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O glaucoma é uma doença ocular capaz de causar cegueira se não for tratada. É uma doença crônica, que não tem cura, mas pode ser controlada se tratada de forma adequada e contínua.

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Em 80% dos casos não há sintomas no início. Existem fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença: idade avançada, hipertensão ocular, miopia elevada, raça negra e hereditariedade.

O portador de glaucoma não tratado pode apresentar perda de visão periférica, e, nos estágios mais avançados, a visão central também poderá ser afetada, podendo evoluir para cegueira. A doença pode ser detectada somente através de um exame oftalmológico cuidadoso. Procure o seu oftalmologista.

Dra. Márcia Letícia, Especialista em Glaucoma e Membro da Sociedade Brasileira de Glaucoma.

 

ASCOM

lentecontatoEm 2016, em um dia de jogo do seu time do coração, o Atlético Mineiro, pela Copa Libertadores da América, o engenheiro Kaell Braga, de 37 anos, repetiu uma ação muito comum no seu dia a dia: colocar as lentes de contato.

Só que daquela vez ele não teve o cuidado adequado - em vez de usar os produtos certos para desinfecção, optou pela água da torneira.

A partir daí, foram mais de dois anos de luta contra uma doença rara e gravíssima, a ceratite por Acanthamoeba, infecção crônica da córnea causada pelo protozoário parasita Acanthamoeba spp.

"Antes disto acontecer, eu estava sentindo um desconforto no olho esquerdo. Fui ao hospital e a oftalmologista que me atendeu disse que se tratava de um defeito epitelial na camada mais externa do tecido corneano, que eu acredito ter sido causado em uma brincadeira com a minha filha", relembra.

A médica o orientou, então, a usar uma pomada durante cinco dias e ficar sem a lente neste período. Porém, apenas três dias depois, na data da partida do seu clube, ele, com os ingressos já comprados, decidiu não seguir uma parte das recomendações, e trocou os óculos de grau pela lente de contato.

"O desconforto que eu sentia antes piorou, e meu olho também começou a lacrimejar. Voltei a passar a pomada porque achei que era o mesmo problema, mas dessa vez o tratamento não surtiu efeito. Retornei ao hospital e, depois de duas consultas, me encaminharam para um especialista em córnea", recorda.

Em junho de 2016, ele recebeu o difícil diagnóstico, resultado justamente daquela - aparentemente inofensiva - lavagem da lente. O que acontece é que a Acanthamoeba spp. está disseminada no ambiente, especialmente na água, seja ela doce ou salgada e, não se sabe ainda o porquê, "gosta" de lentes de contato.
O tratamento de Braga foi feito, inicialmente, com o uso de cinco colírios diferentes, que deviam ser pingados quase de hora em hora, inclusive de madrugada.

"Minha visão foi totalmente afetada, eu não enxergava nada e também sentia uma dor absurda no olho. Tive de me afastar do trabalho por um tempo."

Após alguns meses, ele até conseguiu se curar da ceratite, porém, o uso prolongado de medicamentos tão potentes acabou prejudicando seriamente sua córnea. Foram inúmeras as tentativas para recuperá-la, como o uso de soro autólogo, feito a partir do seu próprio sangue, e implante de membrana amniótica.

Nada disso resolveu, e a solução final foi o transplante de córnea. A cirurgia ocorreu em março deste ano e, com ela, por ora, ele conseguiu recuperar um pouco da visão - sua acuidade visual atual é, na terminologia médica, de 20/50 - parcial -, o que já é um bom índice para o seu caso.

O engenheiro ainda teve de fazer uma operação para tratar a catarata, mais uma decorrência da Acanthamoeba spp. Por conta destes dois procedimentos, ele ficou sete meses de licença.

"Agora já consigo fazer atividades básicas e até dirigir. Também voltei ao trabalho. Minha vida, finalmente, começa a voltar ao normal", comemora.


Causas e números
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da ceratite por Acanthamoeba são se expor à água, seja de chuveiro, mar, banheira, jacuzzi e piscina, usando lente de contato, em especial a do tipo gelatinosa. Vale enfatizar que, como o parasita gosta de viver neste ambiente, qualquer pingo pode representar uma ameaça. O descuido com a higiene das mãos no manejo das lentes também ajuda na sua propensão.

Apesar de rara, a doença tem preocupado cada vez mais os especialistas, e isso no mundo todo. O último alarme foi relatado recentemente no British Journal Ophthalmology, publicação científica inglesa. Analisando dados no intervalo de 1984 a 2017, os pesquisadores descobriram um surto no país entre 2011 e 2017.

A literatura médica indica que os casos foram mais frequentes na década de 1980 nos Estados Unidos e na Inglaterra. No Brasil, os primeiros apareceram há cerca de 30 anos.

"Hoje, atendemos de dois a três pacientes por semana, o que é um número muito alto", afirma Denise de Freitas, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e professora do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


De acordo com a especialista, a infecção por Acanthamoeba spp. tem um potencial devastador, e é a pior que a pessoa pode pegar nos olhos. "Ela é tão violenta que pode levar à perda do globo ocular", afirma.


Além de ter os piores prognósticos, os pacientes mais gravemente afetados (cerca de um quarto do total) acabam com menos de 25% de visão ou ficam cegos após um tratamento prolongado - pode durar até 10 meses. No geral, 25% dos casos requerem transplantes de córnea. Há ainda situações em que se faz necessário retirar o globo ocular e substituí-lo por prótese de acrílico e olho de vidro.

Os Estados Unidos e a Inglaterra preconizam que há mais chances de sucesso quando a infecção começa a ser tratada nas primeiras duas semanas.

"O problema é que no Brasil as pessoas procuram os médicos depois de dois meses, então o início do uso de medicamentos é tardio", diz Denise.

Sintomas e prevenção
Os sintomas da ceratite por Acanthamoeba, que, normalmente, afeta a população jovem e economicamente ativa, são traiçoeiros, começando com desconforto, ardência, coceira, fotofobia e lacrimejamento em apenas um ou nos dois olhos, o que faz com que seja facilmente confundida com outras doenças oculares.

"Só que aos poucos a situação vai piorando e, uma vez instalada a infecção, causa dor intensa. Com isso, o indivíduo não consegue comer, dormir, trabalhar... é um sofrimento imenso", destaca a professora da EPM/Unifesp.

Keila Monteiro de Carvalho, professora titular de Oftalmologia da Faculdade de Ciências Médicas (FMC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), comenta que o diagnóstico é difícil e os tratamentos disponíveis são longos e não totalmente eficazes - ele é feito com o uso de colírios, e alguns não existem no Brasil, tendo de ser importados da Europa ou dos Estados Unidos, e antibióticos.

"O tratamento leva meses e há possibilidade de recidiva. Infelizmente, o transplante de córnea continua sendo a última solução em caso de infecção grave. Espera-se que a conclusão recente do genoma da Acanthamoeba spp. agilize a identificação de novos alvos farmacológicos (locais na estrutura do agente infeccioso em que os medidamentos podem atuar)."
É importante salientar que esse tipo de infecção ainda pode trazer outras consequências, como glaucoma, catarata, inflamação da esclera e da retina, queda da pálpebra e cegueira. A depressão é mais uma decorrência comum.

Para evitar a ceratite por Acanthamoeba, o mais importante é não se expor à água quando estiver com lente de contato e ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora da colocação.

Keila recomenda ainda descartar a solução de desinfecção de lentes usada diariamente, limpá-las com solução nova todos os dias, trocar os estojos a cada três meses e substituir as lentes nos períodos determinados pelo fabricante.

"Sem dúvida, a visita frequente ao oftalmologista também é fundamental", finaliza.

 

BBC

Foto: BBC

Banhos quentes regulares podem ajudar a melhorar o ânimo de pessoas com depressão.

A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Freiburg, na Alemanha, e tem a ver com nosso ritmo circadiano, ou seja, com mudanças físicas e bioquímicas que o corpo sofre ao longo do dia - o nosso relógio biológico.

Na depressão, esse padrão é frequentemente interrompido.

Os pesquisadores afirmam que um bom banho à tarde, com temperatura na casa dos 40°C por até 30 minutos, ajuda a elevar a temperatura do corpo e restaurar o ritmo circadiano. Também melhora o padrão de sono.

A depressão é o mais comum dos transtornos mentais, mas sua causa principal ainda é desconhecida.

Dados de 2015 da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 11,5 milhões de brasileiros (ou quase 6% da população) sofriam com a doença no período.

O tratamento inclui normalmente terapia, exercícios e antidepressivos.

Mas o estudo conduzido na Alemanha afirma que o banho pode superar os benefícios do exercício físico, além de ser um tratamento mais acessível para aqueles com depressão leve ou moderada.

 

BBC News Brasil

infartoAs mulheres que fumam, sofrem de diabetes ou hipertensão correm mais risco de ter um ataque cardíaco do que homens nas mesmas condições, afirma uma pesquisa ampla liderada por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O estudo monitorou cerca de 500 mil pessoas entre 40 e 69 anos cadastradas no banco de dados de saúde UK Biobank.

Ao longo de sete anos, 5.081 participantes tiveram seu primeiro ataque cardíaco - e um em cada três eram mulheres.

De uma maneira geral, os homens ainda são três vezes mais propensos do que as mulheres a ter um ataque cardíaco.

Mas, embora o risco de infarto seja menor em mulheres do que em homens em todas as faixas etárias, certos fatores de risco parecem ter um impacto maior sobre as mulheres.

De acordo com a pesquisa, as mulheres que fumavam tinham três vezes mais chance de ter um ataque cardíaco do que aquelas que não fumavam - mas, no caso dos homens, o hábito de fumar apenas dobrou o risco.

A hipertensão, por sua vez, aumentou em 83% o risco nas mulheres, em relação a seu efeito nos homens.

O estudo também concluiu que o diabetes tipo 1 e tipo 2 teve um impacto maior sobre o risco de infarto em mulheres na comparação com os homens,

Os pesquisadores dizem não saber por que esses fatores diferem de acordo com o sexo. Embora nenhuma conclusão possa ser tirada sobre causa e efeito, eles têm algumas teorias.
Fatores biológicos podem ajudar a explicar. Por exemplo, o diabetes tipo 2, que geralmente está associado a maus hábitos alimentares e a um certo estilo de vida, pode ter um impacto diferente no coração feminino em relação ao masculino.

"É algo complexo que acontece no longo prazo, provavelmente causado por uma combinação de fatores - biológicos e sociais", diz Elizabeth Millett, principal autora do estudo e epidemiologista do Instituto George para Saúde Global, da Universidade de Oxford.

Em artigo publicado na revista científica BMJ, os pesquisadores alertam que as mulheres muitas vezes não percebem que correm o risco de desenvolver doenças cardíacas - e sugerem que elas podem não estar recebendo o atendimento e tratamento adequados.

Segundo os autores, elas deveriam ter acesso aos mesmos tratamentos dos homens e receber, por exemplo, apoio para parar de fumar. Além disso, os médicos também deveriam ser mais eficientes em identificar o risco em pacientes do sexo feminino.

"A doença cardíaca também afeta as mulheres e isso precisa ser reconhecido", afirma Millett.

"As mulheres precisam estar cientes de que correm risco, mas, apesar das diversas campanhas, isso ainda não está no radar da maioria das mulheres."

Em um editorial publicado junto do estudo, os cientistas afirmam que os homens podem ser mais propensos a enfartar, mas a doença cardíaca é a que mais mata mulheres no Reino Unido.

Millett acredita que, no futuro, com o envelhecimento da população, as mulheres podem começar a apresentar uma taxa geral de ataques cardíacos semelhante a dos homens.

Mas, segundo os pesquisadores, as mulheres com diabetes, pressão alta e que fumam "devem considerar um nível de risco comparável ao de muitos homens".

Sintomas de ataque cardíaco

- Dor no peito - sensação de pressão, aperto no centro do peito

- Dor em outras partes do corpo - pode parecer que a dor irradia do peito até os braços (geralmente é no braço esquerdo, mas pode afetar ambos os membros), mandíbula, pescoço, costas e abdômen

- Vertigem ou tontura

- Sudorese

- Falta de ar

- Enjoo

- Sensação forte de ansiedade (semelhante a um ataque de pânico)

- Tosse ou chiado

Embora a dor no peito costume ser forte, algumas pessoas podem sentir apenas um pequeno incômodo, semelhante à indigestão. Em alguns casos, a dor no peito pode ser inexistente, especialmente em mulheres, idosos e pessoas com diabetes.

 

BBC News Brasil

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