• IMG_2987.png
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

A bactéria pneumococo pode ser encontrada no nariz de uma pessoa, mas não necessariamente provoca a doença no paciente.

Conforme explicam pesquisadores, para haver pneumonia a bactéria precisa estar no pulmão.

“O corpo naturalmente mata ou evita que o pneumococo - que está colonizado no nariz - vá para o pulmão e cause pneumonia. Pessoas que estão com sistemas imunológicos normais geralmente não têm pneumonia, apesar de ter essa colonização [da bactéria], ou seja, apesar de expostas ao pneumococo”, disse Helder Nakaya, pesquisador e professor da Faculdade de Ciências de Farmacêuticas da USP.

No entanto, por algum motivo, principalmente em pacientes mais vulneráveis, a bactéria sai do nariz e é transportada para o pulmão.

Vírus da gripe

O estudo mostrou que, por causa do vírus da gripe, houve um grande aumento das bactérias do nariz dos voluntários que participaram do estudo.

Os mecanismos imunológicos para combater a colonização de pneumococos já tinham sido estudados em camundongos, mas eram ainda pouco conhecidos em humanos.

 “Conseguimos mostrar que, quando o vírus da gripe infecta a região nasal, a colonização [de pneumococo] aumenta e a chance de isso virar uma pneumonia também aumenta. Conseguimos mostrar que a gripe realmente torna você mais suscetível a pegar pneumonia”, disse Nakaya.

Segundo ele, a infecção pelo vírus da gripe causa uma supressão do sistema imune, a bactéria da pneumonia se instala em maior número e a chance de ela ir para o pulmão é maior.

O professor ressalta a importância da pesquisa para que se possa pensar em estratégias de tratamento e prevenção da pneumonia.

Devido a essa relação, Nakaya alerta também para os efeitos da vacina contra a gripe se estenderem na prevenção da pneumonia. “Se você evita ter a gripe, você evitar ter pneumonia também. A vacina da gripe é importante justamente para não deixar o vírus da gripe se estabelecer e causar enfraquecimento da imunidade e permitir que o pneumococo colonize”, finalizou.

 

Agência Brasil

 

poluiçaoA poluição do ar mata cerca de 600 mil crianças todos os anos e causa sintomas que variam de perda de inteligência a obesidade e infecções de ouvido, mas há uma limitação ao que pais podem fazer, disse um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (29).

Pais devem tentar evitar poluição do ar dentro das casas utilizando óleos menos poluentes para cozinhar e na calefação e não devem fumar, mas para reduzir a exposição de crianças à poluição ambiental eles podem precisar fazer lobby para que políticos limpem o meio ambiente, disseram especialistas da OMS.

"O ar poluído está envenenando milhões de crianças e arruinando suas vidas", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado. Grandes partes da Ásia, África e América Latina estão entre os mais afetados.

"Isso é imperdoável. Toda criança deveria poder respirar ar limpo para que possam crescer e alcançar seu máximo potencial."
O relatório da OMS, "Receitando ar limpo", resumiu os mais recentes conhecimentos científicos sobre o efeito da poluição do ar sobre crianças, que afeta cerca de 93% delas ao redor do mundo.

Maria Neira, chefe de determinantes ambientais de saúde da OMS, disse que as descobertas preocupantes destacadas no estudo, incluindo a evidência de que a poluição causa partos prematuros ou natimortos, bem como doenças na vida adulta, deveria levar a mudanças de políticas ao redor do mundo.

 

Reuters

Foto: Nelson Antoine/Estadão Conteúdo

Você sabia que o "relógio biológico" não é exclusividade dos seres humanos?

Aparentemente todos os seres vivos – incluindo pequenos fungos e bactérias – têm um ciclo circadiano: processo biológico que leva cerca de 24 horas e marca o ritmo da nossa existência.

Mas você sabe o que é isso e como te afeta?

1. Os ritmos circadianos existem há muito tempo
Acredita-se que as primeiras células da Terra foram danificadas pela radiação ultravioleta emitida pelo Sol e se adaptaram ao passar por um processo de regeneração à noite.

2. Não é só você que tem
Acredita-se que qualquer forma de vida que absorva energia da luz solar tenha algum tipo de ritmo circadiano, para aproveitar ao máximo a luz e a escuridão.

Experimentos mostraram que as folhas de acácia mimosa vão continuar abrindo e fechando no escuro, seguindo seus próprios ritmos circadianos, ao invés do sol.

3. Eles dão sentido à vida
Os ritmos circadianos permitem que os organismos antecipem certos eventos, como a noite e o dia, o inverno e o verão, e assim se preparem para eles.

4. Você tem um relógio principal
Ele fica no hipotálamo, localizado no cérebro e, como um condutor, envia sinais reguladores para todo o corpo em diferentes momentos do dia.

5. E também tem relógios periféricos
Todos os órgãos e tecidos corporais têm relógios extras, que são sincronizados pelo relógio mestre em seu cérebro.

6. E há relógios em todas as células
Cada célula do seu corpo tem a capacidade de gerar oscilações de 24 horas.

7. Ciclo anual
No inverno, à medida que as noites ficam mais longas e o sono aumenta, o cérebro libera mais melatonina – hormônio que regula o sono e a vigília.

Muitos animais, como os cervos, reagem a isso se preparando para acasalar ou hibernar.
Acredita-se que os seres humanos produzam mais anticorpos no inverno para combater doenças.

8. A luz do dia mantém você 'ajustado'
Se você passar o tempo todo no escuro, seu relógio biológico fica fora de sintonia com o relógio de 24 horas.

Existem sensores nos seus olhos que detectam a luz e enviam sinais para a parte do cérebro que mantém os relógios do seu corpo sincronizados.

9. É hora de domir?
A partir do momento em que você acorda de manhã, o sono vai se acumulando.

No entanto, você normalmente não adormece até que seu relógio biológico diga que está na hora de ir para a cama.

10. Jet lag
Você sente o jet lag – aquela sensação de cansaço profundo, irritabilidade e mal-estar – quando o relógio principal do seu corpo está marcando uma hora e outras partes do seu organismo, como fígado, intestino e músculos, estão em horários ligeiramente diferentes.

O corpo leva cerca de um dia para se adaptar a cada hora de diferença de fuso horário.

11. Jet lag social
Quem trabalha em turnos noturnos ou apresenta um descompasso entre seu relógio biológico e sua vida social pode sofrer com o chamado "jet lag social".

É a diferença entre o horário em que o corpo deseja acordar e a hora em que o despertador toca.

Estudos sugerem uma correlação entre essa condição e um aumento do risco de depressão, obesidade, doenças cardíacas, diabetes e câncer.

12. Deixe os adolescentes cansados dormirem até tarde
O aumento acentuado dos hormônios durante a puberdade deve atrasar o relógio em até duas horas.

Pedir a um adolescente que se levante às 7h é o mesmo que pedir a um homem de 50 anos para acordar às 5h.

Mais tarde, voltamos aos padrões de sono e vigília que tínhamos antes da puberdade.

 

BBC

avcO acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC, é a segunda maior causa de mortes no mundo. O neurorradiologista José Guilherme Caldas, do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que o problema pode ter duas causas: a falta de sangue no cérebro, que provoca o AVC isquêmico, e a ruptura de um dos vasos sanguíneos cerebrais, o AVC hemorrágico. De acordo com o médico, uma em cada seis pessoas poderá ter AVC durante a vida e, a taxa de AVC hemorrágico é mais comum entre as mulheres (60%) contra 40% dos homens. Já o AVC isquêmico não apresenta diferença entre os sexos.


O AVC isquêmico é causado pela obstrução das veias ou artérias, impedindo que o sangue chegue ao cérebro. O médico explica que o problema pode ser causado por colesterol alto, cigarro ou defeitos químicos, que fazem com que o paciente apresente mais coagulações.


Já o AVC hemorrágico é provocado pela ruptura de uma das veias do cérebro, podendo causar danos cerebrais. A consequência é a perda de alguns movimentos e funções, que pode ser de maneira temporária ou permanente. Entre os fatores de risco estão hipertensão descontrolada, cigarro e obesidade.


Os sinais de um AVC isquêmico e AVC hemorrágico são parecidos. O neurorradiologista aponta que um dos principais meios de identificar se uma pessoa está tendo um AVC é o fato de não conseguir falar, de fazer contas básicas ou apresentar a boca torta. Segundo o cardiologista, para verificar esse sintoma, é necessário pedir ao paciente que ele tente repetir algumas palavras ou tentar fazer um biquinho com a boca, como se fosse assobiar.


A perda da sensibilidade é outro importante sinal, conforme afirma o cardiologista. É caracterizada por formigamento, especialmente nas mãos e nos braços e, ao pedir que alguém o toque, ou tocar a si mesmo, não sente nada.


A perda da força é outro sintoma. O médico explica que quando ocorre o AVC, o paciente não tem forças para levantar um copo com água. Não conseguir beber a água ou levantar a perna ou até mesmo se mexer também são sintomas.


Outro sintoma que ocorre principalmente no AVC hemorrágico é uma dor de cabeça imensurável, de acordo com Caldas. O médico afirma que, às vezes, a dor é tão forte que pode levar à perda da consciência. No caso de sintomas como a perda parcial da visão e visão dupla, o médico afirma que esses casos acontecem em AVC isquêmico, pois o coágulo passa pela artéria carótida e, quando passa atrás do olho, afeta a visão.

 

O médico afirma que o AVC costuma ocorrer em pessoas a partir dos 40 anos, quando é recomendada a ultrassonografia arterial para o rastreamento de problemas. Caso seja encontrada alguma evidência de risco, é aconselhado que o paciente faça tratamento medicamentoso, seja para afinar o sangue, como para controlar problemas como colesterol e hipertensão.


De maneira a prevenir o AVC, o médico recomenda um estilo de vida saudável, sem álcool e cigarro, evitar gorduras, ter alimentação equilibrada e fazer exercícios. "Não é necessário que a pessoa pegue pesado ou faça exercícios de academia. Uma caminhada todos os dias, ou até a cada dois dias, ajuda a ativar a circulação e a prevenir um AVC", afirma.


O médico lembra que o AVC é uma emergência médica e a rapidez para o atendimento - em até quatro horas - pode ser decisivo para reverter o quadro. "É importante levar ao pronto-socorro o mais rápido possível", afirma. Assim que o paciente chega ao hospital, ele passa pela triagem, onde, assim que levantada a suspeita, enfermeiros acionam um botão de alerta. Caso o hospital não tenha esse recurso, o paciente é enviado para um centro de atendimento que possua atendimento para esse problema.

 

R7

Foto: Pixabay