• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

canabidiolA Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou os pais de uma criança com paralisia cerebral a importar diretamente do exterior um medicamento a base de canabidiol, uma substância existente na folha da Cannabis Sativa, a planta da maconha. Segundo o tribunal, a decisão, tomada na última terça-feira (14), é inédita no STJ.

A família ganhou autorização após comprovar que o medicamento é necessário para conter cerca de 240 crises epiléticas por mês sofridas por sua filha. Segundo os pais, que são de Pernambuco, os médicos que acompanham a criança receitaram o canabidiol como terapia alternativa diante da ineficácia dos tratamentos tradicionais.
Após serem orientados a comprar o medicamento, os pais passaram a importá-lo por conta própria, mas, diante da legislação que impede a importação direta e a comercialização do canabidiol, eles entraram com ação contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para receber o remédio. A autorização foi concedida pela Justiça de Pernambuco, mas a União recorreu ao STJ para derrubar a decisão.

Segundo a Anvisa, medicamentos sem registro no Brasil podem ser importados por pessoa física. O procedimento é possível por meio de pedido excepcional de importação para uso pessoal. Os pedidos devem ser protocolados na agência, onde serão analisados pelos técnicos que levam em conta aspectos como a eficácia e a segurança do produto e se eles estão devidamente registrados em seus países de origem ou em outros países. A importação, conforme a Anvisa, também é possível em relação a medicamentos classificados como substância de uso proscrito, como é o caso da maconha.

 

Agência Brasil

REUTERS/Jose Luis Gonzalez

vaczikaOs Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos iniciaram testes clínicos em humanos para uma vacina experimental contra o vírus da zika desenvolvida por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês).

"O Niaid segue comprometido com o desenvolvimento de vacinas seguras e efetivas contra o vírus da zika, e estamos felizes de começar os testes clínicos com uma vacina atenuada", afirmou nesta quinta-feira em comunicado o diretor do instituto, Anthony Fauci.

Essas vacinas são aquelas que têm micro-organismos vivos ou debilitados previamente e cujo propósito é provocar uma resposta defensiva do corpo para a prevenção de certas doenças.

Atualmente, não estão disponíveis vacinas autorizadas para a infecção pelo vírus da zika, que é transmitido aos humanos principalmente pela picada de um mosquito infectado e também através do sexo, mas vários centros se encontram em diversas etapas de desenvolvimento.

O teste inclui um total de 28 adultos sadios com entre 18 e 50 anos que serão avaliados no Centro de Pesquisas de Imunização da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (Maryland) e no Centro de Testes de Vacinas da Universidade de Vermont.

A equipe dirigida pelo cientista Stephen Whitehead, do Niaid, utilizou técnicas de engenharia genética para desenvolver um chamado vírus quimérico, criado através da combinação de genes de vários vírus.

O vírus quimérico está vivo, porém atenuado, por isso não pode provocar a doença nos receptores. Quando é injetado no corpo, o vírus enfraquecido deve provocar uma resposta do sistema imunológico.

A primeira fase dos testes clínicos analisará a resposta imunológica nos participantes e avaliará a segurança da vacina experimental, cujos resultados foram "promissores" em testes anteriores em macacos, de acordo com os cientistas.

Todos os 28 participantes serão distribuídos aleatoriamente para receber uma única dose subcutânea da vacina experimental (20) ou um placebo (oito).

Nem os participantes, nem os pesquisadores, saberão quem está recebendo a vacina experimental.

Depois da vacinação, os participantes receberão um diário para registrar sua temperatura em determinados momentos e suas amostras de sangue. Além disso, outros indicadores serão analisados durante seis meses.

Os pesquisadores estudarão essas amostras para ver se os participantes desenvolvem ou não anticorpos em resposta à vacina experimental.

 

EFE

Scott Olson/Getty Images

De acordo com dados divulgados no ano passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,7 milhão de crianças menores de cinco anos morrem anualmente devido à poluição ambiental. Uma das causas, segundo novo estudo, pode ter relação com o uso de carrinhos de bebê em vias onde o tráfego de veículos é intenso. Um simples passeio pode expor as crianças a cerca de 60% a mais de poluição quando comparadas aos adultos. A poluição já foi relacionada ao aumento de problemas neurológicos.

A pesquisa, publicada na revista Environment International, explica que o nível de exposição é maior, pois o equipamento é baixo e, portanto, mais próximo do chão e mais perto dos gases poluentes liberados pelos canos de escapamento dos veículos. Além disso, os riscos para a saúde são maiores porque as crianças são pequenas e mais frágeis por ainda estarem em fase de desenvolvimento.


Por causa disso, os pesquisadores recomendam aos pais que evitem usar carrinhos de bebê muito baixos em ruas e avenidas movimentadas. Eles também indicam o uso de uma cobertura protetora para reduzir a exposição aos poluentes.


Partículas poluentes
De acordo com especialistas, a poluição do trânsito – proveniente de carros, ônibus e caminhões – contém altos níveis de metais tóxicos que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral dos bebês, danificando o lobo frontal e afetando a capacidade cognitiva e neurológica, principalmente quando o tempo de exposição é prolongado. Após a revisão de pesquisas anteriores, os cientistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra, descobriram que, dentro do carrinho de bebê tradicional (geralmente mais baixos), a cabeça das crianças fica a uma altura de 0,55 a 0,85 metro acima do solo.

Como a quantidade de partículas finas poluentes é mais elevada no primeiro metro acima do nível do solo, as crianças acabam sendo expostas a até 60% a mais de poluição do que os adultos. Isso representa uma ameaça, especialmente porque as partículas tóxicas emitidas pelo escapamentos dos veículos são consideravelmente maiores para os pulmões e vasos sanguíneos das crianças em comparação aos dos adultos.

“Quando você considera como eles [bebês] são vulneráveis nesta fase inicial da vida, é extremamente preocupante que eles estejam sendo expostos a esses níveis perigosos de poluição”, comentou Prashant Kumar, um dos autores do estudo, ao The Telegraph.

Como diminuir os riscos
Os pesquisadores aconselham que os adultos procurem utilizar carrinhos de bebê mais altos – como o modelo usado por Kate Middleton durante o batizado da princesa Charlotte, que ocorreu no mês passado. Por serem mais altos, essa versão reduz o nível de exposição. Além disso, usar carrinho de bebê em áreas com menor tráfego pode ajudar a contornar os riscos à saúde, assim como usar a cobertura protetora e evitar pontos críticos de poluição, como semáforos e paradas de ônibus.

Pensando globalmente, a equipe recomendou a governos e setores industriais a diminuição das emissões de poluentes de veículos grandes, como caminhões, e o incentivo ao uso do transporte público. “Para ajudar a proteger a saúde das crianças, precisamos promover alternativas aos carros movidos a gasolina e diesel”, acrescentou Jonathan Grigg, do Royal College of Pediatrics and Child Health, no Reino Unido, à BBC.

Já Stefan Reis, do Centro de Ecologia e Hidrologia, comentou a importância do estudo para estimular projetos que solucionem o problema da poluição. “A pesquisa é convincente e importante para a avaliação tanto das fontes de emissões de poluentes do ar como os fatores locais, individuais e comportamentais que contribuem para a exposição. Com isso, pode ser possível a criação de projetos de intervenções”, concluiu.

 

veja

Enquanto você lê esta matéria, pode ser que algumas células da sua retina tenham morrido. Pelo menos é o que indica estudo publicado na revista Scientific Reports. Segundo os pesquisadores, a luz azul – emitida pelas telas de smartphones, laptops e outros dispositivos digitais – é extremamente prejudicial à visão.

smartOs pesquisadores alertam para o fato de que estamos constantemente expostos a esses dispositivos e que as estruturas do olho, como a córnea e a retina, não são capazes de bloquear ou refletir essa luz, deixando-nos vulneráveis a efeitos danosos.  O grande risco é que a exposição prolongada à luz azul provoca a morte das células fotorreceptoras (sensíveis à luz), uma das causas da degeneração macular, uma condição incurável que causa cegueira.

Os resultados do estudo atual foram baseados na análise de imagens de células vivas. O experimento revelou que a luz provoca alterações na membrana plasmática das células oculares, interrompendo suas funções. Segundo os cientistas, o estudo conseguiu elucidar como esses danos ocorrem, o que pode ajudar na criação de tratamentos capazes de retardar a degeneração macular.

Prejuízos à visão

A equipe explica que o contato da retina com a luz azul desencadeia reações que destroem as células fotorreceptoras. Uma vez destruídas, elas não se regeneram; portanto, não é possível reverter o dano.

Os cientistas também descobriram que, em laboratório, a luz azul é capaz de causar a morte de células de outras partes do corpo, como as cardíacas e os neurônios, por exemplo. “A toxicidade gerada pela luz azul é universal. Pode matar qualquer tipo de célula”, explicou Ajith Karunarathne, principal autor da pesquisa, ao The Guardian.

 “Ao aprender mais sobre os mecanismos da cegueira em busca de um método para interceptar reações tóxicas causadas pela combinação de luz azul e retina, esperamos encontrar uma maneira de proteger a visão das crianças que crescem em um mundo de alta tecnologia”, disse Karunarathne à Fox News.

Enquanto isso, os pesquisadores recomendam o uso de óculos com lentes que possam filtrar luz UV e luz azul, assim como evitar usar equipamentos eletrônicos no escuro, para diminuir os riscos de danos à visão.

Embora os cientistas tenham investigado os mecanismos pelos quais a luz azul pode prejudicar a visão, ainda são necessários mais estudos para medir o real impacto do uso desses dispositivos no surgimento de doenças.

Degeneração macular

A degeneração macular consiste em um comprometimento da mácula, pequena área da retina responsável pela visão dos detalhes. Quando a mácula é lesionada, os primeiros sintomas aparecem, como o embaçamento e a aparição de uma mancha escura no centro da visão. A doença costuma surgir com a idade, principalmente em pessoas acima de 60 anos, sendo por isso conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Entretanto, a exposição à luz azul pode acelerar esse  processo de morte celular. Outros fatores de risco envolvem histórico familiar, fumo e obesidade.

A DMRI consiste na destruição lenta e progressiva das células. Aos poucos, a retina morre, deixando um ponto cego que não pode ser revertido. A cirurgia pode reduzir a progressão da doença. O problema afeta tanto a visão de longe quanto a de perto, mas não prejudica a lateral ou periférica. Ainda assim, dificulta ou impede a realização de atividades simples como a leitura. No Brasil são registrados cerca de 2 milhões de casos por ano.

 

veja

iStock/Getty Images