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Os cuidados com a conservação de medicamentos são essenciais para que se tenha a sua total eficácia. Esses cuidados costumam muitas vezes passar despercebidos em casa e, por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) faz algumas observações que são importantes para que o consumidor não venha a ter problemas ocasionados pelo uso, conservação ou armazenamento indevido das medicações.

A primeira delas é sobre o prazo de validade, que é regra essencial para obter o resultado esperado do fármaco. Esse cuidado deve ser observado não só no momento da compra, mas também nas instruções da bula sobre a durabilidade do medicamento após ser aberto, caso contrário, se usado fora da data estabelecida, não há garantia de que o produto faça efeito. “Além de não fazer o efeito esperado quando utilizado fora do prazo de validade, o medicamento vencido pode ocasionar problemas a saúde” acrescentou a farmacêutica da DIVISA, Wanieire Veloso.

Outra observação importante é sobre as recomendações quanto à temperatura adequada pra conservar os medicamentos. Alguns antibióticos, por exemplo, devem ser mantidos na geladeira. “Tudo vai depender das orientações do farmacêutico no momento da dispensação do medicamento, por isso é tão importante que o consumidor receba a orientação desse profissional na aquisição do mesmo. O consumidor deve exigir as informações que só esse profissional tem a capacidade de fornecer no ato da compra”, explicou Wanieire Veloso.

O consumidor também deve ficar atento às instruções da bula quanto à exposição à luz, temperaturas altas ou calor excessivo. “Tudo isso é importante para garantir a qualidade das medicações. Até mesmo os comprimidos devem ser guardados de maneira adequada para que eles tenham a sua devida eficácia”, afirmou à farmacêutica.

A respeito dos comprimidos, é preciso tomar outros cuidados sobre estes medicamentos - não dividir comprimidos sem marcação (sulco), não abrir aqueles que são revestidos por cápsulas, não triturar os produtos e evitar consumi-los com sucos, chás ou leite, o que pode até impedir a absorção adequada do princípio ativo.

Os dados sobre prazo de validade, cuidados de conservação, armazenamento e outros são obtidos após a realização de rigorosos estudos realizados pelas empresas fabricantes, antes de solicitarem o registro do produto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Um deles é o estudo de estabilidade, que serve para comprovar a consistência e a veracidade das informações colocadas nas embalagens e nas bulas dos medicamentos. Caso a empresa decida fazer modificações no produto ou no modo de fabricação, novos estudos devem ser realizados e apresentados à ANVISA.

Em caso de dúvidas, a recomendação é procurar um farmacêutico ou um profissional de saúde, além da Vigilância Sanitária do Estado no telefone 3216-3662 ou ainda o canal de atendimento da ANVISA, através do número 0800 642 9782.

Sesapi com informações da ANVISA

No Brasil, o número impressionante de cerca de 100 mil mortes por ano causadas por AVC (acidente vascular cerebral) indica apenas parte do problema. Além disso, o derrame, como é conhecido popularmente, também é a primeira causa de incapacidade no país. As pessoas sabem que um estilo de vida saudável tem papel crucial para prevenir a doença, mas o que pode fazer diferença na recuperação de um paciente que sofreu AVC?

Esse era o assunto da palestra a que assisti na última quinta-feira no Rio, dada por Gerard Francisco, diretor médico do Memorial Hermann Rehabilitation Network e professor da Universidade do Texas. Nos Estados Unidos, a cada 40 segundos uma pessoa sofre derrame e uma morre a cada quatro minutos. O campo de atuação do doutor Francisco é o tratamento da espasticidade pós-AVC – traduzindo para nós, leigos, trata-se da rigidez que acomete os músculos neste quadro.


Cerca de 40% dos pacientes desenvolvem espasticidade e ele enfatiza que iniciar na hora certa a aplicação de toxina botulínica, o conhecido botox da dermatologia estética, previne uma série de complicações. “Uma de minhas preocupações é o momento adequado no qual devemos iniciar o tratamento. Estudos mostram que uma intervenção mais precoce pode reduzir danos”, afirma. Esta é uma sequela comum em quem sofre doença neurológica que provoque lesões de células do sistema nervoso responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários. A toxina botulínica já é empregada há 30 anos. Aprovada pela Anvisa desde 1992, o procedimento faz parte do SUS e está incluído na cobertura dos planos de saúde.

O que o professor Francisco ressalta é a importância de a aplicação do botox ser feita num prazo que maximize seus benefícios. “A espasticidade dificulta a recuperação das funções. A rigidez dos músculos chega a um patamar que prejudica o trabalho do fisioterapeuta, que não consegue realizar os exercícios necessários. Depois de tratar a espasticidade, melhoram as chances de êxito para a fisioterapia, por isso é indispensável combinar a toxina com a estimulação e a reabilitação motora. Ao contrário do que pacientes e familiares às vezes pensam, essa rigidez não significa força, na verdade mascara a fraqueza”, explicou.

Ele citou casos como o da pessoa que fica com o punho tão cerrado que não consegue fazer a higiene da mão; ou aquela que não consegue baixar o cotovelo e fica impedida de vestir uma camisa. Em sua apresentação, lembrou que, depois de dez dias do AVC, é comum que a rigidez ocorra; no entanto, quando esta acontece quatro semanas depois do episódio, aumenta a probabilidade de ser severa. Sobre o momento certo de intervir, contou que a aplicação mais precoce de toxina que fez foi num indivíduo que havia sofrido derrame apenas três semanas e meia antes. “A espasticidade tem um pico depois do AVC e é importante a observação de sinais de rigidez para atuarmos prontamente inclusive no manejo da dor”, acrescentou.

O botox pode ser ministrado em qualquer músculo do corpo afetado pela rigidez e o medicamento começa a agir em 72 horas. A melhora surge, em média, em 15 dias e atinge seu pico em um mês – normalmente são feitas aplicações a cada três meses. O neurologista Flavio Henrique Rezende Costa, professor adjunto da UFRJ e neurologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, participou do evento e lembrou que o botox começou a ser utilizado, na década de 1970, para casos de estrabismo: “só depois a toxina botulínica passou a ser empregada para fins estéticos e na área da neurologia. Trata-se de uma substância que vem se renovando e costumo dizer que a versão 3.0 do botox é o uso nos casos de espasticidade e em distúrbios do movimento presentes em doenças neurológicas”.

 

G1

 

Alimentos orgânicos estão causando os surtos da doença em São Paulo? Não. Não se sabe a causa dos surtos, que precisa ser investigada, segundo o infectologista Daniel Wagner Santos, da Sociedade Paulista de Infectologia. Mas ele ressalta que alimentos orgânicos não são mais propensos a se contaminar com o protozoário do que alimentos com agrotóxico. O agrotóxico não protege o alimento da toxoplasmose.

 
Os alimentos já podem chegar contaminados por toxoplasmose a um restaurante? A contaminação pode ocorrer desde a produção do alimento até ele chegar à mesa. A água usada pelo restaurante para fazer a higienização de verduras pode estar contaminada. O reservatório pode ter sido contaminado por fezes de gato. Outra possibilidade é a carne de porco ou de ovelha conter o protozoário. “Como esse surto acontece em diferentes regiões da cidade, não deve ser causado por fonte alimentar. Mais provável que seja a água”, afirma o infectologista. Hortas caseiras também merecem atenção quanto às fezes de gato.


Faz diferença comer uma pequena ou grande quantidade de comida contaminada? A doença irá se manifestar de forma mais ou menos grave de acordo com a quantidade de protozoário ingerido e do sistema imunológico de cada um, segundo o infectologista. Ele destaca que não há como saber se um alimento está ou não contaminado. Por essa razão é recomendado não comer carnes malpassadas nem verduras cruas, a não ser que elas tenham sido higienizadas com produto próprio.


Grávidas devem evitar contato com gatos, inclusive domésticos? De acordo com o infectologista, gestantes devem evitar contato com qualquer tipo de gato. Ele explica que mesmo gatos bem tratados podem ter toxoplasmose e não manifestar a doença. "Um mínimo material fecal contaminado é suficiente para transmitir a doença. Então, ao visitar uma casa com gatos, pode ter contato com a doença". A toxoplasmose é considerada uma doença grave para grávidas, pois é transmitida da mãe para o feto através da placenta causando retardo mental e cegueira.

Quem já teve toxoplasmose ficará com o protozoário no corpo para o resto da vida? Sim, mas isso não representa um problema, segundo Santos. Quem contraiu a doença uma vez cria anticorpos e fica imune a ela.

Cocô de pomba e cocô de rato transmitem a doença? Não. A doença só é transmitida pelas fezes do gato ou da gestante para o feto, de acordo com o infectologista. O cocô de pomba transmite outras doenças, como a criptococose. As fezes podem conter um fungo que, quando inalado, se instala nos pulmões e pode levar à morte. Já as fezes de rato podem transmitir a hantavirose, que leva a um comprometimento cardíaco. A leptospirose é causada pela urina do rato.

 
É permitido visitar uma pessoa com toxoplasmose? Sim. A doença não é transmitida de uma pessoa para outra, explica o médico. Os sintomas costumam durar cerca de dez dias e consistem em dor de cabeça, dor muscular, dor nos olhos, febre alta e gânglios no pescoço.

 

 

Pesquisadores validaram no Brasil uma metodologia capaz de mapear o acúmulo de peptídeo beta-amiloide no cérebro humano por meio de tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês). Em pacientes com Alzheimer, esse peptídeo se agrupa de forma anômala e promove a deposição de placas no córtex cerebral.

A metodologia, aliada a outras análises, constitui uma ferramenta importante para diferenciar casos de doença de Alzheimer de outras demências degenerativas. Embora já tenha sido testada em voluntários, ainda não está liberada para uso na rotina clínica.
No estudo, resultado de um Projeto Temático, a equipe de pesquisadores validou a metodologia de produção de um radiofármaco.

Denominado 11C-PIB, o radiofármaco atua como um marcador do acúmulo de peptídeo beta-amiloide no cérebro humano. Ele foi desenvolvido na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, é um produto sem patente e com comercialização limitada, sobretudo por ter meia-vida física muito curta – faz uso de um radioisótopo (carbono-11) para marcar a molécula.

"Durante o projeto de pesquisa, foi possível produzir o radiofármaco no Brasil, visto que já era utilizado em grandes centros de pesquisa fora do país. Além de conseguirmos validar a metodologia, fizemos testes pré-clínicos em animais e, na sequência, a metodologia foi aplicada em pacientes voluntários”, disse Geraldo Busatto Filho, coordenador do Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e coordenador do temático.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em idosos, sendo responsável por cerca de 70% dos casos. Seu diagnóstico, no entanto, ainda é complexo, por vezes tardio e feito por exclusão de outras causas de demência. Isso porque os processos neurodegenerativos que caracterizam a doença se iniciam anos antes de surgirem os primeiros sintomas, como perda de memória e dificuldade para acompanhar conversas mais complexas ou para resolver problemas.

De acordo com os pesquisadores, a validação de marcadores – como o 11C-PIB – tem o potencial de viabilizar o diagnóstico precoce e mais preciso, além de dar uma nova perspectiva para a doença, permitindo que no futuro novos tratamentos sejam testados.

Vale mais do que mil palavras

Depois de validar no Brasil a metodologia de detecção de placas amiloide no cérebro, os pesquisadores usaram um software para construir “mapas cerebrais estatísticos”. Os gráficos mostram a comparação das médias de 17 voluntários com suspeita de Alzheimer com as de outros 19 idosos saudáveis (grupo controle). Os resultados e a validação da metodologia foram descritos em artigo publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria.
"Pelo mapa estatístico, é possível identificar facilmente o acúmulo de placas amiloides no grupo de pacientes com doença de Alzheimer, quando comparado ao grupo de voluntários saudáveis. As regiões do córtex estão claramente diferentes. Os mapas estatísticos são daquelas imagens que falam mais do que mil palavras”, disse Busatto.

O Projeto Temático foi realizado na FM-USP e envolveu, além do LIM21, os grupos do Centro de Medicina Nuclear, chefiado por Carlos Alberto Buchpiguel, o grupo da Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da FM-USP, capitaneado por Ricardo Nitrini, e o grupo do Ambulatório de Psiquiatria Geriátrica do Laboratório de Neurociências, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP, liderado por Orestes Forlenz.

Tudo cronometrado

Assim como a produção do radiofármaco, realizar o exame em pacientes voluntários não é das tarefas mais fáceis. Isso porque o produto é marcado com isótopo radioativo (carbono 11), que tem meia-vida física de apenas 20 minutos. Quando o isótopo decai, emite dois raios gama e forma a imagem das placas amiloide no equipamento de tomografia por emissão de pósitron.

No estudo com voluntários, o equipamento de tomografia ficou próximo (mesmo prédio) ao cíclotron – que produz o isótopo de carbono – e da unidade produtora do PIB, que é produzido para cada paciente de modo personalizado.

O radiofármaco é injetado na veia de pacientes e funciona como um marcador, ligando-se temporariamente à proteína amiloide agrupada no córtex cerebral até que desapareça por completo. O registro da emissão de raios gama usando equipamento de tomografia PET permite a construção da imagem na qual as placas amiloides do cérebro daquele paciente podem ser vistas de forma tridimensional. Como se vê, é preciso ter toda uma logística para que o teste seja feito antes de o radiofármaco desaparecer”, disse Buchpiguel.

Além do estudo já publicado, os pesquisadores estão comparando também o resultado do exame realizado em 120 indivíduos divididos em três grupos: pacientes diagnosticados com doença de Alzheimer, idosos saudáveis e idosos com comprometimento cognitivo leve.

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Múltiplos exames

Vale lembrar que o mapeamento cerebral pelo radiofármaco 11C-PIB não pode ser considerado, de forma isolada, um diagnóstico da doença de Alzheimer, nem um indicador de gravidade. Ele serve para diferenciar casos de Alzheimer de outras demências.

“Se um paciente saudável fizer o exame e der positivo (indicando que existem placas amiloides no cérebro), ele não vai sair com o diagnóstico de Alzheimer. Ele precisa ter os sintomas avaliados em associação com a imagem”, disse Daniele de Paula Faria, pesquisadora do Laboratório de Medicina Nuclear do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que também participou da coordenação do estudo.

De acordo com Busatto, a validação do exame no Brasil coincide com um momento-chave dessa área da neurociência no cenário mundial e coloca o grupo de pesquisadores da FM-USP em posição vantajosa para realizar estudos sobre a doença de Alzheimer.

“Em 2018, foi implementada pelo National Institute of Aging e pela Alzheimer's Association, nos Estados Unidos, uma atualização das diretrizes para fins de pesquisa que visam diagnosticar diferentes estágios da doença de Alzheimer. A doença deixa de ser diagnosticada apenas com base no conjunto de sintomas e sinais de demência e passa a ser definida também pela detecção das alterações patológicas cerebrais mais características do quadro, seja por meio de exames do cérebro dos pacientes após a morte ou por novos biomarcadores avaliados em vida”, disse.

Busatto afirma que o exame de PET para avaliação de placas amiloides no córtex cerebral é um desses biomarcadores e, nesse novo cenário, ele fica consolidado como um dos instrumentos de pesquisa mais importantes para definir se uma pessoa tem ou não alterações patológicas de Alzheimer. “Em países com acesso à tecnologia, o exame tem sido associado aos critérios clínicos e neuropsicológicos usados para a identificação de sintomas demenciais e déficits cognitivos. A combinação de testes reforça a hipótese diagnóstica de doença de Alzheimer e descarta outras causas de demência”, disse.

De acordo com Busatto, em diagnósticos baseados apenas em sintomas, erra-se em pelo menos 30% dos casos. “Os estudos, no entanto, estão mostrando que, se disponibilizarmos esse tipo de exame numa clínica de memória, uma parte dos pacientes vai ter o seu diagnóstico mudado. É algo que pode ser muito importante em termos de saúde pública no futuro”, disse Busatto.

Testes conjuntos

No Projeto Temático, o grupo de pesquisadores também trabalhou com exames de PET usando outro biomarcador, o fluorodesoxiglucose (FDG). Esse radiofármaco, marcado com o isótopo flúor-18 (18F-FDG), serve para o mapeamento do metabolismo de glicose no cérebro. Diferente do usado para a placa amiloide, ele funciona como marcador da atividade neural.

Aprovado há muitos anos, o exame também reforça o diagnóstico da doença de Alzheimer. “Ele consegue verificar a evolução e a gravidade do comprometimento cerebral na doença de Alzheimer. Também auxilia na diferenciação entre a doença de Alzheimer e outras formas de demência”, disse Buchpiguel.

De acordo com o pesquisador, um sinal típico do comprometimento neuronal da doença de Alzheimer consiste na perda de capacidade das células cerebrais de metabolizar glicose, como reflexo da diminuição da sua atividade funcional. “Com o 18F-FDG, é possível obter imagens que identificam as áreas do cérebro onde houve alteração de captação e de concentração do 18F-FDG, ou seja, locais nos quais as células neurais pararam de funcionar, ou diminuíram o funcionamento, apesar de estarem presentes”, disse Buchpiguel.

O exame com 11C-PIB para mapeamento de placas amiloides detecta alterações neuropatológicas consideradas características da doença de Alzheimer e, de acordo com os pesquisadores, pode possibilitar a detecção mais precoce da deposição destas placas.

Já o exame metabólico (PET 18F-FDG) é um marcador das alterações de neurodegeneração que geralmente acompanham o início das dificuldades cognitivas. Quanto mais os sintomas progridem, maior é o déficit de metabolismo da glicose nas regiões cerebrais comprometidas pela doença de Alzheimer.

No estudo realizado no Projeto Temático, cada indivíduo pesquisado fez exames de ressonância magnética, além dos exames de PET para mapeamento de placas amiloides (PET 11C-PIB) e 18F-FDG. Com isso, o grupo criou um dos primeiros e mais amplos bancos de dados da América Latina de idosos avaliados com PIB-PET e outros marcadores de neuroimagem recrutados em um mesmo polo de pesquisa.

“Além das avaliações clínicas e cognitivas, o banco de dados tem o que chamamos de protocolo de neuroimagem multimodal. Isso porque realizamos, nos três grupos, exames de ressonância magnética além das avaliações de PET. Conseguimos uma gama de dados que nos permite fazer várias comparações entre as diferentes informações sobre a estrutura e o funcionamento cerebral. Teremos bastante trabalho pela frente”, disse Busatto.

O chamado protocolo multimodal de ressonância magnética, executado a partir da parceria com o Laboratório de Neurorradiologia do Hospital das Clínicas da FM-USP, vai permitir a avaliação do volume das diferentes regiões cerebrais, buscar pequenas lesões vasculares, observar a integridade dos feixes de substância branca e também a conectividade funcional (a forma como o cérebro é organizado no seu funcionamento de grandes redes).

Estamos fazendo correlações entre marcadores, dados clínicos e imagens cerebrais nos mesmos pacientes da pesquisa. Esse estudo de marcadores complementares entre si pode nos ajudar a saber até que ponto os pacientes com comprometimento cognitivo leve são potenciais conversores para a doença de Alzheimer, além de trazer informações sobre as diferentes fases de evolução da doença”, disse Buchpiguel.

 

Agência Fapesp