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dietacetogenicaUm estudo recente desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriu que uma dieta cetogênica — pobre em carboidratos e com maior ingestão de gordura e proteína — é capaz de fortalecer a proteção contra o vírus da gripe.

Os resultados, publicados na revista científica Science Immunology, foram de que a alimentação rica em carne, peixe, aves e vegetais sem amido ativa um conjunto de células T (de defesa) nos pulmões.

Isso aumenta a produção de muco das células das vias aéreas, que "prendem" o vírus influenza.

Os testes foram feitos em camundongos que receberam diferentes tipos de alimentos.
Aqueles alimentados sem carboidratos tiveram uma sobrevida maior em relação aos demais quando contaminados com o vírus da gripe.

Camundongos que tiveram dieta cetogênica apresentaram maior resistência antiviral e menos vírus nos pulmões, observaram os cientistas após analisar o tecido pulmonar dos animais.

 

R7

Foto: Freepik

isoniaPor causa da correria do dia a dia, as pessoas têm dormindo cada vez menos. Algumas conseguem viver relativamente bem descansando quatro ou cinco horas por dia. Outras sentem os prejuízos na memória e no corpo. Por causa disso, cientistas estão procurando entender melhor o sono para descobrir uma forma de otimizá-lo mesmo quando não dormimos as recomendadas oito horas por noite.

Uma das opções exploradas até agora inclui o melhor aproveitamento do período de inconsciência através de dispositivos tecnológicos. Confira.

Batida mais lenta
Durante o período de descanso, o sono passa por diversas fases. Uma das mais importantes é a fase R.E.M. (movimento rápido dos olhos, em tradução livre), em que geralmente acontecem os sonhos. Nesse momento, nossos olhos se movimentam de forma muito veloz. No entanto, em alguns momentos, os olhos param de se mover, os sonhos somem e entramos em um estado de inconsciência mais profunda, permitindo que o ritmo das ondas cerebrais se reduzam a uma “batida” por segundo.

Cientistas descobriram, por exemplo, que o sono de ondas lentas é fundamental para a manutenção do cérebro, pois esse período permite que as regiões cerebrais transmitam as memórias do armazenamento de curto ao longo prazo, assim não vamos esquecer o que aprendemos ao longo do dia.


Essa inconsciência profunda também favorece o fluxo sanguíneo e do líquido cefalorraquidiano (substância que circula entre o cérebro e a medula espinhal) pelo cérebro. Ao fazer isso, ocorre liberação de materiais potencialmente prejudiciais que poderiam provocar danos neurais. Outro benefício é a sua atuação para reduzir os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do stress, além de ajudar a rejuvenescer o sistema imunológico.
Otimizando a batida
Essas informações ajudaram os pesquisadores a desenvolver aparelhos que potencializam esses períodos de inconsciência. Um experimento, por exemplo, descobriu que estímulos auditivos suaves podem reforçar os ritmos cerebrais necessários. Mas não é qualquer estímulo.

Para esse estudo, a equipe usou um dispositivo – preso à cabeça – que acompanha a atividade cerebral, incluindo o início da produção de ondas lentas. Quando elas começam, o equipamento emite pulsos curtos de som suave em sincronia com as ondas lentas produzidas pelo cérebro. O som pode ser registrado pelo cérebro – de forma inconsciente -, mas não acorda a pessoa. Depois de analisar o desempenho em testes de memória, resultados de exames hormonais e investigações do sistema imunológico, os pesquisadores concluíram que era possível otimizar o sono através desse aparelho.

De acordo com a BBC, algumas empresas já produzem dispositivos semelhantes ao usado na pesquisa. A start-up francesa Dreem, por exemplo disponibiliza no mercado uma faixa de cabeça que usa a estimulação auditiva para ativar o sono de ondas lentas. O produto ainda se conecta a um aplicativo que analisa os padrões de sono e fornece recomendações para melhorá-lo, como a prática meditativa. O equipamento custa cerca de 400 euros (o equivalente a 1.870 reais). A Philips, uma gigante do mercado da tecnologia, também tem a sua própria faixa, lançada em 2018, mas ela só está disponível nos Estados Unidos e custa aproximadamente 399 dólares (cerca de 1.690 reais).


Uma “caminha de bebê”
Além das faixas de cabeça para estímulos sonoros, alguns pesquisadores investigam a eficiência da cama de balanço suave para melhorar o sono. A invenção, baseada no balançar das cadeirinhas de bebê, produz movimento para frente e para trás a cada quatro segundos e também consegue interferir positivamente na fase das ondas lentas. Os voluntários que testaram a cama relataram terem se sentido mais relaxados e testes mostraram benefícios nos processos de memória e aprendizado. O produto, no entanto, ainda não está disponível para compra.

Apesar da relevância das invenções, especialmente em um mundo em que poucos conseguem dormir oito horas por noite, tanto as empresas quanto os cientistas concordam que nada substitui uma boa noite de sono.

Como dormir melhor?
Manter uma rotina ajuda o organismo a se preparar para o momento do sono. Portanto, a recomendação é sempre acordar e dormir nos mesmos horários e fazer as refeições em horários fixos para que o relógio biológico funcione adequadamente. Procurar ir para a cama mais cedo para somar pelo menos sete horas de sono por noite também é importante.

Uma melhor qualidade de sono ainda pode vir com a prática de atividade física, evitar álcool e cafeína, e manter distância dos dispositivos eletrônicos, pois a luz emitida por eles interfere no relógio biológico.

 

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Foto: Claudio Scott/Pixabay

A depressão é um dos transtornos do humor mais comuns em todo o mundo e um dos problemas psicológicos mais tratados nas consultas com psicólogos e psiquiatras. Será, no entanto, que a depressão pode ser herdada?

Esta condição pode afetar qualquer faixa de idade, com uma sintomatologia diferente em cada etapa do desenvolvimento na qual a pessoa se encontra.

Nas crianças, os sintomas somáticos são mais comuns do que nos adultos, nos quais predominam os problemas cognitivos e de humor.

Esse transtorno pode envolver diferentes alterações que afetam todas as áreas do funcionamento da vida da pessoa. Falando de uma forma geral, essas alterações podem ser as listadas a seguir:

Alterações do humor ou emocionais, como a tristeza profunda, sentimentos de desesperança, desinteresse por coisas que antes interessavam, etc.
Alterações cognitivas ou de pensamento, entras as quais se destacam as ideias irracionais sobre si mesmo, os outros e o mundo. Dificuldades em processos psicológicos como a memória, a concentração, a atenção, etc. Ideias de suicídio, autocrítica patológica.
Alterações de comportamento, como a lentidão psicomotora, redução ou comprometimento da atividade em todos os níveis (social, rendimento, autocuidado, etc), passividade e evitação.
Alterações fisiológicas, entre as quais se destacam as dificuldades para dormir, falta de apetite, problemas sexuais, somatizações como cefaleias, dores gástricas, falta de energia e sensação contínua de cansaço.
As causas da depressão foram e seguem sendo estudadas hoje em dia com o objetivo de melhorar a eficácia dos tratamentos que podem ser aplicados para combatê-la.

Uma das perguntas que mais frequentemente nos fazemos é se a depressão pode ser herdada. A resposta é, de acordo com inúmeros estudos, que a depressão tem um componente genético, assim como a maioria dos outros tipos de doenças.

Ao analisar o histórico clínico de um paciente, vemos que há uma porcentagem considerável de casos de depressão com antecedentes familiares, sejam esses de depressão ou de algum outro tipo de transtorno mental.

No entanto, isso por si só não determina que alguém vá herdar a doença, já que intervêm também uma série de outros fatores importantes para fazer com que a doença de fato se instale. Esses fatores envolvem os acontecimentos da vida da pessoa, os fatores sociais e também os psicológicos.

Há, então, pessoas que possuem uma maior vulnerabilidade do que outras para desenvolver uma depressão. Para essas pessoas, não apenas a genética determinará a “herança” da doença, mas todos os fatores anteriormente citados influenciam, cada um em sua medida.

Os estudos continuam investigando a questão genética
Segundo os estudos realizados envolvendo o componente genético da depressão, aparentemente existem alguns genes que estariam envolvidos, mas que são sempre influenciados pelo comportamento e pelos fatores ambientais.

Nas depressões chamadas de endógenas é possível ver, após uma avaliação da pessoa, que os fatores externos não são tão determinantes. Ou seja, nesses casos a depressão se deve a causas internas e orgânicas do funcionamento do nosso cérebro, que é onde melhor se pode analisar o componente hereditário.

Nesses casos, se a pessoa tem antecedentes familiares de depressão, pode haver um fator genético em jogo, mas mesmo assim esse nunca será determinante.
Na depressão, o funcionamento fisiológico do cérebro apresenta alterações em alguns neurotransmissores, responsáveis pela regulação das emoções. Para que essas alterações aconteçam, não é necessário ter antecedentes familiares do transtorno.

Seguindo as conclusões dos estudos sobre o tema, quando se compara a população geral com pessoas com antecedentes de depressão em membros da família em primeiro grau, vê-se que há uma maior prevalência do transtorno nesse segundo grupo.

 

No que diz respeito ao funcionamento dos neurotransmissores que se relacionam com a depressão, se esses se encontram alterados, pode ocorrer uma maior vulnerabilidade da pessoa para interpretar a situação ou acontecimentos que ocorrem ao seu redor de maneira negativa, ou inclusive a visão que possuem sobre elas mesmas.

O ambiente, um fator-chave
A depressão pode sim ser herdada, mas também temos que lembrar que a forma de pensar, a interpretação que fazemos das situações e as crenças e esquemas (que temos sobre nós e sobre o mundo em geral) também são aprendidos.

O ambiente no qual crescemos e nos desenvolvemos influencia de maneira direta a nossa forma de ver o mundo.

Por exemplo, se algum dos nossos familiares mais próximos, uma pessoa que temos como referência como o nosso pai ou nossa mãe, tem uma tendência a ver o mundo e as coisas de forma negativa, com manifestações verbais e atitudes ou comportamentos negativos, muito provavelmente a criança crescerá acostumada a esse tipo de pensamento, e terá talvez a mesma forma de interpretar o que a rodeia, tornando-a mais predisposta à depressão.

Então, a depressão pode ser herdada?

A depressão pode ser herdada no sentido de que a genética é um componente, mas ela é um componente a mais, não é o único e não é determinante. A interação de múltiplo fatores, como vimos, é o que dá lugar a esse complexo transtorno.

Os acontecimentos traumáticos de vida, como a morte de um ente querido, uma separação ou um divórcio, perdas em geral, mudanças importantes, etc. Tudo isso são fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de uma depressão.

Os estudos indicam que os fatores de risco mencionados podem elevar o risco genético que a pessoa possui. Por isso, a interação de todos os fatores é o que daria lugar a uma depressão.

As pesquisas que nos oferecem evidências sobre se a depressão pode ser herdada foram realizadas com famílias, irmãos gêmeos e adotados, para poder determinar a partir de todas as perspectivas possíveis se a genética e a herança biológica poderia ser um fator único ou determinante da doença ou não.

Hoje em dia todos os resultados nos levam às mesmas conclusões. O que parece cientificamente mais provável é que a depressão não é exatamente herdada, ainda que a carga genética tenha uma porcentagem de influência relevante.

Nos transtornos mentais, devemos sempre ter em mente vários fatores de etiologia e causalidade, que são os que determinam a origem de uma doença. Para o tratamento psicológico, isso é ainda mais importante e necessário, principalmente para intervir nos fatores que mantêm o problema.

amenteemaravilhosa

cerbUm estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que os problemas causados pelo sarampo no organismo vão além dos sintomas que duram alguns dias.

Foi constatado que, após a doença, apaga-se uma parte considerável da memória imunológica — vão embora anticorpos que antes protegiam o indivíduo contra uma variedade de vírus e bactérias.

A pesquisa, publicada recentemente na revista científica Science, identificou que o vírus do sarampo destrói de 11% a 73% "dos diferentes anticorpos que protegem contra cepas virais e bacterianas às quais uma pessoa estava imune anteriormente", comprometendo a capacidade do organismo em combater desde uma simples gripe até herpesvírus e bactérias causadoras de pneumonia e infecções de pele.

Os anticorpos contra a catapora, por exemplo, podem cair pela metade após uma pessoa contrair sarampo. Um dos autores do estudo, o pesquisador Michael Mina, exemplificou o que ocorre.

"Imagine que a sua imunidade contra patógenos é como um livro de fotografias de criminosos, e alguém faz um monte de buracos. Seria muito mais difícil reconhecer esse criminosos se você os visse, especialmente se os buracos fossem perfurados em características importantes de reconhecimento, como olhos ou boca."


Descoberta reforça importância da vacina
Esse tipo de constatação é inédita e reforça a importância da prevenção contra o sarampo. "A ameaça que o sarampo representa para as pessoas é muito maior do que imaginávamos", disse Stephen Elledge, outro autor da pesquisa.


Descoberta reforça importância da vacina
Esse tipo de constatação é inédita e reforça a importância da prevenção contra o sarampo. "A ameaça que o sarampo representa para as pessoas é muito maior do que imaginávamos", disse Stephen Elledge, outro autor da pesquisa.

O trabalho dos cientistas de norte-americanos também destaca que os médicos podem considerar o fortalecimento da imunidade de pessoas que contraíram sarampo, com reforço das doses de vacinas tomadas anteriormente, como hepatite e poliomielite.

"A revacinação após o sarampo pode ajudar a mitigar o sofrimento a longo prazo, que pode resultar da amnésia imune e do aumento da suscetibilidade a outras infecções", ressaltaram os autores.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o sarampo infecta mais de 7 milhões de pessoas em todo o planeta anualmente, sendo que cerca de 100 mil morrem.

O Brasil não está fora dessa realidade. A epidemia recente já afetou cerca de 6.000 casos foram registrados. Outros milhares estão sob investigação.

A segunda fase da campanha nacional de vacinação termina no sábado e tem como alvo o público de 20 a 29 anos.

 

R7

Foto: Freepik