conhecidos, mas houve apenas 2.494 casos desde 2012, quando surgiu. Por outro lado, houve mais de 1,25 milhão de casos confirmados de covid-19 em todo o mundo desde que surgiu no final de 2019 em Wuhan, na China, e quase 70.000 pessoas morreram com a doença.

O PIV5, de acordo com os investigadores, está sendo investigado como uma vacina para outras doenças respiratórias, incluindo vírus sincicial respiratório (RSV) e influenza.

O fato de uma dose baixa da vacina ser suficiente para proteger os camundongos pode ser benéfico para a criação de um medicamento para imunização em massa.

 

R7

Foto: RECORD TV EMISSORAS