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A morte de dois torcedores do Flamengo, após infartarem durante a final da Copa Libertadores da América no último sábado (23), serve de alerta para os riscos que fortes emoções representam para pessoas com problemas cardíacos em dia de jogo.

Um dos homens, de 41 anos, vivia em Cuiabá (MT) e já tinha instalado um marcapasso há cerca de três anos. O outro, com a mesma idade, era morador de Fortaleza (CE) e passou mal durante o jogo. Foi levado a uma unidade de saúde, mas não resistiu.

O nível de estresse a que muitas pessoas são submetidas diante de uma partida final do time do coração pode desencadear problemas sérios, como arritmia.

Estudos realizados na Inglaterra relacionaram aumento de pessoas que deram entrada em hospitais com infarto agudo do miocárdio durante partidas de futebol.

Já uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, dos Estados Unidos, analisou internações em Munique durante a Copa da Alemanha, em 2006, e concluiu que "ver um jogo de futebol estressante mais que dobra o risco de um evento cardiovascular agudo".

É comum que torcedores passem mal durante jogos de futebol, explica o cardiologista Fernando Costa, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).

A principal preocupação, afirma o médico, é que a maioria das pessoas não sabe que tem problema do coração até infartar.

"Um jogo de futebol chega a ter 105 minutos de estresse. Você consegue correr 5 km? Não? E vai submeter seu coração a um estresse desses? A grande maioria da população não está preparada para isso. Se não está apto para isso, tem que se preservar."

Estima-se que neste ano 400 mil pessoas morrerão vítimas de doenças cardiovasculares no Brasil, 150 mil delas de infarto. Sobrevivem ao infarto cerca de 600 mil pessoas por ano.

"É um número que vem crescendo exponencialmente, porque nos últimos 20 anos houve uma negligência dos fatores de risco: hipertensão, diabetes, obesidade, colesterol elevado... a arteriosclerose está se desenvolvendo", acrescenta Costa.

Segundo ele, é no momento do estresse que os batimentos cardíacos aumentam, a pressão arterial sobe, e placas de gordura localizadas nas paredes das artérias podem ser soltar, provocando o entupimento de vasos do coração (infarto) ou do cérebro (acidente vascular cerebral).

"Quando você é submetido a um estresse, do jeito que é uma final de campeonato, em que a pessoa está há uma semana preocupada, no dia desesperada e durante o jogo tensa, aí o time ganha e vai fazer um monte de atividades, uma placa dessa se rompe, causa um infarto, um derrame, e a vida vai embora."

Além do próprio jogo, o médico alerta para as comemorações posteriores, que normalmente têm comida e bebida. "São quase duas horas de estresse e depois a pessoa sai pulando. É como se você corresse a São Silvestre e fosse fazer cooper", exemplifica.

O cardiologista sugere que entidades que organizam os campeonatos e a imprensa deveriam se preocupar com as mortes de torcedores em jogos e fazer campanhas educativas em alguns momentos das partidas.

"Precisa entender que na próxima final de campeonato mais alguém vai morrer por causa disso."

 

R7

 

 

Pesquisadores indianos anunciaram a criação de uma vacina anticoncepcional para homens. Esse é o primeiro método de controle de natalidade masculina disponível na forma injetável. Segundo a equipe, o medicamento é aplicado na região dos testículos e pode durar até 13 anos com eficácia comprovada de 97% – um número excelente: a camisinha, um dos métodos mais utilizados na prevenção da gravidez, por exemplo, fornece proteção de 98%.

A injeção, chamada de RISUG, já passou por testes clínicos e os resultados foram enviados para Controlador Geral de Remédios Indianos, departamento governamental que atua de maneira semelhante à Anvisa no Brasil. “O produto está pronto, com apenas aprovações regulatórias pendentes”, disse R.S. Sharma, do Conselho Indiano de Pesquisa Médica, ao site Hindustan Times.

A aprovação (ou rejeição) do anticoncepcional masculino deve acontecer em até sete meses. Apesar disso, não há previsão para a comercialização do produto.

Como funciona?
O RISUG envolve a aplicação de um material sintético (polímero) no ducto deferente – tubos pelos quais são transportados os espermatozoides. Esse polímero é capaz de bloquear o esperma, impedindo a ejaculação na hora do orgasmo.
O medicamento é administrado sob anestesia local e pode ser revertido a qualquer momento por meio de uma segunda injeção composta por substâncias capazes de destruir o bloqueio. O produto foi testado em cerca de 300 homens e mostrou bons resultados e poucos efeitos colaterais.

Há anos, os cientistas buscam uma forma eficiente de criar um anticoncepcional masculino, mas até agora não há nenhuma medicação disponível no mercado.

 

veja

ma luta que parece eterna: contra o mosquito Aedes aegypti. Ele é o mosquito transmissor da dengue, uma doença que provocou cinco vezes mais mortes neste ano do que no ano passado. São quatro os tipos da dengue, como explicou a infectologista Rosana Richtmann, e o tipo 2 é o que está circulando e mais e também é mais agressivo.


“O que pegou esse ano foi o tipo 2 e isso é sempre uma preocupação, porque é um vírus que tinha circulado há 10 anos. A hora que ele volta, ele pode voltar mais agressivo, causando quadros mais graves e, principalmente, quem já teve a dengue poder ter um quadro mais grave ainda”, alerta Rosana.


De acordo com a infectologista, se você tem a dengue tipo 1, você fica imune ao vírus, mas continua suscetível aos tipos 2, 3 e 4, por exemplo. “A pessoa pode ter dengue até quatro vezes na vida”.


Sintomas
Qualquer um dos quatro vírus pode causar desde nenhum sintoma até uma forma clássica da dengue, com febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor muscular, mancha na perna. “Uma pequena porcentagem é que vai ter a forma clássica da doença, levando à dengue hemorrágica”, diz a infectologista.

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

Além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir o Zika vírus e chikungunya.

 

G1

sonoO sono é um processo tão fascinante quanto necessário para qualquer ser humano. Devido à escassa informação fisiológica e neuroanatômica que possuíamos tempos atrás, esse fenômeno sempre esteve rodeado de mistério e especulações. No entanto, hoje em dia contamos com várias pesquisas que nos permitem entender um pouco melhor como o nosso cérebro trabalha enquanto dormimos.

O elemento mais chamativo do sono sempre foi o seu conteúdo: pesadelos e sonhos sem sentido aparente que podem nos manter o dia todo tentando esclarecer seu significado. No entanto, enquanto dormimos o cérebro desempenha inúmeras funções essenciais para a nossa sobrevivência e bem-estar.


O que acontece no cérebro enquanto dormimos?
Durante o descanso noturno, passamos por diversas fases com níveis de atividade cerebral distintos: quatro de sono não REM e uma última de sono REM.

Durante a fase 1, sentimos sonolência, nossos músculos começam a relaxar ao mesmo tempo que a atividade cerebral desacelera. No entanto, trata-se de um estado de sono leve, em que podemos acordar facilmente.


Na fase 2, nossa temperatura corporal, frequência cardíaca e respiratória começam a diminuir progressivamente.


Durante as fases 3 e 4, sentimos um sono mais profundo e a atividade cerebral mantém uma frequência muito lenta. Nesse momento, é mais difícil acordar e é quando ocorrem as parassonias, como os terrores noturnos e o sonambulismo.


Durante o sono REM, ocorrem movimentos oculares rápidos. Nosso tônus muscular diminui drasticamente e nossa respiração e frequência cardíaca se tornam irregulares. Nessa fase, ocorre a maior parte dos pesadelos e sonhos. Se acordarmos nessa fase, geralmente conseguiremos nos lembrar de forma vívida do conteúdo do sonho.


Um ciclo completo de sono dura aproximadamente 100 minutos, sendo os primeiros 60 ou 70 minutos usados para passar pelas quatro primeiras fases. Portanto, ao longo de um descanso noturno normal, temos entre quatro e seis ciclos completos.

No que o cérebro trabalha enquanto dormimos?


Aprendizagem e memória
Foi comprovado que a retenção da memória é muito melhor depois de um período de sono do que após um intervalo de descanso similar, mas permanecendo em estado de vigília.

O efeito positivo do sono é verificado, sobretudo, na memória declarativa (relacionada com fatos e eventos que ocorreram) e na procedimental (associada a habilidades e destrezas motoras).

Mesmo períodos muito breves de sono, como de 6 minutos, têm uma influência positiva sobre a retenção de informação. No entanto, quanto maior a duração do sono, mais positivo é esse efeito.

Também é interessante ressaltar que o tempo transcorrido entre a aprendizagem e o sono tem relevância. Por isso, se você deseja consolidar alguma informação, o sono irá ajudá-lo se você dormir depois de repassá-la.

Conservação da energia
Embora essa não seja a principal função do sono, é verdade que ele contribui para a conservação ou restauração da energia perdida durante o dia.

Especialmente nos estágios 3 e 4, reduzimos nossa taxa metabólica: ocorre um resfriamento do corpo e diminuem tanto a frequência cardíaca e respiratória quanto o consumo de oxigênio e o tônus muscular.

Além disso, quando o gasto de energia diurno tiver sido elevado, aumentam a duração do sono e a quantidade de sono leve.

Restauração
O sono é imprescindível para combater o cansaço diário e restituir o organismo ao seu estado original.

Foi comprovado que o aumento da quantidade de sono que se segue a períodos de estresse serviria para compensar a carga mental do cérebro. Enquanto a fadiga física se relaciona ao repouso, a mental precisa, mais especificamente, de sono.


Busca por soluções
Provavelmente, muitos de nós já escutamos a frase: “Tenho que verificar com meu travesseiro”. Essa expressão tem uma base de realidade: foi comprovado que os indivíduos que passam mais tempo dormindo na fase REM encontram soluções mais criativas.

Sonhar está relacionado com nossa capacidade criativa e resolutiva. Ao fazer isso, nosso cérebro interpreta as informações e combina as ideias.

Aqueles sonhos estranhos, nos quais parece não haver sentido, são o modo como seu cérebro processa, indaga e ensaia diferentes soluções e modos de enfrentamento de problemas reais.

Por tudo isso, é essencial ter um sono de qualidade. Seu corpo, mas sobretudo sua mente, precisam desse período para se restaurar, consolidar informações e encontrar novas perspectivas e soluções. Cuidar do seu sono é cuidar do seu cérebro.

 

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