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sedentarismoEstudo, que teve colaboração do Ministério da Saúde, ainda aponta que álcool, alto teor de açúcar e excesso de peso aumentam a mortalidade em 6,5% por câncer de mama. Pesquisa foi publicada na Revista “Nature”

Uma em cada 10 mulheres vítimas do câncer de mama (cerca de 12%) poderiam ter a vida poupada se praticassem atividade física regularmente (150 minutos por semana). É o que aponta o artigo científico “Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990–2015)”, divulgado na revista Nature, que contou com a participação do Ministério da Saúde. De acordo com a pesquisa, no ano de 2015, 2.075 mortes poderiam ter sido evitadas se as pacientes realizassem ao menos uma caminhada de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana.

O artigo explica que um dos fatores que causam o câncer de mama é o excesso de estrogênio, que pode levar à formação de mutações e carcinogênese estimulando a produção de radicais. A atividade física diminui o estradiol e aumenta a globulina de ligação a hormonas sexuais, provocando uma redução de circulantes inflamatórios e aumentando as substâncias anti-inflamatórias.

“A prática de atividade física melhora o metabolismo de alguns hormônios relacionados com o câncer de mama, o que pode evitar e até melhorar o quadro de uma paciente com a doença. Estamos conseguindo evidências para mostrar a vantagem de se reduzir o sedentarismo na população”, alerta Fatima Marinho, Diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Os estados brasileiros com melhores indicadores socioeconômicos apresentaram as maiores taxas de óbitos de câncer de mama atribuível à inatividade física. O Rio de Janeiro aparece em primeiro lugar, seguido pelo Rio Grande do Sul e São Paulo. Além disso, nos estados do Norte e Nordeste, verifica-se uma transição de mortalidade, com explica a Diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde (DANTPS/MS), Fátima Marinho. “Apesar de não aparecerem no topo desta lista, estados do Norte e Nordeste estão passando por uma transição de mortalidade, ou seja, aumentando o número de óbitos por doenças crônicas e diminuindo as resultantes de outros tipos”, afirma a diretora.


A pesquisa também chama atenção para o impacto de outros fatores de risco em mortes. 6,5% dos óbitos por câncer de mama são atribuídos ao uso de álcool, índice alto de massa corporal e uma dieta rica em açúcar. “Esta informação reforça a importância de ter uma política nacional de promoção da saúde que contribua para mudança dos comportamentos de risco para doença crônica. Estimular o consumo de alimentos frescos e ricos em nutrientes, reduzir o sedentarismo, além de evitar o uso abusivo de álcool e o tabagismo, por exemplo. A adoção de um estilo de vida saudável evitaria 39% das mortes por doença crônica, que responde por 76% das causas de morte no Brasil, sendo a promoção da saúde uma política com baixo custo e com grande impacto populacional. Se a saúde/doença da população brasileira continuar a tendência atual, com grande crescimento da doença crônica em adultos jovens, não haverá financiamento suficiente para o SUS, devido ao alto custo da doença crônica”, completa a diretora do Ministério da Saúde.

Dados da última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2017) aponta que 13,9% das mulheres das capitais brasileiras são sedentárias. O número é maior entre as que têm mais idade, mas também entre as jovens com idades entre 18 e 24 anos (21%). A pesquisa traz ainda que 51,3% delas praticam atividade física insuficientemente, ou seja, não alcançam o equivalente a pelo menos 150 minutos semanais de atividades de intensidade moderada ou pelo menos 75 minutos semanais de atividades de intensidade vigorosa.

 

ministeriodasaude

rimTomar cálcio aumenta risco de pedra no rim? Sim, em quem tem predisposição à formação de pedras. Nunes afirma que nem todo cálcio ingerido é absorvido pelos ossos e, com o excesso da substância na corrente sanguínea, ela é direcionada para o rim, a fim de ser expelida. Entretanto, com a alta quantidade do mineral no rim, ocorre a calcificação, originando as pedras.


É necessário cuidar da ingestão de cálcio desde criança? Sim. O ortopedista Fabiano Nunes, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que é importante ter uma ingestão de cálcio equilibrada até os 30 anos. Assim, o cálcio consumido até essa idade formará uma reserva para o futuro. A partir dos 40 anos, se inicia uma perda da massa óssea, que pode ocasionar a osteopenia e a osteoporose.


Qual a relação do cálcio com a vitamina D? A vitamina D é responsável por fixar o cálcio nos ossos. Se o organismo tiver deficiência dessa vitamina, poderá haver dificultar da entrada desse mineral. De acordo com o ortopedista, a vitamina D pode ser adquirida por meio de oleaginosas, salmão e leite, que é enriquecido com vitamina D. Outra forma é por meio da exposição ao sol de 30 a 40 minutos diários. O sol estimula a produção dessa vitamina pelo corpo.


Suplementos de cálcio podem ser consumidos livremente? O ideal é que esse consumo seja feito conforme orientação médica, segundo o ortopedista. A ingestão varia de acordo com a idade e o sexo e a qual problema está relacionada, que pode ser falta de vitamina D ou por dificuldade da absorção do cálcio. Nunes afirma que a suplementação de cálcio é exceção, já que a alimentação, com um copo de leite e uma fatia de queijo, um iogurte ou o consumo de verduras escuras consegue fornecer a quantidade diária ideal, de 800 mg a 1.000 mg por dia.


Tomar cálcio por conta própria pode ser prejudicial? Sim. Se o mineral for ingerido de maneira excessiva, ele pode provocar fortes contrações musculares, fazendo com que a pessoa sinta câimbras e arritmias.

 
Como ingerir cálcio se for alérgico à proteína do leite? O médico afirma que essa reposição deve ser feita por meio de orientação de um especialista. Nunes ainda afirma que o cálcio pode ser adquirido em verduras escuras e em alimentos sem lactose.


Para que serve o cálcio recomendado para idosos? O ortopedista explica que o cálcio faz parte de uma série de ações do organismo e é excretado para dar equilíbrio quando há excesso de outras substâncias. Como o mineral forma uma reserva nos ossos durante o tempo de absorção, até os 30 anos, para que não haja perda da massa óssea (que contém a reserva de cálcio), é recomendada a ingestão da substância para suprir a demanda de perda do mineral e não retirar o cálcio dos ossos.

 

R7

Foto: Visual Hunt

Dois em cada três adolescentes avaliados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) consomem bebidas açucaradas com regularidade. É o que dizem os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) divulgados nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde, referentes ao ano de 2018.

Foram analisados 80.438 adolescentes. Destes, 52.838 dizem consumir bebidas açucaradas (66%) - refrigerantes, sucos, chás gelados com altos índices de açúcar. Por outro lado, 69% deles – 55.316 pessoas – disseram também consumir frutas. Já o hábito de assistir televisão e comer ao mesmo tempo é comum para 68% dos adolescentes.

Em 2016, a Organização Mundial da Saúde pediu o aumeto dos impostos sobre as bebidas açucaradas. A agência da ONU afirma que existem provas contundentes de que novos impostos cobrados sobre essas bebidas, como refrigerantes, "reduziriam proporcionalmente seu consumo".

Um aumento de 20% dos preços desse tipo de bebida teria uma redução do consumo da ordem de 20% e um aumento de 50% reduziria o consumo pela metade, segundo a OMS.

"Dados revelam que adolescentes com obesidade aos 19 anos têm 89% de chance de ser obeso aos 35 anos, por isso é necessário investir na promoção de uma alimentação adequada e saudável, especialmente na infância e na adolescência, tendo em vista a relação de práticas alimentares inadequadas com o aumento da obesidade na população", disse Eduardo Nilson, coordenador-substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

 

G1

A implantação rápida, direcionada e de alta cobertura da profilaxia de pré-exposição (Prep) para homens que fazem sexo com homens foi associada a uma redução de 25% no número de novos casos de HIV em um ano em New South Wales, Austrália), de acordo com um estudo publicado no jornal científico "The Lancet HIV".

Os diagnósticos em homens que fazem sexo com homens em New South Wales reduziram de 295 casos no ano anterior à implantação da PrEP para 221 casos no ano seguinte - os níveis mais baixos registrados desde o início da vigilância do HIV em 1985.

 

O declínio foi maior para infecções recentes por HIV (declínio de 32%, de 149 casos para 102 casos). Esses declínios foram maiores em homens com 45 anos ou mais, homens nascidos na Austrália e aqueles que viviam nos bairros gays de Sydney.

O estudo acompanhou 3.700 homens que haviam recebido a PrEP como parte da implantação do tratamento na região. Neste grupo, a incidência de infecção pelo HIV foi inferior a 1 em 2.000 por ano, em comparação com uma incidência esperada de 2 por 100 por ano ou mais, na ausência de PrEP.

Ensaios clínicos randomizados demonstraram previamente a eficácia da PrEP. Além disso, modelos matemáticos previram que a PrEP pode ter um impacto grande e rápido se implementada rapidamente e com alta cobertura para pessoas em risco. No entanto, estudos empíricos para confirmar a eficácia do nível de população da PrEP ainda não tinham testado estes achados.

O estudo em New South Wales foi possível devido ao sistema de vigilância existente para infecção recente por HIV na área, o que permitiu aos pesquisadores documentar rapidamente o efeito no nível da população da PrEP. Ele ilustra os sucessos possíveis com a implantação efetiva da PrEP.
Embora vários países, incluindo EUA, França e Inglaterra, tenham aprovado a PrEP para o HIV, a absorção até recentemente foi lenta e geograficamente desigual.

"Nossos resultados apoiam a eficácia em nível de população da PrEP um ano após a implementação rápida da PrEP em escala", diz o professor Andrew Grulich, do Instituto Kirby da UNSW em Sydney.

"A PrEP é uma abordagem preventiva altamente eficaz quando implementada juntamente com altos níveis de testagem e tratamento do HIV. A implantação deve ser priorizada como um componente crucial da prevenção do HIV em epidemias que afetam predominantemente homens que fazem sexo com homens".

O estudo recrutou 3.700 participantes com 18 anos ou mais de 21 clínicas em New South Wales. Todos os participantes do estudo tinham alto risco de infecção pelo HIV e receberam PrEP gratuitamente. O teste de HIV foi realizado um e três meses após a inscrição no estudo, e depois a cada três meses.

Entre os 3.700 participantes, 3.645 (99%) receberam a PrEP ou fizeram o teste de HIV pelo menos uma vez durante o acompanhamento. Durante o estudo de um ano, apenas dois homens foram infectados pelo HIV e esses homens não tinham aderido à PrEP.

Os autores descobriram que a adesão à PrEP era alta. No entanto, aproximadamente 30% dos participantes tinham adesão abaixo de 80%, mas isso também poderia indicar o uso da PrEP sob demanda ou a suspensão da PrEP após um período de comportamento de alto risco.

Em comparação com outros contextos internacionais, a implantação do PrEP em New South Wales foi mais rápida e com maior cobertura - atingindo a meta inicial de 3.700 participantes em PrEP em oito meses. Doze meses depois, o estudo tinha 7.621 participantes. No final do estudo, 9.714 pessoas estavam participando.

Prep no Brasil
Em dezembro de 2017, o governo brasileiro passou a disponibilizar no Sistema Único de Saúde (SUS) a terapia PrEP, que, por meio de um comprimido por dia, previne a infecção pelo HIV. Inicialmente, o remédio só foi disponibilizado para pessoas que são consideradas parte dos grupo mais vulneráveis ao HIV como profissionais do sexo, casais sorodiscordantes (quando um tem o vírus e o outro não), pessoas trans e homens que fazem sexo com homens.
O medicamento usado no Brasil é o Truvada. O medicamento não barra a entrada do vírus no organismo, mas age no seu processo de multiplicação dentro das células de defesa.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos o Brasil registrou 194.217 casos de infecção pelo HIV.

 

G1