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colesterolUma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) constatou que os níveis de colesterol elevado atingem cerca de quatro em dez brasileiros adultos. Isso significa cerca de 60 milhões de pessoas ou 40% da população.

O estudo ainda revelou que aproximadamente 11% nunca fez exame de colesterol e quase 70% só realizou o exame após os 45 anos de idade. O levantamento foi feito com 850 pessoas de todo o Brasil.

Segundo dados da Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2016, realizado em todo o país, os índices elevados de colesterol são mais frequentes em mulheres (25,9%) do que em homens (18,8%). Adultos entre 55 e 64 anos são os mais afetados (41%).

O colesterol, tipo de gordura produzida pelo fígado, é responsável pela sintetização de hormônios, como testosterona e estrógeno, e componente das membranas celulares. Cerca de 70% é produzido pelo corpo, sendo o restante adquirido pela alimentação.

Tendências genéticas, obesidade, diabetes, hipertensão e sedentarismo são fatores que contribuem para a elevação dos índices do colestrol. Em excesso, ele acelera o entupimento de artérias, levando ao infarto ou ao AVC.

Hábitos como alcoolismo e tabagismo, associados a níveis elevados de colesterol, contribuem para o aumento do risco de doenças cardiovasculares. O alcoolismo interfere diretamente no fígado, onde o colesterol é metabolizado, e o tabagismo bloqueia a metabolização dessa gordura.

Segundo o cardiologista André Gasparoto, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, apesar dos altos índices de colesterol na população, não são todas as pessoas que precisam fazer uso de medicamentos para baixar esses níveis. “Mudanças no estilo de vida e na alimentação já são tratamentos eficazes para as pessoas mudarem os números de colesterol”, afirma.

Ele explica que os níveis de colesterol se dividem entre o colesterol bom (High-density lipoprotein – HDL) e o colesterol ruim (Low-density lipoprotein – LDL). O colesterol bom tem a função de levar o colesterol ruim, que se deposita nas veias e artérias, para o fígado para que seja expelido.

O HDL, que deve ter os níveis acima de 40 mg/dl nos homens e acima de 50 mg/dl nas mulheres, é encontrado em alimentos que tenham gorduras insaturadas, como castanhas, azeite e peixes, mas deve ser consumido com moderação – 44 g diárias –, pois o consumo elevado pode se tornar HDL.

Já o LDL, que deve ter seus níveis abaixo dos 100 mg/dl, é encontrado em alimentos com gorduras saturadas, como carnes vermelhas, frituras e alimentos embutidos, como presunto e bacon, e predispõe a pessoa a ter doenças cardiovasculares, de acordo com o cardiologista.

Os triglicérides não são colesterol, mas também são gordura. A diferença, segundo o cardiologista Breno Caiafa, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), é que o colesterol é sintetizado pelo corpo - apenas uma pequena parte é adquirida pela dieta - enquanto os triglicérides são oriundos da alimentação. Outra diferença é que o colesterol é um precursor de hormônios, já os triglicérides servem como uma forma de armazenamento energético do corpo.

“O colesterol bom, por exemplo, tem funções benéficas para o organismo, mas os triglicerídeos não, podendo aumentar a gordura corporal”, explica Gasparoto.

De acordo com o patologista clínico Helio Magarinos, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, quando em excesso, os triglicérides se acumulam como forma de gordura no tecido adiposo, podendo causar pancreatite, no caso de acúmulo de gordura no pâncreas, por exemplo.

Já as calorias são a quantidade de energia presente em um alimento e podem ser encontradas em proteínas, carboidratos e gorduras, mas, os níveis de calorias dos alimentos nem sempre representam o quão saudável ele, de acordo com o patologista. A ingestão de calorias pode influenciar nos níveis de colesterol, mas não apresenta relação direta.

Os especialistas afirmam que a melhor forma de controlar o colesterol e, por consequência, prevenir doenças relacionadas ao entupimento de artérias, é ir ao médico pelo menos uma vez ao ano para acompanhamento clínico e adotar um estilo de vida saudável, com atividade física regular e alimentação equilibrada.

 

R7

Thinkstock

andropausaToda mulher sabe que, entre os 45 e 55 anos de idade, uma mudança brutal acontece na vida: a menstruação vai cessar e as concentrações dos hormônios sexuais estrogênio e progesterona no corpo vão cair drasticamente. O que se convencionou chamar de menopausa é mais uma coisa para a enorme lista de alterações por que o corpo feminino passa ao longo da vida e das quais o masculino nem chega perto, correto? Nem tanto. Os homens também têm lá suas questões com os hormônios sexuais e uma espécie de menopausa para chamar de sua: a disfunção androgênica do envelhecimento masculino (DAEM), mais conhecida como andropausa. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, isso é uma realidade que atinge entre 15 e 20% dos homens a partir dos 50 anos.

A andropausa também está ligada à queda da produção hormonal, no caso, a testosterona. No entanto, essa diminuição ocorre de forma mais demorada e com data não tão sinalizada como na mulher.

— A andropausa é a menopausa dos homens entre aspas, porque com eles a diminuição da produção do hormônio sexual começa a partir dos 35 anos de idade e vai seguindo lentamente, ficando mais intensa no homem idoso — explica a geriatra Renata Serra. — Como não é uma coisa tão marcada, os sintomas são mais discretos e, muitas vezes, passam despercebidos.

Se a testosterona é o principal hormônio atuante na libido, a gente já imagina o que pode acontecer quando ela começa a ficar mais rara. Na DAEM, o apetite sexual diminui, mas não só isso. Como a molécula também está relacionada ao desenvolvimento da massa óssea e muscular, tudo isso pode ser afetado. Os resultados, além do comprometimento da performance entre quatro paredes, são ganho de gordura na região abdominal, osteoporose, anemia (a testosterona também tem a ver com a produção dos glóbulos vermelhos), atenuação de vigor para atividades físicas e até depressão.

— Convencionou-se associar o hormônio apenas à saúde sexual — diz Ricardo Meirelles, diretor do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. — As outras reclamações, como a diminuição de disposição em geral, são atribuídas aos fatores tempo e cansaço. Mas, se houver perda de interesse sexual, certamente o homem vai pensar em testosterona.

Por isso, dizem os médicos, é preciso levar em consideração todos os sintomas antes de se chegar a um diagnóstico. Se houver apenas diminuição de libido, pode ser que a andropausa não tenha muito a ver com a história. É o caso do aposentado mineiro Emmanuel Motta, de 59 anos, que andou às voltas com a falta de desejo sexual e fez questão de pedir uma dosagem de testosterona no exame de rotina.

— Fiz ano passado e deu normal. O médico não me receitou nenhuma medicação. Não tomei nada, já que tenho medo do azulzinho (apelido do Viagra) — diz Emmanuel, com uma franqueza pouco habitual para assunto tão caro aos homens.

Quando se chega à conclusão de que o homem está sofrendo de andropausa, não há muita opção além da reposição. Hoje existem alternativas sintéticas que vêm em injeções ou até em gel. E todas elas, dizem as pesquisas mais recentes, não têm o câncer de próstata como efeito colateral.

— Essa história começou porque, nos anos 1940, foi feito um estudo com apenas três pacientes que repuseram testosterona, e dois tiveram tumor de próstata. Hoje em dia, um estudo assim nem seria aceito. Isso acabou ficando na cabeça das pessoas, mas é totalmente superado — diz Ricardo Meirelles, que frisa a necessidade de uma ampla investigação da condição da próstata a partir dos 50 anos.

Embora o assustador fantasma do câncer por causa da reposição de testosterona seja águas passadas na ciência, é preciso ter cuidado para não achar que ela pode ser tomada indiscriminadamente, como é feito por muitos homens que querem ganhar massa muscular de forma rápida ou retardar os efeitos do tempo.

— Quando você repõe sem precisar, o testículo fica preguiçoso e para de produzir espontaneamente. Isso pode causar infertilidade e acarretar outros problemas, como aumento do volume do coração, mais riscos de infarto e AVC — diz Ricardo.

Uma boa notícia para os homens é que nem todos conseguem perceber a diminuição de testosterona no sangue. Apesar de os números caírem, muitas vezes não há efeitos práticos, e o paciente pode terminar a vida sem ter sofrido nenhum “arranhão”. Contar com isso é dar uma chance ao acaso, que pode receber uma ajudinha dos bons hábitos.

— Estresse, excesso de peso e uso frequente de álcool e tabaco são fatores capazes de acelerar o processo de diminuição da produção de testosterona — diz o urologista Igor Dutra. — Não necessariamente o homem deve ter uma rotina de dosagem do hormônio, mas ele precisa, sim, passar por consultas regulares.

Se as mulheres estão acostumadas desde cedo a olhar para a saúde, está mais do que na hora de os homens fazerem o mesmo.

ATENTO E FORTE

Função da testosterona

O hormônio é comumente relacionado à libido, mas não tem apenas essa função. Diz respeito também à manutenção da massa muscular e óssea, produção de glóbulos vermelhos e sensação de bem-estar. A diminuição ou a falta dele pode acarretar perda de desejo, acúmulo de gordura (principalmente na região abdominal), osteoporose e até depressão.

O que é a andropausa

Diferentemente das mulheres, que entram na menopausa quando a menstruação cessa, a diminuição dos hormônios nos homens é progressiva. Essa queda de produção é a chamada andropausa, mas nem todos sentem seus efeitos. Estima-se que entre 15% e 20% da população masculina acima dos 50 anos sofram com ela na prática.

Como é feito o diagnóstico

Os médicos avaliam a questão por dois pontos de vista: exames laboratoriais de contagem hormonal e presença de mais de um dos sintomas. Ter baixos níveis de testosterona sem indícios clínicos (e vice-versa) não caracteriza andropausa.

O tratamento

Os níveis de testosterona podem ser normalizados com reposição do hormônio de forma injetável ou em gel. Mas atenção: isso só pode ser feito por quem realmente precisa e deve ser orientado pelo médico. O uso indiscriminado pode levar à infertilidade e a doenças cardíacas.

 

O Globo

Foto: Ilustrativa Silvana Mattievich

Não há assunto relativo ao coração que não desperte o interesse das pessoas. Por isso conversei com o médico Cleverson Zukowski, cardiologista intervencionista e supervisor de cardiologia do Hospital Copa D´Or, no Rio de Janeiro. Para quem não sabe, o cardiologista intervencionista é o profissional que realiza procedimentos por cateter, como as angioplastias, enquanto o cirurgião cardíaco faz as operações de peito aberto. Hoje, os avanços da medicina permitem que uma doença como a estenose aórtica, que atinge de 3% a 5% dos idosos, seja corrigida com a implantação de uma válvula por cateterismo.

E o que é a estenose aórtica? O volume de sangue que sai do coração é regulado pela válvula aórtica, responsável por bombear o sangue que vai irrigar o cérebro através das carótidas; o músculo cardíaco através das coronárias; e assim por diante. Acontece que, principalmente devido ao envelhecimento, ela vai se degenerando, perdendo potência e comprometendo o bombeamento. Com o tempo, o quadro pode evoluir para uma insuficiência cardíaca. “Essa é uma doença típica da velhice e que compromete a qualidade de vida do paciente”, afirma o doutor Zukowski. “Apenas 5% apresentem estenose aórtica devido a outros fatores, como uma alteração congênita ou sequelas de uma febre reumática”, completa.

Ele aponta uma tríade de sintomas que, embora não sejam específicos da estenose aórtica, indicam a necessidade de um exame mais aprofundado: dor no peito, cansaço e desmaios. A dor e o cansaço decorrem de esforço físico e os desmaios estão relacionados ao menor fluxo de sangue enviado ao cérebro. O pior é que a situação vai se deteriorando: “com a evolução do problema, os sintomas vão progredindo e o paciente fica cada vez mais limitado em seu dia a dia, além de, com frequência, necessitar de internações”, explica o cardiologista. A dor no peito pode ser confundida com doença coronariana, mas são duas enfermidades distintas. Normalmente um ecocardiograma ajuda a fechar o diagnóstico.

Para quem sofre de estenose aórtica, mesmo atividades simples podem demandar um grande esforço para serem realizadas. Um terço dos pacientes não resistiria ao tratamento convencional da esternotomia, a cirurgia de peito aberto, mais invasiva e às vezes contraindicada para indivíduos de idade avançada. É onde entra em cena a implantação de uma prótese de material biológico (pericárdio de boi ou porco), através de cateterismo, que substitui a válvula aórtica defeituosa – o chamado implante por cateter de bioprótese valvar aórtica. “O procedimento foi realizado pela primeira vez na França, em 2002, e, no Brasil, em 2009. Nesse período, os avanços tecnológicos reduziram o risco da intervenção, com a utilização de cateteres mais finos e válvulas reposicionáveis, que permitem sua colocação no lugar ideal. Antes, não tínhamos nada a oferecer para esses pacientes, que ficavam sem um tratamento efetivo. Muitos conviviam com as limitações como se fossem parte do envelhecimento e depois é como se tivessem suas vidas de volta”, diz o doutor Zukowski.

No entanto, o procedimento não está disponível no SUS, embora haja um projeto de lei já aprovado no Senado, e custa entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Se imaginarmos que até 5% dos idosos desenvolvem a doença, teríamos um universo de 1.5 milhão de pessoas que poderiam se beneficiar do implante e continuar ativas graças a ele. Mesmo os que têm planos de saúde enfrentam a resistência das seguradoras e há inúmeros casos cuja autorização só foi obtida através da justiça.

 

G1

amamentaçao“Ninguém avisa as mulheres que começar a amamentar dói", diz a pediatra Kelly Oliveira, do Hospital Israelita Abert Einstein.

Segundo ela, a falta de informação sobre as dificuldades da amamentação é a principal causa de desistência entre as mulheres.

Entre 1º e 7 de agosto é realizada a Semana Mundial de Aleitamento Materno, cujo objetivo é mostrar a importância da amamentação para a vida saudável do bebê.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que o leite materno seja o alimento exclusivo da criança até os 6 meses de idade, e que, de preferência, a amamentação seja mantida até os 2 anos junto com a complementação alimentar.
A dor na amamentação muitas vezes está relacionada à "pega errada", segundo a pediatra. Posicionar o bebê da maneira apropriada pode fazer toda a diferença. A mãe deve segurar a mama e colocar na boca do bebê, de forma que toda a auréola fique dentro da boca dele - e não apenas o bico. Se a criança está fazendo barulho ao mamar, provavelmente a "pega" está errada.

Quando o bebê abocanha a aréola, fica mais fácil extrair o leite de dentro do peito para a boca do bebê. Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), isso mantém uma boa produção de leite e protege a mama de rachaduras. Outra forma de proteger das rachaduras é passar o próprio leite no bico depois das mamadas. A pediatra afirma que, após a mamada, também é possível fazer uma compressa fria para que diminua o processo inflamatório.

Uma dica para o bebê abrir bem a boca e pegar bastante aréola é passar o bico do peito na parte que fica entre a boca e o nariz, ainda de acordo com a Fiocruz. No caso de sentir que está com pouco leite, descansar, sempre que possível, nos intervalos das mamadas pode ajudar.

Para evitar o empedramento, é importante esvaziar o peito toda vez que estiver muito cheio ou pesado. Faça massagens suaves em todo o peito para retirar o leite. Depois, coloque o polegar e o indicador na linha que divide a aréola do restante do peito e aperte suavemente um dedo contra o outro. O leite inicialmente sairá em gotas e, logo em seguida, em pequenos jatos, orienta a Fiocruz.

Segundo Kelly, em casos de baixa produção do leite, a complementação alimentar deve ser acompanhada para que não vire o alimento principal. Ela ainda afirma que o ideal é continuar incentivando a amamentação da criança, pois quanto mais leite é extraído, maior fica a produção e, caso a procura da mama seja menor, também haverá menor produção.
O uso da mamadeira deve ser observado, pois, ao liberar de maneira mais fácil o alimento, acaba levando ao desmame. E, a menor procura pela mama faz com que o leite materno seque. A preferência é que a criança tome o leite por meio de canudo para que não perca o hábito da "pega" da mama. Mas esse método só deve ser usado, segundo a pediatra, quando a alimentação for intercalada com o peito. Se a alimentação tiver de ser fora do peito de maneira contínua, é recomendado o uso de mamamdeiras.

A mastologista Priscila Villela, do Hospital Moriah, explica que a amamentação vai além dos ganhos afetivos. Para o bebê, o aleitamento melhora o sistema imunológico, já que parte dos anticorpos da mãe são passados para a criança.

O leite materno é rico em proteínas, glicose e possui, pelo menos 85% de água em sua composição. As quantidades de nutrientes e hidratação oferecida variam de acordo coma concentração na mamada anterior (o primeiro leite que sai) e a posterior (leite que sai após alguns minutos de mamada), além do colostro, leite que aparece nos primeiros sete dias de amamentação, e o leite maduro, que segue após o sétimo dia, segundo a pediatra.

Para a mãe, a amamentação também apresenta benefícios, como a perda de peso mais rápida após o parto, já que há uma aceleração do metabolismo, diminui a contração do útero, evitando possíveis sangramentos, e previne o desenvolvimento de câncer de mama, útero e ovário.

 

R7

Foto: crédito reprodução