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fadigaA fadiga pode ser um sintoma de endometriose. Um estudo realizado pelo Departamento de Endocrinologia Reprodutiva do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, publicado na revista Human Reproduction, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostrou que a prevalência da fadiga é mais que o dobro em mulheres com endometriose em comparação com as que não apresentam a doença.


Segundo os pesquisadores, a inflamação provocada pelas lesões no endométrio aumenta a produção de citocina, proteína que tem papel fundamental no quadro da fadiga.

A ginecologista Karla Zacharias, especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva, explica que fadiga é mais do que uma exaustão passageira. Ela se manifesta com cansaço ao acordar, fraqueza, letargia, preguiça, irritabilidade, sonolência e sensação de peso nas pernas ao longo do dia.

O estudo foi realizado com 1.120 mulheres, sendo 560 com endometriose e 560 sem a doença, durante seis anos. Ao longo desse período, elas responderam a questões relacionadas a histórico médico, qualidade de vida e saúde mental. Fadiga e insônia foram categorizadas em cinco níveis diferentes, variando de 1 (nunca) a 5 (com muita frequência).
A partir dos resultados, os pesquisadores concluíram que 51% das mulheres diagnosticadas com endometriose sofriam de fadiga com muita frequência em relação a 22,4% das mulheres sem a condição.

Fadiga e endometriose também foram associadas com um aumento de sete vezes na insônia, quatro vezes na depressão, duas vezes na dor e de 1,5 vezes no estresse no ambiente profissional.

Endometriose surge entre 25 e 35 anos

Cerca de 6 milhões de mulheres têm endometriose no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia (SBE). A doença pode ser assintomática, mas pode se manifestar também por meio de fluxo menstrual intenso, dor durante a relação sexual e infertilidade.
O endométrio reveste a parede do útero. É o local onde se implanta o embrião. Quando não ocorre a fecundação, a maior parte do endométrio é eliminado durante a menstruação. O restante volta a crescer e o processo se repete a cada novo ciclo menstrual.

A endometriose ocorre quando essas células do endométrio não expelidas migram no sentido oposto, crescendo em outras partes do corpo, como ovário, intestino, bexiga, reto ou peritônio.

“A relação da endometriose com a fertilidade se dá pelo fato dessa mucosa crescer nas tubas uterinas e prejudicá-las. Esse crescimento obstrui as tubas e impede o transporte do óvulo e dos espermatozoides, impossibilitando a fecundação”, explica Karla.

Saiba mais: Menstruação prolongada pode ser mioma. Entenda seu ciclo menstrual

Segundo ela, a doença é comum e, na maioria das vezes, diagnosticada entre 25 e 35 anos. “A endometriose dificilmente surge no climatério, pois o estímulo hormonal cessa nessa fase. “O que pode ocorrer é a persistência de focos antigos que ainda são sintomáticos”, diz.

Causa da doença ainda é desconhecida

A causa da endometriose ainda é desconhecida. A ginecologista ressalta que existem teorias que sugerem que a doença surge do refluxo de células endometriais pelas tubas uterinas. “Outra teoria sugere que as células endometriais provêm de células germinativas ovarianas e se diferenciaram em células endometriais em locais ectópicos”, explica.

Segundo a ginecologista, a fertilidade pode ser recuperada desde que se faça o tratamento adequado. Para conter a doença ainda em fase inicial, é realizado o bloqueio dos ciclos menstruais por meio de hormônios que impedem a ovulação, o crescimento do endométrio, e consequentemente, a menstruação.

Leia também: Entenda como o ciclo menstrual afeta positivamente o cérebro das mulheres

“Isso é feito com o intuito de minimizar o desenvolvimento da doença e aparecimento de novos focos. Dessa forma, a doença pode ser estabilizada e controlada”, afirma.

Mas, no caso de da chamada endometriose profunda, pode ser necessária cirurgia para a retirada dos focos e aderências. “A melhor forma de prevenir a endometriose é fazer visitas regulares ao seu ginecologista, para acompanhamento adequado, bloquear os ciclos menstruais, e adotar hábitos saudáveis como alimentação balanceada e atividade física”, orienta.

 

R7

Foto: Pixabay

porcosO Ministério da Agricultura detectou focos de peste suína em três cidades do interior do Ceará. O primeiro lugar com registro da doença foi o município de Forquilha, localizado na região norte do Estado, onde pelo menos 130 animais foram sacrificados em uma propriedade. O governo do Ceará decretou estado de emergência nas cidades com os focos da doença e alertou os produtores que não recebam ou vendam porcos para outras cidades. O Piauí está acompanhando a evolução dos casos e através dos órgãos de defesa vem tomando ações preventivas para conter o alastramento da doença nos municípios piauienses.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Piauí (CRMV-PI), Anísio Lima, a peste suína clássica não é transmitida ao ser humano. A enfermidade gera impacto econômico na suinocultura, uma vez que rebanhos acometidos pela doença devem ser sacrificados. Ele também faz um alerta ao Governo para que ofereça condições estruturais aos órgãos públicos, para a prevenção da doença e assim, impedir o seu alastramento.

“Temos um foco no estado do Ceará e há uma necessidade de fortalecimento das barreiras móveis e fixas na entrada dos suínos. A suinocultura é uma realidade no Piauí, onde houve um crescimento exponencial dessa atividade no Estado. Essa doença não é uma zoonose, o seu impacto é observado na produção dos rebanhos que, se acometidos pela enfermidade, devem ser sacrificados na área focal e na área perifocal. Nós sabemos das dificuldades que perpassam os órgãos públicos, mas nesse momento é importante a sensibilidade dos governantes no tocante a prevenção e profilaxia. O CRMV-PI é um órgão articulador e mobilizador que vai alertar os órgãos para que as condições sejam proporcionadas aos profissionais para que eles possam desenvolver suas atividades. É preciso urgente que o Estado se mobilize levando os meios nos mais distantes pontos do Piauí e auxiliando para que os fiscais agropecuários e os pontos focais da Adapi possam se mobilizar junto aos criadores, fortalecendo as barreiras”, explicou o presidente.

Anísio Lima ainda declara que o Estado, com profissionais qualificados e centros de pesquisa, está preparado caso algum foco da doença seja registrado na região. Segundo ele, os criadores devem estar atentos aos sintomas da enfermidade e devem procurar um órgão de defesa ao observar características suspeitas nos rebanhos.

“Temos uma universidade preparada, centros de pesquisa, um quadro técnico de mais alto valor, profissionais gabaritados para agir no combate a essa enfermidade. A peste suína clássica é preventiva e precisa de monitoramento, dai a importância dos criadores estarem atentos. Animal com hemorragia, leitões amontoados nos cantos das pocilgas, manchas cianóticas na pele são alguns sintomas da doença. Ocorrendo esse sintoma, imediatamente o criador deve se dirigir ao escritório da Adapi do seu município e comunicar ao fiscal agropecuário, que sabe o que fazer”, afirmou o presidente do Conselho.

 

Ascom

Foto: divulgação

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que em dez anos o Brasil perdeu 40 mil leitos. Sendo que 23.091 leitos hospitalares são da rede pública, o que representa seis vagas fechadas por dia. A redução de leitos atingiu principalmente a pediatria e a obstetrícia de hospitais públicos.

De acordo com dados do estudo, é importante destacar os diferentes comportamentos na comparação quantitativa separadas em dois grupos: leitos SUS e não SUS.

Enquanto o primeiro teve mais fechamentos que habilitações, o segundo grupo mostrou um aumento de aproximadamente 18.300 unidades. Isso significa que os leitos públicos diminuíram mais drasticamente, o que leva ao resultado global de perda de unidades.

A taxa ideal de leitos é entre 2,5 e 3 leitos para cada mil habitantes, segundo Ministério da Saúde. A média nacional é de 2,1 leitos por mil habitantes. No entanto, enquanto os leitos da rede pública têm apresentado redução, os da rede privada aumentaram em 18,3 mil unidades.

 

G1

Você já deve ter ouvido falar em microplásticos, estes pequenos vilões do meio ambiente. São resíduos degradados de diversos tipos de plásticos, com menos de 5 milímetros de comprimento.

Originárias de fontes diversas como roupas sintéticas, pneus, tintas e escovas de dente, essas partículas estão se amontoando nos oceanos.

Um estudo inédito apresentado nesta terça-feira mostra o que muito se temia: até nós, seres humanos, podemos estar cheios desses minúsculos pedaços de plástico em nosso organismo.

O estudo, liderado pelo médico Philipp Schwabl, pesquisador da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, foi divulgado no evento UEG Week Vienna - uma semana de colóquios médicos científicos da União Europeia de Gastroenterologia. A pesquisa foi realizada em parceria com a Agência Ambiental da Áustria.

"Este é o primeiro estudo desse tipo e confirma o que há muito suspeitamos: que o plástico chega ao intestino humano", afirmou, em comunicado à imprensa, o médico Schwabl.


O estudo foi realizado com base em coletas de fezes de oito pessoas de oito países diferentes. Em todas as amostras foram identificados microplásticos - de até nove tipos diferentes -, partículas de polipropileno (PP) e polietileno tereftalato (PET), entre outros. Os participantes são habitantes de Finlândia, Itália, Japão, Holanda, Polônia, Rússia, Reino Unido e Áustria.


Conforme ressaltam os pesquisadores, a presença de microplásticos no organismo humano pode afetar a saúde. Acumulados no trato gastrointestinal, esses materiais têm a possibilidade de interferir na resposta imunológica do intestino - além, é claro, do risco proporcional pela absorção de produtos químicos tóxicos e patógenos pelo nosso corpo.

Em nota à BBC News Brasil, o médico ressaltou que, atualmente, "não existem estudos que respondam sobre os riscos" de tais materiais ao organismo. "De fato, é uma questão muito importante, e estamos planejando pesquisas adicionais para elucidar os efeitos dos microplásticos na saúde humana", diz Schwabl.

"No entanto, existem estudos com animais que mostram que partículas de microplástico são capazes de entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático e de atingir até o fígado. Além disso, estudos com animais também demonstraram que os microplásticos podem causar danos intestinais, alteração nas vilosidades intenstinais, distorção da absorção de ferro e estresse hepático."

Método
Dos oitos participantes, três eram mulheres e cinco homens. Dois deles eram usuários diários de gomas de mascar. Seis ingeriram peixes ou frutos do mar durante o período de observação. Todos tiveram contato com alimentos embalados com plásticos. Na média, eles tomaram 750 ml de água por dia de garrafas plásticas. Nenhum dos oito participantes era vegetariano.

Todos os participantes eram adultos saudáveis, sem nenhuma dieta médica. Eles também não podiam ter tomado antibióticos nas últimas duas semanas, nem feito nenhum tratamento odontológico no mesmo período.

Cada participante do estudo ficou incumbido de manter um diário alimentar na semana anterior à coleta das fezes. As informações deste diário revelam que todos eles estiveram expostos a plásticos consumindo alimentos embrulhados e tomando água de garrafas.

No diário, eles também precisaram identificar a marca do creme dental e de todos os cosméticos utilizados. Informações sobre quantidade e marca de gomas de mascar e bebidas alcoólicas também foram solicitadas.
Os exames de fezes foram realizados em um laboratório austríaco, com tecnologia capaz de identificar dez tipos de plásticos - nove foram encontrados, sendo PP (material geralmente encontrado em tampinhas de garrafa) e PET (das garrafas plásticas) os mais comuns.

Todas as amostras tinham contaminação - de 3 a 7 tipos de plástico. Dos dez tipos identificáveis pelo método, apenas um, o PMMA (comum em para-brisas de carros) não apareceu em nenhuma amostra. Foram encontradas partículas de PP, PET, PU, PVC, PA, PC, POM, PE e PS.
Estatisticamente, o índice de confiança da pesquisa é de 68% a 100%, se aplicado em um grupo maior. O que permite que os pesquisadores digam que pelo menos 50% da população mundial teria microplásticos em suas fezes.

Em média, foram encontrados 20 partículas de microplástico a cada 10 gramas de fezes. "Nossa principal preocupação é o que isso significa para o corpo humano e, especialmente, o que pode significar para pacientes com doenças gastrointestinais", comenta o médico.

"Enquanto as maiores concentrações de plástico em estudos com animais foram encontradas no intestinos, menores partículas são capazes de entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático e chegar ao fígado", prossegue.

"Estas são as primeiras evidências de microplásticos em humanos. Precisamos avançar mais nas pesquisas para entender o que isso significa para a saúde humana."
Indústria
Os pesquisadores ressaltam que os seres humanos estão expostos a diferentes tipos de plásticos no dia a dia. E isto é decorrente do uso cada vez mais recorrente desse material na indústria, sobretudo a partir dos anos 1950. É uma produção que segue crescendo, anualmente.

"Em nível global, a produção de plástico e a poluição plástica se correlacionam fortemente. Portanto, é provável que a quantidade de contaminação plástica possa aumentar ainda mais se a humanidade não mudar a situação atual", alerta o pesquisador.

Calcula-se que entre 2% e 5% de todo o plástico produzido por ano acabe nos mares, por conta do descarte. Ali, esse material acaba se deteriorando em partículas cada vez menores - os tais microplásticos.

Assim, são consumidos por animais marinhos, entrando na cadeia alimentar - um caminho que, em última instância, traz o plástico para o organismo humano.

Diversas pesquisas já detectaram quantidades significativas do material em atum, lagosta e camarão.

Outra maneira pela qual componentes plásticos chegam ao organismo humano seria porque, seja durante o processamento industrial, seja por conta da embalagem, alimentos também podem ser contaminados com pequenas partículas de plásticos.

De acordo com Schwabl, a pequena amostra utilizada para o estudo não permite cravar quanto ou quais tipos de plástico tiveram origem nos peixes consumidos ou das embalagens dos demais alimentos. "A maioria dos participantes bebeu líquidos a partir de garrafas plásticas, mas também foi comum a ingestão de peixes e frutos do mar", afirma.

"Todos os participantes tinham partículas de PP e PET em suas amostras de fezes, que são os principais componentes de tampas de garrafas plásticas e de garrafas plásticas. Portanto, nenhuma conclusão exata sobre a origem pode ser feita no momento."

"Os plásticos são difundidos na vida cotidiana e os seres humanos são expostos aos plásticos de várias maneiras", comenta o médico. "Pessoalmente, não esperava que cada amostra fosse testada como positiva. Precisamos, no entanto, estar conscientes do pequeno tamanho da amostra do nosso estudo."

 

Schwabl conta que o grupo está em fase de captação de financiamentos para novas fases do estudo.

Sal de cozinha
No início deste mês, a revista Environmental Science and Technology trouxe uma pesquisa realizada por cientistas sul-coreanos em parceria com o Greenpeace que apontou a presença de microplásticos no sal de cozinha.

Eles analisaram amostras de 39 marcas de 21 países da Europa, África, Ásia, América do Norte e América do Sul. Apenas três - uma de Taiwan, uma da China e uma da França - passaram incólumes ao teste. Os nomes das empresas não foram revelados.

Segundo o estudo, apenas considerando o sal como fonte, uma pessoa pode ingerir até 2 mil microplásticos por ano.

 

BBC